Arquivos do Mudi, v. 26, n. 2, p. 13 -28, 2022
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Aceito em: 08/06/2022Publicado em: 16/08/2022
ARTIGO ORIGINAL
ENSINO PRESENCIAL E REMOTO NA PANDEMIA DA COVID-19:
RELATOS DE EXPERIÊNCIA NA DISCIPLINA DE ATENÇÃO EM SAÚDE
Matheus Kawana Couto¹
Universidade Estadual de Maringá
ra117473@uem.br
Amanda Yumi O. Valderrama²
Universidade Estadual de Maringá
ra116844@uem.br
Vitória Vasconcelos Logullo³
Universidade Estadual de Maringá
ra117190@uem.br
Ariane Laguila Altoé²
Universidade Estadual de Maringá
ra106841@uem.br
Isabela Larissa C. Bornelli¹
Universidade Estadual de Maringá
ra114508@uem.br
Suzana Goya
4
Universidade Estadual de Maringá
sgoya2@uem.br
Resumo
A partir da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), inicia-se
no país uma reestruturação na educação. Assim, busca-se,
hodiernamente, uma educação interprofissional (EIP) que
rompe com a visão tradicional individualista e valoriza a
comunicação e cooperação entre os profissionais de diferentes
áreas. Para tanto, as universidades apresentam em suas grades
curriculares disciplinas práticas que inserem o discente no
contexto cotidiano da Unidade Básica de Saúde (UBS).
Entretanto, com a pandemia do SARS-CoV-2 foi necessário
adaptar a educação universitária ao modo remoto de ensino.
Diantedessecontexto,opresentetrabalhoanalisa
potencialidades e fragilidades do modelo presencial e do
modelo de ensino remoto em uma universidade estadual do
Paraná, procurando entender como essas duas modalidades de
ensino podem interferir na qualidade da formação dos
profissionais e na suacompreensãoacercada
interprofissionalidade. Para tanto, foram entrevistados 5 alunos
que frequentaramuma mesma UBS selecionada
aleatoriamente. Foram observadas diferenças significativas no
aproveitamento de cada modelo de ensino, sendo que uma
integração dos pontos positivos de ambos ajudaria a superar as
dificuldades específicas de cada modalidade e traria mais
riqueza para o desenvolvimento profissional dos acadêmicos.
Palavras-chave:Educaçãoemsaúde;Educação
interprofissional; Sistema Único de Saúde.
Ensino presencial e remoto na pandemia da covid-19: relatos de experiência na disciplina de atenção em saúde
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PRESENTIAL AND REMOTE EDUCATION DURING COVID-19 PANDEMIC: EXPERIENCE
REPORT IN PRIMARY HEALTH SUBJECT
Abstract
After the creation of the Unified Health System (SUS), a restructuring of education began in the country. Thus, it is
sought, nowadays, an interprofessional education (IPE) that breaks with the traditional individualistic view and values
communication and cooperation between professionals from different areas. To this end, universities have practical
disciplines in their curriculums that place students in the daily context of the Basic Health Unit (UBS). However, with the
SARS-CoV-2 pandemic it was necessaryto adapt universityeducation to the remote mode ofteaching. In this context, the
present work analyzes the strengths and weaknesses of the presential and the remote teaching models in a state
university in Paraná, in an attempt to understand how these two teaching modalities can interfere in the quality of
professional training and in their understanding of interprofessionality. Thus, 5 students have been interviewed, which
have gone to the same UBS, randomly selected. There have been significant differences between the apprenticeship of
each modality, in which an integration of both would be the solution to overcome their specific difficulties and would
bring more richness to the professionalizing formation of the students.
Keywords: Health Education, Interprofessional Education, Unified Health System.
1. INTRODUÇÃO
A redemocratização da política de saúde no Brasil culminou na criação do Sistema Único de
Saúde (SUS) e na regulamentação constitucional do direito à saúde a todos os cidadãos
(MENICUCCI, 2014).
Surge, em 1994, a Estratégia Saúde da Família (ESF) que foi implementada em todo o
território nacional, quebrando paradigmas no modo de atuação dos profissionais de saúde e
difundindo uma visão de cooperação multiprofissional. Nesse contexto, inicia-se o processo de
adesão de uma disciplina capaz de promover a integração de vários cursos da saúde e que fosse
incluída na grade curricular (BACKES et al., 2014); uma delas é a disciplina de Atenção em Saúde,
ofertada pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) no Paraná.
A Atenção em Saúde foi introduzida na UEM em 2017, possui caráter predominantemente
prático (in loco) e é iniciadano primeiro ano da graduação e tem como proposta ainserção dos alunos
dos cursos da saúde em um ambiente multiprofissional, visando principalmente a construção de uma
visão colaborativa e interprofissional no atendimento à população (LIMA et al., 2018). Além disso,
ao apresentar aos discentes a história, os componentes e os princípios norteadores do SUS e da
Estratégia SaúdedaFamília(ESF),adisciplina ofereceuma basedeconhecimento sobrassistência
à saúde na Atenção Primária, estimulando o desenvolvimento de habilidades práticas coletivas para
auxiliar com as queixas de saúde da comunidade (VIEIRA et al., 2007).
COUTO et al., 2022
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Em dezembro de 2019, um novo corona vírus (SARS-CoV-2) foi identificado, o que mais
tarde levou à instalação de uma duradoura pandemia (CORRÊA et al., 2020). Com isso, foram
adotadas medidas de isolamento social a fim de evitar a aglomeração de pessoas, causando a
suspensão das aulas presenciais na UEM por tempo indeterminado (Universidade Estadual de
Maringá, Gabinete do Reitor. Resolução nº 004/2020-CEP, de 7 de maio de 2020).
Diante desse cenário, o Ensino Remoto Emergencial (ERE) se instaurou como alternativa
para dar continuidade ao ensino e aprendizado dos alunos e, ao mesmo tempo, diminuir a propagação
do vírus (JOYE et al., 2020; HODGES et al., 2020). Por ser uma disciplina essencialmente prática,
a Atenção em Saúde precisou que o seu cronograma fosse adaptado ao contexto da pandemia. As
atividades queantes exigiam dos estudantes o contato pessoal epresencial com as rotinas dos serviços
de atenção primária passaram, nesse contexto, a serem vivenciadas por intermédio de uma tela de
computador, gerando desafios em como harmonizar a metodologia ativa da disciplina no modelo
remoto online sem que houvesse grandes prejuízos ao aprendizado dos discentes (HODGES et al.,
2020).
Assim, objetivou-se uma análise qualitativa entre a modalidade presencial e remota
emergencial da disciplina de Atenção à Saúde através do relato de experiência de acadêmicos da
UEM, avaliando os prós e contras de cada modelo de ensino para compreender como cada um
interfere na formação profissional dos acadêmicos da área da saúde.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
A Atenção em Saúde foi elaborada como disciplina comum para cursos de graduação do
Centro de Ciências da Saúde: Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Medicina,
Odontologia; e do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes: Psicologia da UEM.
O presente trabalho relata as trajetórias presenciais e remotas de alunos que experienciaram
ambas as facetas da disciplina de Atenção em Saúde da UEM. Por um lado, as aulas presenciais da
disciplina foram realizadas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Município de Maringá - PR,
enquanto as aulas remotas foram realizadas através de reuniões na plataforma Google Meet
®
e
Google Classroom
®
.
Para a confecção deste artigo, foi realizada uma revisão bibliográfica das bases de dados:
PubMed, SciElo e Google Acadêmico. Utilizou-se os descritores em português: relato de caso de
disciplinas, relato de experiência, ensino em saúde, educação em saúde, educação interprofissional e
educação em ensino remoto, Sistema Único de Saúde, ensino remoto, pandemia COVID-19.
Ensino presencial e remoto na pandemia da covid-19: relatos de experiência na disciplina de atenção em saúde
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Além disso, foram entrevistados 5 acadêmicos, dentre os quais 2 vivenciaram a modalidade
presencial e 3 cursaram a disciplina de maneira remota (Quadro 1). A amostra foi selecionada
aleatoriamente entre alunos que passaram pela mesma Unidade Básica de Saúde (UBS) porém com
modelos de ensino distintos para mérito de comparação e que se voluntariaram para serem
entrevistados.
Quadro 1 - Caracterização dos discentes de acordo com o curso e modelo de ensino, código de acordo como serão
mencionados no texto.
Código dos
Discentes
Curso
Ano letivo em que
cursou a disciplina
Modelo de ensino
DP1
Medicina
2018
Presencial
DP2
Odontologia
2019
Presencial
DR1
Medicina
2020
Remoto
DR2
Odontologia
2020
Remoto
DR3
Enfermagem
2020
Remoto
Trata-se de um estudo descritivo contendo relatos de experiência com abordagem qualitativa,
no qual os dados foram reunidos utilizando-se das vivências pessoais dos alunos.
Considerando que a aprendizagem é singular e individual e envolve a interação coletiva e os
vários estilos de raciocínio, utilizou-se os depoimentos dos acadêmicos entrevistados
individualmente e a discussão de literatura acerca desses fatores que influenciam o desenvolvimento
educacional dos acadêmicos. Os documentos foram escritos objetivando não só relatar sua trajetória
formativa dentro das aulas inovadoras baseadas em metodologia ativa, interdisciplinaridade e
interprofissionalidade, como também elencar potencialidades e fragilidades das modalidades de
ensino dentro da atenção primária em saúde, salientando a influência dos aspectos positivos e
negativos dentro da construção profissional de cada área de formação.
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3. RESULTADOS E DISCUSÃO
A disciplina de Atenção em Saúde (AS) está inserida na grade curricular de 7 cursos da área
dasaúdedaUEM, como disciplina obrigatória, ministradadurante um semestrecom turmas contendo
até 13 discentes dos diferentes cursos da área da saúde. É, portanto, uma disciplina de caráter
interprofissional que é desenvolvida com a finalidade de propiciar a vivência na Atenção Primária à
Saúde (APS) no ambiente da Unidade Básica de Saúde, sob mentoria de um tutor e com aulas
exclusivamente práticas.
Dado contexto atípico marcado pela pandemia do SARS-CoV-2, a aplicação da Disciplina de
AS seguiu o modelo ERE. No modelo remoto, a disciplina, com duração de janeiro a março de 2021,
possuiu turmas com a mesma quantidade de alunos e sob a orientação do tutor. As aulas eram
exclusivamente online síncronas e assíncronas, por meio da plataforma Google Meet
®
e da
ferramenta Google Classroom
®
. Sendo assim, foi possível estabelecer paralelos entre as duas
modalidades partindo dos principais pontos da Disciplina com base em estudos prévios e relatos dos
estudantes.
Primeiro contato com a disciplina
Um dos pontos destacados diz respeito ao primeiro contato dos alunos com a disciplina. É
válido ressaltar que a Atenção em Saúde possui um grande diferencial das demais disciplinas, ao
utilizar a metodologia ativa de ensino. A inserção do aluno no contexto cotidiano da Unidade Básica
de Saúde (UBS) permite ao discente ser o protagonista do seu aprendizado, incentivando-o a buscar
o conhecimento.
“No primeiro contato nos foi apresentado a forma como a disciplina seria desenvolvida e a
importância dada ao espaço de fala para cada umdos discentes. A metodologia ativa baseada
no arco de Maguerez, que sustenta o próprio SUS, foi o embasamento teórico que permitiu
que a disciplina fosse mais proveitosa, mesmo no ensino remoto.” (DR1)
A disciplina fundamenta-se, especialmente, no Arco de Maguerez, estratégia que propõe a
observação da realidade, identificação de pontos-chave, teorização, desenvolvimento de hipóteses
para solução e aplicação à realidade. O emprego dessa metodologia ativa de ensino promove o
fortalecimento da autonomia do aluno e favorece o desenvolvimento da reflexão crítica acerca da
realidade. Destarte, é notável que a disciplina corrobora com a formação integral do discente,
contribuindo para a formação de um profissional capaz de transformar sua realidade social (PRADO
et al., 2012; LEAL et al., 2018).
Ademais, outro pilar da disciplina é a Educação Interprofissional (EIP) que proporciona o
contato entre alunos das diferentes áreas da saúde, contribuindo para o desenvolvimento de
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competências relacionadas ao trabalho em equipe, comunicação, além da valorização e
reconhecimento do papel de cada profissional inserido na APS (TOASSI et al., 2020). Contudo, é
possível observar a partir dos relatos individuais coletados que os alunos participantes do modelo
presencial desenvolveram mais essa habilidade, que foi possível um contato direto com os
profissionais e suas rotinas e usuários.
“Essa multiprofissionalidade trabalhando em conjunto mostra que devemos enxergar o
paciente como umtodo, não apenas órgãos isolados e simum sistema complexo que trabalha
incansavelmente para manter sua homeostasia. Por isso as especialidades se intercomunicam
fazendo com que os profissionais aprendam e necessitem trabalhar em grupo, assimilando
novos conhecimentos aprendidos uns com os outros.” (DP2)
Outro fator que deve ser considerado no processo de ensino-aprendizagem é o tempo de
duração da disciplina. Os discentes da forma presencial a executaram ao longo de um semestre, num
total de dezesseis encontros, enquanto que os alunos do modelo remoto a concluíram em tempo
reduzido - nove encontros e sete aulas assíncronas, porém esse período pode ter sido insuficiente para
a construção de relações e experiências concretas, ainda mais em um ambiente online (TOASSI et
al., 2020).
A Unidade Básica de Saúde
Em relação ao local em que a disciplina é desenvolvida, é importante considerar a estrutura
da UBS, os serviços de assistência em saúde ali ofertados e sua área de abrangência. Nesse contexto,
os alunos do modelo presencial tiveram em seu processo de aprendizagem um ambiente dinâmico,
que viabiliza um contato direto com profissionais, pacientes, território e suas características, o que
oportunizou a realização de visitas domiciliares e o reconhecimento de outros pontos de atenção da
Rede de Atenção em Saúde (RAS), territorialização e identificação com a comunidade.
Aequipe percorreu o território de abrangência da unidade, acompanhouvisitas domiciliares à
comunidade, conheceu as inúmeras oficinas ofertadas aos indivíduos pela UBS [...] visitou o
Corpo de Bombeiros, o SAMU, o Hospital Municipal, o Centro de Atenção Psicossocial
(CAPS) II, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Setentrião Paranaense (CISAMUSEP), a
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul, o Abrigo Municipal para Crianças, o
Albergue Municipal, a Escola Ipiranga, dentre tantos outros locais.” (DP1)
Estudos apontam queaAPS representa um cenário com diferencial importante parapromover
o contato com o SUS. Ao inserir os discentes na prática dos serviços em saúde e no processo de
ensino-serviço-comunidade, evidencia-se as bases da interprofissionalidade, da humanização e do
trabalho em equipe (TOASSI et al., 2020).
Em contrapartida, alunos do modelo remoto tiveram sua experiência limitada à plataforma
digital de geoprocessamento Google Maps
®
e vídeos filmados e disponibilizados pelo tutor.
Considerando o contexto virtual, é indubitável que houve prejuízo aos discentes, entretanto, a
COUTO et al., 2022
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alternativa para suprir essa falta foi a realização da palestra ministrada por uma enfermeira atuante
da APS, na qual foram abordados aspectos legais e organizativos do SUS, conceitos que
presencialmente seriam expostos na prática. Assim, destaca-se entre os alunos de ensino remoto um
ganho em relação ao conteúdo teórico, uma vez que o ambiente virtual é mais acessível para realizar
pesquisas, buscar materiais de apoio e ferramentas online.
Contato com os profissionais
Presencialmente, a disciplina proporciona um contato direto com a rotina da UBS e seus
profissionais, por meio da divisão de duplas que acompanhavam por um dia, cada setor da UBS -
sala de acolhimento, farmácia, recepção, sala de vacinas, curativo, sala de enfermagem, HiperDia,
puericultura.
“Algunsalunosfizeramvisita a uma outra UBS, outrosacompanharama parte de acolhimento,
farmácia e enfermagem. Em geral, a população elogia os atendimentos realizados pela UBS
Zona 6, dizendo-se satisfeitos.” (DP1)
“Presenciar o trabalho desses profissionais nos permitiu entender verdadeiramente o fluxo na
unidade, como, por exemplo, nos atendimentos do HiperDia onde tivemos contato com duas
agentes comunitárias de saúde (ACS) e uma auxiliar de enfermagem que nos mostraram, na
prática, como se faz o atendimento aos pacientes hipertensos e diabéticos. Como nossos
encontros aconteciam na UBS, conseguimos estabelecer um relacionamento com os
profissionaisque ali atuavam, e tambémcomparticipantesda equipe Núcleo de Apoioà Saúde
da Família (NASF), que nos ajudaram a entender sobre o trabalho multiprofissional na
prática.” (DP2)
Contudo, como os discentes da modalidade remota não tiveram a oportunidade de
experiências como essa, foi preparada pelo tutor uma roda de conversa online entre profissionais
aposentados e alunos. Dessa forma, cada profissional relatou como era sua vivência no SUS e como
a interprofissionalidade se aplicava no cotidiano da UBS.
“Apesar dessas dificuldades, a tutora nos proporcionou, via palestras e conversas com
profissionais aposentados no SUS, mostrando a realidade dos usuários das UBS e as
características de cada profissional dentro desse contexto, além da necessidade do outro para
que o trabalho seja efetivo, ou seja, a importância da interprofissionalidade na atenção
básica.” (DR1)
A EIP presencial foi capaz de preparar melhor os discentes para seu trabalho e aprimorar seu
entendimento acerca da importância da interprofissionalidade na assistência integral às necessidades
de cada paciente. Todavia, vale ressaltar que tal aprimoramento não se dá exclusivamente pelas aulas
práticas ministradas em uma UBS e sim, essencialmente, pela interação, comunicação e cooperação
entre os alunos nesse ambiente (TOASSI et al., 2020).
Habilidades adquiridas
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A metodologia ativa, estruturada pelo Arco de Maguerez, foi válida na modalidade presencial
e remota. Em aulas presenciais, essa forma de ensino ocorreu nas próprias vivências na UBS e visitas
domiciliares (VD) aos seus usuários. Para o discente, essa condição se configura como acúmulo de
experiências desde o início da graduação sobre a própria profissão, principalmente o aspecto
humanizado.
“Nesse momento [visita domiciliar], tivemos o primeiro contato verdadeiro com um paciente
durante a graduaçãoe foi que alunos inexperientesdoprimeiroanoda faculdade começaram a
perceber o outro lado de suas futuras profissões, o lado que vai além de conhecimento
técnico e científico, o lado que nos ensina empatia e amor ao próximo exigindo um
atendimento humanizado para com os pacientes.” (DP2)
Os discentes do modelo presencial exaltaram a importância da prática quando observam que
os resultados superam o previsto pelo próprio componente curricular da disciplina. A ementa da
disciplina ressalta “conhecimento e inserção no SUS e suas interfaces e trabalho em equipe”.
Entretanto, os alunos do modelo presencial relataram compreender a importância do SUS para o
próprio usuário mediante atividades coletivas que somaram esforços de docente, discentes e dos
próprios profissionais da UBS na realização das VD e culminaram em discussões acerca da realidade
observada e das condições de vida da área assistida. Tem-se então que as atividades em campo são
importantes como mecanismos educativos da disciplina de Atenção em saúde para formação de um
atendimento mais humanizado, da valorização do trabalho do SUS por parte dos futuros profissionais
e da interprofissionalidade (SOARES et al., 2009).
“Foi possível entender que o SUS tem um potencial que vai além do visível; apesar das mais
diversas adversidades, falhas e carências, a importância do SUS na vida dos cidadãos é
inegável”. (DP1)
Cria-se, portanto, com as aulas presenciais um ambiente de aprendizagem e conhecimento da
realidade de modo ativo, dado o deslumbramento criado pela vivência, o que se contrapõe ao ERE.
No ensino remoto, por sua vez, a aprendizagem da organização e execução dos programas da APS
se dá no âmbito da teoria apenas, isto é, o discente tem de fazer buscas e pesquisas para angariar a
percepção da forma como funciona o SUS. Para ampliar as referências dos alunos e trazer mais
proximidade com a UBS que seria trabalhada, a tutora gravou uma série de vídeos da UBS e de sua
área de abrangência. A dinâmica de trabalho com esses materiais contava com os esforços do aluno
para assisti-los antes da aula e em seguida discussão com a turma sobre o que fora observado. Essa
metodologia permitiu diálogo entre discente e docente e exigiu a capacidade de abstração, visto que
o aluno via apenas parte de realidade e com auxílio do tutor e da perspicácia teve de expandir o
raciocínio acerca das potencialidades ou fragilidades locais (FERREIRA et al., 2014).
“[...] éramos incentivados a pesquisar sobre os mais diversos temas dentro do SUS, desde
estruturas físicas e serviços oferecidos, como CAPS, UBS e NASF, até o funcionamento e
organização internos e a origem do SUS [...].” (DR2)
COUTO et al., 2022
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O entendimento e valorização da interprofissionalidade como objetivo alvo da disciplina
foram contemplados de formas distintas pelos dois modelos de educação. Para os estudantes que
frequentaram a UBS, foi possível ver por si mesmos a realização do trabalho de cada profissional e
a sua importância para o funcionamento da UBS, principalmente as funções do ACS. Essa vivência
singular somada à convivência com alunos de diferentes cursos propiciou conhecimentos sobre a
importância dessa rede de atenção e configura-se, portanto, como conquista do domínio afetivo do
aprendizado na disciplina, imprescindível para a íntegra formação do profissional da saúde (ROSSIT
et al., 2018).
“[...] as situações práticas que obrigam o aluno a se envolver com os acontecimentos
enriquecem o aprendizado através de experiências pessoais e autonomia de conhecimento.”
(DP2)
O relato dos estudantes do modo remoto, quanto às habilidades adquiridas, mostra que
obtiveram conhecimento da interprofissionalidade através do próprio grupo, uma vez que a execução
das pesquisas e discussões dependia da cooperação do outro para a evolução das aulas. Alcança-se,
assim, a formação que rompe a tradicional divisão entre os cursos da saúde e revela a integração que
promove diferentes formas de exercer a atenção ao paciente (ELY; TOASSI, 2018).
“Deu para perceber logo no primeiro momento que seriam aulas dinâmicas nas quais nossa
interação como grupo seria essencial para o desenvolvimento do aprendizado, um ponto que
me interessou bastante e que destacou a disciplina para mim, que nas outras matérias não
tínhamos esse espaço de fala.” (DR2)
A ocorrência da disciplina em modelo remoto provocou desenvolvimento de características
pessoais e inovadoras. No modelo remoto, o discente depende muito mais de si mesmo, de suas
motivações, aptidões e da disposição para tornar-se um profissional melhor (STANISLAU;
MACHADO, 2021). Foi evidente nas turmas que os alunos passaram a consumir mais conteúdo
científico, dado a necessidade de pesquisas para realizar atividades e participar das discussões;
adaptaram-se ao contexto de isolamento para cursar a disciplina; melhoraram a comunicação e
exposição de ideias. Portanto, mesmo com o distanciamento físico, esses alunos puderam
compartilhar conhecimentos e vivências.
“O modelo remoto permitiu trabalhar de forma eficaz alguns aspectos como a comunicação,
visto que com a orientação da tutora todos os alunos eram estimulados a expressarem suas
ideias e opiniões.” (DR3)
Projeto de intervenção
A relação positiva entre os discentes associados ao contato com a APS, desde o início da
graduação, promove uma competência reflexiva e de trabalho em grupo acerca das necessidades do
SUS (FERREIRA et al., 2014). Por isso, é parte integrante da disciplina a execução de um projeto
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de intervenção. Este projeto, que tem por objetivo solucionar algum problema observado na UBS,
baseia-se, portanto, diretamente no método da problematização por meio do Arco de Maguerez. Para
tanto, foi necessário aos discentes a realização de pesquisas científicas para formulação do
embasamento teórico do projeto, além do amparo realizado pelos profissionais quetrabalham naUBS
e do tutor, os quais auxiliam na viabilidade das ações. Nesse contexto, o desenvolvimento do projeto
foi realizado em ambos os formatos de ensino e valeu-se do engajamento de todos os integrantes da
equipe (LIMA et al., 2018).
Para os alunos que frequentaram a UBS, a realização de projetos de intervenção pode contar
com uma pluralidadedepossibilidades, queresultaram naexecução devárias ações. Isso ocorre, pois,
dada a convivência com a realidade da UBS e de sua área de abrangência, o discente adquire
entendimento da importância dos programas, a visão crítica do local e de suas carências e também
devido à necessidade da UBS em realizar atividades de promoção de saúde (VIEIRA et al., 2007).
“Ao final da disciplina, foi proposta a organização de um projeto de intervenção na
comunidade que acabou se desdobrando em três. A primeira intervenção ocorreu na Casa de
Apoiocedida pela Prefeitura de Maringá à UBS Zona 6.,foi organizada uma festa junina que
contou com a participação de funcionários da unidade, habitantes da área e estudantes da
disciplina. A segunda intervenção foi feita na Escola Ipiranga (Figura 1), onde foi elaborada
uma conversa com 7 turmas a respeito da internet e seus perigos. A terceira e última
intervenção proposta foi a arrecadação de roupas para o Albergue de Maringá.” (DP1)
“Ao fim da disciplina foram desenvolvidos dois projetos de intervenção, o primeiro foi uma
festa junina com os idosos (Figura 2) que teve como base a promoção da saúde na terceira
idade. Para a festa acontecer foi necessário um trabalho de equipe, tanto dos alunos quanto dos
funcionários da UBS. Foi um momento de grande aprendizado prático sobre trabalho em equipe
e sobre promover a saúde tanto física como mental em indivíduos da melhor idade. A segunda
intervenção foi feita no Espaço Saúde, um evento ocorrido no Parque do Japão que também
tinha como objetivo a promoção de saúde e prevenção de doenças. No local foram montadas
várias estações com atividades como Yoga, auriculoterapia, jogos de raciocínio, entre outros.
A nossa estação era para distribuição de bolinhas de massagem com bexiga e areia para
relaxamento muscular.” (DP2)
Figura 1 - Palestra: “A Internet e seus perigos” realizada no Colégio Ipiranga.
COUTO et al., 2022
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Figura 2 - Festa com atividades sensoriais da UBS Universo
No modelo remoto, a elaboração do projeto de intervenção desenvolveu nos discentes a
capacidade de adaptar-se ao contexto. Optou-se pelo ambiente virtual para executá-lo, na rede social
Instagram
®
. Seu planejamento ocorreu em uma série de encontros, dentre eles houve alguns em que
os discentes discutiam sem a intervenção do tutor. Essa forma de metodologia ativa diminuiu o
distanciamento entre os participantes, visto que todos os alunos mantinham suas câmeras ligadas e
eram estimulados a expressar suas opiniões para a construção da iniciativa (GIL; PESSONI, 2020).
O projeto executado pela turmado ensino remoto foi uma páginano Instagram
®
, cujo objetivo
foi levar à população adulta informações confiáveis acerca de tópicos relevantes sobre saúde. Para
tanto, os alunos fizeram buscas de artigos em bases de dados em saúde e de documentos nos sites do
Ministério da Saúde, estudaram e elaboraram posts com linguagem acessível e objetiva. As temáticas
eram focadas na prevenção e na manutenção de uma vida saudável, dentre elas: hidratação de idosos,
avulsão dentária, importância do exame preventivo, uso do protetor solar, e até mesmo assuntos em
voga,dadoatualcontextopandêmico,comoaimportânciadavacinação.
“Durante a disciplina, como diretriz do Arco de Maguerez, procuramos, em equipe, um meio
em que pudéssemos agregar melhorias ao funcionamento da nossa unidade de saúde.
Acabamos decidindo criar uma página no Instagram
®
(Figura 3), visando não a
democratização do conhecimento, como também a exposição ao público geral dos serviços
oferecidos pelo Sistema Único de Saúde.” (DR2)
Ensino presencial e remoto na pandemia da covid-19: relatos de experiência na disciplina de atenção em saúde
Arquivos do Mudi, v. 26, n. 1, p. 13 -28, 202224
Figura 3 - (A) Página no Instagram - Universo Saúde; (B) Banner confeccionado para a UBS Universo.
Métodos de avaliação
O projeto de intervenção juntamente com o portfólio e a avaliação de pares são os
mecanismos de avaliação do discente na disciplina. O portfólio é uma ferramenta de avaliação que
condiz com a metodologia ativa, pois o aluno é responsável por desenvolvê-lo ao longo do curso, sob
olhar reflexivo e científico, envolvendo pesquisas e sua própria concepção sobre as experiências e os
aprendizados (RANGEL, 2003). O portfólio foi elaborado por alunos do ensino presencial e do
ensino remoto. Os alunos do modelo presencial contaram com maior bagagem de vivência com os
pacientes e com a equipe de saúde, além das visitas e do convívio entre si em um local totalmente
novo.
“Juntamos nossas experiências em portfólios com relatos de todas as atividades durante a
disciplina, concluindo assim que durante o estágio na UBS tivemos a oportunidade de
vivenciar de perto a realidade de “ser da área da saúde”, além de aprender a importância do
trabalho em uma equipe multiprofissional.” (DP2)
O modelo remoto proporcionou aos discentes uma grande quantidade de aulas teóricas, que
abordaram principalmente a estrutura e princípios do SUS, por esse motivo seus portfólios tiveram
caráter mais “conteudista”. Contudo, a abordagem inédita no contexto de isolamento fez com que
seus trabalhos contivessem a exposição de seus pontos de vista acerca da Disciplina e o modo atípico
como foi ministrada. Explicitou-se que o distanciamento favoreceu os discentes a desenvolverem a
habilidade reflexiva acerca da sua própria realidade e a competência de agir diante dos entraves, que
influenciarão positivamente sua postura como futuros profissionais da saúde.
“Como resultados, conclui-se que, a disciplina teve muitas perdas por seu modelo remoto,
com aulas exclusivamente teóricas, porém, a maneira como docente e discentes
COUTO et al., 2022
Arquivos do Mudi, v. 26, n. 2, p. 13 - 28, 202225
desenvolveram os momentos, evitou que as aulas fossem puramente expositivas e de pouco
rendimento, contemplando também o domínio afetivo do aprendizado.” (DR1)
De acordo com os resultados apresentados, foi possível compor uma tabela com o paralelo da
disciplina de Atenção em Saúde nos dois modelos de ensino: o Presencial e o Remoto, como é
descrito no Quadro 2.
Quadro 2 - Resumo do paralelo entre os modelos de ensino
CategoriaPresencialRemoto
disciplina - aprendizagem ativa
metodologia ativa de ensino e
permitiu maior interação entre os
alunos, oportunizou um bom
desenvolvimento das
competências esperadas.
PrimeirocontatocomaProporcionou melhor aplicação daHouve, inicialmente, certo
distanciamento entre os discentes,
entretanto, tal condição foi
amenizada com o decorrer da
disciplina.
Possibilitou ênfase em distintas
atividades e formas de interação,
que acarretaram em um bom
desenvolvimento das
competências esperadas.
A Unidade Básica de Saúde
Convívio com todos os aspectos
que envolvem a UBS - estrutura
física e organizativa;
profissionais; território e
comunidade - agregando
conhecimento prático através de
experiências.
O contato limitado a recursos
digitais - fotos; vídeos; plataforma
de geoprocessamento;
documentos legais e materiais
disponibilizados pelo tutor -houve,
portanto, ganho em conhecimento
teórico.
Contato com os profissionais
Os alunos tiveram um contato
direto com os profissionais,
viabilizando conversas e uma
relação mais próxima, além da
observação das funções de cada
profissional na UBS.
Maior distanciamento entre
profissionais e discentes, uma vez
que esse contato ocorreu em
ambiente virtual. Contudo, os
alunos relataram bom
aproveitamento e compreensão
acerca da temática.
Desenvolvimento de habilidades
Foi viável a execução de visitas
domiciliares, territorialização, o
desenvolvimento adequado das
habilidades relacionadas à
comunicação, trabalho em equipe
Algumas atividades foram
suspensas devido a
impossibilidade de realizá-las, tais
como visitas domiciliares e
territorialização. Entretanto,
Ensino presencial e remoto na pandemia da covid-19: relatos de experiência na disciplina de atenção em saúde
Arquivos do Mudi, v. 26, n. 1, p. 13 -28, 202226
e conhecimento acerca da
interprofissionalidade.
através de palestras e rodas de
conversas online foi possível
suprir essa falta e ter o
desenvolvimento de habilidades e
competências condizente com o
esperado.
Métodos de Avaliação
Foi desenvolvido o portfólio, com
relatos das experiências e
impressões ao decorrer do
semestre. A avaliação de pares,
por sua vez, obtém bom
desenvolvimento dentro da
modalidade presencial.
É possível notar que os portfólios
dos discentes se tornaram mais
conteudistas. A respeito da
Avaliação de Pares houve um bom
desenvolvimento dentro da
modalidade remota.
Projeto de Intervenção
Foi possível, presencialmente,
desenvolver mais de um projeto
de intervenção, os quais contavam
com a participação da
comunidade e da equipe
profissional, promovendo
interação e formação de vínculos
com a população da área de
abrangência da UBS.
O projeto de intervenção
planejado se deu através de
mídias sociais; isso garantiu que o
conteúdo produzido tivesse
grande alcance e contribuísse para
a propagação de informações
concretas ao público.
Pode-se verificar que existem várias fragilidades e potencialidades dos modelos de ensino em
todos os tópicos de aprendizado, portanto verifica-se que existe a necessidade de refletir e discutir
sobre um modelo híbrido de ensino que possa contemplar as vantagens dos dois modelos.
4. CONCLUSÃO
Com basenos relatos apresentados, compreende-sequeo objetivo de análiseentre os modelos
de ensino foi alcançado. Além disso, ficou explícito o impacto positivo da disciplina de AS, na
formação do profissional da saúde, tanto no modelo presencial quanto remoto. Embora seja
indiscutível a boa consolidação do conhecimento teórico no ERE, a disciplina de AS cursada à
distância perdeu um pouco de sua riqueza de conhecimento prático advindo de experiências pessoais
que são adquiridas ao vivenciar a disciplina presencialmente. O ensino presencial é capaz de
COUTO et al., 2022
Arquivos do Mudi, v. 26, n. 2, p. 13 - 28, 202227
consolidar a parte teórica através da prática, apesar de encontrar certas barreiras quando se trata de
acesso à tecnologia. Isso mostra que os dois modos possuem suas vantagens e seus desafios.
O ERE dificultou para muitos graduandos uma vivência dentro da realidade do SUS,
necessária para a formação de um profissional integrado e humanizado. Por esse motivo, seria de
grande valia se a universidade ofertasse a parte prática dessa disciplina presencialmente no futuro
para os alunos que tiverem interesse e também estimulasse os professores a reformularem a didática
da disciplina presencial, trazendo os aprendizados do ensino remoto. Usufruir das tecnologias
disponíveis enriqueceria e proporcionaria ensino e aprendizado mais dinâmicos e integrados.
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