Listas literárias como experiências de leitura: uma análise de guias contemporâneos da literatura brasileira
Resumo
O artigo analisa indicações da literatura brasileira em três guias contemporâneos de leitura sob organização de Léa Masina (2013), Masina, Langer, Jacobsen e Rosp (2014) e Masina, Barberena e Carneiro (2015), buscando entender como as listas de autores e de livros são construídas dentro de uma suposta experiência literária que perpassa a crítica e a representação do leitor. A partir das perceptivas teóricas de Robert Belknap (2000) e de Umberto Eco (2010), com noções que aproximam listagens e literatura; e pelo pensamento de Carlos Nejar (2014), de Regina Dalcastagnè (2012) e de Arnaldo Cortina (2014), que trabalham com o cânone, a produção literária mais recente e o leitor brasileiro contemporâneo, o trabalho observa como a literatura produzida no país se torna legitimada para os leitores em geral, mas, especificamente, para estudantes e profissionais da área de Letras, colocados de modo implícito nos textos introdutórios dos livros como público-alvo das listas em questão. Metodologicamente elaboramos uma pesquisa bibliográfico-documental com análise quali-quantitativa do corpus, ou seja, organizamos uma tabela comparativa das sugestões e analisamos trechos em que são apresentadas as listagens. Em uma associação às obras e autores estrangeiros que são colocados nas publicações, percebemos, enfim, alguns caminhos a respeito da literatura brasileira: que as listas dos guias induzem o leitor a uma inicial convivência com essa literatura, elas tentam inserir nesse contato uma visão mais criteriosa sobre o que foi lido e que essa produção literária tem sua presença reduzida devido à pouca quantidade de indicações para dar espaço às produções estrangeiras
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