Predação de larvas de pacu (<em>Piaractus mesopotamicus</em>, Holmberg) por copépodes ciclopóides (<em>Mesocyclops longisetus</em>, Thiébaud) em diferentes densidades e ambientes e com diferentes contrastes visuais

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência da densidade de copépodes ciclopóides (Mesocyclops longisetus) na predação de larvas de pacu (Piaractus mesopotamicus) em ambientes com diferentes contrastes visuais. Foram utilizadas 360 larvas de pacu (Lt = 5,77±0,23 mm e Wt = 6,57 mg), distribuídas em 24 aquários (1-L) de vidro transparente, em um delineamento em blocos casualizados com oito tratamentos e três repetições, que constaram de 0, 10, 20 e 30 copépodes/L, em aquários com paredes sem revestimento ou com paredes revestidas de plástico escuro. Realizou-se a contagem, a cada uma hora, das larvas mortas e em seguida elas eram retiradas com uma pipeta. Observou-se um aumento linear nas taxas de predação (p < 0,01) a partir de três horas após o inicio do experimento, com o aumento da densidade de copépodes, sendo esta taxa mais intensa nos aquários com 30 copépodes/L. Ocorreu taxa média de sobrevivência de 55,55% após 13 horas de experimento, enquanto não houve mortalidade nos aquários-controle. Foram observados menores valores de sobrevivência das larvas de pacu em aquários com paredes transparente (p < 0,05) da 4º à 9º hora. Conclui-se que o aumento da densidade de copépodes e a ausência de revestimento da parede dos aquários proporcionam maiores taxas de predação de copépodes sobre as larvas de pacu