Arquivos do Mudi, v. 25, n. 3, ano 2021
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ARTIGO ORIGINAL
Aceito em: 29/09/2021 Publicado em: 15/12/2021
Esta revista possui Licença CC BY-NC
http://doi.org/10.4025/arqmudi.v25i3.61059
ANÁLISE DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS SUBMETIDOS À
AVALIAÇÃO DA MOBILIDADE, EQUILÍBRIO E MARCHA
Ana Carolina de Souza Tomaz
Centro Universitário Ingá UNINGÁ
anacarolinatomaz85@gmail.com
Resumo
O processo de envelhecimento colabora para o declínio funcional
e consequentemente gera alterações de equilíbrio e marcha. A
análise de equilíbrio e marcha contribui para verificar o perfil e
situações de risco de quedas em idosos, evento esse considerado
um problema de saúde pública. Este trabalho teve como objetivo
correlacionar a mobilidade, o equilíbrio e a marcha com o risco de
quedas em idosos. Trata-se de um estudo transversal, realizado
com os idosos frequentadores da clínica escola de fisioterapia do
centro universitário Ingá - UNINGÁ, na área de saúde do idoso. O
estudo teve como critérios de inclusão, idosos com idade igual ou
superior a 60 anos e que aceitassem participar da pesquisa através
do preenchimento por escrito do termo de consentimento livre e
esclarecido. Foram excluídos pacientes que não realizavam a
marcha sem o auxílio de outra pessoa e aqueles que não tinham
cognitivo preservado para compreender os questionários. O Índice
de Vulnerabilidade Cinético Funcional (IVCF-20) foi utilizado
para avaliar a vulnerabilidade funcional e a escala de Tinetti para a
análise da marcha e equilíbrio. Os achados apresentados no índice
do IVCF-20 e na escala de Tinetti, revelam um maior risco de
quedas em mulheres idosas e com idade mais avançada, pois, essas
apresentam maior déficit funcional e restrição de mobilidade e
equilíbrio. Diante dos resultados do presente estudo, a prevenção é
realizada visando reduzir os problemas complementares sucessivos
a quedas e assegurar ao idoso um processo de senilidade com
melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: Avalição geriátrica; envelhecimento; limitação
da mobilidade.
Gislaine Silva
Centro Universitário Ingá - UNIN
kamilaliarafeliciano@gmail.com
Lilian Catarim Fabiano
Centro Universitário Ingá - UNIN
lcatarim@hotmail.com
Simone Fernandes
Centro Universitário Ingá - UNINGÁ
ft.simonefernandes@gmail.com
Débora Dei Tos
Centro Universitário Ingá - UNIN
deboradeitos@hotmail.com
Análise do risco de quedas em idosos submetidos à avaliação da mobilidade, equilíbrio e marcha
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 3, p. 10 - 24, ano 2021
ANALYSIS OF THE RISK OF FALLS IN ELDERLY SUBMITTED TO EVALUATION OF
MOBILITY, BALANCE AND GAP
Abstract
The aging process contributes to functional decline and consequently generates changes in balance and gait.
The analysis of balance and gait contributes to verifying the profile and risk situations for falls in the elderly,
an event that is considered a public health problem. This study aimed to correlate mobility, balance and gait
with the risk of falls in the elderly. This is a cross-sectional study, carried out with the elderly who attend the
physiotherapy school clinic of the Ingá University Center - UNINGÁ, in the area of elderly health. The study
had as inclusion criteria, elderly people aged over 60 years and who accepted to participate in the research by
filling out the free and informed consent form. Patients who did not walk without the help of another person
and those who had no cognitive impairment to understand the questionnaires were excluded. The Functional
Kinetic Vulnerability Index (IVCF-20) was used to assess functional vulnerability and the Tinetti scale for gait
and balance analysis. The findings presented in the IVCF-20 index and in the Tinetti scale reveal a greater risk
of falls in elderly and older women, as they have greater functional deficit and mobility and balance restrictions.
In view of the results of the present study, prevention is carried out with the aim of reducing successive
complementary problems to falls and assuring the elderly person a senility process with a better quality of life.
Keywords: Geriatric assessment; aging; mobility limitation.
1. INTRODUÇÃO
Diante do processo de transição
demográfica ocorrem baixas nas taxas de
mortalidade e fecundidade, consequentemente
a isso, os resultados apontam uma população
mais senil, fazendo com que, o envelhecimento
no Brasil ocorra de forma acelerada. Em países
desenvolvidos é considerado idoso o indivíduo
acima de 65 anos e em países em progressão
idosos acima de 60 anos (NOGUEIRA et al.
2017).
O processo de envelhecimento vem
acompanhado do aumento de doenças crônicas
degenerativas e de alterações funcionais
fisiológicas como: diminuição da força
muscular, redução da massa óssea, alterações
do equilíbrio, desajustes posturais e
modificações da marcha, essas podem resultar
em incapacidades funcionais, ou seja,
limitações ou carência de ajuda para executar as
atividades do dia-a-dia e as atividades
instrumentais do cotidiano relacionadas a
mobilidade (RODRIGUES et al. 2016; ALVES
et al. 2010).
O avanço do declínio funcional expõe
os idosos a suscetibilidade de quedas, que por
sua vez, podem ser provenientes de fatores
extrínsecos, que estão relacionados ao meio
ambiente, decorrentes de obstáculos dispostos
nos espaços, ou problemas de iluminação. E
também os fatores intrínsecos que consistem
em aspectos próprios, dentre esses existe o
déficit das funções executivas, que compreende
um conjunto de habilidades cognitivas
necessárias para planejar, executar, sequenciar
e monitorar ações dirigidas para um
determinado fim (NASCIMENTO et al. 2018).
Segundo Moraes et al. (2019), o
déficit das funções executivas está
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Tomaz et al., 2021
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 3, p. 10 - 24, ano 2021
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correlacionado com o declínio da integração do
aparelho vestibular, do sistema visual e do
sistema somático e sensorial, onde a
incapacidade da integração das informações
sensoriais e determinar as oscilações do corpo
levam a alterações consideráveis de equilíbrio
estático e dinâmico, mobilidade e no
desempenho da marcha.
As quedas em idosos são frequentes e
determinam complicações que alteram
negativamente a sua qualidade de vida, pois,
esses episódios podem levar a algum tipo de
lesão de menor ou maior gravidade, dentre as
mais corriqueiras estão: fraturas de vertebras da
coluna, fêmur, úmero, e de ossos de antebraço
como rádio e costelas. A ocorrência de quedas
por intervalo de idade é de 28% a 35% nos
idosos acima de 65 anos, sendo prevalente em
idosos com idade superior a 75 anos, 32% a
42%. Destaca-se que uma porção de 30% a 60%
da população com mais de 65 anos de idade
sofre queda anualmente e metade desta
apresenta mais de duas quedas por ano (TAKO
et al. 2017).
Para Silva et al. (2008), na avaliação
das alterações funcionais são utilizados
instrumentos que mensuram essas alterações,
dessa forma, escalas, questionários e testes são
aplicados a fim de quantificar e qualificar o seu
estado cinético funcional através do equilíbrio,
mobilidade e marcha relacionando-os aos
índices de quedas na senilidade. A mobilidade
pode ser investigada através do Índice de
Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20),
que possuí ênfase na identificação do perfil de
idosos de risco, e uma das escalas utilizadas
para avaliar tanto o equilíbrio quanto a marcha
é a escala de Tinetti, com ênfase no equilíbrio
de forma qualitativa, e da marcha com
entonação na eficiência do deslocamento.
Nesse contexto, Souza et al. (2017)
expõe que é fundamental que uma avaliação
fisioterapêutica englobando todos esses
achados faça parte da rotina do tratamento,
tanto para prevenir quanto para reabilitar.
Diante disso, a avaliação tem como objetivo
identificar a situação de risco na qual esse idoso
se encontra, para que o mesmo possa se
beneficiar a partir do surgimento de um
possível problema através da intervenção
fisioterapêutica, otimizando, desse modo, sua
função motora e reduzindo os níveis de auxílio
para a execução das suas atividades do
cotidiano.
Sendo assim, a Fisioterapia atua por
meio de recursos capazes de implementar
condutas para contrapor e prevenir as diferentes
alterações e deficiências encontradas no
processo de envelhecimento. Para então,
melhorar a capacidade de deambulação e
qualidade de vida em geral. Logo, as
abordagens fisioterapêuticas na saúde do idoso
visam melhorar ou manter as capacidades
funcionais, compreender a promoção do bem-
estar e prevenir limitações, bem como a
reabilitação, quando as patologias estiverem
instaladas (MACIEL; GUERRA, 2005).
Mediante ao exposto, o objetivo deste
estudo é correlacionar a mobilidade, equilíbrio
e a marcha com o risco de quedas dos pacientes
idosos da clínica do centro universitário Ingá-
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Análise do risco de quedas em idosos submetidos à avaliação da mobilidade, equilíbrio e marcha
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 3, p. 10 - 24, ano 2021
Uningá, através da aplicação dos testes ICVF-
20 e Tinetti.
2. METODOLOGIA
O presente estudo foi traçado como
transversal, realizado na Clínica Escola de
Fisioterapia do Centro Universitário Ingá -
UNINGÁ, localizada em Maringá-PR, após a
aprovação do Comitê de Ética da instituição
pelo parecer 4.913.160. Desta forma, atentou-
se em seguir a Resolução 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde (CNS) que
assegura diretrizes para pesquisas que incluem
seres humanos. Para fazer parte deste estudo, os
indivíduos assinaram um termo de
consentimento livre e esclarecido (TCLE) e
obtiveram explicações sobre a finalidade e a
importância da realização do mesmo.
A Clínica Escola de Fisioterapia da
Uningá atua em diferentes áreas, inclusive na
Saúde do Idoso, na qual são atendidos pacientes
acima de 60 anos, de ambos os gêneros. Sendo
assim, nessa população, a Clínica trabalha com
o intuito de reabilitar as limitações funcionais
decorrentes do processo do envelhecimento,
tais como: prevenção de risco de quedas,
alterações na marcha e equilíbrio.
Os critérios de Inclusão foram os
idosos participantes da Clínica de Fisioterapia
da Uningá, que apresentavam idade superior ou
igual a 60 anos e aceitaram participar da
pesquisa. Sendo excluídos pacientes que não
realizavam a marcha sem o auxílio de outra
pessoa e aqueles que não tinham cognitivo
preservado para compreender os questionários.
Foi utilizado o Índice de
Vulnerabilidade Cinético Funcional (IVCF-20)
para avaliar a vulnerabilidade funcional. O
IVCF-20 é um questionário que compreende
aspectos multidimensionais da condição de
saúde do idoso, sendo constituído por 20
questões, distribuída em 8 sessões, que são elas:
idade, auto percepção da saúde, incapacidades
funcionais, cognição, humor, mobilidade,
comunicação e comorbidades múltiplas. Cada
sessão possuí pontuação particular que resulta
em um valor que atinja até 40 pontos, quanto
maior o valor obtido, mais alto é o risco de
vulnerabilidade clinico-funcional do idoso
(MORAES et al. 2016).
Para a análise da marcha e equilíbrio
foi utilizada a escala de Tinetti, a qual é
fracionada em duas partes. Sendo assim, uma
parte avalia o equilíbrio de forma qualitativa
reproduzindo as alterações nas mudanças de
posições e a outra avalia a marcha baseando-se
na eficiência do deslocamento,
respectivamente. A escala consiste em 16 itens,
sendo que 9 avaliam o equilíbrio do corpo e 7
avaliam a marcha. A contagem para cada
exercício varia de 0 a 1 ou de 0 a 2 e a pontuação
máxima do índice é de 28 pontos, sendo que,
pontuações inferiores a 19 indicam maiores
riscos de quedas e consequentemente
pontuações superiores a isso resultam em um
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menor risco de quedas (NOGUEIRA et al.
2017). Posteriormente à junção de todos os
dados dos prontuários, as informações foram
digitadas e tabuladas. O banco de dados e as
tabelas foram construídos no Microsoft Excel
2016.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para o presente estudo contamos com a
colaboração de 20 idosos de 60 anos ou mais,
de ambos os sexos que foram designados
conforme os critérios de inclusão e exclusão.
Tabela 1 Perfil sociodemográfico dos participantes da pesquisa.
Notas: N = frequência absoluta; % = Porcentual.
Fonte: as autoras, 2021.
Com relação ao perfil
sociodemográfico dos participantes da
pesquisa, podendo ser melhor analisado na
tabela 1, teve-se 15 participantes do gênero
feminino e 5 do gênero masculino com idade
média de 65,6 anos, tendo, 19 (95%) indivíduos
de 60 a 74 anos, 1 (5%) de 75 a 84 anos e 0 com
85 anos ou mais (0%). Aguiar et al. (2019), em
sua amostra com idosos membros da clínica
escola de Fisioterapia das Faculdades Unidas
do Norte de Minas, obtiveram menor
quantidade (34%) de idosos entre 65 e 80 anos.
O que difere do presente estudo, na qual a
Variáveis
N
%
19
95
Idade
1
5
0
0
12
60
Raça
3
15
4
20
1
5
Gênero
15
5
75
25
Estado Civil
12
60
1
6
5
30
1
5
Patologia
17
85
3
15
IMC
12
60
8
40
14
5
Análise do risco de quedas em idosos submetidos à avaliação da mobilidade, equilíbrio e marcha
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maioria dos participantes (95%) teve idade
entre 60 e 74 anos. Isso sugere que as alterações
que surgem no decorrer do envelhecimento
indeferem se o idoso está no início da velhice
ou em um estágio mais avançado. Em relação à
raça, no presente estudo 12 (60%) dos
pesquisados eram brancos, 3 (15%) pardos 4
(20%) negros e 1 (5%) amarelo. De encontro
com nossos achados, Silva et al. (2012),
realizou um estudo com uma amostra de 205
idosos com as etnias supracitadas, todos os
grupos apresentaram episódios de quedas em
um período de 12 meses, todavia, os idosos
negros apresentaram maior porcentagem para
quedas em relação aos outros grupos étnicos
autodeclarados, uma vez que na população
negra, a diminuição da capacidade funcional
está relacionada a fatores demográficos,
socioeconômicos, culturais e psicossociais.
Corroborando com está pesquisa,
Ferreira et al. (2009), aponta em seu estudo que
menor número de quedas em homens do que
em mulheres, apesar de não ter nada que
justifique esse fato. As pesquisas mostram que
isso pode se dar devido ao estado funcional das
mulheres ser inferior em relação aos homens,
além do que, a mulher apresenta maior
capacidade de mutabilidade,
consequentemente, expõe-se a maior risco de
quedas. O autor ainda ressalta que, a proporção
de massa magra e força muscular em idosas é
inferior do que nos idosos, tornando-as mais
frágeis.
De acordo com o estado civil, 12
(60%) se alto declararam casados, 1 (5%)
referenciou ser divorciado, 6 (30%) viúva e 1
(5%) solteiro. Em contrapartida, Pimenta et al.
(2017), relata que em seu estudo que 48% dos
pacientes eram casados.
Dentre as patologias presentes na
amostra, 17 delas foram classificadas como
doenças ortopédicas, tais como: osteoartrose de
joelho e quadril, osteofitose, pós-operatório de
joelho e fratura de coluna lombar (L3-L4). Os
outros três pacientes apresentaram disfunções
neurológicas como: Parkinson e Acidente
Vascular Cerebral (AVC). Estudiosos apontam
que dentre as patologias ortopédicas que
acometem a população idosa, 20% queixam-se
de artrite e a mesma porcentagem de artrose,
ademais, 60% referem- se a dores na coluna
vertebral. Cruz et al. (2011), realizou um estudo
com 106 idosos diagnosticados com
osteoartrose, na qual 45% deles relataram ter
pelo menos um episódio de queda no último
ano. Das doenças neurológicas, nesse mesmo
público, destaca-se o AVC atingindo 80% dos
indivíduos e o Parkinson 20% deles (SOUSA;
GONÇALVES; GAMBA, 2018). Esses
distúrbios podem dificultar e impedir o idoso de
realizar suas atividades diárias, tendo em vista
que eles contribuem para levá-lo a uma
incapacidade funcional que varia de leve a
grave.
O fator nutricional também é um dos
aspectos relacionados ao crescimento do risco
de quedas. Em nosso estudo observamos uma
amostra significativa de idosos com sobrepeso
(40%) e nenhum idoso desnutrido, conforme a
avaliação pelo IMC. Dentre os idosos com
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Tomaz et al., 2021
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 3, p. 10 - 24, ano 2021
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sobrepeso, encontramos quadros de obesidade
I, II e III. Apesar da nossa amostra apresentar-
se com menor número de sobrepeso, um dos
fatores que atualmente podem elevar o risco de
quedas devido ao processo do envelhecimento
adepto a uma qualidade de vida, é a
obesidade.
O sobrepeso associado a senescência
caracteriza-se pela perda da massa corporal,
redução do sistema imunológico, resistência à
insulina, ficit cognitivo e aterosclerose. Esses
atributos consequentemente podem acarretar
em efeitos catabólicos no sistema
musculoesquelético como a sarcopenia,
diminuição da capacidade física, redução da
mobilidade e fragilidade e perda involuntária da
massa muscular. Esse conjunto de alterações na
composição corporal do idoso implica na sua
funcionalidade, tornando-o idoso passível a
limitações de mobilidade (SANTOS et al.
2013).
A seguir, na tabela 2, apresentamos as
variáveis de classificação dos idosos no
questionário IVCF-20 de acordo com suas
pontuações.
Tabela 2 Classificação dos idosos no
questionário IVCF-20 de acordo com suas
pontuações.
IVCF-20
N
%
Baixo Risco
4
20
Moderado Risco
5
25
Alto risco
11
55
Notas: N = Frequência absoluta; % = porcentual.
Fonte: as autoras, 2021.
O estudo mostrou que 4 (20%) dos
indivíduos apresentaram baixo risco para
vulnerabilidade clínico funcional, 5 (25%)
moderado risco e 11 (55%) alto risco.
Conforme a Linha Guia (2018), essa
estratificação de risco está relacionada ao grau
de fragilidade do idoso, dessa forma, o
indivíduo que apresenta baixo risco é
classificado como um idoso robusto, aqueles
que compreendem moderado risco como idoso
em risco de fragilização e os que apontam alto
risco, considera-se um idoso frágil.
O idoso diagnosticado em alto risco,
classificado como frágil, pode apresentar-se em
três complexidades: baixa complexidade, alta
complexidade e fase final da vida. Dessa
maneira, os idosos de baixa complexidade são
aqueles que se encontram com um déficit
funcional, o que determina um baixo potencial
em reverter o seu quadro clínico-funcional. Já
os indivíduos de alta complexidade, são aqueles
que apresentam dependência funcional nas
AVD’s associada a difíceis condições de saúde,
sendo esses os idosos que mais se beneficiam
do atendimento multidisciplinar geriátrico-
gerontológicas especializadas. Por último, na
fase final de vida, destaca-se os idosos que
apresentam dependência funcional estabelecida
e uma menor sobrevida estimada em seis meses
(LINHA GUIA, 2018).
Alguns parâmetros coletados em
nosso estudo através do IVCF-20 foram
analisados, sendo assim, em relação a
modalidade que sofreu maior número de
pontuação no instrumento foi o quesito
mobilidade, a qual aborda aspectos como:
Análise do risco de quedas em idosos submetidos à avaliação da mobilidade, equilíbrio e marcha
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 3, p. 10 - 24, ano 2021
alcance, preensão e pinça, capacidade aeróbica
e/ou muscular, marcha e continência
esfincteriana. Esses paramentos são apontados
na tabela 3.
Tabela 3 Pontuação dos idosos no
questionário IVCF-20 que obtiveram alteração
na categoria mobilidade.
IVCF-20 MOBILIDADE
N
%
Alcance, pressão e pinça
4
20
Capacidade aeróbica e/ou
muscular
5
25
Marcha
10
50
Continência esfincteriana
1
5
Notas: N = Frequência absoluta; % = Porcentual.
Fonte: as autoras, 2021.
No gênero alcance, preensão e pinça, 4
pacientes (20%) apresentavam episódios de
incapacidade de erguer os braços acima do
nível do ombro e/ ou não manuseavam ou
seguravam pequenos objetos. Quando avaliada
a capacidade aeróbica e/ ou muscular, em 5
(25%) pacientes os achados mostraram uma ou
mais das disfunções a seguir: perda de peso não
intencional, alteração no IMC, sarcopenia e
redução na velocidade da marcha. Já na marcha,
a espécie que apresentou maior número de
alterações, 10 (50%), os pacientes relataram
que tiveram dificuldade de caminhar, o que
levou ao impedimento de alguma atividade do
dia a dia e/ ou a duas ou mais quedas no último
ano. E por fim, a continência esfincteriana,
onde apenas 1 (5%) indivíduo relatou perder
urina ou fezes em algum momento.
Em comparação, Maia et al. (2021), ao
selecionar 402 participantes da comunidade
para representar a amostra de idosos em seu
estudo, na qual foram divididos: 205 no Grupo
Controle (GC) e 197 no Grupo Intervenção (GI)
e em seguida submetidos ao IVCF-20. Na
categoria mobilidade, a maior parte dos idosos
do GI não apresentaram alterações de alcance,
preensão e pinça, não sofreram perda de peso,
mantiveram a circunferência da panturrilha
31 e não obtiveram incontinência
esfincteriana. Além disso, nessa pesquisa, os
itens relacionados a marcha e ao risco de quedas
não mostraram alterações significantes, o que
difere do nosso estudo, tendo em vista que,
metade da amostra (50%) apresenta
modificações no que diz respeito a marcha e
risco de quedas.
Dentre os estudos realizados por
Santos et al. (2012), os fatores relacionados aos
sistemas fisiológicos com predisposição a risco
de quedas, obteve-se respectivamente, com
maior frequência: equilíbrio prejudicado,
incontinência urinária e dificuldades na
marcha. Montenegro e Silva (2009), realizou
um programa fisioterapêutico em 42 idosos de
64 a 91 anos que apresentavam redução da força
muscular, principalmente em membros
inferiores, declínio do equilíbrio e déficit na
qualidade da marcha. Na avaliação foram
utilizadas atividades relacionadas à mobilidade
funcional dos idosos e os resultados apontaram
melhor desempenho em todas as atividades
funcionais.
Tomaz et al., 2021
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 3, p. 10 - 24, ano 2021
20
Tabela 4 Pontuação dos idosos no
questionário IVCF-20 que obtiveram alteração
na categoria mobilidade na modalidade marcha.
IVCF-20 MOBILIDADE
(MARCHA)
N
%
Você tem dificuldade para
caminhar capaz de impedir a
realização de alguma atividade
do cotidiano?
8
40
Você teve 2 ou mais quedas no
último ano?
2
10
Notas: N = Frequência absoluta; % = Porcentual.
Fonte: as autoras, 2021.
Na tabela 4 apresentamos os
resultados do questionário IVCF-20 no quesito
mobilidade na categoria marcha. No que diz
respeito a dificuldades para caminhar levando a
incapacidade de realizar tarefas do cotidiano 8
(40%) idosos apresentaram dificuldades, em
relação ao número de quedas no último ano, 2
(10%) deles relataram duas ou mais quedas.
Sabe-se que o envelhecimento é de fato um
fator que causa inúmeras limitações nos idosos,
principalmente no que se refere às fases do ciclo
da marcha, uma vez que pode gerar limitações
na realização de atividades de vida diária
(AVD’s) relacionando diretamente com o grau
de dependência e limitações desse idoso,
provocando o comprometimento dos aspectos
funcionais. (SILVA et al. 2019).
Segundo Maciel e Guerra (2005) os
distúrbios da mobilidade que interferem na
marcha e consequentemente nas AVD’s dos
idosos são consequências das características
próprias do processo de senescência, tais como:
os déficits de propriocepção, redução da força
muscular e diminuição da integralidade do
sistema musculoesquelético e articular. Assim
como, as patologias de comprometimento
ortopédico e neurológico apresentam forte
associação com declínio da mobilidade e
funcionalidade, as perdas auditivas, visuais,
vestibulares e de memória espacial também
estão correlacionadas a esse processo. Todas
essas alterações, integram-se em um complexo
sistema que quando está em débito, reduz
também as funções executivas as quais vão
englobar as alterações de mobilidade, marcha e
AVD’s.
De acordo com Fernandes et al.
(2012), no envelhecimento além dos fatores
extrínsecos, intrínsecos e quadros patológicos,
a restrição de mobilidade resulta em
sedentarismo o que gera perda do
condicionamento físico e atrofia muscular,
sendo desta forma o sedentarismo um fator
associado ao risco de quedas e também um fator
limitante no cotidiano dos idoso. Para Lopes et
al. (2009), o estilo de vida sedentário que
prevalece na maioria da população idosa está
relacionado ao medo de cair, principalmente em
idosos que tem histórico de quedas. a
restrição de atividade física leva ao declínio
físico e funcional, levando consequentemente a
restrição de atividades do dia a dia. O medo
pode ser visto como um agente protetor, pois, o
idoso tem mais cautela e evita se expor a
situações em que possa sofrer quedas, mas, ao
mesmo tempo é um agente limitante, uma vez
que, devido a insegurança e receio o indivíduo
se restringe no quesito mobilidade.
A recorrência de quedas dentro
de um determinado período de tempo está
17
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Análise do risco de quedas em idosos submetidos à avaliação da mobilidade, equilíbrio e marcha
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 3, p. 10 - 24, ano 2021
ligada tanto aos fatores funcionais, como por
exemplo, a fraqueza muscular, principalmente
de músculos estabilizadores na fase inicial de
apoio unipodal da marcha, como gastrocnêmio,
sóleo e quadríceps. Na falha de gastrocnêmio e
sóleo, o quadríceps, age com maior atividade
criando um mecanismo de compensação
(KIRKWOOD; ARAÚJO; DIAS, 2006). Assim
como, o número elevado de comorbidades, o
uso de polifarmácia e a autoconfiança de idosos
que não utilizam nenhum dispositivo auxiliar
ou que utilizam dispositivos auxiliares, porém,
de forma incorreta, também são fatores que
contribuem para episódios de reincidência de
quedas em um determinado espaço de tempo.
(FERREIRA et al. 2016).
Tabela 5 Perfil e escore dos idosos no questionário de Tinetti que obtiveram alteração no quesito
equilíbrio e marcha.
Variáveis
Idade
Sexo
Escore
N
%
Equilíbrio
61 - 76
4 M 5 H
0 8
9
45
60 - 74
11 M
9 16
11
55
Marcha
61 - 76
8 M 5 H
0 6
13
65
60 - 74
7 M
7 12
7
35
Notas: M = Mulheres; H = Homens; N = Frequência absoluta; % = Porcentual
Fonte: as autoras, 2021.
A tabela 5 apresenta o escore total de
equilíbrio e marcha do questionário de Tinetti,
onde o escore total do quesito equilíbrio
corresponde a 16 pontos, nessa categoria houve
uma prevalência no número de mulheres, com
escore entre 9 e 16 pontos, onde 11 (55%)
idosas apresentaram esse nível de escore. Já no
quesito marcha onde o escore total corresponde
a 12 pontos, no qual as mulheres também
apresentaram maior índice e escore baixo,
comparado ao número de homens, 8 idosas
apresentaram escore entre 0 a 6 pontos.
Segundo Rossi e Simon (2005) um dos
principais fatores limitantes na vida dos idosos
atualmente são as alterações de equilíbrio, em
que na maioria das vezes está relacionado ao
sistema de controle do equilíbrio como um
todo, e não uma causa específica. Esse sistema
é um conjunto que envolve o sistema vestibular,
visual e proprioceptivo que juntos controlam o
equilíbrio corporal e os reflexos. O
envelhecimento como processo natural gera
uma série de modificações, principalmente
declínio funcional e processos degenerativos
que atingem o conjunto de sistemas
responsáveis pelo controle de equilíbrio.
Decorrente disso, a falha nesse sistema leva
principalmente a distúrbios visuais e de
propriocepção como, tonturas e vertigens, o que
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Tomaz et al., 2021
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 3, p. 10 - 24, ano 2021
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se associa consequentemente a restrições de
equilíbrio, mobilidade e risco de quedas.
Para Bushatsky et al. (2018) a idade
avançada entre 70 e 80 anos é um fator
fortemente relacionado ao desequilíbrio
corporal, restrições de mobilidade e realização
de atividades físicas regulares. Pois, o
envelhecimento fisiológico engloba uma série
de alterações funcionais que comprometem as
funções orgânicas, mentais e intelectuais
gradualmente, devido aos efeitos do
envelhecimento, o que complementa o presente
estudo em que 9 participantes apresentaram
escore de equilíbrio muito baixos entre 0 e 8
com idades mais avançadas, entre 61 e 76 anos.
De acordo com Cruz et al. (2010) o
controle do equilíbrio não depende apenas do
conjunto de sistemas responsável por ele,
depende também da organização e integração
sensorial dentro do sistema nervoso central que
envolve a capacidade desse sistema
providenciar e conciliar estímulos vestibulares,
visuais e de propriocepção, onde a contribuição
visual diretamente na manutenção do
equilíbrio. Dentro das oscilações de equilíbrio e
alterações biomecânicas, os idosos passam a
adotar posturas e posicionamentos, os
posicionamentos que não favorecem uma base
alargada geram maior instabilidade, ou seja, s
paralelos e afastados aumentam a área de base
de sustentação do corpo e geram mais
estabilidade e melhora da postura em
ortostatismo.
O estudo de Souza et al. (2013)
complementa e enfatiza que déficits de
equilíbrio, mobilidade e marcha se destaca
significativamente em idosos acima de 75 anos
com possibilidades maiores de
comprometimentos funcionais, vestibulares,
visual e proprioceptivos, isto pelo fato do
próprio processo de envelhecimento. Este autor
ainda complementa que além de fator
determinante para déficits funcionais a idade
avançada também é fator determinante para
direcionar esses idoso para instituições de longa
permanência, fato esse que agrava os declínios
funcionais e aumenta o risco de quedas, devido
a esse idoso residir nesses locais e não em suas
comunidades.
Conforme Abdala et al. (2017), sabe-
se que a idade tem influência significativa no
declínio funcional, principalmente no que diz
respeito a desequilíbrio corporal, marcha e
também o sexo, onde a maior prevalência está
entre as mulheres idosas, o que corrobora com
o presente estudo em que, conforme descrito na
tabela 5, 13 (65%) idosos apresentaram escore
baixo no quesito marcha, entre 0 e 6, e desses 8
foram mulheres com idades entre 61 e 76 anos.
A idade avançada geralmente é acompanhada
da inatividade muscular o que reflete
diretamente na velocidade da marcha, cadência,
comprimento de passo, e maior tempo de
permanência em duplo suporte, o que advém de
fraqueza muscular e baixas amplitudes de
movimento.
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Análise do risco de quedas em idosos submetidos à avaliação da mobilidade, equilíbrio e marcha
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 3, p. 10 - 24, ano 2021
Tabela 6 Perfil e escore dos idosos no questionário de Tinetti que obtiveram alteração no quesito
equilíbrio e marcha.
Variáveis
Idade
Sexo
Escore Total
N
%
Equilíbrio + Marcha
63 76
8 M - 5 H
0 19
13
65
60 74
5 M 2 H
20 28
7
35
Notas: M = Mulheres; H = Homens; N = Frequência absoluta; % = Porcentual.
Fonte: as autoras, 2021.
A tabela 6 apresenta o escore total do
questionário de Tinetti que corresponde a 28
pontos. Nesse resultado é importante ressaltar
que 13 (65%) idosos do total de 20 participantes
desse estudo, obtiveram pontuação baixa, entre
0 e 19 no escore total, e que essa pontuação
representa alto risco de quedas em idosos, onde
desses 13 idosos, 8 são mulheres.
No questionário de Tinetti uma
pontuação menor que 19 no escore total indica
maior risco de quedas, concordando com isso,
o presente estudo mostra um número de 13
(65%) idosos com escore abaixo de 19, sendo,
8 mulheres na faixa etária entre 63 a 76 anos.
Lojudice et al. (2008) evidenciam em
sua pesquisa que déficits de equilíbrio e marcha
estão presentes com altos índices nos idosos
que apresentam idade mais avançada e
predominantemente no sexo feminino, o que
complementa este estudo. A relação entre os
resultados baixos na escala de Tinetti com a
idade avançada em mulheres idosas, advém do
fato que o sexo feminino é mais propenso a
apresentar menor massa muscular e
consequentemente redução de força muscular
quando comparadas aos homens,
consequentemente apresentando maiores
disfunções musculoesqueléticas e sensoriais, o
que leva também a maiores índices de doenças
crônicas, ocasionando menor capacidade
funcional.
Segundo Figliolino et al. (2009)
pontuações altas no questionário de Tinetti está
relacionado a idosos mais ativos, e isso reflete
na velocidade mais próxima do normal da
marcha e menores disfunções de equilíbrio e
mobilidade, maior controle do centro de
gravidade sobre a base de sustentação durante
situações que sejam propensas a desequilíbrios
e quedas. Como informa a tabela 6, 7 (35%)
idosos apresentaram pontuação alta no escore
total (equilíbrio e marcha), o que prevalece é
um maior número de idosos com baixa
pontuação.
De acordo com Bez e Neri (2014), as
alterações funcionais e principalmente o
declínio na marcha são derivadas, sobretudo de
sarcopenia, essa que reflete nos sinais dos
afazeres do cotidiano dos idosos, na realização
de atividades simples semelhantes às atividades
citadas no questionário de Tinetti como, se
levantar e sentar de assentos e caminhar em
linha reta com segurança. Os autores ainda
ressaltam que a prevalência entre mulheres
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Tomaz et al., 2021
Arquivos do Mudi, v. 25, n. 3, p. 10 - 24, ano 2021
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idosas com a fraqueza e perda de massa
muscular está diretamente ligada a alterações
hormonais, que causam declínio da densidade
óssea e alterações nas proporções corporais. O
que consequentemente faz com que as mulheres
predominem em maior número na dinâmica de
baixa velocidade da marcha e baixos índices de
mobilidade, o que reforça os dados da tabela 6,
do presente estudo, onde 13 (65 %) idosos
obtiveram escore total menor que 19 no
questionário de Tinetti, o que significa um alto
risco de quedas, onde, desses idosos 8 foram
mulheres, com idade entre 63 e 76 anos.
Considerando os dados e achados
presentes em toda discussão, a abordagem
fisioterapêutica atuará de maneira a melhorar e
restabelecer a capacidade funcional dos idosos
afim de prevenir o seu agravamento. Posto isto,
o enfoque na avaliação deverá considerar o
paciente como um todo englobando seu sistema
neurológico, cardiovascular,
musculoesquelético, urológico e respiratório,
bem como o meio em que se vive e as pessoas
que o acompanha. O fisioterapeuta deve
organizar uma proposta que visa a promoção da
saúde desse idoso, a partir da avaliação e
alterações encontradas. Ademais, é preciso
inspecionar como está a relação do indivíduo
com as suas AVD’s e AVDI’s com o objetivo
de contextualizar a sua realidade preservando o
seu cotidiano e individualidade com qualidade
de vida (SOFIATTI et al. 2021).
4. CONCLUSÃO
Por meio dos achados encontrados no
estudo, notou-se que o risco de quedas entre os
idosos frequentadores da Clínica de
Fisioterapia da Uningá é comum nos idosos
com média de idade de 65,6 anos, com
prevalência no sexo feminino, tendo em vista
que, a maioria dos idosos apresentaram
acometimento da marcha e sofreram pelo
menos uma queda nos últimos 12 meses.
De acordo com os resultados
apresentados nos questionários IVCF-20 e
Tinetti, os aspectos que estão relacionados à
propensão de quedas são: a mobilidade
funcional e o equilíbrio, dessa forma,
concluímos que um maior índice de quedas
em idosos com o passar da idade, o que tem
relação com o sedentarismo, disfunção
sensorial, déficit cognitivo, sarcopenia e o
declínio funcional fisiológico. Por isso, faz-se
necessário a prevenção, visando reduzir os
problemas complementares sucessivos a
quedas e assegurar ao idoso um processo de
senilidade com qualidade de vida e melhor
sobrevida.
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