Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
		
		Aceito em: 14/06/2021        Publicado em: 15/08/2021
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		PUBLICATIONS ON TEACHING BOTANY: WHAT DO STUDIES FROM 2017 TO 2020 SHOW?
		Astract
		The teaching of botany is marked by several problems, resulting in little interest from students. Thus, there is
		a search for alternative and efficient methods for teaching botany. The objective of this research was to carry
		out a bibliographic survey about the researches on the teaching of botany carried out from 2017 to August
		2020. The research was made using the Google Scholar database and the Scielo database, with advanced
		search using the expression “ teaching of botany ”, after this a selection of all works was carried out, leaving
		out those that presented the term botany or teaching, but did not present contributions to the teaching of
		botany. The survey results showed that 128 articles were published in the period surveyed, with 2017 being
		the year with the most publications. Standing out as the most researched themes: theoretical studies,
		practices, use of games and medicinal plants. Thus, it is concluded that the thematic teaching of botany has
		been researched in different approaches, which seek a dynamic way to present the contents and also analyzes
		of the ways that the thematic has been taught. It is also noted that research is still needed that seeks
		alternatives to facilitate teaching.
		
		
		Keywords: Learning; botany; science teaching.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		ARTIGO ORIGINAL
		
		
		
		
		PUBLICAÇÕES SOBRE ENSINO DE BOTÂNICA: O QUE OS
		
		ESTUDOS DOS ANOS DE 2017 A 2020 MOSTRAM?
		
		
		
		
		
		
		Ana Mikaele Marques Costa
		Universidade Estadual do Ceará
		Centro de Educação, Ciências e
		Tecnologia da Região dos Inhamuns
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Resumo
		O ensinodebotânicaémarcadopor diversos problemas, resultando
		no pouco interesse dos alunos. Assim, existe uma busca por
		métodos alternativos e eficientes para o ensino de botânica. O
		objetivo desta pesquisa foi realizar um levantamento bibliográfico
		acerca das pesquisas sobre o ensino de botânica realizado de 2017
		a agosto de 2020. A pesquisa foi feita utilizando a base de dados
		Google Acadêmico e a base de dados Scielo, com busca avançada
		usando a expressão “ensino de botânica”, após isto foi realizado
		uma seleção de todos os trabalhos deixando de fora aqueles que
		apresentavam o termo botânica ou ensino, porém não
		apresentavam contribuições para o ensino de botânica. Os
		resultados da pesquisa mostraram que foram publicados 128
		artigos no período pesquisado, sendo 2017 o ano com mais
		publicações. Destacando-se como as temáticas mais pesquisadas:
		estudos teóricos, práticas, uso de jogos e plantas medicinais.
		Assim, conclui-se que a temática ensino de botânica vem sendo
		pesquisada em diferentes abordagens, que buscam uma forma
		dinâmica para apresentar os conteúdos e também análises das
		formas que está temática vêm sendo ensinada. Observa-se também
		que ainda são necessárias pesquisas que busquem alternativas para
		facilitar o ensino.
		
		
		Palavras-chave: Aprendizagem; botânica; ensino de ciências.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Ana Paula Araújo Mota
		Universidade Estadual do Ceará
		Centro de Educação, Ciências e
		Tecnologia da Região dos Inhamuns
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Selma Freire de Brito
		Universidade Estadual do Ceará
		Centro de Educação, Ciências e
		Tecnologia da Região dos Inhamuns
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		 
	
		Publicações sobre ensino de botânica
		
		
		fundamental,aapropriaçãodabotânica
		enquanto ciência é deficiente, pois a mesma
		deve ocorrer através de um ensino pautado no
		seu aprendizado efetivo. Assim, diversos
		autores vêm procurando compreender os
		obstáculos, assim como desenvolver métodos
		para o ensino de botânica (LEME; URSI, 2014;
		professores e as abordagens da botânica que
		1. INTRODUÇÃOMACIEL, 2014). Melo et al. (2012) e Salatino
		domesticarasplantas.Emboraseja
		e Buckeridge (2016) acrescentam ainda que em
		Uma das áreas de ensino da Biologia épleno século XXI, a botânica ainda é uma
		a Botânica, ciência interdisciplinar que buscaciência muito carregada de preconceitos, sendo
		promover através de seu conhecimento umaconsiderada muitas vezes irrelevante dentro da
		maior qualidade de vida e auxiliar naárea do ensino. De acordo com Machado,
		sobrevivência. De acordo com Güllich (2003),Poletto e Alves (2019), o professor deve buscar
		ao longo da história grandes cientistasopções para favorecer no processo de ensino e
		dedicaram-seaquestõesrelacionadasaaprendizagem, com isso, a formação dos
		botânica, entendendo que o conhecimentofuturos professores torna-se mais pertinente
		sobreplantasvemacompanhandoopara essa área de estudo.
		desenvolvimento da humanidade, pois, oEm relação as técnicas de ensino,
		homem sempre procurou meios para melhorar                 Souza, Caron e Souza (2016; p.93) afirmam
		suasobrevivência,comoporexemplo,                 que:
		O responsável por ensinar, necessita ter
		uma abordagem teórico- metodológica
		que permita planejar intencionalmente
		um ensino voltado para uma educação
		que se efetive, situando do quanto se
		faz necessário a troca de informações,
		ou seja, da mesma forma que ensina,
		está sujeito a aprender, basta observar
		o ambiente e detectar a realidade para
		conseguir fazer adequação das teorias,
		objetivandooenraizamentoda
		aprendizagem. Proporcionando, dessa
		forma, a segurança de todo o processo
		ensino-aprendizagem.
		Botânica podem estar relacionadas aos próprios
		NASCIMENTO et al., 2017; LEOPOLDO;                               
		Conforme Nascimento et al. (2017), as
		BASTOS, 2018; COSTA; DUARTE; GAMA,                 
		dificuldades que a grande maioria dos
		2019).                                                                                  
		estudantes enfrentam sobre o processo ensino-
		O ensino de botânica é negligenciado                 
		aprendizagem         estão         interligadas         a
		em muitos casos em virtude de abordagens
		circunstâncias diversas tais como: a falta de
		pautadas pela memorização de terminologias,
		afinidadedosprofessores(formação
		poucacontextualizaçãohistórica,cargas
		insuficiente) com esse campo de ensino, que se
		horárias escolares insuficientes e pela falta de
		atêm apenas a utilização do livro didático como
		diversificação metodológica (LEME; URSI,
		instrumento pedagógico. Ainda segundo os
		2014). Além disso, as dificuldades no ensino de
		mesmos autores, outros problemas também
		aparecem como desafios do ensino de botânica,
		devido a carência de materiais didáticos que
		tiveram durante suas graduações (AMADE;
		facilite o entendimento dos alunos, a ausência
		
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		Costa, Mota e Brito, 2021
		Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
		
		
		sendo fundamental paraqueos estudantes dessa
		área de vegetação nativa e áreas transformada
		pelo homem (ex.: áreas de estufas e plantio), e
		social e ambiental do qual o aluno faz parte,
		através da sustentabilidade (LOPES, 2017).
		Conhecendo a situação que os alunos
		enfrentam em relação ao ensino de botânica,
		desenvolveu-se uma nova linha de pensamento,
		de incrementar novas tecnologias no método de                               De acordo com Costa, Duarte e Gama
		ensino, o número de aulas reduzidas e a intensa                 (2019), a educação no Brasil necessita do
		memorização de nomes complexos.                                   aperfeiçoamento nas metodologias. Ainda
		Considerando         as         dificuldades                 segundo     estes     autores,     é     necessário     o
		apresentadas          anteriormente          algumas                 desenvolvimento de novos métodos para o
		consequências são inevitáveis como alunos                 ensino de ciências, que visem à superação do
		desinteressados, entediados, desestimulados,                 modelo tradicional de ensino, engajado com a
		falta de criatividade, incapacidade de repassar o                 fragmentação do conhecimento e desconectado
		conteúdo futuramente, ausência do olhar                 da vida do aluno. Considerando as dificuldades
		analítico, pouco conhecimento da vegetação                 e necessidade de uma reorganização no ensino
		local, a mutilação no ensino de biologia e a                 de        botânica,        deve-se        buscar        um
		carência no entendimento da importância das                 aperfeiçoamento     do     processo     de     ensino
		plantas no dia-a-dia do ser humano, tanto na                 aprendizagem desta ciência, em seus diversos
		alimentação, quanto nos fármacos. Além disso,                 campos. Com isso, tem sido observado na
		é evidente que a muito tempo as etapas e                 literatura recente pesquisas sobre o ensino de
		modalidades de ensino dessa área tem sido um                 botânica no ensino superior (MACHADO;
		entrave, para professores, alunos e para                 POLETTO; ALVES, 2019), estratégias para a
		pesquisadores que se atém ao estudo da                 contextualização do ensino (ZANON; COSTA;
		botânica (SOUZA; GARCIA, 2018).                                 WIZIACK, 2018) e uso de jogos (COSTA;
		DUARTE; GAMA, 2019).
		Portanto, as pesquisas sobre o ensino
		de botânica justificam-se pelos vários desafios
		que visa a necessidade da melhoria naenfrentados na área, sendo necessário conhecer
		conteúdo de forma dinâmica e menos maçante,
		qualidade da formação dos profissionais daas novas abordagens e os meios que buscam
		educação, não só inicial, mas também naaperfeiçoar o processo ensino/aprendizagem
		formação continuada (NASCIMENTO et al.,desta área. O presente trabalho teve como
		2017). Para a construção do conhecimentoobjetivo realizar um levantamento bibliográfico
		biológico, é importante a transmissão doacerca das pesquisas sobre o ensino de botânica
		publicada de 2017 a agosto de 2020 no Brasil.
		Assim busca-se verificando quais as principias
		área possam ter uma visão abrangente sobre atemáticas pesquisadas sobre a Ensino de
		Botânica, expondo produções acadêmicas com
		a temática em questão, mostrar as estratégias
		assim, progredir, no aspecto político, cultural,pedagógicas utilizadas e os resultados que
		facilitam o entendimento dos alunos sobre a
		Botânica.
		
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		Publicações sobre ensino de botânica
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		A pesquisa realizada é do tipo quali-
		quantitativo (GÜNTHER, 2006). desses dois
		tipos de pesquisas podem ocorrer mutuamente,
		uma vez que a representação gráfica de dados
		não elimina o caráter qualitativo de uma
		pesquisa. Isto porque, a pesquisa qualitativa
		analisa métodos legais onde a mesma não se
		define por si só, mas em contraponto a pesquisa
		quantitativa, que se atém ao estudo dos
		processos estruturais dos fenômenos (SOUZA;
		GARCIA, 2018). De acordo com Ruiz (2006, p.
		57), todo tipo deestudo, em todas as áreas, deve
		ter início com uma pesquisa bibliográfica
		prévia.
		De acordo com Gatti (2002), em
		relação à pesquisa em educação no Brasil, as
		pesquisasrealizadasapartirde1930
		apresentavam caráter predominante qualitativo.
		Apenas no final dadécadade1960 aabordagem
		quantitativa     passou     aser     considerada,
		aumentando nos anos sequentes.
		Segundo Souza e Kerbauy (2017,
		2. MATERIAIS E MÉTODOSp.41):
		Muitos são os fatores presentes na
		tensão entre qualidade e quantidade,
		bem como, na perspectiva de sua
		integração. Assim sendo, não podemos
		nos omitir do enfrentamento dessas
		questões. Cabe aos pesquisadores
		educacionaisbuscarrefletire
		esclarecercomose     configurao
		processo        de        construção        do
		conhecimento e se ele está realmente
		conivente com o fazer ciência.
		Foiconduzidoumlevantamento
		bibliográfico acerca das pesquisas sobre Ensino
		da Botânica realizadas no Brasil, sendo
		considerado produções acadêmicas diversas:
		trabalhos de conclusão de curso de graduação
		(TCC), mestrado e doutorado; e artigos de
		revistas. A pesquisa foi realizada na base de
		dadosGoogleAcadêmico
		
		
		
		e na base de
		dados Scielo, utilizando uma busca avançada a
		partir do ano de 2017 até agosto de 2020,
		utilizando a expressão “ensino de botânica”. As
		etapas        seguidas        para        levantamento
		bibliográfico, se aproxima com o realizado por
		Souza e Garcia (2018) (Figura 1).
		
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		Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
		
		
		ARTIGO ORIGINAL
		
		
		Figura 1. Etapas da pesquisa e perguntas norteadoras da análise.
		Seguindo a abordagem de Leopoldo e
		Bastos (2018), não se trata de uma pesquisa
		ensino ou botânica, mas que não apresentavam
		norteadoras (Figura 1), foram apresentados em
		um quadro.
		sobre o “estado da arte”, pois foi realizado umApós isto, foi feita uma quantificação dos
		eliminados trabalhos que continham os termos
		levantamento da produção científica voltadatrabalhosdentrodecadasubtema:
		para o ensino de botânica. Após a coleta dosjogos/modelos didáticos para o ensino de
		dados, analisou-se os trabalhos para selecionarbotânica,      plantasmedicinaisparaa
		aqueles que comtemplavam a temática dacontextualização do ensinode botânica,
		pesquisa, considerando para a análise somentejardins/praças no auxílio do ensino de botânica,
		artigos acadêmicos que trazem estratégiasanálise de práticas realizadas (morfologia,
		metodológicas (jogos, plantas medicinais eanatomia, uso de materiais botânicos), estudos
		jardins) ou fazem um estudo teórico acerca doteóricos sobre o ensino de botânica (revisão de
		processo de ensino de botânica. Foramliteratura,     teorias     aplicadas     ao     ensino,
		reflexões), discussão sobreabotânicano ensino
		superior e básico (com estes termos aparecendo
		contribuições para o ensino de botânica.no título). Os resultados quantitativos foram
		
		
		Os dados foram analisados separando-apresentadosemgráficoseosdados
		se os artigos conforme as temáticas sobre oqualitativos     em     quadro. Para osdados
		Ensino de Botânica. A análise dos principaisquantitativos do número total de publicação por
		trabalhos,considerandoasperguntasano foi calculado a frequência relativa (FR)
		Aceito em: 14/06/2021Publicado em: 15/08/2021
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		Publicações sobre ensino de botânica
		
		
		apresentadaemporcentagem,conforme2019 e 2020 (Figura 2). Embora, tenha sido
		Na busca realizada, foram encontrados
		128 artigos publicados entre os anos de 2017 a
		2020. Foram obtidos através da busca 44, 36,
		35 e 13 artigos, para os anos de 2017, 2018,
		Magurran (2004). Para a construção dos                 encontrado     um     número     considerável     de
		gráficos utilizou-se o programa sigma plot,                 divulgações, o número de pesquisas sobre o
		versão 12.5.                                                                         ensino de Botânica ainda é pequeno, em relação
		as outras áreas da biologia (URSI et al., 2018).
		3.     RESULTADOS E DISCUSSÕES                             Isto demostraque, muitos dos tabus enfrentados
		por essa área ainda persistem, como a
		dificuldade de formação de professores e dos
		alunos, em encontrarem motivação para o seu
		estudo.
		Figura 2. Total de artigos publicados nos anos de 2017 a 2020, em periódicos nacionais sobre ensino de botânica.
		foi possível verificar que, algumas temáticas
		foram mais abordadas como: análise de práticas
		realizadas durante o ensino de botânica (uso de
		De maneira geral, neste levantamentobotânica); aulas em ambiente natural (como
		jardins, praças e realização de trilhas); estudo
		do ensino de botânica no ensino básico e no
		ensino superior (mencionando estes termos no
		folhas,dessecaçãodefloresecortestítulo); uso de jogos e modelos para o ensino de
		anatômicos); análise teórica sobre o tema debotânica; ensino de botânica com o uso de
		ensino de botânica (análise de teorias, revisãoplantas medicinais (Figura 3).
		de literatura, conteúdo de livros, visão de
		alunos e professores sobre o ensino de
		
		
		Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
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		Costa, Mota e Brito, 2021
		Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
		
		Figura 3. Principais abordagens das pesquisas publicadas em artigos de periódicos nos anos de 2017 (A), 2018 (B), 2019 (C) e
		2020 (D).
		botânica, aparecem com o maior número de
		publicações (Figura 3C). No ano de 2020 as
		nas áreas de análise teórica e de ensino básico,
		com 30% cada (Figura 3D).
		abordagens teóricas (20%) sobre o ensino de
		ConsiderandoastemáticasmaisCompreende-seatravésdesse
		pesquisadas por ano, foi observado que no ano                 levantamento bibliográfico, que o ensino de
		de 2017 a temática com maior número de                 botânica está se tornando cada vez mais
		publicações são as análises de práticas (37%),                 proeminente, buscando incessantemente a
		seguido do ensino em praças e jardins (16%)                 melhor maneira de transmitir o conteúdo e
		(Figura 3A). No ano de 2018, observa-se que                 tornar as aulas menos tecnicistas e tradicionais.
		análise teórica do ensino foi a temática com                 Pois,        busca-sediferentesestratégias
		maior frequência, com mais de 32% das                 metodológicas pertinente a botânica (jogos,
		publicações (Figura 3B). Para o ano de 2019,                 plantas medicinais e jardins). A grande
		análise de práticas (25%) e análise de                 quantidade de artigos dedicados ao estudo
		teórico sobre a prática do ensino de botânica
		também demostra que os docentes estão cada
		vez mais com uma visão reflexiva sobre seu
		publicações concentraram-se principalmentetrabalho. As análises teóricas, mostram uma
		reflexão dos autores sobre o ensino em botânica
		e como este pode ser aperfeiçoado.
		
		
		
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		Publicações sobre ensino de botânica
		
		
		de ensinar as crianças a preservar a vegetação é
		de botânica fazem com que os estudantes se
		ensino será refletida nos alunos de primeiro e
		segundo grau, tornando o ensino enfadonho,
		pois a única finalidade dos docentes em relação
		Nesse sentido, é importante destacara botânica no ensino médio é uma preparação
		cidadãos e a preservação ambiental. A estima
		que os conhecimentos botânicos são tãocontinuada dos estudantes para o ENEM
		importantes quanto as demais áreas, pois,(ExameNacionaldoEnsinoMédio)e
		relaciona-se as atividades cotidianas dosvestibulares (TOWATA; URSI; SANTOS,
		2010).
		Alguns trabalhos que analisaram o
		de importância singular, pois só assim elasensino de botânica foram descritos como
		espaços como jardins, trilhas e praças nas aulas
		darão mais seriedade aos aspectos ecológicosrepresentativos das pesquisadas sobre está
		(STANSKI et al., 2016). De acordo com atemática (Quadro 1). Silva e Santos (2017)
		afirmação anterior, Ramos e Azevedo (2010)realizaram uma pesquisa e destacaram como o
		vem esclarecer que, o ecossistema possuiuso de plantas medicinais é uma estratégia
		extensões diversas, considerado uma unidadeimportante paraacontextualização do ensinode
		ativa básica, sendo o mesmo composto porbotânica, pois faz referência ao dia-a-dia dos
		fatores bióticos e abiótico, a importânciaestudantes e ajudam na conexão do que está
		peculiar em preserva-lo. Portanto, o uso desendo transmitido em sala de aula com a sua
		realidade (Quadro 1). Portanto, pode ser uma
		maneira de aproximar o estudante da botânica.
		apropriemdoambienteaoseuredor,Ainda dentro da abordagem plantas medicinais
		aprendizagem deficiente pela fragmentação do
		aprendendo a conhecer e a refletir sobre sua                 no ensino debotânica, Fischer, Stumpf eMariot
		importância     e     conservação,     tornando     a                 (2019),       propôs       que       os       estudantes
		aprendizagem significativa.                                                desenvolvessem um material didático com a
		A dificuldade no Ensino de Botânica                 temática plantas medicinais. Segundo os
		se deve a fragmentação dos conteúdosautores foi um processo que facilitou a
		impedindo assim, a aprendizagem por parte dosaprendizagem (Quadro 1). Certamente, o
		acadêmicos (FONSECA; RAMOS, 2017). Aempenho dos estudantes em relatar a sua
		realidade é maior. Para muitos destes, o contato
		com plantas inicialmente ocorre através de seu
		uso como medicinal e com o conhecimento que
		a família repassa.
		Quadro 1. Produções científicas sobre o ensino de botânica nos anos de 2017, 2018 e 2019.
		Silva e Santos
		(2017)
		AUTOR/ANO
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		TEMA CENTRAL
		Plantas medicinais,
		conhecimento local e
		ensino de botânica no
		ensino fundamental
		OBJETIVOS
		Levantamento do
		conhecimento dos
		familiares dos
		alunos sobre plantas
		RESULTADOS
		Os alunos levaram
		amostras de plantas, a
		maioria utiliza as
		folhas no preparo de
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
		118
 
	
		Costa, Mota e Brito, 2021
		
		
		chás. Sendo cultivadas
		nos próprios quintais.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Seixas et
		al.(2017)
		Chave de identificação:
		jogo didático para o
		ensino em botânica
		Os alunos ressaltaram a
		importância dos jogos
		didáticos e gostaram do
		jogo “Identifique-me!”.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Batista, Barroso
		e Albuquerque
		(2017).
		Um espaço verde na
		escola para o ensino de
		botânica
		medicinais,
		relacionando ao
		ensino de Botânica.
		Elaboração do jogo
		“identifique-me!”,
		abordando o
		conteúdo de
		sistemática/botânica.
		O ensino de
		Botânica em sala de
		aula e em uma área
		verde da escola.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Lazzari et al.
		(2017)
		Trilha ecológica: um
		recurso pedagógico no
		ensino da Botânica
		Uso de metodologias
		alternativas no
		ensino da botânica.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Silva et
		al.(2018)
		
		
		
		
		O ensino sobre
		fotossíntese na
		Educação de Jovens e
		Adultos
		
		
		
		
		
		
		Avaliar o
		conhecimento prévio
		dos estudantes; e
		realizar intervenções
		com novas
		abordagens
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Zanon, Costa e
		Wiziack (2018)
		
		
		
		
		
		
		
		O ENSINO DE
		BOTÂNICA
		CONTEXTUALIZADO
		POR MEIO DA
		EDUCAÇÃO
		AMBIENTAL
		
		
		
		
		
		Analisar o ensino de
		Botânica e a
		associação com a
		educação ambiental
		
		
		
		
		
		
		As atividades
		desenvolvidas atraíram
		o interesse dos alunos,
		levando-os a
		associarem os
		conteúdos com
		situações cotidianas.
		Após a trilha,
		aumentou as citações
		das funções ecológicas
		e dos usos das plantas
		pelo homem.
		A temática
		“Fotossíntese” era
		desconhecida de muitos
		alunos. Mesmo com a
		intervenção, a
		dificuldade de
		entendimento
		permaneceu.
		Houve aprendizado de
		conceitos botânicos e
		reconhecimento dos
		Grupos Vegetais,
		relacionando com a
		educação ambiental.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Scola et al.
		(2018)
		Ensino de botânica
		através de jogos lúdicos
		Despertar o interesse
		do aluno, capacidade
		de participação, e
		trabalhar sua
		cognição.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Chaves et al.
		(2018)
		Jardim de sensações
		como prática inclusiva
		no ensino de botânica
		para o ensino médio
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Fernandes et al.
		(2019)
		
		
		Jogo detetive evolução
		vegetal: um recurso
		
		
		
		Produzir um jardim
		de sensações com
		alunos cegos e
		videntes para
		dinamizar o assunto
		de morfologia
		vegetal.
		Usar o jogo como
		recurso didático na
		transposição do
		
		
		
		O jogo não atingiu
		todos os objetivos e
		precisa ser melhorado,
		embora não tenha sido
		identificado em quais
		aspectos.
		O uso do espaço não-
		formal melhora o
		entendimento da
		botânica. A utilização
		do jardim é um método
		dinamizador e
		esclarecedor de ensino.
		O uso do jogo torna a
		mediação desse
		conhecimento de fácil
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
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		Publicações sobre ensino de botânica
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Fischer, Stumpf
		e Mariot (2019)
		
		
		
		
		
		
		facilitador para a prática
		docente.
		A construção de uma
		prática pedagógica a
		partir do
		conhecimento
		familiar sobre plantas
		medicinais
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Santos,
		Harthman e
		Silveira (2019)
		
		
		
		
		
		
		
		
		IMPORTÂNCIA DE
		MATERIAL
		DIDÁTICO PARA A
		MORFOLOGIA
		FLORAL NO ENSINO
		DE CIÊNCIAS E
		BIOLOGIA
		
		
		
		
		
		
		
		conteúdo sobre
		evolução vegetal.
		Desenvolvimento de
		material didático
		para o ensino de
		plantas medicinais
		na disciplina de
		Ciências.
		Elencar estratégias
		pedagógicas e
		desenvolver uma
		atividade prática que
		possa ser realizada
		em sala de aula
		
		
		
		
		
		
		acesso através de uma
		prática.
		A participação dos
		alunos e a valorização
		da experiência familiar
		contribuiu para a
		construção de
		conhecimentos.
		O material didático
		possibilitou uma
		atividade Prática e de
		fácil elaboração, fez do
		aluno o sujeito da sua
		própria aprendizagem.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Mattos, RibeiroANÁLISE DO
		e Güllich (2019)          CONTEÚDO DE
		BOTÂNICA NOS
		LIVROS DIDÁTICOS
		DE BIOLOGIA DO
		ENSINO MÉDIO
		Pesquisar nos Livros
		Didáticos de
		Biologia do Ensino
		Médio a abordagem
		do conteúdo de
		Botânica
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Martins,             O Ensino de Botânica
		Goulart e           no ensino fundamental:
		Dinardi (2020)percepções e análise de
		uma estratégia de
		Ensino
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Classificação vegetal, é
		o conteúdo mais
		apresentado nos livros
		didáticos, seguido de
		fisiologia. Identificou-
		se deficiências no
		conteúdo de
		classificação.
		A concepção de
		vegetais é associada à
		alimentação. Não
		dominando suas
		estruturas e funções.
		Ao final houve uma
		apropriação do
		conceito de ser vivo
		mais ampla.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Barbosa et al.PRESERVAÇÃO E
		(2020)             CONSERVAÇÃO DA
		VEGETAÇÃO
		BRASILEIRA:
		ENTRELACES COM
		A FORMAÇÃO
		DOCENTE E O
		ENSINO DE
		BOTÂNICA
		Investigar o
		conhecimento prévio
		de estudantes a
		respeitos das
		concepções de ser
		vivo e de vegetal e
		promover discussões
		a respeito do Ensino
		de Botânica, e
		ressignificação de
		conceitos.
		Concepções de
		professores sobre a
		abordagem botânica,
		identificando
		dificuldades e
		estratégias usadas.
		Os professores não
		estão totalmente
		seguros para o ensino
		de botânica, usam aulas
		expositivas e leituras.
		Os cursos para
		docentes devem atingir
		uma formação que
		reduza os desafios da
		Botânica.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		Fonte: Dados da pesquisa.
		Silva e Santos (2017), Silvia eacordam que o uso de plantas medicinais surge
		Lambach (2017) e Bezerra et al. (2017)como ferramenta importante para o ensino-
		
		Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
		120
 
	
		Costa, Mota e Brito, 2021
		
		plantas medicinais fazem parte do dia-a-dia de
		muitos alunos.
		um jogo para trabalhar identificação de plantas.
		alunos (Quadro 1).
		intervir diretamente na vida destes, facilitando
		a internalização dos conteúdos ministrados em
		sala de aula (morfologia, fisiologia, taxonomia
		aprendizagem, pois desperta a curiosidade e oaprendizagem (LIMA; SILVA; SANTANA,
		interesse dos alunos de ensino fundamental e2018). Silva (2015; p.24) “No estudo do Reino
		médio, por meio do manuseio de diversasVegetal, transformar aulas monótonas em aulas
		espécies vegetais (aula prática), passando aque os alunos participem diretamente é uma
		proposta que pode acabar com o tabu de que as
		plantas são chatas, e que elas não interagem
		conosco”.
		e etc.) com a sua vivencia. Isto porque, asOutra metodologia utilizada para o
		ensino de botânica é o uso de praças, jardins e
		trilhas (os espaços verdes). Batista, Barroso e
		Outra proposta para o ensino deAlbuquerque (2017) e Lazzari et al. (2017)
		aos estudantes. Seixas et al. (2017) propuseram
		botânica é através do uso e/ou desenvolvimento                 usaram um espaço verde na escola e uma trilha,
		de jogos que tragam dinamicidade e estímulo                 respectivamente (Quadro 1). Estes autores
		observaram que o uso dessa estratégia levou os
		alunos a relacionarem o conteúdo de botânica
		ensino de botânica, segundo eles os resultados
		indicaram que o jogo precisa ser melhorado
		(Quadro 1). Certamente, o professor conforme
		Osautoresafirmaramquetornouavisto em sala com a realidade. Ressalta-se que
		aprendizagem dinâmica e os alunos aprovarama utilização de estratégias metodológicas em
		o método (Quadro 1). Já Scola et al. (2018),forma de jardins como uma pratica para o
		usaram a abordagem jogos lúdicos para oEnsino de Botânica, vem amparando em
		diferentes produções atuais, como por exemplo,
		Santana (2018) e Chaves, Gualter e Oliveira
		(2018). Segundo estes autores, é frequente a
		a dinâmica de sala de aula, assim como outilizaçãodejardinsparaoensino
		vegetal tornou este conhecimento acessível aos
		contexto onde os alunos estão inseridos, devemmultidisciplinar pois agrega valores positivos
		procurar a melhor forma de repassar ono ensino-aprendizagem dos discentes.
		conteúdo. Fernandes et al. (2019) observaram                               Além da busca por formas práticas de
		que o uso de um jogo para o ensino de evoluçãoapresentar os conteúdos de botânica aos
		estudantes conectando este conhecimento com
		a realidade, outra linha de pesquisa observada
		
		O uso de jogos facilita o processo denos últimos anos foi a descrição de relatos
		ensino de botânica. Pois, o jogo aperfeiçoa oteóricos, experiências e uma busca por fazer um
		desenvolvimento cognitivo dos estudantes,compilado das pesquisas já realizadas sobre
		aumenta suas habilidades motoras e ampara naensino de botânica. Acsa et al. (2018) traz o
		formação cidadã. Comisso, osalunosrelato sobre o ensino da fotossíntese na
		apresentam uma positividade na assimilação doeducação de Jovens e Adultos (Quadro 1), estes
		conteúdo, favorecendo o processo ensino-autores descrevem que mesmo com a inserção
		
		Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
		121
 
	
		Publicações sobre ensino de botânica
		
		
		
		ensino fundamental e verificaram que muitos
		
		aproximar os estudantes da botânica.
		Ainda na busca para identificar como
		o ensino de botânica vêm sendo tratado Mattos,
		Ribeiro e Güllich (2019), fazem uma análise
		dos livros didáticos do ensino médio, para
		avaliar o conteúdo de botânica. Estes autores
		observaram que os livros apresentavam uma
		fisiologia vegetal. Ressaltam a necessidade de
		uma maior contextualização do conteúdo.
		Para o ensino superior os estudos
		POLETTO; ALVES, 2019). Assim, destaca-se
		para aformação profissional. Isto porque, vai se
		de uma maneira mais dinâmica na forma debotânica. Por isto, a importância de publicar
		
		
		(2020) estudaram a percepção de estudantes do
		repassar o conteúdo os alunos ainda mostramtrabalhos, com objetivo de divulgar as
		muitas dificuldades, o que pode ser reflexo dapesquisas para a sociedade, permitindo que
		falta de conhecimento prévio. Zanon et al.outros possam se embasar e impor diferentes
		(2018)trazemumacontextualizaçãodaideias, para serem utilizadas, fazendo notório e
		botânica com a educação ambiental, o quepopularosresultadosdaspesquisas
		reflete a necessidade da conexão entre as(BROFMAN, 2012).Barbosa et al. (2020)
		diferentes áreas da ciência (Quadro 1). Santosobservaram que muitos docentes não se sentem
		et al. (2019) seguem essa linha e traz umatotalmente seguros para o ensino de botânica e
		pesquisa que procura reunir as abordagens dosugerem que as dificuldades devem ser sanadas
		material didático para o ensino de morfologiadurante sua formação (Quadro 1). Portanto,
		floral (Quadro 1). Martins, Goulart e Dinardidestaca-se a importância de se identificar estas
		dificuldades e melhorar a formação dos
		professores.
		
		não tinham conceitos definidos dos vegetaisLeopoldo e Bastos (2018, p. 18)
		
		como seres vivos, mas as discussões podemtambém realizaram um levantamento de
		pesquisas sobre o ensino de botânica e segundo
		eles:
		As pesquisas selecionadas nesse estudo
		não representam avanços de amplo
		espectro para o Ensino de Botânica,
		masconstituemumagamade
		contribuições específicas com base em
		problemas gerais já identificados por
		correlação dos conteúdos de anatomia e
		trabalhos anteriores. Tais esforços
		detalham e aprofundam contextos e
		possibilidades de trabalhar conteúdos,
		mesmo que, como já foi comentado,
		consistam em uma baixa quantidade de
		concentraram-se, por exemplo, na percepção
		artigos.
		(MIRANDA; XAVIER, 2017) e reunião de
		informações sobre a temática (MACHADO;
		a necessidade de investir em pesquisas voltadas
		4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
		refletir diretamente na forma como estes                             
		Nesse     estudo     foi     realizado     um
		profissionais vão lidar com o ensino de                 
		levantamento      bibliográfico      acerca      das
		
		
		Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
		122
 
	
		Costa, Mota e Brito, 2021
		Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 111 - 126, ano 2021
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		publicadas em forma deartigos, realizando uma
		quantificação e verificando quais as principias
		temáticas estudadas no Ensino de Botânica.
		Com isto, buscou-se mostrar as estratégias
		pedagógicasutilizadasparafacilitaro
		entendimento dos alunos sobre a Botânica
		Dessa forma, entende-se que a temática
		“botânica” vem sendo trabalhada em diferentes
		estratégias (jogos, plantas medicinais, jardins e
		estudos teóricos), estudos que buscam uma
		forma dinâmica de apresentar os conteúdos de
		botânicas são mais abundantes.
		Além disso, considerando os relatos da
		literatura, uma das dificuldades dos professores
		é tornar o ensino mais dinâmico. Isso revela a
		necessidade de investimento em pesquisas
		voltadas para aformação deprofessores e assim
		prepara-los para lidar com está temática. Os
		artigos mostram ainda que a contextualização
		com a realidade e o ensino dinâmico, oferecem
		maior sucesso para o ensino e aprendizagem de
		botânica.
		Diante do exposto, abre-se um leque
		para pensar em metas de curto, médio e longo
		prazos, que consigam mudar a imagem que
		prevalece na mente de grande parte da
		comunidade discente e docente ligadas à
		botânica(poráreacomplexaepouco
		convidativa, devido suaexaustivamemorização
		e completa falta de prática) e que novas
		pesquisas sejam elaboradas e divulgadas, com
		estratégias mais atraente e funcionais com
		relação ao ensino de Botânica.
		pesquisassobreoensinodebotânicaREFERÊNCIAS
		desenvolvidas nos últimos anos no Brasil e
		BARBOSA, P.P.; MARIANA MACEDO, M.;
		KATON, G.F.; URSI, S. Preservação e
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		com a formação docente e o ensino de
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		Publicações sobre ensino de botânica
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