1. INTRODUÇÃO
A geração de resíduos sólidos tende a crescer cada vez mais no mundo devido ao crescimento
populacional e ao consumo (CONCEIÇÃO, 2020). Para que os resíduos não venham contaminar o meio
ambiente e provocar a proliferação de vetores, danos ao meio ambiente, entre outros, é necessário o correto
gerenciamento. Um fator importante para uma boa gestão de resíduos é a educação ambiental que deve tratar
de mudança de atitudes mediante um processo educacional, conscientizando e contextualizado o assunto,
sendo então responsável pela reflexão e cuidado do meio ambiente e assim mantendo resíduos separados e
facilitando o processo de reciclagem (FERREIRA, 2011). Porém, o estudo ainda prova que a educação
ambiental é insuficiente, pois há muitas pessoas que a informação ainda não chegou, seja por não terem
formação escolar, ou por não terem acesso à televisão ou internet, quer ainda por residirem em meio rural onde
estão excluídas de qualquer tipo de ação da comunidade sobre meio ambiente (MACEDO, 2015).
De acordo com informações divulgadas pela ABRELPE em 2015, a geração de resíduos sólidos urbanos
no Brasil em 2014 alcançou a marca de cerca de 78,6 milhões de toneladas, apresentando um aumento de 2,9%
em relação ao ano anterior. Além disso, a ABRELPE apontou que quase metade desse montante (41,6%) é
destinado inadequadamente, o que evidencia a necessidade de medidas urgentes para aprimorar a gestão dos
resíduos sólidos no país. Diante desses dados é possível perceber a necessidade de maximizar o estudo de
educação ambiental para pessoas de diferentes faixas etárias, nível escolar, renda, para que possam aprender
e repassar o conhecimento a outras pessoas sobre sua importância.
No Brasil, a preocupação com a reciclagem tem tido posição de destaque dentro das diversas questões
relacionadas aos cuidados ambientais e saúde pública. Principalmente porque o país enfrenta graves problemas
ocasionados pela má gestão de resíduos, como: enchentes, transmissão de doenças e degradação ambiental
(NETO et al., 2019).
De acordo com um estudo realizado por Neto et al. (2019), algumas regiões do Brasil demonstram maior
preocupação ambiental em relação à separação de resíduos biodegradáveis. Os dados coletados indicam que
os residentes da região Sudeste possuem uma chance maior de realizar a separação de resíduos, sendo 8,61%
e 7,72% mais propensos a fazê-lo nas áreas urbanas e rurais, respectivamente, em comparação aos residentes
da região Centro-Oeste. Já os residentes da região Sul apresentam a maior propensão à participação na
separação de resíduos, com uma taxa de 32,49% e 19,36% para as áreas urbanas e rurais, respectivamente. Por
outro lado, os indivíduos que residem na região Norte apresentam menores chances de participação na
separação de lixo, tanto em áreas urbanas (8,59%) como rurais (2,11%), em relação à região Centro-Oeste.
Finalmente, os residentes da região Nordeste apresentam uma significância notória nos dados estatísticos
apenas na área rural, na qual são menos propensos a participar da separação de resíduos, com uma taxa de
3,91%.
Alguns estudos como de González (2006), investigaram sobre o campo socioambiental onde são