<b>Primeiro registro da utilização medicinal de recursos pesqueiros na cidade de São Félix, Estado da Bahia, Brasil</b> - DOI: 10.4025/actascibiolsci.v27i2.1328
Resumo
Este trabalho discute a utilização medicinal de recursos pesqueiros pelos moradores da cidade de São Félix, Estado da Bahia. O trabalho de campo foi realizado entre maio de 2004 a março de 2005, entrevistando-se 29 indivíduos de ambos os sexos com idades que variaram de 11 a 79 anos. As informações foram obtidas junto a pescadores e a suas famílias por meio de entrevistas abertas e semi-estruturadas. A maior parte das entrevistas foi gravada, usando-se micro-gravador, sempre com o consentimento dos informantes. As transcrições feitas em caderno de campo encontram-se mantidas no Laboratório de Etnobiologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, Estado da Bahia. Espécimes de peixes foram coletados, identificados e depositados no Laboratório de Ictiologia da UEFS. Os resultados mostram que, no sistema de classificação etnoictiológico dos pescadores de São Félix, diferentes organismos não sistematicamente relacionados são incluídos no domínio etnozoológico “Peixe”. Por essa razão, sete etnoespécies de peixes foram citadas como recursos medicinais: bagre (Genidens genidens), camarão (Macrobrachium sp.), cambotá (Callichthys sp.), piau (Leporinus sp.), piranha (Serrasalmus branditi), peixe-boi (Trichechus sp.) e traíra (Hoplias malabaricus). Esses animais fornecem matérias-primas que são utilizadas na elaboração de medicamentos que visam tratar e/ou curar enfermidades diagnosticadas localmente. O registro escrito da medicina tradicional implica conservação da cultural local, além de permitir que os recursos zooterapêuticos possam ser avaliados quanto à provável existência de compostos biologicamente ativosDownloads
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