Arquivos do Mudi, v. 27, n. 2, p. 97-110, ano 2023
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ARTIGO ORIGINAL
Aceito em: 05/07/2023 Publicado em: 15/08/2023
AROMATHERAPY IN THE CARE OF ANXIOUS SYMPTOMS
Abstract
Anxiety is an adaptive state of tension and vigilance in the face of anticipating a threat, which is considered a
disorder when it manifests excessively or persists beyond appropriate periods. The aromatherapy was included
in the National Policy for Integrative and Complementary Practices in 2018 and began to be used as an auxiliary
method in the treatment of mild anxiety or cases with greater functional impairment. This research aimed to
gather clinical studies on the effectiveness of aromatherapy in the treatment of anxiety symptoms. A systematic
review of the literature was carried out using articles published from 2013 to 2023 indexed in the Regional
Portal of the Biblioteca Virtual em Saúde, the Scientific Electronic Library Online and the Medical Publisher
platform. As a result, a reduction in the subjective perception of anxiety symptoms, physiological parameters
of autonomic nervous system activation and endocrinological stress markers was demonstrated in people
subjected to adverse situations or in their common daily activities. It is concluded that this therapy presents
itself as a potential practice in the treatment of mild anxiety conditions, as well as an adjuvant in severe anxiety
conditions, however, that it needs further studies to delimit its benefits and potential risks in the short and long
term, which is the concentration and the best method of application, thus obtaining greater scientific evidence
of its efficacy and safety.
Keywords: Anxiety. Aromatherapy. Complementary Therapies.
AROMATERAPIA NO CUIDADO DE SINTOMAS ANSIOSOS
Vilma Raquel Lima Ramalho de Holanda
Centro Universitário de Patos UNIFIP
vilmaholanda@med.fiponline.edu.br
Isadélia Constâncio de Oliveira
Centro Universitário de Patos UNIFIP
isadeliaoliveira@fiponline.edu.br
Milena Nunes Alves de Sousa
Centro Universitário de Patos UNIFIP
milenanunes@fiponline.edu.br
Resumo
A ansiedade é um estado adaptativo de tensão e vigilância frente
à antecipação de uma ameaça o qual passa a ser considerado um
transtorno quando se manifesta de modo excessivo ou persiste
além de períodos apropriados. A aromaterapia foi inserida na
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em
2018 e passou a ser utilizada como método auxiliar no
tratamento do quadro ansioso leve ou casos com maior
comprometimento funcional. Deste modo, esta pesquisa
objetivou reunir estudos clínicos sobre a efetividade da
aromaterapia no tratamento dos sintomas ansiosos. Foi realizada
uma revisão sistemática da literatura utilizando os artigos
publicados de 2013 a 2023 indexados no Scientific Electronic
Library Online, na plataforma Medical Publisher e na Biblioteca
Virtual em Saúde. Como resultado obteve-se a demonstração da
redução da percepção subjetiva dos sintomas ansiosos, de
parâmetros fisiológicos de ativação do sistema nervoso
autônomo e de marcadores endocrinológicos de estresse em
pessoas submetidas a situações adversas ou em suas atividades
diárias comuns. Conclui-se que essa terapia se apresenta como
uma prática potencial no tratamento de quadros leves de
ansiedade, bem como adjuvante nos quadros ansiosos graves,
porém, que necessita de maiores estudos que delimitem seus
benefícios e potenciais riscos a curto e longo prazo, qual a
concentração e o melhor método de aplicação, obtendo,
portanto, maiores evidências científicas de sua eficácia e
segurança.
Palavras-chave: Ansiedade. Aromaterapia. Terapias
Complementares.
Aromaterapia no cuidado de sintomas ansiosos
Arquivos do Mudi, v. 27, n. 2, p. 97-110, ano 2023
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1. INTRODUÇÃO
De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (APA, 2014) na edição do
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a ansiedade é definida
como uma resposta fisiológica adaptativa desencadeada por antecipação ou preparação a um
perigo futuro, associada frequentemente com estado de vigilância e tensão, que culmina em
comportamentos de cautela ou esquiva. Por ser uma experiência de alto consumo de recursos
físicos e mentais o estado ansioso deveria ser desativado quando não fosse mais necessário
diante do contexto ambiental (LUCIANO et al., 2021).
O quadro ansioso passa a ser considerado um transtorno quando se manifesta de modo
excessivo ou persiste além de períodos apropriados (APA, 2014). Ainda segundo o DSM-V, os
transtornos ansiosos não são homogêneos e são categorizados de acordo com os objetos ou as
situações que os induzem. Muitos dos transtornos ansiosos se desenvolvem na infância, tendo
início muito mais precoce que a maioria dos transtornos mentais, podendo também se
desenvolver na vida adulta e persistir se não forem adequadamente tratados (APA, 2014).
Segundo Luciano et al. (2021), como esses indivíduos superestimam o perigo das
situações, eles passam a evitá-las ou a vivenciá-las com angústia, em alguns casos a ansiedade
experimentada é tão intensa que causa prejuízos funcionais e sofrimento significativo. Ademais,
fisiologicamente, a maior atividade do sistema simpático provoca alterações dos sinais vitais
como aumento da frequência respiratória, da pressão arterial e da frequência cardíaca
(MORADI et al., 2016). Associado, portanto, ao aumento de complicações clínicas,
principalmente cardiovasculares, como doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca,
acidente vascular encefálico (LUCIANO et al., 2021).
Os tratamentos disponíveis para os transtornos de ansiedade atualmente incluem
intervenções medicamentosas e não medicamentosas, com o cuidado escalonado em etapas, e
o tratamento medicamentoso é sugerido após a falha das estratégias de monitoramento ativo,
psicoeducação e intervenções psicológicas (BRASIL, 2022). Conforme o National Institute for
Health and Care Excellence (NICE, 2020) é importante que a terapia seja discutida e instituída
de forma colaborativa com o paciente uma vez que, o tratamento farmacológico demora
algumas semanas para induzir os efeitos terapêuticos e geralmente inclui reações
medicamentosas indesejadas como sonolência, náuseas, vômitos, ganho ou perda de peso e no
caso dos benzodiazepínicos, síndrome de abstinência.
As Práticas Integrativas e Complementares (PICs), tais como acupuntura,
musicoterapia, aromaterapia, yoga, dentre outras, surgem como métodos para auxiliar no
tratamento do quadro ansioso leve ou casos com maior comprometimento funcional
Holanda, Oliveira e Souza, 2023
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(ALMEIDA et al., 2022; BRITO et al., 2022; LEITÃO et al., 2022; MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2022). Inserida na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) em 2018, a aromaterapia trata-se do uso de óleos essenciais (OE) por meio da via
inalatória ou dermatológica. Sendo seu uso relacionado ao relaxamento, tranquilidade, redução
do estresse e da ansiedade (DAMIAN, 2018).
Os OE são uma matéria-prima de origem vegetal, obtida por destilação com água ou
vapor, ou por destilação seca. Sua composição é complexa, podendo apresentar até 300
substâncias, e influenciada pela planta de origem, o local de cultivo, o clima, o tipo de nutrição,
fertilizantes utilizados e qualquer estresse sofrido pela planta (BONA et al., 2016).
A via mais utilizada é a inalatória, tendo os benefícios psicoterapêuticos melhor
aproveitados pela inalação e forma mais rápida de ação (DAMIAN, 2018). O seu efeito se
pela estimulação do sistema olfativo. Os neurônios olfativos conduzem sinais eletroquímicos
para o sistema límbico, que é a região responsável pelo controle emocional, a depender do tipo
de aroma inalado as células nervosas liberam neurotransmissores distintos, como endorfinas,
noradrenalina e serotonina, gerando respostas emocionais para o córtex cerebral (LAVABRE,
2018). Deste modo, esta pesquisa objetivou reunir estudos clínicos sobre a efetividade do uso
da aromaterapia no tratamento dos sintomas ansiosos.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Revisões sistemáticas (RS) da literatura fornecem uma síntese do conhecimento
existente a respeito de um determinado assunto. Esse tipo de revisão tem como características
a aplicação de critérios e métodos explícitos, transparentes e replicáveis. Sendo útil, portanto,
para a análise crítica sobre a eficácia das atuais evidências (DONATO; DONATO, 2019).
A delimitação dos objetivos e da questão de pesquisa na revisão de literatura é elaborada
seguindo o acrônimo PICO, determinando-se a população ou problema, a intervenção, a
comparação e o outcomes/resultado (GALVÃO; RICARTE, 2020). Desse modo, definiu-se a
questão norteadora desta pesquisa com seus devidos correspondentes: (P) Pessoas com
sintomas ansiosos, (I) uso de aromaterapia, (C) uso de placebo ou cuidados habituais, (O) carga
de sintomas.
Para a seleção e avaliação de documentos sobre a temática foram consultados o Portal
Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a Scientific Electronic Library Online
(SCIELO) e a plataforma Medical Publisher (PUBMED). Utilizou-se os Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS), em inglês, que consistiam em Aromatherapy e Anxiety
Aromaterapia no cuidado de sintomas ansiosos
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Disorders encadeados pelo operador booleano AND, totalizando 145 artigos. Os filtros
empregados envolviam artigos publicados nos últimos 10 anos (2013-2023), sendo ensaios
clínicos randomizados (ECR), atingindo 30 artigos.
Em seguida, foi realizada a seleção dos artigos por dois autores, cada autor fez sua
própria seleção dentre os artigos, analisando o título, o resumo e a metodologia. Ao final um
autor obteve uma amostra de 8 trabalhos e outro autor de 9 trabalhos. Foi realizada uma reunião
para consenso sobre quais artigos deveriam ser selecionados, sendo excluídos os artigos com
metodologia que não fosse ensaio clínico randomizado que persistiram após a aplicação dos
filtros, estudos envolvendo crianças e estudos que não tivessem um grupo controle. Assim, a
amostra final contém 8 artigos. Na figura 1, encontra-se o fluxograma com os artigos
selecionados seguindo a recomendação Principais Itens para Relatar Revisões sistemáticas e
Meta-análises (PRISMA, 2021).
Figura 1 Fluxograma da seleção dos artigos
Identificação de estudos a partir de base de dados e registros
Identificação
Referências identificados em:
PubMed (n = 90)
BVS (n = 55)
Scielo (n = 0)
Referências removidas antes do processo de
seleção:
Registros classificados como inelegíveis por
ferramentas (n = 125)
Registros excluídos por tratarem de outro tema
(n = 2)
Duplicados (n = 5)
Referências excluídas (n = 5)
avaliação por texto completo (n =
Referências cujo texto completo não foi
identificado (n = 0)
Referências excluídas (n = 0)
Triagem
Inclusão
Referências avaliadas por texto
completo (n = 8)
Holanda, Oliveira e Souza, 2023
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Posteriormente foi realizada a análise criteriosa dos artigos selecionados buscando-se
os métodos de uso e os efeitos da aromaterapia seguida da sistematização das informações
encontradas.
Após esses passos, realizou-se a análise da qualidade metodológica dos artigos e a
qualidade das evidências, utilizando-se as Diretrizes Metodológicas do Sistema GRADE
(BRASIL, 2014). Assim, as informações avalidas estão demonstradas no Quadro 3.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Essa revisão foi composta por 8 artigos de ECR. Houve predominância do Icomo
país de condução dos estudos, sendo os outros países Taiwan, Brasil, Tailândia e Japão. Os
artigos tiveram população de estudo bastante heterogênea e tempo de intervenção curto, com o
mais longo durando 90 dias. No total seis óleos essenciais foram usados, sendo o óleo de
lavanda o mais utilizado (40%, n= 4). As vias de aplicação da aromaterapia foram: inalatória
(75%, n= 6) e cutânea (25%, n=2) (Quadro 1).
Quadro 1 Caracterização metodológica dos artigos selecionados para compor a RS. G1:
grupo 1; G2: grupo 2; G3: grupo 3; UTI: Unidade de Terapia Intensiva; INR:
Neurorradiologia Intervencionista;
Autor (Ano)
País
Título
Amostra
Intervenção
Abbaszadeh,
Tabari e
Asadpour
(2020)
Irã
The Effect of Lavender
Aroma on Anxiety of
Patients Having
Bone Marrow Biopsy
Pacientes submetidos à
biópsia de medula óssea
(n= 80)
Aromaterapia (n= 40)
Controle (n= 40)
Controle: inalação de 3 gotas de água
destilada.
Intervenção: inalação 3 gotas de OE de
lavanda a 10%.
Antes da biópsia cada participante recebeu
um algodão colocado em um recipiente
fechado, embebido da respectiva
substância do grupo e realizou a inalação
por 15 minutos a uma distância de 7-10 cm
do nariz.
Gnatta et al.
(2014)
Brasil
Aromaterapia com
ylang ylang para
ansiedade e autoestima:
estudo piloto
Enfermeiros do HU-
USP com moderada,
alta ou altíssima
ansiedade no Inventário
de Ansiedade (IDATE)
(n= 34)
G1: gel com OE de
Ylang Ylang a 2% (n=
10)
Os grupos G1 e G2 foram instruídos a
aplicar o gel três vezes ao dia (antes de sair
de casa para o trabalho, após o plantão e
antes de dormir) durante 90 dias, o G3 foi
orientado a no início do expediente
colocar uma gota do OE de ylang ylang no
algodão dentro do aromatizador pessoal e
utilizá-lo durante todo o turno de trabalho,
durante 90 dias.
Aromaterapia no cuidado de sintomas ansiosos
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G2 (placebo): gel com
essência de Ylang
Ylang (n= 11)
G3: aromatizador com
óleo essencial de Ylang
Ylang (n= 13)
Igarashi
(2013)
Japão
Physical and
psychologic effects of
aromatherapy
inhalation on pregnant
women: a randomized
controlled trial
Gestantes de 28
semanas em
acompanhamento
ambulatorial (n= 13)
Aromaterapia (n= 7)
Controle (n= 6)
Cada participante escolheu um dos óleos
essenciais: Lavanda, Petitgrain (Citrus
aurantium) ou Bergamota (Citrus
aurantium L. ssp. Bergamia). Foram
conduzidas a uma sala de repouso,
expostos a uma fotografia de paisagem e
orientados a não fechar os olhos. Cinco
minutos depois o grupo da aromaterapia
inalou 5 gotas do óleo essencial em
difusor a 30 cm de distância por 5 minutos
e o grupo controle permaneceu no
descanso por mais 5 minutos.
Karimzadeh et
al. (2021)
Irã
The Effects of
Lavender and Citrus
aurantium on Anxiety
and Agitation of the
Conscious Patients in
Intensive Care Units: A
Parallel Randomized
Placebo-Controlled
Trial
Pacientes internados em
UTI (n= 150)
Lavanda (n= 50)
Citrus aurantium (n=
50)
Placebo (n= 50)
Placebo: cuidados de rotina e inalação de
soro fisiológico;
Lavanda: cuidados de rotina e inalação de
óleo essencial de lavanda;
Grupo Citrus aurantium (Petitgrain):
cuidados de rotina e inalação óleo
essencial de Citrus aurantium;
Em todos os pacientes foi fixada uma gaze
embebida de 5 gotas da respectiva
substância do grupo a 10 cm do nariz,
inalado por 30 minutos
Lee et al.
(2017)
Taiwan
Comparing effects
between music
intervention and
aromatherapy on
anxiety of patients
undergoing mechanical
ventilation in the
intensive care unit: a
randomized controlled
trial
Pacientes internados na
UTI (n= 132).
Aromaterapia (n= 47)
Musicoterapia (n= 41)
Controle (n= 44)
Aromaterapia: aplicação de óleo essencial
de lavanda a 2% massageado nas costas do
participante por 5 min, seguido de 20
minutos de relaxamento.
Musicoterapia: sessão de 30 minutos de
música clássica ocidental, chinesa, sons
naturais ou música religiosa escolhida
pelo paciente.
Grupo controle: descanso de 30 minutos.
Mahdood,
Imani e
Khazaei
(2022)
Irã
Effects of Inhalation
Aromatherapy with
Rosa Damascena
(Damask Rose) on the
State Anxiety and Sleep
Quality of Operating
Room Personnel
During the COVID-19
Pandemic: A
Randomized Controlled
Trial
Técnicos cirúrgicos e
enfermeiros
anestesistas (n= 80)
Rosa damascena (n =
40)
Placebo (n = 40)
Utilizou-se um chumaço de algodão
impregnado com duas gotas de óleo de
parafina ou óleo de rosa damascena
colocado a uma distância de 5 cm do nariz
e inalado por 10 minutos. Após isso, os
participantes receberam um conta-gotas
contendo óleo de parafina ou óleo de rosa
damascena e foram orientados a despejar
5 gotas em um guardanapo fixado no
travesseiro a 20 cm do nariz por 30 noites.
Holanda, Oliveira e Souza, 2023
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Matsumoto,
Asakura e
Hayashi
(2014)
Japão
Effects of olfactory
stimulation from the
fragrance of the
Japanese citrus fruit
yuzu (Citrus junos Sieb.
Ex Tanaka) on mood
states and salivary
chromogranin A as an
endocrinologic stress
marker
Mulheres estudantes da
Shitennoji University
(n= 20)
Os participantes foram examinados em
duas ocasiões distintas uma vez usando
o óleo essencial yuzu e outra usando água
sem perfume como controle. 10 μL de
óleo essencial de yuzu ou água foram
pipetados em uma almofada projetada
para o difusor e inalado por 10 minutos.
Sriboonlert et
al. (2022)
Tailândia
Cananga odorata
Aromatherapy Reduces
Anxiety in
Unexperienced Patients
Hospitalized for
Interventional
Neuroradiology
Procedures: A
Randomized Control
Trial
Pacientes admitidos
para seu primeiro
procedimento de
neurorradiologia
intervencionista (INR)
(n= 44)
Intervenção n= 22
Controle n= 22
25 µl de Cananga odorata (ylang ylang)
foi colocado em um papel de amoreira.
Dois desses papeis foram fixados no
avental do paciente na altura dos ombros
das 18h no dia da admissão às 6h no
próximo dia. O grupo controle teve 25 µl
de água destilada colocado em um papel
de amoreira e, em seguida, 2 desses papeis
foram fixados no avental do paciente na
altura dos ombros por 12 h
As intervenções mostraram-se efetivas na redução dos sintomas ansiosos por meio dos
métodos de Escala Visual Analogue Scale for Anxiety (VAS-A), do inventário psicológico
Stage-Trait Anxiety Inventory (STAI) e do questionário Profile of Mood States (POMS).
Outros métodos de avaliação foram cortisol salivar e alfa-amilase salivar como
marcadores fisiológicos de ansiedade, além da cromogranina A salivar (CgA) como um
marcador de estresse. Além disso, alguns estudos utilizaram parâmetros de pressão arterial,
frequência respiratória (FR) e frequência cardíaca (FC) como desfechos secundários para
avaliar a ação dos óleos essenciais sob os sistemas simpático e parassimpático. Nessas aferições
os OE também se mostraram efetivos na redução desses parâmetros (Quadro 2).
Quadro 2 Caracterização metodológica dos artigos selecionados para compor a RS. VAS:
Escala Visual de Ansiedade; STAI: State-Trait Anxiety Inventory; POMS: questionário
Profile of Mood States; CgA: cromogranina A salivar.
Autor, ano
Método avaliativo
Resultados
Abbaszadeh,
Tabari e
Asadpour
(2020)
Aplicação da Escala Visual de
Ansiedade (VAS) logo pós a coleta da
biópsia.
O escore de ansiedade foi menor no grupo intervenção
do que no grupo controle, sendo estatisticamente
significativo.
Gnatta et al.
(2014)
State-Trait Anxiety Inventory (STAI)
aplicado antes de iniciar a pesquisa, após
um mês, após sessenta dias e ao final dos
noventa dias do estudo. Além disso,
após 15 dias do término da intervenção
(follow up).
Observou-se que o grupo G1 apresentou tendência a
redução dos escores de ansiosos, inclusive sustentada
após a cessação do uso do OE, no follow up, enquanto
que os G2 e G3 demonstraram tendência a elevação do
escore do STAI.
Aromaterapia no cuidado de sintomas ansiosos
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Igarashi
(2013)
Japão
Foi utilizado o questionário Profile of
Mood States (POMS) para medir o
estado de humor e para as medidas de
frequência cardíaca, foi utilizado o
frequencímetro portátil Active Tracer
301, verificando o intervalo RR
continuamente, antes e após
intervenção.
Na comparação intragrupo do grupo de aromaterapia,
foram observadas reduções significativas no escore de
tensão-ansiedade, porém, nenhuma diferença
substancial foi observada na comparação entre os
grupos;
Karimzadeh
et al. (2021)
STAI, usada a subescala de estado.
Preenchidos antes, imediatamente, uma
hora e três horas após a intervenção.
Após a intervenção o grupo do Citrus aurantium e da
lavanda obtiveram redução significativa da ansiedade
quando comparado com a pontuação STAI inicial,
quando comparados os resultados de ambos os grupos
não houve diferença significativa entre eles. Os
escores médios de ansiedade nos grupos lavanda e
Citrus aurantium foram significativamente menores do
que os do grupo placebo três horas após a intervenção.
Lee et al.
(2017)
Questionários VAS e STAI usada a
subescala estado, no início e pós-
intervenção. Aferição da FC, da FR e da
pressão arterial medidas a cada 10
minutos desde o início da intervenção
até os 30 minutos de acompanhamento.
Após intervenção, no grupo aromaterapia verificou-se
um nível significativamente mais baixo de ansiedade
autorreferida e FC do que o grupo controle. 30 minutos
após a intervenção o grupo de aromaterapia apresentou
menor FC, FR mais lenta, menor PAS e PAM menor.
O uso de equações de estimativa generalizada,
sugeriram que o grupo de Aromaterapia teve uma
duração de efeito maior do que o grupo Música, a FC
e PA do grupo aromaterapia continuaram diminuindo,
enquanto as do grupo Música se mantiveram.
Mahdood,
Imani e
Khazaei
(2022)
Questionário STAI, usada a subescala
estado preenchido antes da alocação
aleatória dos participantes na linha de
base (T1), 90 minutos após o término da
primeira sessão de aromaterapia (T2) e
no 31º dia do estudo (T3).
Com base nos resultados intergrupos obtidos pelo teste
ANCOVA, as mudanças médias do estado de
ansiedade foram significativas em comparação com
T1 tanto em T2 quanto em T3 em favor do grupo rosa
de damascena. Já na comparação intragrupo de acordo
com os resultados intragrupo da rANOVA, a
pontuação do estado de ansiedade diminuiu
significativamente nos dois grupos ao longo do tempo.
Matsumoto,
Asakura e
Hayashi
(2014)
Foi coletada a cromogranina A salivar
(CgA) imediatamente e 30 minutos após
a inalação e aplicado o questionário
POMS
A taxa de diminuição da CgA salivar foi
significativamente maior imediatamente e 30 minutos
após a inalação do yuzu em comparação com o teste
de controle. Por sua vez, as subescalas do POMS de
tensão-ansiedade diminuíram significativamente após
a inalação de yuzu em comparação as do controle com
água.
Sriboonlert
et al. (2022)
Coleta de saliva matinal para avaliar o
cortisol e a alfa-amilase salivar após a
intervenção. O nível de ansiedade foi
avaliado usando a versão tailandesa do
STAI, preenchido no dia da admissão e
no dia seguinte após a retirada da
intervenção.
Houve uma redução significativa da alfa-amilase
salivar e do escore ansiedade estado quando
comparados o grupo intervenção e controle. Apesar
dos níveis de cortisol reduzirem no grupo de
intervenção, não se demonstrou diferença significativa
quando comparado ao grupo controle.
Um único estudo relatou efeitos adversos, entretanto os participantes do grupo placebo
relataram eventos idênticos com gravidade semelhante aos do grupo de intervenção. Esses
Holanda, Oliveira e Souza, 2023
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eventos adversos incluíram dor de cabeça, tontura e náusea, que desapareceram, em sua
maioria, poucas horas após a ocorrência (MAHDOOD; IMANI; KHAZAEI, 2022).
A partir dos dados analisados no quadro 3, classificou-se o nível de evidência dos
ensaios clínicos randomizados pelo sistema GRADE em alto. Contudo, cabe ressaltar que
devido à natureza da intervenção o completo cegamento dos participantes não foi possível.
Quadro 3 Avaliação da qualidade dos ensaios cínicos randomizados selecionados.
Autores, ano
Limitações
metodológicas
Inconsistência
Evidência
indireta
Imprecisão
Nível de evidência de
acordo com os critérios
do sistema GRADE
Abbaszadeh,
Tabari e
Asadpour
(2020)
Não há
Não há
Não há
Não há
Alto
Gnatta et al.
(2014)
Não há
Não há
Não há
Não há
Alto
Igarashi (2013)
Japão
Não
Não há
Não há
Não há
Alto
Karimzadeh et
al. (2021)
Não há
Não há
Não há
Não há
Alto
Lee et al.
(2017)
Não há
Não há
Não há
Não há
Alto
Mahdood,
Imani e
Khazaei (2022)
Não há
Não há
Não há
Não há
Alto
Matsumoto,
Asakura e
Hayashi (2014)
Não há
Não
Não há
Não há
Alto
Sriboonlert et
al. (2022)
Não há
Não há
Não há
Não há
Alto
Neste estudo foram investigados os efeitos potenciais dos OE na redução do estado de
ansiedade. Obteve-se, então, evidências sobre a ação ansiolítica de 6 óleos essenciais: Yuzu,
Lavanda, Petitgrain, Bergamota, Ylang Ylang e Rosa Damascena. A partir dos achados,
observou-se a efetividade dos OE na redução da percepção subjetiva dos sintomas ansiosos, na
redução de parâmetros fisiológicos de ativação do sistema nervoso autônomo e de marcadores
endocrinológicos de estresse em pessoas submetidas a situações adversas ou em suas atividades
diárias comuns.
No que se refere a aferição dos parâmetros supracitados, com exceção do estudo de
Gnatta et al. (2014), verificou-se a redução significativa desses quando comparadas as medidas
iniciais e pós-intervenção nos componentes da amostra desta pesquisa.
Aromaterapia no cuidado de sintomas ansiosos
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Gnatta et al. (2014) conduziram três grupos de enfermeiros com moderada, alta ou
altíssima ansiedade segundo o inventário psicológico STAI, o primeiro utilizando um gel com
óleo essencial, o segundo um gel apenas com a essência de Ylang Ylang e o terceiro com a
inalação de uma gota do OE. Embora tenha havido redução da ansiedade nos grupos
intervenção, essa redução não foi significativa na comparação intragrupo e intergrupo. Porém,
obteve um achado interessante: a persistência da redução dos níveis ansiosos, sustentada quinze
dias após a cessação do uso do OE, enquanto os outros grupos demonstraram tendência a
elevação do escore do STAI.
Resultado semelhante foi encontrado no estudo de Lee et al. (2017), ao utilizar a
aplicação tópica do OE de lavanda obtiveram uma duração de efeito maior do que o grupo
comparativo, com a FC e PA do grupo aromaterapia em tendência de queda, enquanto as do
grupo controle se mantiveram. Esse efeito tardio pode se dar devido ao meio de administração
da intervenção ser tópico, uma vez que o efeito rápido dos OE é atribuído a sua ão nas células
nervosas olfativas (HARORANI et al., 2020). O que pode significar diferentes aplicabilidades,
com o uso tópico para efeitos a longo prazo e o inalatório mais benéfico em crises ansiosas.
Com relação a diferença significativa na comparação intergrupos, o estudo de Igarashi
(2013) ao contrapor o grupo intervenção ao grupo placebo, não obteve variações significativas.
Essa discrepância pode ser atribuída a diferenças no desenho, na população e tempo de
administração da aromaterapia. Dos estudos que compõem a amostra, nesse a população não
foi exposta a procedimentos invasivos, estressantes ou tinha moderado/alto nível de ansiedade.
Embora a gestação seja um momento de diversas mudanças, todas as mulheres da amostra desse
estudo experimentavam cursos leves da gestação e foram expostas a cinco gotas do OE
escolhido por a apenas cinco minutos de aromaterapia. De forma semelhante, estudo conduzido
por Haehner et al. (2017), com população saudável não revelou efeitos significativos da
inalação por 30 minutos do OE na atenção, ansiedade e humor. Podendo-se, então supor que os
benefícios dos OE como ansiolítico sejam mínimos ou inexistentes em pessoas saudáveis.
Outra explicação possível para os efeitos não significativos é a duração da intervenção,
uma vez que no estudo de Igarashi (2013) os participantes foram expostos apenas a cinco
minutos de inalação. Em contraponto, Karadag et al. (2017) ao aplicarem 15 dias de intervenção
com o óleo essencial de lavanda aferiram, por meio da aplicação do Inventário de Ansiedade
de Beck, que pacientes de UTI reduziram sua ansiedade.
Outra variável a ser considerada é a concentração dos componentes do OE utilizado, a
exemplo do linalol, uma das sustâncias que compõem os OE e exerce efeitos relaxantes. O
estudo conduzido por Zhang et al. (2016) aplicou o óleo de Ylang Ylang com a composição de
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linalol ≥ 95% para avaliar seu efeito ansiolítico em camundongos por meio da inalação, obteve
então, que tanto a exposição aguda quanto crônica exercem atividade positiva frente a
ansiedade. Já os OE utilizados no estudo de Igarashi (2013) a composição de linalol variou de
9,16% a 31,77%. O que pode sugerir que a padronização de concentração seja necessária para
avaliar fidedignamente a ação de cada óleo.
Além disso, dos estudos da amostra, Sriboonlert et al. (2023) e Matsumoto, Asakura e
Hayashi (2014) avaliaram outros marcadores de ansiedade, sendo eles a alfa-amilase salivar e
a cromogranina A salivar, respectivamente, obtendo redução significativa destes após a
intervenção. Mostrando, um possível potencial na redução de marcadores fisiológicos do
estresse e um campo a ser explorado para obtenção de maiores evidências científicas.
Quanto a segurança do uso da aromaterapia, o estudo de Mahdood; Imani; Khazaei,
(2022) foi o único com relato de efeitos adversos, porém os participantes do grupo placebo
relataram eventos idênticos com gravidade semelhante.
A aromaterapia foi inclusa nas práticas de saúde e utilizada por meio do PNPIC, por
estímulo do documento "Estratégia da OMS sobre Medicinas Tradicionais para 2014-2023",
como forma de integrar o conhecimento popular aliado a medicina alopática na prevenção de
agravos e recuperação da saúde. Os resultados desse estudo reforçam o potencial dessa terapia
complementar, entretanto, como os atuais estudos acompanham a população por um curto
período de tempo, garantindo a não existência de efeitos adversos apenas nesse intervalo, a
atual popularização e expansão do uso da aromaterapia sem nenhuma supervisão ou orientação
de um profissional de saúde abre espaço ao debate da segurança.
Devido à sua composição, podendo apresentar até 300 substâncias em sua constituição
e alta concentração de compostos químicos, não se conhece exatamente quais as possíveis
repercussões a longo prazo do uso dos OE.
No Brasil sua regulamentação é realizada por meio da Resolução RDC 2, de 15 de
janeiro de 2007 que trata sobre o uso de aditivos aromatizantes e, portanto, não tem o crivo da
formulação de medicamentos que garante o controle de formulação e concentração para
segurança e não toxicidade às células. Como afirma Buckle (2015), os efeitos da fragrância no
ambiente a longo prazo com óleos essenciais não são conhecidos e podem levar à sensibilidade.
As limitações referentes ao presente trabalho estão relacionadas a baixa quantidade de
estudos captados pelos filtros sobre o tema em questão, o que limita a avaliação do uso do OE
em diferentes populações e contextos, e o curto tempo de exposição às intervenções nas
pesquisas que compõem a amostra. A maioria dos estudos (6) tiveram uma única ocasião de
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administração da intervenção e avaliaram os efeitos ansiolíticos logo após a aplicação, o que
evidencia mais a ação aguda dos OE e abre espaço para a pesquisa de seu efeito a longo prazo.
4. CONCLUSÃO
Embora os efeitos da aromaterapia sobre os transtornos ansiosos ainda não tenham sido
completamente elucidados, essa terapia se apresenta como uma prática potencial no tratamento
de quadros leves de ansiedade, bem como adjuvante nos quadros ansiosos graves. Entretanto,
por não se ter maiores evidências científicas, esses possíveis benefícios seguem sendo baseados
na prática e conhecimento popular sem padronização de uso. Essa falta de método ocasiona
resultados discordantes nos estudos de intervenção a depender da concentração, tempo,
quantidade e método de uso de um determinado tipo de OE, tal prática enfraquece a
comprovação da eficácia da aromaterapia nos distúrbios ansiosos.
Ademais, a atual expansão da popularização do método no Brasil aponta para a
necessidade de condução de estudos de coorte brasileiros que delimitem seus benefícios e
potenciais riscos a curto e longo prazo, qual a concentração e o melhor método de aplicação.
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