Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
Aceito em: 14/06/2021 Publicado em: 15/08/2021
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PUBLICATIONS ON TEACHING BOTANY: WHAT DO STUDIES FROM 2017 TO 2020 SHOW?
Astract
The teaching of botany is marked by several problems, resulting in little interest from students. Thus, there is
a search for alternative and efficient methods for teaching botany. The objective of this research was to carry
out a bibliographic survey about the researches on the teaching of botany carried out from 2017 to August
2020. The research was made using the Google Scholar database and the Scielo database, with advanced
search using the expression “ teaching of botany ”, after this a selection of all works was carried out, leaving
out those that presented the term botany or teaching, but did not present contributions to the teaching of
botany. The survey results showed that 128 articles were published in the period surveyed, with 2017 being
the year with the most publications. Standing out as the most researched themes: theoretical studies,
practices, use of games and medicinal plants. Thus, it is concluded that the thematic teaching of botany has
been researched in different approaches, which seek a dynamic way to present the contents and also analyzes
of the ways that the thematic has been taught. It is also noted that research is still needed that seeks
alternatives to facilitate teaching.
Keywords: Learning; botany; science teaching.
ARTIGO ORIGINAL
PUBLICAÇÕES SOBRE ENSINO DE BOTÂNICA: O QUE OS
ESTUDOS DOS ANOS DE 2017 A 2020 MOSTRAM?
Ana Mikaele Marques Costa
Universidade Estadual do Ceará
Centro de Educação, Ciências e
Tecnologia da Região dos Inhamuns
Resumo
O ensinodebotânicaémarcadopor diversos problemas, resultando
no pouco interesse dos alunos. Assim, existe uma busca por
métodos alternativos e eficientes para o ensino de botânica. O
objetivo desta pesquisa foi realizar um levantamento bibliográfico
acerca das pesquisas sobre o ensino de botânica realizado de 2017
a agosto de 2020. A pesquisa foi feita utilizando a base de dados
Google Acadêmico e a base de dados Scielo, com busca avançada
usando a expressão “ensino de botânica”, após isto foi realizado
uma seleção de todos os trabalhos deixando de fora aqueles que
apresentavam o termo botânica ou ensino, porém não
apresentavam contribuições para o ensino de botânica. Os
resultados da pesquisa mostraram que foram publicados 128
artigos no período pesquisado, sendo 2017 o ano com mais
publicações. Destacando-se como as temáticas mais pesquisadas:
estudos teóricos, práticas, uso de jogos e plantas medicinais.
Assim, conclui-se que a temática ensino de botânica vem sendo
pesquisada em diferentes abordagens, que buscam uma forma
dinâmica para apresentar os conteúdos e também análises das
formas que está temática vêm sendo ensinada. Observa-se também
que ainda são necessárias pesquisas que busquem alternativas para
facilitar o ensino.
Palavras-chave: Aprendizagem; botânica; ensino de ciências.
Ana Paula Araújo Mota
Universidade Estadual do Ceará
Centro de Educação, Ciências e
Tecnologia da Região dos Inhamuns
Selma Freire de Brito
Universidade Estadual do Ceará
Centro de Educação, Ciências e
Tecnologia da Região dos Inhamuns
Publicações sobre ensino de botânica
fundamental,aapropriaçãodabotânica
enquanto ciência é deficiente, pois a mesma
deve ocorrer através de um ensino pautado no
seu aprendizado efetivo. Assim, diversos
autores vêm procurando compreender os
obstáculos, assim como desenvolver métodos
para o ensino de botânica (LEME; URSI, 2014;
professores e as abordagens da botânica que
1. INTRODUÇÃOMACIEL, 2014). Melo et al. (2012) e Salatino
domesticarasplantas.Emboraseja
e Buckeridge (2016) acrescentam ainda que em
Uma das áreas de ensino da Biologia épleno século XXI, a botânica ainda é uma
a Botânica, ciência interdisciplinar que buscaciência muito carregada de preconceitos, sendo
promover através de seu conhecimento umaconsiderada muitas vezes irrelevante dentro da
maior qualidade de vida e auxiliar naárea do ensino. De acordo com Machado,
sobrevivência. De acordo com Güllich (2003),Poletto e Alves (2019), o professor deve buscar
ao longo da história grandes cientistasopções para favorecer no processo de ensino e
dedicaram-seaquestõesrelacionadasaaprendizagem, com isso, a formação dos
botânica, entendendo que o conhecimentofuturos professores torna-se mais pertinente
sobreplantasvemacompanhandoopara essa área de estudo.
desenvolvimento da humanidade, pois, oEm relação as técnicas de ensino,
homem sempre procurou meios para melhorar Souza, Caron e Souza (2016; p.93) afirmam
suasobrevivência,comoporexemplo, que:
O responsável por ensinar, necessita ter
uma abordagem teórico- metodológica
que permita planejar intencionalmente
um ensino voltado para uma educação
que se efetive, situando do quanto se
faz necessário a troca de informações,
ou seja, da mesma forma que ensina,
está sujeito a aprender, basta observar
o ambiente e detectar a realidade para
conseguir fazer adequação das teorias,
objetivandooenraizamentoda
aprendizagem. Proporcionando, dessa
forma, a segurança de todo o processo
ensino-aprendizagem.
Botânica podem estar relacionadas aos próprios
NASCIMENTO et al., 2017; LEOPOLDO;
Conforme Nascimento et al. (2017), as
BASTOS, 2018; COSTA; DUARTE; GAMA,
dificuldades que a grande maioria dos
2019).
estudantes enfrentam sobre o processo ensino-
O ensino de botânica é negligenciado
aprendizagem estão interligadas a
em muitos casos em virtude de abordagens
circunstâncias diversas tais como: a falta de
pautadas pela memorização de terminologias,
afinidadedosprofessores(formação
poucacontextualizaçãohistórica,cargas
insuficiente) com esse campo de ensino, que se
horárias escolares insuficientes e pela falta de
atêm apenas a utilização do livro didático como
diversificação metodológica (LEME; URSI,
instrumento pedagógico. Ainda segundo os
2014). Além disso, as dificuldades no ensino de
mesmos autores, outros problemas também
aparecem como desafios do ensino de botânica,
devido a carência de materiais didáticos que
tiveram durante suas graduações (AMADE;
facilite o entendimento dos alunos, a ausência
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sendo fundamental paraqueos estudantes dessa
área de vegetação nativa e áreas transformada
pelo homem (ex.: áreas de estufas e plantio), e
social e ambiental do qual o aluno faz parte,
através da sustentabilidade (LOPES, 2017).
Conhecendo a situação que os alunos
enfrentam em relação ao ensino de botânica,
desenvolveu-se uma nova linha de pensamento,
de incrementar novas tecnologias no método de De acordo com Costa, Duarte e Gama
ensino, o número de aulas reduzidas e a intensa (2019), a educação no Brasil necessita do
memorização de nomes complexos. aperfeiçoamento nas metodologias. Ainda
Considerando as dificuldades segundo estes autores, é necessário o
apresentadas anteriormente algumas desenvolvimento de novos métodos para o
consequências são inevitáveis como alunos ensino de ciências, que visem à superação do
desinteressados, entediados, desestimulados, modelo tradicional de ensino, engajado com a
falta de criatividade, incapacidade de repassar o fragmentação do conhecimento e desconectado
conteúdo futuramente, ausência do olhar da vida do aluno. Considerando as dificuldades
analítico, pouco conhecimento da vegetação e necessidade de uma reorganização no ensino
local, a mutilação no ensino de biologia e a de botânica, deve-se buscar um
carência no entendimento da importância das aperfeiçoamento do processo de ensino
plantas no dia-a-dia do ser humano, tanto na aprendizagem desta ciência, em seus diversos
alimentação, quanto nos fármacos. Além disso, campos. Com isso, tem sido observado na
é evidente que a muito tempo as etapas e literatura recente pesquisas sobre o ensino de
modalidades de ensino dessa área tem sido um botânica no ensino superior (MACHADO;
entrave, para professores, alunos e para POLETTO; ALVES, 2019), estratégias para a
pesquisadores que se atém ao estudo da contextualização do ensino (ZANON; COSTA;
botânica (SOUZA; GARCIA, 2018). WIZIACK, 2018) e uso de jogos (COSTA;
DUARTE; GAMA, 2019).
Portanto, as pesquisas sobre o ensino
de botânica justificam-se pelos vários desafios
que visa a necessidade da melhoria naenfrentados na área, sendo necessário conhecer
conteúdo de forma dinâmica e menos maçante,
qualidade da formação dos profissionais daas novas abordagens e os meios que buscam
educação, não só inicial, mas também naaperfeiçoar o processo ensino/aprendizagem
formação continuada (NASCIMENTO et al.,desta área. O presente trabalho teve como
2017). Para a construção do conhecimentoobjetivo realizar um levantamento bibliográfico
biológico, é importante a transmissão doacerca das pesquisas sobre o ensino de botânica
publicada de 2017 a agosto de 2020 no Brasil.
Assim busca-se verificando quais as principias
área possam ter uma visão abrangente sobre atemáticas pesquisadas sobre a Ensino de
Botânica, expondo produções acadêmicas com
a temática em questão, mostrar as estratégias
assim, progredir, no aspecto político, cultural,pedagógicas utilizadas e os resultados que
facilitam o entendimento dos alunos sobre a
Botânica.
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Publicações sobre ensino de botânica
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A pesquisa realizada é do tipo quali-
quantitativo (GÜNTHER, 2006). desses dois
tipos de pesquisas podem ocorrer mutuamente,
uma vez que a representação gráfica de dados
não elimina o caráter qualitativo de uma
pesquisa. Isto porque, a pesquisa qualitativa
analisa métodos legais onde a mesma não se
define por si só, mas em contraponto a pesquisa
quantitativa, que se atém ao estudo dos
processos estruturais dos fenômenos (SOUZA;
GARCIA, 2018). De acordo com Ruiz (2006, p.
57), todo tipo deestudo, em todas as áreas, deve
ter início com uma pesquisa bibliográfica
prévia.
De acordo com Gatti (2002), em
relação à pesquisa em educação no Brasil, as
pesquisasrealizadasapartirde1930
apresentavam caráter predominante qualitativo.
Apenas no final dadécadade1960 aabordagem
quantitativa passou aser considerada,
aumentando nos anos sequentes.
Segundo Souza e Kerbauy (2017,
2. MATERIAIS E MÉTODOSp.41):
Muitos são os fatores presentes na
tensão entre qualidade e quantidade,
bem como, na perspectiva de sua
integração. Assim sendo, não podemos
nos omitir do enfrentamento dessas
questões. Cabe aos pesquisadores
educacionaisbuscarrefletire
esclarecercomose configurao
processo de construção do
conhecimento e se ele está realmente
conivente com o fazer ciência.
Foiconduzidoumlevantamento
bibliográfico acerca das pesquisas sobre Ensino
da Botânica realizadas no Brasil, sendo
considerado produções acadêmicas diversas:
trabalhos de conclusão de curso de graduação
(TCC), mestrado e doutorado; e artigos de
revistas. A pesquisa foi realizada na base de
dadosGoogleAcadêmico
e na base de
dados Scielo, utilizando uma busca avançada a
partir do ano de 2017 até agosto de 2020,
utilizando a expressão “ensino de botânica”. As
etapas seguidas para levantamento
bibliográfico, se aproxima com o realizado por
Souza e Garcia (2018) (Figura 1).
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ARTIGO ORIGINAL
Figura 1. Etapas da pesquisa e perguntas norteadoras da análise.
Seguindo a abordagem de Leopoldo e
Bastos (2018), não se trata de uma pesquisa
ensino ou botânica, mas que não apresentavam
norteadoras (Figura 1), foram apresentados em
um quadro.
sobre o “estado da arte”, pois foi realizado umApós isto, foi feita uma quantificação dos
eliminados trabalhos que continham os termos
levantamento da produção científica voltadatrabalhosdentrodecadasubtema:
para o ensino de botânica. Após a coleta dosjogos/modelos didáticos para o ensino de
dados, analisou-se os trabalhos para selecionarbotânica, plantasmedicinaisparaa
aqueles que comtemplavam a temática dacontextualização do ensinode botânica,
pesquisa, considerando para a análise somentejardins/praças no auxílio do ensino de botânica,
artigos acadêmicos que trazem estratégiasanálise de práticas realizadas (morfologia,
metodológicas (jogos, plantas medicinais eanatomia, uso de materiais botânicos), estudos
jardins) ou fazem um estudo teórico acerca doteóricos sobre o ensino de botânica (revisão de
processo de ensino de botânica. Foramliteratura, teorias aplicadas ao ensino,
reflexões), discussão sobreabotânicano ensino
superior e básico (com estes termos aparecendo
contribuições para o ensino de botânica.no título). Os resultados quantitativos foram
Os dados foram analisados separando-apresentadosemgráficoseosdados
se os artigos conforme as temáticas sobre oqualitativos em quadro. Para osdados
Ensino de Botânica. A análise dos principaisquantitativos do número total de publicação por
trabalhos,considerandoasperguntasano foi calculado a frequência relativa (FR)
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Publicações sobre ensino de botânica
apresentadaemporcentagem,conforme2019 e 2020 (Figura 2). Embora, tenha sido
Na busca realizada, foram encontrados
128 artigos publicados entre os anos de 2017 a
2020. Foram obtidos através da busca 44, 36,
35 e 13 artigos, para os anos de 2017, 2018,
Magurran (2004). Para a construção dos encontrado um número considerável de
gráficos utilizou-se o programa sigma plot, divulgações, o número de pesquisas sobre o
versão 12.5. ensino de Botânica ainda é pequeno, em relação
as outras áreas da biologia (URSI et al., 2018).
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Isto demostraque, muitos dos tabus enfrentados
por essa área ainda persistem, como a
dificuldade de formação de professores e dos
alunos, em encontrarem motivação para o seu
estudo.
Figura 2. Total de artigos publicados nos anos de 2017 a 2020, em periódicos nacionais sobre ensino de botânica.
foi possível verificar que, algumas temáticas
foram mais abordadas como: análise de práticas
realizadas durante o ensino de botânica (uso de
De maneira geral, neste levantamentobotânica); aulas em ambiente natural (como
jardins, praças e realização de trilhas); estudo
do ensino de botânica no ensino básico e no
ensino superior (mencionando estes termos no
folhas,dessecaçãodefloresecortestítulo); uso de jogos e modelos para o ensino de
anatômicos); análise teórica sobre o tema debotânica; ensino de botânica com o uso de
ensino de botânica (análise de teorias, revisãoplantas medicinais (Figura 3).
de literatura, conteúdo de livros, visão de
alunos e professores sobre o ensino de
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Figura 3. Principais abordagens das pesquisas publicadas em artigos de periódicos nos anos de 2017 (A), 2018 (B), 2019 (C) e
2020 (D).
botânica, aparecem com o maior número de
publicações (Figura 3C). No ano de 2020 as
nas áreas de análise teórica e de ensino básico,
com 30% cada (Figura 3D).
abordagens teóricas (20%) sobre o ensino de
ConsiderandoastemáticasmaisCompreende-seatravésdesse
pesquisadas por ano, foi observado que no ano levantamento bibliográfico, que o ensino de
de 2017 a temática com maior número de botânica está se tornando cada vez mais
publicações são as análises de práticas (37%), proeminente, buscando incessantemente a
seguido do ensino em praças e jardins (16%) melhor maneira de transmitir o conteúdo e
(Figura 3A). No ano de 2018, observa-se que tornar as aulas menos tecnicistas e tradicionais.
análise teórica do ensino foi a temática com Pois, busca-sediferentesestratégias
maior frequência, com mais de 32% das metodológicas pertinente a botânica (jogos,
publicações (Figura 3B). Para o ano de 2019, plantas medicinais e jardins). A grande
análise de práticas (25%) e análise de quantidade de artigos dedicados ao estudo
teórico sobre a prática do ensino de botânica
também demostra que os docentes estão cada
vez mais com uma visão reflexiva sobre seu
publicações concentraram-se principalmentetrabalho. As análises teóricas, mostram uma
reflexão dos autores sobre o ensino em botânica
e como este pode ser aperfeiçoado.
117
Publicações sobre ensino de botânica
de ensinar as crianças a preservar a vegetação é
de botânica fazem com que os estudantes se
ensino será refletida nos alunos de primeiro e
segundo grau, tornando o ensino enfadonho,
pois a única finalidade dos docentes em relação
Nesse sentido, é importante destacara botânica no ensino médio é uma preparação
cidadãos e a preservação ambiental. A estima
que os conhecimentos botânicos são tãocontinuada dos estudantes para o ENEM
importantes quanto as demais áreas, pois,(ExameNacionaldoEnsinoMédio)e
relaciona-se as atividades cotidianas dosvestibulares (TOWATA; URSI; SANTOS,
2010).
Alguns trabalhos que analisaram o
de importância singular, pois só assim elasensino de botânica foram descritos como
espaços como jardins, trilhas e praças nas aulas
darão mais seriedade aos aspectos ecológicosrepresentativos das pesquisadas sobre está
(STANSKI et al., 2016). De acordo com atemática (Quadro 1). Silva e Santos (2017)
afirmação anterior, Ramos e Azevedo (2010)realizaram uma pesquisa e destacaram como o
vem esclarecer que, o ecossistema possuiuso de plantas medicinais é uma estratégia
extensões diversas, considerado uma unidadeimportante paraacontextualização do ensinode
ativa básica, sendo o mesmo composto porbotânica, pois faz referência ao dia-a-dia dos
fatores bióticos e abiótico, a importânciaestudantes e ajudam na conexão do que está
peculiar em preserva-lo. Portanto, o uso desendo transmitido em sala de aula com a sua
realidade (Quadro 1). Portanto, pode ser uma
maneira de aproximar o estudante da botânica.
apropriemdoambienteaoseuredor,Ainda dentro da abordagem plantas medicinais
aprendizagem deficiente pela fragmentação do
aprendendo a conhecer e a refletir sobre sua no ensino debotânica, Fischer, Stumpf eMariot
importância e conservação, tornando a (2019), propôs que os estudantes
aprendizagem significativa. desenvolvessem um material didático com a
A dificuldade no Ensino de Botânica temática plantas medicinais. Segundo os
se deve a fragmentação dos conteúdosautores foi um processo que facilitou a
impedindo assim, a aprendizagem por parte dosaprendizagem (Quadro 1). Certamente, o
acadêmicos (FONSECA; RAMOS, 2017). Aempenho dos estudantes em relatar a sua
realidade é maior. Para muitos destes, o contato
com plantas inicialmente ocorre através de seu
uso como medicinal e com o conhecimento que
a família repassa.
Quadro 1. Produções científicas sobre o ensino de botânica nos anos de 2017, 2018 e 2019.
Silva e Santos
(2017)
AUTOR/ANO
TEMA CENTRAL
Plantas medicinais,
conhecimento local e
ensino de botânica no
ensino fundamental
OBJETIVOS
Levantamento do
conhecimento dos
familiares dos
alunos sobre plantas
RESULTADOS
Os alunos levaram
amostras de plantas, a
maioria utiliza as
folhas no preparo de
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Costa, Mota e Brito, 2021
chás. Sendo cultivadas
nos próprios quintais.
Seixas et
al.(2017)
Chave de identificação:
jogo didático para o
ensino em botânica
Os alunos ressaltaram a
importância dos jogos
didáticos e gostaram do
jogo “Identifique-me!”.
Batista, Barroso
e Albuquerque
(2017).
Um espaço verde na
escola para o ensino de
botânica
medicinais,
relacionando ao
ensino de Botânica.
Elaboração do jogo
“identifique-me!”,
abordando o
conteúdo de
sistemática/botânica.
O ensino de
Botânica em sala de
aula e em uma área
verde da escola.
Lazzari et al.
(2017)
Trilha ecológica: um
recurso pedagógico no
ensino da Botânica
Uso de metodologias
alternativas no
ensino da botânica.
Silva et
al.(2018)
O ensino sobre
fotossíntese na
Educação de Jovens e
Adultos
Avaliar o
conhecimento prévio
dos estudantes; e
realizar intervenções
com novas
abordagens
Zanon, Costa e
Wiziack (2018)
O ENSINO DE
BOTÂNICA
CONTEXTUALIZADO
POR MEIO DA
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
Analisar o ensino de
Botânica e a
associação com a
educação ambiental
As atividades
desenvolvidas atraíram
o interesse dos alunos,
levando-os a
associarem os
conteúdos com
situações cotidianas.
Após a trilha,
aumentou as citações
das funções ecológicas
e dos usos das plantas
pelo homem.
A temática
“Fotossíntese” era
desconhecida de muitos
alunos. Mesmo com a
intervenção, a
dificuldade de
entendimento
permaneceu.
Houve aprendizado de
conceitos botânicos e
reconhecimento dos
Grupos Vegetais,
relacionando com a
educação ambiental.
Scola et al.
(2018)
Ensino de botânica
através de jogos lúdicos
Despertar o interesse
do aluno, capacidade
de participação, e
trabalhar sua
cognição.
Chaves et al.
(2018)
Jardim de sensações
como prática inclusiva
no ensino de botânica
para o ensino médio
Fernandes et al.
(2019)
Jogo detetive evolução
vegetal: um recurso
Produzir um jardim
de sensações com
alunos cegos e
videntes para
dinamizar o assunto
de morfologia
vegetal.
Usar o jogo como
recurso didático na
transposição do
O jogo não atingiu
todos os objetivos e
precisa ser melhorado,
embora não tenha sido
identificado em quais
aspectos.
O uso do espaço não-
formal melhora o
entendimento da
botânica. A utilização
do jardim é um método
dinamizador e
esclarecedor de ensino.
O uso do jogo torna a
mediação desse
conhecimento de fácil
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Publicações sobre ensino de botânica
Fischer, Stumpf
e Mariot (2019)
facilitador para a prática
docente.
A construção de uma
prática pedagógica a
partir do
conhecimento
familiar sobre plantas
medicinais
Santos,
Harthman e
Silveira (2019)
IMPORTÂNCIA DE
MATERIAL
DIDÁTICO PARA A
MORFOLOGIA
FLORAL NO ENSINO
DE CIÊNCIAS E
BIOLOGIA
conteúdo sobre
evolução vegetal.
Desenvolvimento de
material didático
para o ensino de
plantas medicinais
na disciplina de
Ciências.
Elencar estratégias
pedagógicas e
desenvolver uma
atividade prática que
possa ser realizada
em sala de aula
acesso através de uma
prática.
A participação dos
alunos e a valorização
da experiência familiar
contribuiu para a
construção de
conhecimentos.
O material didático
possibilitou uma
atividade Prática e de
fácil elaboração, fez do
aluno o sujeito da sua
própria aprendizagem.
Mattos, RibeiroANÁLISE DO
e Güllich (2019) CONTEÚDO DE
BOTÂNICA NOS
LIVROS DIDÁTICOS
DE BIOLOGIA DO
ENSINO MÉDIO
Pesquisar nos Livros
Didáticos de
Biologia do Ensino
Médio a abordagem
do conteúdo de
Botânica
Martins, O Ensino de Botânica
Goulart e no ensino fundamental:
Dinardi (2020)percepções e análise de
uma estratégia de
Ensino
Classificação vegetal, é
o conteúdo mais
apresentado nos livros
didáticos, seguido de
fisiologia. Identificou-
se deficiências no
conteúdo de
classificação.
A concepção de
vegetais é associada à
alimentação. Não
dominando suas
estruturas e funções.
Ao final houve uma
apropriação do
conceito de ser vivo
mais ampla.
Barbosa et al.PRESERVAÇÃO E
(2020) CONSERVAÇÃO DA
VEGETAÇÃO
BRASILEIRA:
ENTRELACES COM
A FORMAÇÃO
DOCENTE E O
ENSINO DE
BOTÂNICA
Investigar o
conhecimento prévio
de estudantes a
respeitos das
concepções de ser
vivo e de vegetal e
promover discussões
a respeito do Ensino
de Botânica, e
ressignificação de
conceitos.
Concepções de
professores sobre a
abordagem botânica,
identificando
dificuldades e
estratégias usadas.
Os professores não
estão totalmente
seguros para o ensino
de botânica, usam aulas
expositivas e leituras.
Os cursos para
docentes devem atingir
uma formação que
reduza os desafios da
Botânica.
Fonte: Dados da pesquisa.
Silva e Santos (2017), Silvia eacordam que o uso de plantas medicinais surge
Lambach (2017) e Bezerra et al. (2017)como ferramenta importante para o ensino-
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Costa, Mota e Brito, 2021
plantas medicinais fazem parte do dia-a-dia de
muitos alunos.
um jogo para trabalhar identificação de plantas.
alunos (Quadro 1).
intervir diretamente na vida destes, facilitando
a internalização dos conteúdos ministrados em
sala de aula (morfologia, fisiologia, taxonomia
aprendizagem, pois desperta a curiosidade e oaprendizagem (LIMA; SILVA; SANTANA,
interesse dos alunos de ensino fundamental e2018). Silva (2015; p.24) “No estudo do Reino
médio, por meio do manuseio de diversasVegetal, transformar aulas monótonas em aulas
espécies vegetais (aula prática), passando aque os alunos participem diretamente é uma
proposta que pode acabar com o tabu de que as
plantas são chatas, e que elas não interagem
conosco”.
e etc.) com a sua vivencia. Isto porque, asOutra metodologia utilizada para o
ensino de botânica é o uso de praças, jardins e
trilhas (os espaços verdes). Batista, Barroso e
Outra proposta para o ensino deAlbuquerque (2017) e Lazzari et al. (2017)
aos estudantes. Seixas et al. (2017) propuseram
botânica é através do uso e/ou desenvolvimento usaram um espaço verde na escola e uma trilha,
de jogos que tragam dinamicidade e estímulo respectivamente (Quadro 1). Estes autores
observaram que o uso dessa estratégia levou os
alunos a relacionarem o conteúdo de botânica
ensino de botânica, segundo eles os resultados
indicaram que o jogo precisa ser melhorado
(Quadro 1). Certamente, o professor conforme
Osautoresafirmaramquetornouavisto em sala com a realidade. Ressalta-se que
aprendizagem dinâmica e os alunos aprovarama utilização de estratégias metodológicas em
o método (Quadro 1). Já Scola et al. (2018),forma de jardins como uma pratica para o
usaram a abordagem jogos lúdicos para oEnsino de Botânica, vem amparando em
diferentes produções atuais, como por exemplo,
Santana (2018) e Chaves, Gualter e Oliveira
(2018). Segundo estes autores, é frequente a
a dinâmica de sala de aula, assim como outilizaçãodejardinsparaoensino
vegetal tornou este conhecimento acessível aos
contexto onde os alunos estão inseridos, devemmultidisciplinar pois agrega valores positivos
procurar a melhor forma de repassar ono ensino-aprendizagem dos discentes.
conteúdo. Fernandes et al. (2019) observaram Além da busca por formas práticas de
que o uso de um jogo para o ensino de evoluçãoapresentar os conteúdos de botânica aos
estudantes conectando este conhecimento com
a realidade, outra linha de pesquisa observada
O uso de jogos facilita o processo denos últimos anos foi a descrição de relatos
ensino de botânica. Pois, o jogo aperfeiçoa oteóricos, experiências e uma busca por fazer um
desenvolvimento cognitivo dos estudantes,compilado das pesquisas já realizadas sobre
aumenta suas habilidades motoras e ampara naensino de botânica. Acsa et al. (2018) traz o
formação cidadã. Comisso, osalunosrelato sobre o ensino da fotossíntese na
apresentam uma positividade na assimilação doeducação de Jovens e Adultos (Quadro 1), estes
conteúdo, favorecendo o processo ensino-autores descrevem que mesmo com a inserção
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Publicações sobre ensino de botânica
ensino fundamental e verificaram que muitos
aproximar os estudantes da botânica.
Ainda na busca para identificar como
o ensino de botânica vêm sendo tratado Mattos,
Ribeiro e Güllich (2019), fazem uma análise
dos livros didáticos do ensino médio, para
avaliar o conteúdo de botânica. Estes autores
observaram que os livros apresentavam uma
fisiologia vegetal. Ressaltam a necessidade de
uma maior contextualização do conteúdo.
Para o ensino superior os estudos
POLETTO; ALVES, 2019). Assim, destaca-se
para aformação profissional. Isto porque, vai se
de uma maneira mais dinâmica na forma debotânica. Por isto, a importância de publicar
(2020) estudaram a percepção de estudantes do
repassar o conteúdo os alunos ainda mostramtrabalhos, com objetivo de divulgar as
muitas dificuldades, o que pode ser reflexo dapesquisas para a sociedade, permitindo que
falta de conhecimento prévio. Zanon et al.outros possam se embasar e impor diferentes
(2018)trazemumacontextualizaçãodaideias, para serem utilizadas, fazendo notório e
botânica com a educação ambiental, o quepopularosresultadosdaspesquisas
reflete a necessidade da conexão entre as(BROFMAN, 2012).Barbosa et al. (2020)
diferentes áreas da ciência (Quadro 1). Santosobservaram que muitos docentes não se sentem
et al. (2019) seguem essa linha e traz umatotalmente seguros para o ensino de botânica e
pesquisa que procura reunir as abordagens dosugerem que as dificuldades devem ser sanadas
material didático para o ensino de morfologiadurante sua formação (Quadro 1). Portanto,
floral (Quadro 1). Martins, Goulart e Dinardidestaca-se a importância de se identificar estas
dificuldades e melhorar a formação dos
professores.
não tinham conceitos definidos dos vegetaisLeopoldo e Bastos (2018, p. 18)
como seres vivos, mas as discussões podemtambém realizaram um levantamento de
pesquisas sobre o ensino de botânica e segundo
eles:
As pesquisas selecionadas nesse estudo
não representam avanços de amplo
espectro para o Ensino de Botânica,
masconstituemumagamade
contribuições específicas com base em
problemas gerais já identificados por
correlação dos conteúdos de anatomia e
trabalhos anteriores. Tais esforços
detalham e aprofundam contextos e
possibilidades de trabalhar conteúdos,
mesmo que, como já foi comentado,
consistam em uma baixa quantidade de
concentraram-se, por exemplo, na percepção
artigos.
(MIRANDA; XAVIER, 2017) e reunião de
informações sobre a temática (MACHADO;
a necessidade de investir em pesquisas voltadas
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
refletir diretamente na forma como estes
Nesse estudo foi realizado um
profissionais vão lidar com o ensino de
levantamento bibliográfico acerca das
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Costa, Mota e Brito, 2021
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
publicadas em forma deartigos, realizando uma
quantificação e verificando quais as principias
temáticas estudadas no Ensino de Botânica.
Com isto, buscou-se mostrar as estratégias
pedagógicasutilizadasparafacilitaro
entendimento dos alunos sobre a Botânica
Dessa forma, entende-se que a temática
“botânica” vem sendo trabalhada em diferentes
estratégias (jogos, plantas medicinais, jardins e
estudos teóricos), estudos que buscam uma
forma dinâmica de apresentar os conteúdos de
botânicas são mais abundantes.
Além disso, considerando os relatos da
literatura, uma das dificuldades dos professores
é tornar o ensino mais dinâmico. Isso revela a
necessidade de investimento em pesquisas
voltadas para aformação deprofessores e assim
prepara-los para lidar com está temática. Os
artigos mostram ainda que a contextualização
com a realidade e o ensino dinâmico, oferecem
maior sucesso para o ensino e aprendizagem de
botânica.
Diante do exposto, abre-se um leque
para pensar em metas de curto, médio e longo
prazos, que consigam mudar a imagem que
prevalece na mente de grande parte da
comunidade discente e docente ligadas à
botânica(poráreacomplexaepouco
convidativa, devido suaexaustivamemorização
e completa falta de prática) e que novas
pesquisas sejam elaboradas e divulgadas, com
estratégias mais atraente e funcionais com
relação ao ensino de Botânica.
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