Arquivos do Mudi, v. 27, n. 2, p. 61-69, ano 2023
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ARTIGO ORIGINAL
Aceito em: 17/06/2023 Publicado em: 15/08/2023
RELATIONSHIP BETWEEN PULMONARY FUNCTION AND TIME OF
PROFESSIONAL PERFORMANCE IN MILITARY FIREMEN OF A GROUP IN
NORTHWEST PARANÁ
Abstract
During the period in which military firefighters remain on active duty they are exposed to various events that
are harmful to their health, especially those that refer to respiratory capacity. So, this study aimed to identify
pulmonary alterations related to the military firefighter profession and to the time of professional exercise, in
firefighters belonging to a grouping in the north of Paraná. The sample consisted of 20 military personnel
who answered a questionnaire formulated by the authors and were submitted to a spirometry test. The results
showed no significant changes, with lung function within the predicted values, where the mean forced vital
capacity (CVF) was 95%, the mean forced expiratory volume in one second (VEF1) was 88.5%, the mean
Tiffeneau index (FEV1/CVF) was 95.5%, and the mean peak expiratory flow (PEF) was 108.5%. The study
concluded that even when exposed to risk factors, the sample did not present pulmonary alterations, and that
external factors such as the use of personal protection equipment and the practice of physical activity help to
prevent pulmonary disorders.
Keywords: Pulmonary Alterations; Firefighters; Spirometry.
RELAÇÃO ENTRE A FUNÇÃO PULMONAR E TEMPO DE DESEMPENHO
PROFISSIONAL EM BOMBEIROS MILITARES DE UM GRUPAMENTO NO
NOROESTE DO PARANÁ
Kelvyn Kerlon da Silva Paulino
Centro Universitário Ingá,
Campus de Maringá
kelvynedfisica@hotmail.com
José Vinicius dos Santos Silva
Centro Universitário Ingá,
Campus de Maringá
fisiojvinicius@hotmail.com
Lilian Catarim Fabiano
Centro Universitário Ingá,
Campus de Maringá
lcatarim@hotmail.com
Luis Fernando Aguera Vieira
Centro Universitário Ingá,
Campus de Maringá
luisfernandoagueravieira@gmail.com
Resumo
Durante o período em que os bombeiros militares permanecem
no serviço ativo, são expostos a diversos eventos nocivos à
saúde, principalmente aos que se referem a capacidade
respiratória. Assim, este estudo teve como objetivo identificar
possíveis alterações pulmonares relacionadas a profissão
bombeiro militar e ao tempo de exercício profissional, em
bombeiros pertencentes a um grupamento do norte do Paraná. A
amostra foi de 20 militares que responderam a um questionário
formulado pelos autores e foram submetidos a um teste de
espirometria. Os resultados não mostraram alterações
significativas, estando à função pulmonar dentro dos valores
preditos, na a média da capacidade vital forçada (CVF) foi de
95% , o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1)
média de 88,5%, o índice de Tiffeneau (VEF1/CVF) média de
95,5%, e o pico de fluxo expiratório (PEF) média de 108,5%.
Concluiu-se que mesmo expostos a fatores de risco a amostra
não apresenta alterações pulmonares, sendo que os fatores
externos como uso dos equipamentos de proteção individual e da
prática de atividade física auxiliam na prevenção de distúrbios
pulmonares.
Palavras-chave: Alterações Pulmonares; Bombeiros;
Espirometria.
Relação entre a função pulmonar e tempo de desempenho profissional em bombeiros militares de um grupamento no
noroeste do Paraná
Arquivos do Mudi, v. 27, n. 2, p. 61-69, ano 2023
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a Constituição Federal de 1988, competem aos Corpos de Bombeiros Militares
as ações de combate a Incêndios em seus territórios, esta se destaca como uma das atividades que
oferecem diversos riscos ocupacionais, segundo o Manual Operacional de Bombeiros Combate a
Incêndio Urbano (2017), o bombeiro juntamente com a exposição ao calor que é produzido pelas
chamas, também é exposto a inalação de partículas resultantes da queima o que pode acarretar
diversos problemas a saúde, entre eles os respiratórios.
No ano de 2021 de acordo com os dados levantados foram realizadas 732 intervenções em
situações de incêndios diversos como ambientais, residênciais ou em veículos na cidade de Maringá,
no Paraná, nas cidades que são atendidas pelo 5º Grupamento de Bombeiros a somatória foi de 2.150,
e no estado do Paraná, os bombeiros atenderam um total de 19.857 ocorrências (Sysbm, 2022).
Alguns estudos encontrados na literatura descrevem achados significativos quanto aos
agravamentos respiratórios nos bombeiros devido a constante exposição aos agentes nocivos. Um
estudo realizado por França e Luisi (2017) realizou a analise da função pulmonar dos bombeiros das
cidades de Torres e Terras de Areia - RS, entretanto a correlação dos achados não foi estabelecida
levando em relação o tempo de serviço prestado. Por sua vez, estudos como o de Niles et al, (2013)
e Gaughan et al, (2014) relatam casos onde bombeiros de Nova Iorque apresentaram uma diminuição
da função pulmonar devido a exposição de gases e poeiras resultantes da queda das torres gêmeas em
2011.
De acordo com Souza et al. (2004), a intervenção dos bombeiros durante o atendimento as
ocorrências de incêndios expõe esses trabalhadores a inúmeros fatores de risco como agentes
químicos, combustão de materiais tóxicos, líquidos inflamáveis e a elementos gasosos prejudiciais ao
sistema respiratório, e por vezes, ao inalar esses gases, acaba por desencadear sintomas tais como
falta de ar, diminuição da pressão arterial, dor na região do peito, podendo chegar ao coma, entre
outras reações fisiológicas desencadeadas pela inalação de monóxido de carbono. A inalação dessas
partículas nocivas ao organismo pode desencadear também, processos inflamatórios pulmonares e
lesões térmicas principalmente devido à exposição por um grande período de tempo (BASSI;
MIRANDA; GUIMARÃES, 2014).
Esses estudos evidenciam que à presença deste profissional e sua exposição a fatores nocivos,
ao longo do tempo, torna-o propenso a apresentar alterações pulmonares, o que deixa claro a
importância de estudos nesta área. Desta forma, o objetivo deste estudo foi identificar a incidência de
alterações das capacidades pulmonares e relacionar com o tempo de atividade profissional em
bombeiros de um grupamento no noroeste do Paraná.
Paulino et al, 2023
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
Este artigo se trata de um estudo exploratório de carácter quantitativo descritivo, tendo como
base a coleta de dados por meio da aplicação de um questionário formulado pelos autores e a
realização de um exame pneumofuncional de espirometria. Este estudo faz parte integrante do Comitê
de Ética em Pesquisa pelo parecer n°4.860.072.
O mesmo foi realizado no ano de 2022 com profissionais pertencentes ao serviço ativo de
uma unidade do Corpo de Bombeiros do noroeste do Paraná. Os critérios de inclusão da amostra
foram: possuir tempo superior a 10 anos de atividade profissional, não ser, ou nunca ter sido tabagista,
incluindo o uso de cigarros eletrônicos e narguilés, e não ter apresentado nenhuma infecção
respiratória nas ultimas três semanas (PEREIRA et al., 2002).
Para a coleta de dados foi solicitado que os indivíduos respondessem a um questionário,
contendo os seguintes dados: Idade; Peso; Altura; Data de nascimento; Há quanto tempo faz parte do
quadro de bombeiros militares; Realiza a prática de alguma atividade física; Quantas vezes por
semana; Apresenta algum distúrbio respiratório aos grandes esforços; Apresentou alguma infecção
respiratória nas últimas três semanas?
Para o exame de espirometria, os participantes foram orientados de que na data da sua
realização fosse evitada a ingestão de chá e café por um período de 6 horas, não ingerir bebidas
alcoólicas por pelo menos 2 horas, caso utilizasse brônquio-dilatadores que fosse suspenso o uso por
pelo menos 4 horas, e permanecer em repouso de 5 a 10 min antes da realização do teste.
O exame seguiu as recomendações da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia). Foi utilizado para a coleta dos dados o aparelho espirometro portátil da marca Cosmed
modelo Pony Fx, recomendado para realizar a prova de função pulmonar. Antes do procedimento de
coleta, foi realizada a orientação e demonstração da execução do teste pelo avaliador, em seguida os
indivíduos permaneceram sentados em uma cadeira com os pés apoiados ao solo. Foi feito uso de
pinça nasal para evitar perda ventilatória pelo nariz e um bocal pertencente ao aparelho.
O avaliador solicitou 2 ventilações em nível de volume corrente, na sequencia uma inspiração
máxima seguida de uma expiração forçada máxima até volume residual, sustentando por um período
de pelo menos 6 segundos. O avaliador orientou o momento para cessar o movimento expiratório
após esse período. Foram realizados três testes, sendo obtido o melhor resultado entre eles.
Os dados obtidos durante a aplicação do questionário e a realização do exame espirométrico
foram analisados utilizando o Microsoft Excel 2019 e formatados em quadros e tabelas utilizando o
Microsoft Word 2019. Foram aplicados tratamentos estatísticos utilizando médias e desvios padrões.
Relação entre a função pulmonar e tempo de desempenho profissional em bombeiros militares de um grupamento no
noroeste do Paraná
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Aceitaram participar do estudo 23 indivíduos de um total de 80 bombeiros pertencentes ao
grupamento. Destes, dois foram excluídos por serem fumantes de cigarros eletrônicos e um por haver
sintomas gripais no dia da avaliação. Desta forma, foram incluídos na amostra um total de 20
indivíduos que atenderam integralmente os critérios para inclusão.
O Quadro 1 demonstra a caracterização da amostra, onde 100% (n=20) é formada por
indivíduos do sexo masculino, ativos fisicamente, com faixa etária variando entre 31 e 60 anos, sendo
composta por mais da metade por bombeiros que possuem menos de 20 anos de serviço com média
de 21 anos de atividade profissional.
Quadro 1 Caracterização da amostra
Variável
N
%
Sexo
Masculino
20
100
TOTAL
20
100
Idade (Anos)
20-30
0
0
31-40
13
65
41-50
4
20
51-60
3
15
> 60
0
0
TOTAL
20
100
Tempo de Serviço (Anos)
< 20
14
70
21 30
1
5
31 40
5
25
> 40
0
0
TOTAL
20
100
Prática de Atividade Física
Sim
20
100
Não
0
0
TOTAL
20
100
O quadro 2 refere-se aos valores obtidos após a realização do exame espirométrico. Após a
análise dos exames, não foram observadas alterações pulmonares no grupo avaliado, onde a
capacidade vital forçada (CVF) foi, em média, 95% (DP=10,5) do valor previsto. O volume
expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) medido teve média de 88,5% (DP = 11,43), o índice
de Tiffeneau (VEF1/CVF) apresentou média de 95,5% (DP = 5,84), e o pico de fluxo expiratório
(PEF) teve com resultado uma média de 108,5% (DP = 31,78). O desvio padrão elevado encontrado
no (PEF) é observado na tabela onde dois indivíduos apresentaram valores menores que 80%. Vale
Paulino et al, 2023
Arquivos do Mudi, v. 27, n. 2, p. 61-69, ano 2023
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ressaltar que os mesmos indivíduos alcançaram bons resultados nos demais parâmetros avaliados no
exame, caracterizando uma provável fraqueza muscular abdominal, não relacionada com capacidades
pulmonares.
Quadro 2 Valores da espirometria, obtidos através da coleta de dados
FEV1
PEF
Meas
%
Meas
%
Meas
%
Meas
%
4,13
81
3,25
75
78
95
8,05
82
5,91
106
5,2
110
87
104
11,29
142
4,01
99
3,49
100
86
102
11,39
174
6,63
111
5,25
104
79
95
11,87
109
5,48
112
4,41
106
80
95
13,36
181
4,6
94
3,84
92
83
99
10,69
145
3,94
88
3,1
79
78
94
8,15
88
5,07
90
4,01
86
78
96
7,22
70
4,03
86
3,13
79
77
96
5,5
59
5,6
99
4,49
94
80
96
11,34
108
5,44
85
3,95
73
72
86
10,32
120
3,68
83
3,32
89
90
113
9,28
103
5,84
113
4,69
106
80
96
9,62
96
4,51
80
3,51
74
77
93
9,87
94
5,73
94
4,35
84
76
90
10,38
125
4,58
93
3,59
87
78
96
10,76
113
3,56
81
2,93
79
82
102
8,85
99
6,03
103
4,41
93
73
91
10,03
96
4,41
100
3,25
88
73
90
10,2
114
5,92
103
3,25
97
80
95
11,9
147
M: 5,0
M: 95
M: 3,89
M: 88,5
M: 78,5
M: 95,5
M:10,26
M:108,5
DP:0,92
DP:10,8
DP:0,71
DP:11,43
DP:4,60
DP:5,84
DP:0,92
DP:31,78
Com relação à prática de atividade entre os avaliados, todos os indivíduos mostraram-se ativos
fisicamente (n=20). Os que realizam alguma atividade corresponderam a 20% (n 4) da amostra. Para
a realização de atividade física por até 3x por semana foi encontrado 20% da amostra (n=4) e 80%
(n=16) afirmaram praticar atividade 4 ou mais vezes durante a semana. Quando questionado sobre
quais atividades os indivíduos realizavam, 80% (n=16) dos militares relataram fazer mais de um tipo
de modalidade esportiva, sendo que a mais relatada foi a corrida (n=20), seguido da musculação
(n=14) e natação (n=12).
Os efeitos em curto prazo causados pela exposição dos bombeiros a fumaça, como um risco
da sua atividade profissional, causa de maneira imediata irritação nos olhos, tosse e incapacidade de
realizar uma ventilação adequada. Essas alterações são facilmente revertidas quando se extingue o
agente estressor, no caso a fumaça, entretanto a exposição a um longo período ou por várias vezes
como é o caso dos profissionais que atuam como combatentes pode ser um sério agravante para a
saúde. O risco de mortalidade ou comorbidades é maior em indivíduos que sofrem essa exposição,
sendo até 43% maior a chance de câncer pulmonar nesta população (NAVARRO et al., 2019).
Relação entre a função pulmonar e tempo de desempenho profissional em bombeiros militares de um grupamento no
noroeste do Paraná
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Souza (2015) cita em seu trabalho dados de uma pesquisa com bombeiros florestais afirmando
que em uma temporada de seca onde ocorrem várias ocorrências de combate incêndios,
principalmente os ambientais, esses profissionais chegam a perder 10% de sua capacidade pulmonar.
Diante de todos esses agravantes é obrigatório a esse profissional, com o intuito de proteger
seu sistema respiratório e diminuir os agravos pulmonares, o uso de equipamentos de proteção
respiratória. Almeida et al. (2016), descrevem o aparelho utilizado pelos profissionais durante o
combate, podendo ser de dois tipos: aparelhos filtrantes ou os isolantes. O primeiro influência do
ambiente, tendo sua eficácia limitada, um exemplo são os filtros e até mesmos panos umedecidos. Já
o aparelho do tipo isolante, é capaz de proteger o profissional, pois separa o usuário da atmosfera,
estando com fornecimento de ar respirável através de máscara e cilindro. Com isso, evita o contato
com contaminantes resultantes da queima. Essa obrigatoriedade é um dos fundamentos que justificam
os resultados obtidos neste estudo.
Outro fator imprescindível observado está relacionado à frequência de atividade física a qual
esses profissionais realizam. Os bombeiros são incentivados, desde a sua formação, a praticar
exercícios de forma regular, uma vez que suas capacidades físicas são exigidas durante os
atendimentos emergenciais.
As recomendações sobre a importância da atividade física sofreram ao longo dos anos grandes
evoluções e, diante destas os indivíduos vem se beneficiando por meio dos resultados que a prática
regular dessas atividades lhes proporciona. Ela é responsável pela redução do estresse, controle da
ansiedade, melhora das capacidades físicas incluindo as capacidades pulmonares (VIEIRA, 2014).
Burini; Coelho (2009) destacam que a realização de atividades físicas de forma regular pode ser
responsável pela melhoria do sistema imunológico, prevenindo o desenvolvimento de novas doenças,
e até mesmo, estabilizando o quadro de doenças já existentes em determinados pacientes.
Santos et al. (2009) salientam que o exercício físico, favorece as capacidades
cardiorrespiratórias, onde, após a atividade os exercícios fazem com que as catecolaminas sejam
liberadas no organismo, promovendo, assim, melhorias nas funções pulmonar e cardíaca, reduzindo
o risco de desenvolvimento de doenças crônicas inclusive pulmonares.
Os estudos como de Paulo; Petricia; Martins (2013) e Boson; Gardenghi (2012) mostram a
importância da prática regular de atividade física sobre o organismo, por sua vez, o envelhecimento
e o sedentarismo tem influência na obesidade devido à diminuição do gasto calórico. Esses fatores
podem provocar uma síndrome restritiva pelo acumulo de gordura visceral e abdominal, ocasionando
alterações da mecânica respiratória, diminuindo a expansibilidade torácica com consequente redução
dos volumes respiratórios como os observados na PEF.
Paulino et al, 2023
Arquivos do Mudi, v. 27, n. 2, p. 61-69, ano 2023
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Os resultados encontrados no exame de capacidade pulmonar e nas modalidades de atividades
praticadas pelos indivíduos corroboram com o estudo de Moreno et. al., (2009), que se refere às
atividades aeróbias de corrida e natação como atividades que auxiliam na extensão pulmonar.
Segundo o autor, esses fatores são determinantes para a melhoria do sistema respiratório, uma vez
que, auxiliam diretamente as trocas gasosas melhorando a respiração dos indivíduos.
Consequentemente, auxiliam na interpretação dos resultados apresentados, onde as capacidades
pulmonares permanecerem sem alterações relevantes.
4. CONCLUSÃO
Observando os resultados obtidos na espirometria realizado nos bombeiros militares, é
possível concluir que não houve alterações significativas nas suas capacidades respiratórias mesmo
estando, no mínimo, a 10 anos de prestação efetiva de serviço à corporação.
Com isso é possível identificar que os fatores de prevenção utilizados pelos profissionais têm
sido eficazes na prevenção de alterações respiratórias. Além de promover proteção individual, como
as de proteção respiratória utilizada pelos militares, os mesmos são adeptos a prática regular de
atividade física. Esses fatores estão diretamente relacionado a prevenção e manutenção das
capacidades cardiopulmonares, sendo considerados protetivos para o aparecimento de
comprometimento pulmonar nesta população.
Sendo assim, embora não se tenha encontrado na amostra alterações importantes da função
pulmonar, sugere-se que, novos estudos sejam mais evidenciados indo de encontro com a limitação
do estudo, com maior número de participantes. Desta forma, será possível uma melhor identificação
de possíveis alterações passiveis de acompanhamento médico especializado de maneira precoce.
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