Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 180-194, ano 2021
Aceito em: 30/03/2021 Publicado em: 15/08/2021
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http://doi.org/10.4025/arqmudi.v25i1. 58439
EXPERIENCE IN DEVELOPING A DIDACTIC MODEL AS AN ACTIVE TEACHING AND
LEARNING STRATEGY
Abstract
Human Anatomy requires the understanding of abstract concepts and it is the teacher’s duty to turn learning
into an easy process by applying innovative methodologies. This paper presents a didactic-pedagogical
experience, based on the construction of a didactic model for the study of dental anatomy, from low cost
materials, easy to acquire and use in the classroom. The proposal was based on the reproduction of a human
tooth, to use it as an approximate resource, and a didactic model with macroscopic and microscopic anatomical
representations was obtained. This modeling experience proved to be an alternative for the teaching and
learning process and, to fill a gap of practical material existing in anatomy laboratories. Thus, the teacher, as a
facilitator of learning, can work reality through observation and touch, as well as assist the student in
understanding the spatial and stratified organization of the anatomical structures that make up the tooth and
periodontium.
Keywords: Anatomy; active methodologies;
d
idactic materials.
ARTIGO ORIGINAL
EXPERIÊNCIA DE ELABORAÇÃO DE UM MODELO DIDÁTICO
COMO ESTRATÉGIA ATIVA DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM
ANATOMIA DENTAL
Daniel Martinez Saez
Universidade Federal de Alfenas-MG
dani_a350@yahoo.com.br
Resumo
A Anatomia Humana exige a compreensão de conceitos abstratos
e cabe ao docente ser um agente facilitador do aprendizado, pela
aplicação de metodologias inovadoras. Este trabalho apresenta
uma experiência didático-pedagógica, pautada na construção de
um modelo didático para estudo da anatomia dentária, a partir de
materiais de baixo custo, fácil aquisição e simples utilização em
sala de aula. A proposta fundamentou-se na reprodução de um
dente humano, para utilizá-lo como recurso aproximativo, e se
obteve um modelo didático com representações anatômicas
macroscópicas e microscópicas. Esta experiência por modelização
demonstrou ser uma alternativa para o processo de ensino e
aprendizagem e, para preencher uma lacuna de material prático
existente nos laboratórios de Anatomia. Assim, o docente, como
facilitador da aprendizagem, pode trabalhar a realidade por meio
da observação e toque, tanto quanto auxiliar o estudante na
compreensão da organização espacial e estratificada das estruturas
anatômicas que compõem o dente e periodonto.
Palavras-chave:Anatomia;metodologiasativas;material
didático.
Amanda Rezende Costa Xavier
Universidade Federal de Alfenas-MG
Experiência de elaboração de um modelo didático como estratégia ativa de ensino e aprendizagem
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 174-180, ano 2021
proteção e sustentação de tecidos moles, além de
1.1. Anatomia dentária
Os dentes são formados por uma coroa
e raiz, unidos por uma porção intermediária
denominada colo, em que a junção cemento-
esmalte desenha uma linha sinuosa bem nítida,
a linha cervical. A coroa dental é dividida em
coroa anatômica, que corresponde à porção do
dente revestida por esmalte e a coroa clínica,
que é a porção da coroa exposta na cavidade
bucal e, portanto, a coroa clínica é mais curta
que a coroa anatômica. Em acréscimo, a raiz
pode ser uni, bi ou trirradicular e, em sua
extremidade livre, denominada ápice há uma
abertura, o forame apical, o qual põe em
comunicação a polpa dentária, contida na
cavidade pulpar, com os tecidos periodontais e
por onde passam vasos sanguíneos e nervos
(MADEIRA; RIZZOLO, 2010).
Estruturalmente, os dentes, em sua
maior parte, são compostos por dentina, que é
um tecido mineralizado de natureza conjuntiva,
avascular e permeado por túbulos dentinários,
molares, desempenham as funções de mastigação,
1. INTRODUÇÃO que compõem a principal característica da
estrutura dentinária, além de ser a principal
Em conjunto, os dentes, que compreendemresponsável pela coloração branco-amarelada
os grupos dos incisivos, caninos, pré-molares edo dente. A dentina é recoberta, na porção
coronária, pelo esmalte, que irá recobrir a coroa
dos dentes e, na porção radicular, pelo cemento,
auxiliar na articulação de palavras e estética da facesendo composta por tecido mineralizado
(MADEIRA; RIZZOLO, 2010). Entretanto, osrepresentado por cristais de fosfato de cálcio
dentes humanos apresentam grande variaçãosob a forma de hidroxiapatita. A polpa dentária
anatômica e, portanto, é necessária a compreensão eé um tecido conjuntivo não mineralizado e
reconhecimento das generalidades da morfologiaricamente vascularizado por artérias, veias e
dental.nervos que acessam a polpa dentária pelo
forame apical e, atravessam longitudinalmente
o canal radicular e ramificam-se profusamente
em direção à periferia da polpa e constituem os
plexos vascular e nervoso (KATCHBURIAN;
ARANA, 2012).
A inserção dos dentes no tecido ósseo
dos maxilares é de responsabilidade dos tecidos
periodontais. O periodonto pode ser dividido
em periodonto de inserção ou sustentação, que
compreende o cemento, que recobre a dentina
radicular,oligamentoperiodontal,que
circunda as raízes dos dentes e atravessado por
feixes colágenos que irão unir o cemento
radicular ao osso alveolar, que por vez, está
contido dentrodo processoalveolar,
caracterizado por tecido ósseo compacto e
tecido ósseo esponjoso, caracterizado pela
presença de espaços medulares com aspecto
trabecular (LINDHE; KARRING; LANG,
2005).
Por fim, há o periodonto marginal ou
de proteção, que compreende a gengiva, que é
a parte da mucosa mastigatória que cobre o
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Saez e Xavier, 2021
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 174-180, ano 2021
1.2. Metodologias empregadas no ensino de
Anatomia
A par deste conhecimento teórico
aprofundado da anatomia dentária, é atribuída
aos profissionais da área odontológica, e à sua
equipe, a obrigatoriedade de desenvolver
competências para aplicar estratégias de
promoção de saúde bucal. Do ponto de vista
operacional, segundo Frazão e Narvai (2011),
as competências podem ser definidas levando
emconsideraçãotrêsdimensões:os
conhecimentos que correspondem ao saber, as
habilidades que dizem respeito ao saber-fazer e
as atitudes e valores que estão associados ao
saber-ser. Para desenvolver tais competências é
necessário aliá-las ao conhecimento, portanto,
focar em oportunidades de aprendizagem
(MESQUINI; MOLINARI; PRADO, 2006).
Entretanto,naformaçãodo
profissional de saúde ainda se observa um
predomínio de metodologias tradicionais de
ensino,influenciadas pelastendências
cartesianas, fragmentadas e reducionistas. O
ensino tradicional da Anatomia ocorre por meio
processo alveolar e circunda a porção cervical de aulas teóricas predominantemente
do dente, de contorno parabólico. A gengiva expositivas, seguidas de aulas práticas em
pode ser dividida em livre e inserida, sendo a laboratório, que se completa por apresentação
primeira de cor rósea, superfície opaca e de de livros atlas e textos, figuras e vídeos
consistência firme, enquanto asegunda, aderida (ARAÚJO JÚNIOR et al., 2014). Neste
ao osso alveolar e cemento radicular, tem sentido, tal dinâmica de ensino e aprendizagem
textura firme, cor rósea e com frequência coloca o docente no papel central e de
mostra uma superfície pontilhada, que lhe transmissor de conteúdo, e o estudante ocupa
confere um aspecto de casca de laranja um papel de receptor de informações (COSTA
(LINDHE; KARRING; LANG, 2005). et al., 2015; MATTOS, 2017), o que evidencia
a adoção de concepções educacionais
fundamentadas em uma lógica
bancária,
depositária (CORTESÃO, 2018;
FREIRE,
1981).
Ademais, o processo de ensino e
aprendizagem em Anatomia se apresenta a
partir de conteúdos teóricos e práticos de
complexoentendimentoaosestudantes
iniciantes,hajavista a exigênciade
memorização de estruturas infindáveis, com
nomes bastante herméticos, e abordada como
uma disciplina isolada, que tornam a tarefa de
aprendizado monótona e pode levá-los ao
desinteresse e frustração (COCCE et al., 2017;
SALBEGOet al., 2015; SOUZA, 2007). A isso,
somam-se a nãocompreensão das
características morfológicas e organização
espacial de todas as estruturas macroscópicas e
microscópicas do elemento dentário humano,
pela ausência de comparações possíveis por
materiais práticos quedeveriam estar
disponíveis nos laboratórios específicos e
professores que, eventualmente, não dominam
outras possibilidades conceituais e
metodológicas para trabalhar comos
estudantes.
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Experiência de elaboração de um modelo didático como estratégia ativa de ensino e aprendizagem
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 174-180, ano 2021
1.3. Modelo didático como estratégia ativa de
ensino e aprendizagem
Este quadro nos permite assumir,escrito e as figuras planas, muitas vezes
apoiados em Vilhena et al. (2010) e Salbego et descoloridas, dos livros-texto. Sua associação
al. (2015), a importância de uma prática de com aulas práticas permite que o estudante
ensino diferenciada, com emprego de manipule o material, explorando-o em
metodologias de ensino ativas, adotadas pelo diferentes ângulos, melhorando sua
docente, a fim de proporcionar a compreensão e interpretação geométrica, tanto
contextualização do conhecimento. Estas quanto potencializa o raciocínio espacial sobre
escolhas metodológico-pedagógicas poderão o conteúdo abordado. Assim, a manipulação e a
encaminhar a apreensão de conteúdos da forma exploração possibilitam encaminhamentos
mais eficaz e significativa, por parte dos metodológicos numa linha de aprendizagem
estudantes que, posteriormente, aplicarão o ativa e significativa, que resulta em aulas mais
conhecimento na prática assistencial. Em agradáveis e interessantes, com estudantes
consonância, para Freitas et al. (2008), o uso de receptivos e motivados, elementos essenciais
modelos didáticos macroscópicos em sala de para a aprendizagem (CECCANTINI, 2006;
aula por estudantes e professores propicia um MELLO et al., 2007; ORLANDO et al., 2009).
aprendizado satisfatório por reduzir a distância É deste modo que, perseguindo o
entre teoria e prática, além de apresentar maior objetivo de uma aprendizagem ativa, no sentido
aplicabilidade didática interativa do aluno com de permitir ao estudante a centralidade no
a realidade contextual do aprendizado. processo de aprendizagem, fomentando seu
protagonismo (BACICH; MORAN, 2018), e
significativa, no sentido da interação entre
novos conhecimentos com os conhecimentos
prévios, que adquirem novos significados
(AUSUBEL, 2000; MOREIRA, 2012), chegar-
se à concepção de docência como facilitadora
da aprendizagem. Esta concepção se define,
portanto, como um comportamento e uma
atitude do professor, ao se colocar como
mediador pedagógico, que incentiva ou motiva
a aprendizagem dos estudantes, conduzindo-
lhes a uma construção ativa e significativa de
conhecimentos(MORAN;MASETTO;
BEHRENS, 2000).
A maioria das instituições de ensino
superior, no entanto, não dispõe de materiais
Um modelo didático corresponde aum
sistema figurativo que reproduz a realidade de
forma esquematizada e concreta, tornando-a
maiscompreensívelaoestudantepor
representar uma estrutura que pode ser utilizada
como referência; uma imagem que permite
materializar a ideia ou o conceito, tornando-os
assimiláveis (GIORDAN; VACCHI, 1996;
JUSTINA; FERLA, 2006).
Osmodelos,comoestruturas
tridimensionais ou semi-planas (alto relevo) e
coloridas, são utilizados como facilitadores do
aprendizado, complementando o conteúdo
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Saez e Xavier, 2021
no processo de mediação da aprendizagem dos
didático-pedagógicoestãopresentesa
docente em relação ao objeto de conhecimento,
biológicos, estruturas laboratoriais adequadasaplicação de conhecimentos e de habilidades
ou acessíveis à grande parte dos estudantesquepotencializam o domínio teórico-conceitual
(GIORDAN;VECCHI,1996;PIAZZA;e técnico. A utilização do modelo enquanto
CHASSOT, 2012; VILHENA et al., 2010;dispositivo didático para a aprendizagem
YOSHIDA et al., 2003). Sendo assim, aevidencia os detalhes intrínsecos a ele relativos,
modelização podeser uma alternativapermitindo aos estudantes aprimorar sua
educacional para o ensino de ciências (DUSOrepresentação, comparado ao que se encontra
et al., 2013), como também pode se prestar paranos livros didáticos. Deste modo, revisando
equipar laboratórios, visando contemplar umapermanentemente os conceitos teóricos nos
gama de conteúdos abordados pelo docentelivros-texto, ou seja, conjugando diferentes
(ORLANDO et al., 2009). Nesta dimensão, oinstrumentos didáticos, o estudante amplia suas
materialdidático produzido atuacomoaprendizagensapartirdamediação
instrumento pedagógico que orienta a açãoproporcionada pelo professor (FREITAS et al.,
2008; KRASILCHICK, 2004; ORLANDO et
al., 2009).
estudantes, expressando os princípios Assim, concordamos com Duso et al
epistemológicos e metodológicos expressos no (2013) no sentido de que atividades didático-
projeto pedagógico do curso, e permite a pedagógicas de modelização, aplicadas ao
construção do conhecimento e ensino de anatomia dentária, são fortes aliadas
desenvolvimento de habilidades e do processo ativo de aprendizagem dos
competências específicas (BRASIL, 2007). estudantes, porque se pode estabelecer relações
Não obstante, ao recorrer ao uso de entre os conteúdos teóricos de modo
modelos didáticos, na procura da relação entre contextualizado com situações práticas e a
as abstrações e dados empíricos, em aulas partir deuma representação didáticamuito mais
práticas, deve ser adotado o cuidado deconcreta.
elesmesmos
construamos
macroscópicos,
porqueneste
explicitar aos estudantes queos modelos podem Ante o exposto, o objetivo deste
apresentar limitações, por serem simplificações trabalho é apresentar uma experiência didático-
do objeto real ou fases de um processo pedagógica, fundamentada na construção de
dinâmico (JUSTINA; FERLA, 2006; um modelo didático com representações
KRASILCHICK, 2004). anatômicas macroscópicas e microscópicas de
Diante disso, para diminuir essas um dente humano, para utilizá-lo como recurso
dificuldades e envolver o estudante no processoaproximativo no estudo da anatomia dentária.
de sua própria aprendizagem, é importante que
modelos
2. MATERIAIS E MÉTODOS
exercício
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Experiência de elaboração de um modelo didático como estratégia ativa de ensino e aprendizagem
A experiência descrita neste artigo é
um resultado apresentado em um trabalho de
Estado do Paraná, campus Londrina. O relato
trabalho, cujo resultado está na modelização de
um elemento dentário humano.
O processo de construção do modelo
segunda etapa baseou-se em discussões entre
sequência de montagem do modelo anatômico,
com o objetivo de estimular o planejamento e a
conclusão de curso (TCC), orientado pelocapacidade de contextualização dos assuntos
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
professor responsávelpela disciplina deestudados pelo discente. Por fim, na terceira
Anatomia Dental e Noções de Oclusão, doetapa,oestudanteidealizouomodelo
curso técnico em Saúde Bucal do Institutoanatômico dentário, a partir de encontros
semanais em sala de aula com o orientador ao
longo do semestre letivo, dando-lhe condições
aqui apresentado se refere às atividades destede desenvolver as habilidades que dizem
respeito ao saber-fazer.
Em momento anterior à construção do
modelo didático foi realizadapesquisadevários
anatômico dentário deu-se em três etapas,materiais que fossem, para docente e estudante,
incentivá-lo a pesquisa e a conduta científica. A
sendo todas sob a supervisão do professor-de baixo custo, fácil acesso, aplicação e
orientador, permitindo-lhe acompanhar asdurabilidade.Osresultadoslevaramà
atividades. A primeira etapa referiu-se à coletautilização de cola, estilete e tesoura; massa de
de informações, em que o estudante buscoumodelar; tintas plásticas de diferentes cores;
conhecimentos teóricos sobre a anatomia domadeira; placas de isopor; cartolina; canudos
elemento dentário e periodonto, no intuito deplásticos; fios de algodão; esponja de fibra
vegetal e espuma de polímeros plásticos, que
seriam utilizados para representar as diferentes
orientador e discente para estabelecer asestruturas anatômicas do dente, conforme
melhores possibilidades de aplicação destesdescrito na Tabela 1.
conhecimentos teóricos para a elaboração e
Tabela 1. Materiais selecionados e estruturas anatômicas representadas.
Materiais selecionados
Estruturas anatômicas representadas no modelo didático
Massa de modelar
- Dentina do dente humano (cor amarela)
Tintas plásticas
Placa de isopor
Cartolina
- Polpa dentária (cor vermelha)
- Base de madeira (cor preta)
- Partes ósseas no desenho anatômico do modelo (cor marrom)
- Esmalte dentário/Coroa (cor branca)
- Delimitar porção dentinária
- Osso compacto do alvéolo dental
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Canudos plásticos
- Canalículos dentinários (cor amarela)
Fios de algodão
- Fibras colágenas do ligamento periodontal (cor preta)
Esponja de fibra vegetal
- Vascularização e inervação da polpa dentária, sendo: artérias
(cor vermelha), veias (cor azul) e nervos (cor amarela)
- Trabéculas do tecido ósseo esponjoso
Esponja de polímero
plástico
- Periodonto de proteção/Gengiva (cor vermelha)
Fonte: O autor, produzido com os dados da pesquisa
Para a confecção do modelo didático,
de formato bidimensional, o discente elaborou
colado em uma base de madeira (37cm x 37cm)
pintada na cor preta e fez-se uso de tiras de
utilizou-se um pedaço de isopor, de cor branca,
posicionados e colados pequenos segmentos de
canudos plásticos também de cor amarela, com
Posteriormente, este desenho foi recortado e
um desenho anatômico de um incisivo centralintuito de representar o aspecto tubular dos
inferior em uma folha A4 (21cm x 29,7cm),canalículos dentinários. E por fim, para a
como base de referência para a confecção doconstrução da polpadentária, a região
modelo. Este desenho, em plano frontal,correspondente foi preenchida com massa de
continha as estruturas do dente (esmalte,modelar decor vermelha, pararepresentararica
dentina e cavidade pulpar), do periodonto devascularização da polpa dentária. E para
sustentação(cemento,ossoalveolarerepresentar os plexos vascular e nervoso foram
ligamento periodontal)eperiodonto deutilizados fios de algodão nas cores vermelha,
proteção (gengivas livre e inserida).azul e amarela que correspondem as artérias,
veias e nervos, respectivamente, como pode ser
vista na Figura 1B.
Paraas estruturas ao redor do elemento
Na representação do esmalte dentário
cartolinaparadelimitarasáreasdentário, como o periodonto de sustentação,
correspondentes à porção dentinária e ao ossofez-se uso de agulha de costura para fazer
compacto que circunda o osso esponjoso doorifícios no centro das tiras de cartolina, que
alvéolo dental, conforme Figura 1A. delimitam a dentina na porção radicular do
dente e osso alveolar, e passar fios de algodão
decor preta pelos orifícios das cartolinas, sendo
recortado no formato da coroa dentária e coladoassim representadas as fibras colágenas do
na área correspondente do desenho na base deligamento periodontal. E para a construção do
madeira. Para a dentina coronária e radicular,osso alveolar, a porção correspondente no
foi preenchida a porção correspondente àdesenho de referência foi pintada com tinta
dentina com massa de modelar de cor amarela,guache marrom e, em seguida, colou-se fibras
por representar a cor da dentina do dentede esponja vegetal ao redor do elemento
humano e sobre a massa de modelar, foram
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Experiência de elaboração de um modelo didático como estratégia ativa de ensino e aprendizagem
dentário, para mimetizar o aspecto trabecularPara representar o periodonto de
na junção cemento-esmalte e, posteriormente,
fixada ao modelo anatômico, recobrindo-o e
caracterizando a morfologia externa do dente,
conforme Figura 1C.
do tecido ósseo esponjoso, conforme Figura1B. proteção, fez-se a construção da gengiva, a
No intuito de utilizar o modelo com partir de recortes de espumas de polímeros
camadas estratificadas, fez-se um recorte de plásticos na cor vermelha sobre a área
cartolina no formato do elemento dentário, correspondente à gengiva no desenho de
sendo incluída as porções coronárias, de cor referência, delimitando o osso alveolar e sobre
branca, e radicular, de cor amarela, de forma a o dente. Buscou-se obedecer ao formato e
apresentar uma nítida divisão entre as porções, extensão do desenho de referência, bem como
como representação da linha cervical presente da gengiva livre em direção à coroa, tendo
formato parabólico, e que serviu para delimitar
a coroa clínica e coroa anatômica, conforme
Figura 1D.
Figura 1. Etapas de construção do modelo anatômico dentário. Observar o estágio inicial (A), sendo evidenciado a morfologia
interna (B) e externa (C) do elemento dentário e aspecto final do modelo didático (D). Legendas: (Es) Esmalte; (Dn) Dentina;
(Po) Polpa dentária; (Co) Coroa dentária; (Rz) Raiz; (Lg) Ligamento periodontal; (Oa) Osso alveolar; (Gg) Gengiva. Fonte: O
autor, produzido com os dados da pesquisa.
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ARTIGO ORIGINAL
3. RESULTADOS E DISCUSSÃOcamadasexternadoconjuntodentee
periodonto (Figura 2A), sendo visível apenas a
O modelo didático obtido replica, emcoroa clínica do dente; intermediária (Figura
formatobidimensional,asestruturas2B), a partir da remoção da gengiva, sendo
anatômicas macroscópicas e microscópicas quevisível o periodonto de sustentação e a
compõem um dente humano, além de contermorfologia externa do dente, com distinção
camadas pararepresentar a organizaçãoentre coroa e raiz e, interna (Figura 2C), sendo
espacial e estratificação dos elementosvisíveloselementosconstituintesda
constituintes do dente e de suas estruturas demorfologia interna do elemento dentário.
suporte e proteção. Foram representadas as
Figura 2. Representação final da organização espacial e estratificação do modelo anatômico dentário. Observar as camadas
externa (A), intermediária (B) e interna (C). Fonte: O autor, produzido com os dados da pesquisa
ParaYoshidaetal.(2003),desenhos esquemáticos ou fotografias limitam
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tradicionalmente os conteúdos da disciplina deousuáriopornãopermitiracessoà
Anatomia Humana são apresentados em livros-representação de todos os ângulos possíveis e
texto, atlas e cadáveres. Todavia, nos textos, asdesejáveis. Por fim, o uso de cadáveres é
descrições das estruturas anatômicas e suasnumericamente insuficiente para atender ao
relações são difíceis para o leitor e nos atlas, oscorpo discente envolvido e, segundo Piazza e
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Experiência de elaboração de um modelo didático como estratégia ativa de ensino e aprendizagem
Chassot (2012), o acesso às peças cadavéricas
limita-se ao ambiente de laboratório, quando
com estruturas tridimensionais ou semi-planas
(alto relevo) e coloridas devem ser utilizados
como uma alternativa educacional ao ensino
aprimoramento de sua compreensão acerca do
(AUSUBEL, 2000; MOREIRA, 2012).
instituições públicas de ensino, visto que este é
o modo legal para efetivar compras no serviço
das aulas práticas, sendo inacessível aopúblico. Estes são fatores, portanto, como alerta
estudante fora deste ambiente e horário, caso o Vilhena et al. (2010), que ampliam as
discente queira revisar algum detalhe. dificuldades das instituições de ensino públicas
Sendo assim, assumimos, com a empregarem modelos anatômicos como
Orlando et al. (2009), que os modelos didáticosrecurso didático, que visem à facilitação da
aprendizagem do estudante.
Em contrapartida, Araújo Júnior et al.
(2014) e Souza e Freitas (2016) demonstram
tradicional de Anatomia, como facilitadores doque o uso de materiais de baixo custo ou
visualizando-o por vários ângulos, permite o
aprendizado, complementando o conteúdoreciclado, utilizados na fabricação de modelos
escrito e as figuras planas. Essa opçãodidáticos, a partir de barbantes, fitas coloridas,
metodológica, ao despertar um maior interessepeças de madeira e massa moldável, é uma
do estudante por permitir a manipulação ealternativa factível pela facilidade de acesso,
exploração do material didático construído,tanto pelo docente como discente e para
contornar a escassez de recursos.
Nesta perspectiva, o presente trabalho
MASETTO; BEHRENS, 2000) e significativa
conteúdo relacionado. Logo, por essa opção, ocorrobora com a literatura e demonstra ser
processo de aprendizagem aproxima-se dapossível a confecção de um modelo anatômico
concepção de ensino e aprendizagem ativadentário, a partir de materiais de baixo custo e
(BACICH;MORAN,2018;MORAN;fácil aquisição por docentes e estudantes, com
melhor custo-benefício entre investimento nos
materiais e qualidade final do produto. E, de
Um outro fator a ser considerado,acordo com Carmello et al.(2020),este fato tem
embasados em Ceccantini (2006) e Araújoimplicação direta na implementação de novas
Júnior et al. (2014), é que diversas empresastecnologias no processo educacional, pela
comercializam, no Brasil eno exterior, modelosrealidade financeira da população e da
feitos de diversos tipos de materiais (resina,instituição de ensino.
gesso, polímeros), mas esses costumam serA aplicação desta metodologia ativa
caros,dedisponibilidadeediversidade no processo de ensino e aprendizagem na
limitadas. Além disso, frequentemente, não disciplina de Anatomia, com a introdução de
representam de forma adequada o objeto real de um momento para a elaboração do modelo
estudo. Para agravar, há a morosidade da didático, encontraconsonânciacom
aquisição pormeiode licitaçãopelas apontamentos de Justina e Ferla (2006) e Duso
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Saez e Xavier, 2021
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opção metodológica, pois além de permitir ao
estudante ser o protagonista na construção de
seu aprendizado, possibilita a visualização e
manuseio do material concreto por estudantes e
No entanto, cabe a ressalva de que a
al., 2009). É importante que o preparador do
aproximar o modelo à realidade, da maneira
mais fidedigna possível (ARAÚJO JÚNIOR et
et al. (2013) quanto aos aspectos positivos destaatuaçãodopróprioestudante.Deu-lhe
condições de atuar ativamente na construção de
seu conhecimento, permitindo a possibilidade
de compreensão tridimensional sobre o objeto
de estudo (CECCANTINI, 2006), aproximou-o
utilizados em sala de aula e em monitorias.
professores. Em acréscimo, os modelos podem da realidade macroscópica e microscópica
ampliar o acervo do laboratório e serem estudada (FREITAS et al., 2008) e desenvolveu
suas habilidades artísticas (ORLANDO et al.,
2009).
2008; KRASILCHICK, 2004; ORLANDO et
utilização de modelo didático no processo de Nesta atividade de modelização
ensino e aprendizagem deve estar centrada nos desenvolvida, conforme é salientado por
limites e nas possibilidades para a sua aplicação Araújo Júnior et al. (2014), houve a supervisão
napráticaeducativa. Isso significaqueépreciso técnica do docente orientador, a fim de se
a reflexão sobre os pontos limitantes associados garantir que a construção do modelo fosse
à forma de aplicação do modelo didático em anatomicamente correta e possibilitar ao
aula, a exemplo da não problematização, da estudante a superação de dificuldades
ausência ou insuficiência de explicitação dos enfrentadas neste processo. Essa orientação
limites do material, como mera representação aconteceu mediante a discussão entre discente e
analógica (JUSTINA; FERLA, 2006). docente, estreitando o processo de ensino e
Diante disso, para diminuir essas aprendizagem, em um movimento dialógico
limitações e envolver o estudante no processo (FREIRE, 1981) e orientado por uma atitude
de aprendizagem, é importante que eles mediadora e facilitadora da construção do
contribuam com a própria construção do conhecimento (MORAN; MASETTO;
modelo (FREITAS et al., BEHRENS, 2000), porque conduziu à reflexão,
à problematização e à responsabilização por
esta construção.
modelo domine o conhecimento teórico-No tocante à produção do modelo
conceitual e elabore um planejamento paradidático foram considerados critérios que,
segundo Cerqueira e Ferreira (2000) e Rando et
al. (2020), têm a finalidade de obter uma maior
al., 2014). Esse foi o processo pedagógicoeficiência na utilização por estudantes. Dentre
demonstra ser exequível, no que se refere à
desenvolvido na produção e aplicação doestesestãootamanhoampliado,para
material pedagógico, aqui apresentado, e, pordemonstrar com facilidadeospequenos
tais delineamentos, o modo de produção dodetalhes de estruturas microscópicas; a seleção
modeloanatômicodentárioapresentadode materiais que permitissem um fácil
manuseio, para proporcionar maior qualidade
190
Experiência de elaboração de um modelo didático como estratégia ativa de ensino e aprendizagem
no aprendizado e fossem resistentes ao uso
uso de materiais com diferentes texturas, como
estudantes. Estas condições são corroboradas
contínuo em saladeaula, garantindo maior vida4. CONCLUSÃO
útil ao modelo; e a segurança, para não gerar
nenhum possível risco aos usuários. Sob tais alinhamentos, é necessário
Além desses critérios, todas as pôr luz sobre a dimensão da avaliação da
estruturas presentes no modelo apresentam aprendizagem, no processo de realização desta
cores vibrantes distintas, que representam a estratégia pedagógica ativa de ensino e
coloração de uma peça anatômica real e,aprendizagem.
acréscimo, o modelo anatômico dentário, pelo
conforme elucidado por Rando et al. (2020), asÉ importante destacar que, ainda que a
cores, por meio do contraste, melhoram a modelização apresentada neste estudo tenha se
diferenciaçãomorfológicadasestruturas, mostrado como uma alternativa dinâmica para
atraem a atenção do observador e torna o se trabalharconceitosanatômicos
trabalhocomunicativo ao estudante, macroscópicos e microscópicos do elemento
contribuindo para a memorização.Em dentário, e proporcionado umaporte
pedagógico ao docente para o desenvolvimento
dequestões problematizadoras por meio deuma
viabilizar uma maior fixação do conteúdo pelos
descrito por Rando et al. (2020), permite relação entre o teórico e real, a proposta do
utilizar o recurso do tato para aprender, pois o estudoseefetivou pela conclusão das atividades
estudante pode manipular as estruturas, pelo estudante, que defendeu o trabalho perante
facilitando o aprendizado do tema. banca e teve sua aprovação obtida. Contudo,
Portanto, de acordo com Carmello et sem a aplicação de questionários, quer por
al. (2020), a adoção de estratégicas de ensinotestescomparativosreferentesaos
que consigam associar o uso de modelosconhecimentos prévios ou adquiridos na
alternativos, oferecem benefícios pedagógicosexperimentação, a avaliação da aprendizagem
aos estudantes, por se tratar de uma novanão alcançou a dimensão potencial que poderia
possibilidade de aprendizado, por meio de umaalcançar, caso a estratégia tivesse sido
estratégia lúdica e artística, com intuito deimplementada também em outros componentes
curriculares do curso, para além do trabalho
realizado.
pelos resultados de Freitas et al. (2008),Todavia, é fundamental reforçar que
Orlando et al. (2009) e Silva, Filha e Freitas.esta condição se relaciona ao fato de que a
(2016),cujosmodelospropiciaramumconclusão do modelo se deu juntamente com o
aprendizado satisfatório e fixação das teoriasencerramento do curso de Técnico em Saúde
básicas, além do aumento de interesse e aBucal pelo estudante. Logo, foram registradas
participação ativa dos estudantes. as percepções do professor-orientador e do
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 174-180, ano 2021
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Saez e Xavier, 2021
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 2, p. 174-180, ano 2021
estudante quanto ao método utilizado no
decorrer de todas as etapas de planejamento e
elaboração do modelo anatômico, e não sendo
reproduzidaemoutrosespaçosde
aprendizagem do curso.
É deste modo que, apesar das
dificuldades inerentes à construção do modelo,
porrequerertécnica,materiaise
disponibilidade de tempo pelos integrantes do
projeto, a técnica utilizada na confecção do
modelo didático apresentado, de baixo custo,
com boa qualidade e resistência ao uso,
configura-se como uma alternativa viável para
demonstração pelo docente em atividades
práticas de laboratório.
Ademais, percebe-se que a adoção
desta metodologia ativa torna-se um recurso
aproximativo entre docente, discente e objeto
de conhecimento, cuja abordagem significativa
permite a participação ativa do estudante na
construção de seu conhecimento. E, no
momento da experimentação, evidencia-se que
há o despertar do interesse do estudante pela
compreensãodosconceitosbásicosem
anatomia dentária humana, por meio da
observação e manuseio do modelo.
Podemos concluir, nesse sentido, que
a experiência aqui apresentada se constitui
como uma estratégia ativa de ensino e
aprendizagem,conduzindoaumanova
possibilidade de aprendizado e potencialmente
favorável ao desempenho dos estudantes.
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