
Paixão et al., 2021
Arquivos do Mudi, v. 24, n. 1, p. 1 - 9, ano 2021
idosas casadas, seguido por viúvas, o que se
assemelha com os resultados do presente
estudo.
Em um estudo realizado por Cabral et
al (2021), com 304 idosos em convívio
comunitário, acompanhados por uma unidade
básica de saúde, buscou avaliar a
vulnerabilidade e declínio funcional de idosos,
notou -se, que 62,3% e 49,0% dos idosos eram
dependentes para AIVD’s e vulneráveis,
respectivamente. Esse comprometimento
clínico-funcional pode ser observado, em maior
proporção em idosas com mais de 70 anos de
idade, em vida conjugal e baixo nível de
escolaridade, além disso, outras variáveis que
impactam negativamente na capacidade
funcional foram relatadas como, sedentarismo e
descontentamento com o estado geral de saúde.
Silva e Antunes (2014), reiteram que
as AIVD’s se relacionam com a autonomia e
capacidade que o idoso detém para executar as
tarefas do dia a dia. Adicionalmente Leal et al.,
(2020), realizou um estudo, onde pode constatar
que o declínio funcional em AIVD’s está
presente nas pessoas idosas vulneráveis e
inativas fisicamente, com o passar dos anos e
aparecimento de comorbidades, executar uma
tarefa simples se torna uma missão dificultosa,
criando um cenário de dependência funcional.
A fragilidade tem sido apontada como
uma condição de deterioração das reservas
funcionais do indivíduo, fruto do processo de
envelhecimento populacional que vem
ocorrendo nas últimas décadas (LANA;
SCHNEIDER, 2014). É evidente que após a
sexta década de vida ocorre uma maior
predisposição à fragilidade e que esse declínio
funcional é diretamente proporcional a
longevidade, idosos com mais idade são mais
susceptíveis a manifestar sinais e sintomas
condizentes a fragilização como, dependência e
incapacidade funcional (SUN; LI; WANG,
2021).
Alves et al., (2021) avaliou por meio
do IVCF-20 a condição clínica-funcional de um
grupo de idosos e observou que 17,0%
apresentavam alto risco clínico-funcional,
38,8% moderado e 44,1% baixo. O grau de
risco clínico-funcional é ditado por alguns
fatores determinantes como idade,
autopercepção da saúde, nível de escolaridade,
hábitos de vida e sexo. Estima-se que quando as
reservas funcionais do idoso estão em declínio,
consequentemente maior será o risco de
vulnerabilidade, o qual irá impactar fortemente
na sua independência e capacidade funcional,
logo pode influir negativamente em alguns dos
domínios inerentes a qualidade de vida
(BARBOSA; FERNANDES, 2020).
O estudo de Gontijo et al., (2012)
afirma que a qualidade de vida e saúde do idoso,
se correlacionam. O estudo em questão foi
realizado com 217 idosos com a prevalência de
60 - 70 anos utilizando a ferramenta avaliativa
SF-36, verificou -se os idosos que apresentam
comorbidades apresentam déficits de qualidade
de vida e assim indivíduos saudáveis são mais
felizes e apresentam uma qualidade de vida
acima da média. Adicionalmente um estudo
realizado por Pimenta et al., (2008), avalia 87
idosos de convívio comunitário onde percebeu
que há diferença na qualidade de vida entre