Prevalência, sazonalidade e intensidade de infecção por <em>Diplostomum (Austrodiplostomum) compactum</em> Lutz, 1928 (Digenea, Diplostomidae), em peixes do reservatório de Volta Grande, Estado de Minas Gerais, Brasil

  • Maurício Laterça Martins UFSC
  • Andresa de Mello UNESP
  • Faro Conceição Paiva UNESP
  • Rodrigo Yumi Fujimoto UNESP
  • Sérgio Henrique Canello Schalch UNESP
  • Neidson Carneiro Colombano UNESP
Palavras-chave: Plagioscion squamosissimus, Cichla ocellaris, Diplostomum, prevalência, intensidade média, temperatura, pluviosidade

Resumo

O presente trabalho foi desenvolvido na Estação de Piscicultura da Companhia Energética de Minas Gerais, no reservatório de Volta Grande, Estado de Minas Gerais, Brasil. Foram capturados bimestralmente, com auxílio de rede e anzol, 70 corvinas de água doce, Plagioscion squamosissimus, e 66 tucunarés, Cichla ocellaris, entre abril de 2000 e abril de 2001. Os maiores valores de prevalência do helminto identificado como Diplostomum (A.) compactum, no globo ocular da corvina, ocorreram nos meses de abril de 2000 (70%), fevereiro de 2001 (80%) e abril de 2001 (60%); no tucunaré, ocorreram em abril de 2000 (33,3%), agosto de 2000 (18,2%) e outubro de 2000 (18,2%). Os maiores valores de intensidade média de infecção de parasitos em corvinas ocorreram em abril (6,6), junho (6,0) e agosto (18,5) de 2000 e fevereiro (5,7), abril (4,8) de 2001; em tucunarés, ocorreram em agosto (16,0) e outubro (7,0) de 2000. As fêmeas de corvinas apresentaram-se infectadas durante todo o período estudado, ao passo que os machos não mostraram a infecção com a mesma prevalência, não sendo observada nos meses de junho de 2000 e abril de 2001. Por outro lado, machos de tucunaré não se mostraram parasitados somente em junho e fevereiro de 2000, enquanto as fêmeas somente estiveram parasitadas em agosto e outubro de 2000. Analisando os parâmetros aquáticos, houve tendência de maiores valores de prevalência na corvina nos meses em que ocorreram temperaturas mais elevadas (abril, outubro e dezembro 2000 e abril de 2001), não ocorrendo o mesmo para o tucunaré. Na corvina, o número de parasitos coletados em fevereiro de 2000 foi significativamente maior do que em agosto de 2000. O presente estudo mostrou a maior susceptibilidade da corvina para metacercárias de Diplostomum sp.

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Biografia do Autor

Maurício Laterça Martins, UFSC
Possui mestrado em Aqüicultura pelo Centro de Aqüicultura da Unesp (1994) e doutorado em Aqüicultura pelo Centro de Aqüicultura da Unesp (2000). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade Federal de Santa Catarina e integrante do Laboratório de Diagnóstico e Patologia em Aqüicultura do Departamento de Aqüicultura, CCA, UFSC, SC. Tem experiência na área de Aqüicultura, com ênfase em Ictiopatologia e Ictioparasitologia, atuando principalmente nos seguintes temas: hematologia, parasitologia de peixes, ecologia de parasitos de peixes, estresse e inflamação em peixes, probióticos na aqüicultura, imunoprofilaxia. Currículo Lattes
Publicado
2008-05-13
Como Citar
Martins, M. L., Mello, A. de, Paiva, F. C., Fujimoto, R. Y., Schalch, S. H. C., & Colombano, N. C. (2008). Prevalência, sazonalidade e intensidade de infecção por <em>Diplostomum (Austrodiplostomum) compactum</em&gt; Lutz, 1928 (Digenea, Diplostomidae), em peixes do reservatório de Volta Grande, Estado de Minas Gerais, Brasil. Acta Scientiarum. Biological Sciences, 24, 469-474. https://doi.org/10.4025/actascibiolsci.v24i0.2349
Seção
Ciências Biológicas

 

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