Falha na resposta do cortisol ao estresse por captura e por carragenina em <em>Piaractus mesopotamicus</em> Holmberg, 1887 (Osteichthyes: Characidae)

  • Maurício Laterça Martins UNESP
  • Flávio Ruas de Moraes UNESP
  • Julieta Rodini Engrácia de Moraes UNESP
  • Euclides Braga Malheiros UNESP
Palavras-chave: carragenina, cortisol, estresse, glicose, leucócitos, Piaractus mesopotamicus, trombócitos

Resumo

Neste ensaio, foi estudado o efeito do estresse de captura e das injeções de carragenina (500 µg dissolvidos em 0,5 ml de solução salina) ou solução salina (0,5 ml) sobre as repostas glicêmica e de cortisol em pacu Piaractus mesopotamicus Holmberg, 1887. O estímulo estressante foi aplicado pela captura em rede por 30s, repetidamente a cada 60 min, pelo período de 6 h. Para dosagem do cortisol, da glicose e contagem diferencial de leucócitos e trombócitos, alíquotas de sangue foram colhidas no tempo zero para determinar os valores basais, seguindo-se a aplicação do primeiro estresse. No tempo 1, os peixes foram injetados com carragenina ou salina (controle) e nova colheita foi realizada após 5 min; no tempo 2, aplicou-se novo estresse de captura e, após cinco minutos, nova colheita de sangue, repetindo-se as mesmas operações nos tempos três e quatro. No tempo cinco, a colheita de sangue foi realizada 90 minutos após a aplicação do estresse. Os resultados demonstraram que, nos peixes injetados com salina, a glicemia aumentou uma hora depois, enquanto que, nos injetados com carragenina, esse fenômeno foi detectado após duas horas. No sangue, maior número de células granulocíticas especiais e linfopenia ocorreram a partir de duas horas e neutrofilia a partir de três horas, coincidindo com o aumento da glicemia. Os níveis circulantes de cortisol apresentaram redução significativa em ambos os grupos após uma hora; permaneceu reduzido no grupo injetado com carragenina na segunda hora, enquanto o grupo tratado com salina sofreu incremento e não diferiu do valor basal. Após três horas, no grupo carragenina continuou a diminuir até a última colheita. No grupo controle, injetado com salina, ocorreu nova redução da concentração do cortisol que se manteve até o final do ensaio.

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Biografia do Autor

Flávio Ruas de Moraes, UNESP
Possui graduação em Veterinária pela Faculdade de Ciências Agrárias E Veterinárias (1976), mestrado em Farmacologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (1981) e doutorado em Morfologia e Biologia Celular pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (1986). Atualmente é professor associado do Centro de Aquicultura da Unesp e professor titular da Faculdade de Ciências Agrárias E Veterinárias. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Patologia Animal, atuando principalmente na temática relacionada à sanidade e patologia de peixes abordando aspectos relacionados aos efeitos nocivos do estresse sobre mecanismos de defesa e imunoestimulantes, bacterioses, parasitoses e seu controle Currículo Lattes
Publicado
2008-05-09
Como Citar
Martins, M. L., Moraes, F. R. de, Moraes, J. R. E. de, & Malheiros, E. B. (2008). Falha na resposta do cortisol ao estresse por captura e por carragenina em <em>Piaractus mesopotamicus</em&gt; Holmberg, 1887 (Osteichthyes: Characidae). Acta Scientiarum. Biological Sciences, 22, 545-552. https://doi.org/10.4025/actascibiolsci.v22i0.2946
Seção
Ciências Biológicas

 

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