Arquivos do Mudi, v. 27, n. 3, p. 103-119, ano 2023
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ARTIGO ORIGINAL
Aceito em: 19/11/2023 Publicado em: 15/12/2023
ATTRACTIVE PREFERENCE OF Chrysoperla externa (NEUROPTERA:
CHRYSOPIDAE) FOR OLFACTORY STIMULUS
Abstract
Biological control naturally regulates pests in agriculture. The study evaluated the attraction of coffee leaves to adult
females and larvae of Chrysoperla externa, an important predator in the biological control of the coffee leaf miner in
coffee farming. A Y-shaped olfactometer was used in the Insect Behavior Laboratory LaCI, UNIPAM. In the clean
air vs clean air test, two insects chose one side of the Y. Between clean air vs healthy leaves, 50% chose healthy leaves
and 50% chose clean air. In the clean air vs leaves infested with the coffee leaf miner, 56.25% opted for the infested
leaves, while 43.75% chose clean air. Comparing infested leaves vs healthy leaves from different plants, 57.1%
preferred the leaves with the coffee leaf miner and 42.8% preferred the healthy leaves. When the infested and healthy
leaves were from the same plant, 41.6% chose infested leaves and 58.4% chose healthy leaves. For the larvae, in the
clean air vs clean air treatment, there was no choice. Between clean air vs healthy leaves, 37.5% preferred healthy
leaves and 62.5% chose clean air. In the clean air vs infested leaves test, 75% chose the infested leaves, and 25%
chose clean air. Comparing healthy leaves vs infested leaves from different plants, 66.6% opted for the leaves with
the pest, while 33.3% chose the healthy leaves. When the leaves were from the same plant, 75% chose the infested
leaves and 25% chose the healthy ones. Therefore, it is concluded that the larvae of C. externa responded more
efficiently to the presence of the coffee leaf miner in coffee leaves during the study.
Keywords: Biologic Control. Lacewings. Olfactometer.
PREFERÊNCIA ATRATIVA DE Chrysoperla externa (NEUROPTERA:
CHRYSOPIDAE) POR ESTÍMULOS OLFATIVOS
Daniel Gonçalves Nogueira
1
Isabella Cristina Barbosa Sousa
2
Layon Fillipe Martins
3
Laodicéia Lopes Pereira
4
Resumo
O controle biológico regula naturalmente pragas na agricultura. O
estudo avaliou a atração de folhas de café para fêmeas adultas e
larvas de Chrysoperla externa, um predador importante no
controle biológico do bicho-mineiro na cafeicultura. Utilizou-se
um olfatômetro em Y no Laboratório de Comportamento de
Insetos LaCI, UNIPAM. No teste de ar limpo vs ar limpo, dois
insetos optaram por um lado do Y. Entre ar limpo vs folhas
saudáveis, 50% escolheram folhas saudáveis e 50% o ar limpo.
No confronto de ar limpo vs folhas infestadas com bicho-mineiro,
56,25% optaram pelas folhas infestadas, enquanto 43,75%
escolheram o ar limpo. Comparando folhas infestadas vs folhas
saudáveis de diferentes plantas, 57,1% preferiram as folhas com
bicho-mineiro e 42,8% as folhas saudáveis. Quando as folhas
infestadas e saudáveis eram da mesma planta, 41,6% optaram por
folhas infestadas e 58,4% por folhas saudáveis. Para as larvas, no
tratamento de ar limpo vs ar limpo, não houve escolha. Entre ar
limpo vs folhas saudáveis, 37,5% preferiram as folhas saudáveis
e 62,5% o ar limpo. No teste de ar limpo vs folhas infestadas, 75%
escolheram as folhas infestadas, e 25% o ar limpo. Comparando
folhas saudáveis vs folhas infestadas de diferentes plantas, 66,6%
optaram pelas folhas com a praga, enquanto 33,3% escolheram as
folhas saudáveis. Quando as folhas eram da mesma planta, 75%
escolheram as folhas infestadas e 25% as saudáveis. Portanto,
conclui-se que as larvas de C. externa responderam de forma mais
eficiente à presença do bicho-mineiro em folhas de café durante o
estudo.
Palavras-chave: Controle Biológico. Crisopídeos. Olfatômetro.
Elisa Queiroz Garcia
5
1,5
Centro Universitário de Patos de Minas -
UNIPAM
Preferência atrativa de chrysoperla externa (neuroptera: chrysopidae) por estímulos olfativos
Arquivos do Mudi, v. 27, n. 3, p.103-119, ano 2023
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1. INTRODUÇÃO
O termo “Agroecossistema” tem sido empregado ao caracterizar atividades agrícolas
realizadas por um dado grupo de pessoas. Pode ser compreendido como atividades agrícolas
que enfatizam as interações entre o ser humano e o ambiente onde os alimentos são produzidos
dentro de uma determinada propriedade (ALTIERI, 2012).
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) surgiu como uma ferramenta de gestão de culturas,
na intenção de preservar a sustentabilidade dentro do agroecossistema. Utilizando diferentes
tecnologias, somado a um conjunto de diversas práticas, o MIP busca um equilíbrio biológico
juntamente com uma boa produção da cultura, além de evitar a utilização abusiva de produtos
agroquímicos no controle de pragas na agricultura (SAMPAIO et al., 2022; VALENTIM, 2021).
O controle biológico é um método que consiste na regulação natural da quantidade de
indivíduos por inimigos naturais, que constituem os agentes de mortalidade biótica (SILVA,
2021; CEZÁRIO, 2020). O uso de organismos vivos como agentes de biocontrole é uma medida
de alternativa ecologicamente segura e efetiva, que ganha atenção no manejo de fitopatógenos
(SULTAN; MAGAN, 2011). A utilização destes inimigos naturais, associados a métodos que
visam controlar pragas agrícolas, pontuam positivamente no mercado fitossanitário,
principalmente as tecnologias voltadas para grandes culturas (SAMPAIO et al., 2022).
As culturas cafeeiras o atacadas por diversas pragas, dentre elas, o bicho-mineiro
(Leucoptera coffeella) se destaca (COELHO, 2019; FERNANDES et al., 2021). Durante muitos
anos, a aplicação de inseticidas químicos generalistas reduziu a população de inimigos naturais,
como insetos da família Crysopidae (Insecta: Neuroptera). Crisopídeos apresentam um papel
fundamental na regulação populacional de bicho-mineiro (VILELA et al., 2010) e o seu declínio
dificulta o controle natural desta espécie praga.
Os crisopídeos, pertencentes à família Crysopidae da Ordem Neuroptera, compreendem
cerca de 1200 espécies distribuídas em 75 gêneros e 11 subgêneros (GARCIA, 2021). Suas
larvas e alguns adultos o predadores naturais cruciais no controle biológico de pragas,
alimentando-se de artrópodes fitófagos (PESSOA; FREITAS; LOUREIRO, 2009),
desempenhando um papel significativo na regulação populacional destes indivíduos
(TRINDADE; LIMA, 2012). Os crisopídeos são encontrados globalmente, exceto na Antártida
(BARBOSA; FREITAS; MORELES, 2014), o Brasil abriga 183 espécies, sendo 114 endêmicas
(MARTINS et al., 2019).
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Dentre as quatro espécies do gênero Chrysoperla no país, o C. externa se destaca como
potencial agente de controle (BARBOSA; FREITAS; MORELES, 2014). Relatos indicam sua
presença em diversos ecossistemas naturais e cultivados, incluindo culturas economicamente
relevantes, como a do cafeeiro (PAULA, 2021; FINOTTI, 2021), milho (DUARTE;
TSUNECHIRO; FREITAS, 2021), algodão (GARCIA, 2021), citrus (BONANI et al., 2009;
GARCIA, 2021), cana-de-açúcar (OLIVEIRA, 2021), soja, entre outros (PESSOA; FREITAS;
LOUREIRO, 2009).
De acordo com Gallo e colaboradores (2002), esses insetos são predominantemente
verdes, medindo de 10 a 15 mm, possuindo antenas filiformes, asas translúcidas e com manchas.
Bezerra e colaboradores (2009) afirmam que, com metamorfose completa, as larvas m
comportamento e hábitos alimentares distintos dos adultos. As fêmeas depositam ovos elevados
por fios finos, chamados pedicelo, que é fixado nas folhas. Possuem forma elipsoidal,
comprimento variando de 4 a 8 mm e coloração que varia entre verde claro ao amarelo
esverdeado (CHAGAS, 2022).
Sua alta capacidade predatória, prolificidade e adaptação a diferentes ambientes
conferem aos crisopídeos um valor significativo no MIP, que resistem a certos inseticidas
(CASTILHOS et al., 2011). Além do controle de fitófagos, predam tripes, moscas-brancas,
ácaros e outros insetos de cutícula fina (BEZERRA et al., 2009). São aliados essenciais na
proteção de cafezais contra o bicho-mineiro (Leucoptera coffeella), destacando sua importância
para a agricultura sustentável (LOMELI-FLORES, 2007; FERNANDES, 2013).
A fim de aumentar a densidade populacional de inimigos naturais, diversas técnicas são
empregadas para a melhor atender as necessidades da cultura (RIBEIRO, 2014). A utilização
de inimigos naturais no controle efetivo de insetos-praga é denominada controle biológico
artificial, que consiste na liberação de inimigos naturais, obtidos por criação massal (PARRA,
et al., 2002).
Os semioquímicos são essenciais na agricultura, atuando como atrativos ou repelentes
para insetos-praga. Compostos Orgânicos Voláteis (COV’s), encontrados nas plantas, são
liberados quando atacadas por herbívoros, conhecidos como Voláteis Induzidos pela Herbivoria
(VIPH’s). Estes atraem parasitoides e predadores naturais, agindo como alerta para localizar
presas (GUTIÉRREZ, 2020). Quando uma planta é predada, a emissão de voláteis aumenta, um
mecanismo de defesa que repulsa o herbívoro e atrai inimigos naturais, proporcionando uma
defesa eficaz para a planta. Essa interação entre plantas, herbívoros e seus inimigos naturais é
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crucial na proteção das culturas agrícolas (MATTHES et al., 2010). Atualmente, a crescente
utilização de defensivos agrícolas vem prejudicando os organismos vivos associados aos
agroecossistemas.
O extermínio de insetos benéficos para a produção de alimentos, como por exemplo, os
inimigos naturais, vem se tornando cada vez mais crítico (CASTILHOS, 2018). Estes produtos
afetam diretamente as cadeias alimentares e todas as interações presentes no agroecossistema
impossibilitando a homeostasia do ambiente e o beneficiamento mútuo que naturalmente se
estabelece (MAXWELL, 2019). Além disso, retira-se os inimigos naturais do seu papel na
natureza, contaminando áreas, afetando a produtividade da cultura e a economia ligada a ela
(BOURSCHEIDT, 2018).
Com isso, o objetivo geral deste estudo foi avaliar o potencial atrativo de folhas de café
sobre o Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae), com ênfase em analisar a capacidade
atrativa de folhas de café atacadas por L. coffeella em relação a preferência do crisopídeo.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
O estudo foi conduzido no Laboratório de Comportamento de Insetos LaCI, localizado
no primeiro andar do bloco M, do Centro Universitário de Patos de Minas UNIPAM, em
condições controladas de temperatura e umidade a 25ºC ± 2ºC, 70 ± 10% de UR,
respectivamente, na presença de luz artificial.
2.1 Organismos teste
Os crisopídeos foram fornecidos pela empresa Valentto Biodefensores, especializada na
criação massal de insetos para controle biológico, localizada em Patos de Minas MG. Esta
empresa segue o sistema de criação de acordo com as metodologias adaptadas de Freitas (2001),
Amaral (2011), Pinto (2019) e Almeida (2020). Foram utilizadas larvas de segundo instar e
fêmeas que passaram pelo processo de acasalamento, para o teste.
as folhas utilizadas, com e sem a presença do bicho-mineiro, foram coletadas de uma
plantação próxima a cidade de Patos de Minas, onde foram armazenadas, separadamente, em
um saco de papel pardo, de acordo com sua procedência (de mesma planta ou plantas diferentes)
sendo imediatamente, levadas ao laboratório, para a realização dos testes.
As folhas saudáveis foram selecionadas observando se as mesmas não apresentavam
lesões de doenças fúngicas, bacterianas, sinal de deficiência e presença de outros organismos
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pragas, com o auxílio de um Microsópio Mini 60X Conta-fios LED Bco + UV para celular. As
folhas com a presença do bicho-mineiro foram selecionadas de acordo com a quantidade de
infestação presente, avaliando com a ajuda de uma lanterna de LED, a presença, entre uma a
três, larvas minadoras vivas, em seu interior.
2.2 Resposta olfativa
O teste atrativo foi realizado utilizando um olfatômetro em formato de Y (Figura 1).
Este olfatômetro possui compartimentos com atrativos nas extremidades de seus braços, dando
aos insetos a opção de escolher qual dos compostos oferecidos, o atrai mais, assim como
realizado por Moraes e colaboradores (2005) e Borges (2020).
Figura 1. Desenho esquemático dos componentes do olfatômetro, modificado de Borges, 2020.
Seguindo a metodologia proposta por Silva (2014), o olfatômetro utilizado apresenta 15
cm de comprimento com 2 cm de diâmetro e 120º de ângulo entre os braços. As folhas
infestadas com bicho-mineiro foram colocadas, individualmente, dentro de um saco de poliéster
de 14 cm x 33 cm, fechados por uma abraçadeira de Nylon, que serviu como uma câmara. Os
insetos foram expostos ao odor vindo das folhas de café infestadas com L. coffeella, sem
estímulos visuais, utilizando uma folha de papel A4, afixada na câmara de atração, como
bloqueio ótico.
Nessas câmaras (opção 1 e opção 2) foram conectadas, mangueiras de silicone, que
transportam o ar, produzido por uma bomba de vácuo, que foi filtrado por carvão ativado e
umidificado por água destilada, inflando a câmara. O ar vindo das mangueiras se mescla com
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o ar dos voláteis liberados pelas folhas, que serão transportados, através de um segundo par de
mangueiras de silicone, para cada braço do olfatômetro, assim foram apresentados ao inseto
exposto ao olfatômetro, dois estímulos distintos, um de cada lado.
O olfatômetro opera com um fluxo de ar contínuo a 1,5 L/min e calibrado com o auxílio
de um fluxômetro. Os ensaios foram realizados no período da tarde entre 13 e 17 h, onde em
cada repetição o inseto, em jejum mínimo de 06 h, foi introduzido, individualmente, na base do
olfatômetro e a resposta foi medida quando o inseto ultrapassava 1/3 ao longo do tubo (braço)
de vidro no tempo máximo de 05 minutos e permanência de, no mínimo 15 segundos.
A vidraria em Y foi trocada a cada seis insetos testados ou quando uma fêmea
ovipositasse dentro do equipamento, tendo disponível, três unidades da vidraria em Y. Ao longo
de cada três insetos testados os odores apresentados foram trocados de lado. Antes de cada
bioensaio, a vidraria foi higienizada com detergente neutro, água, álcool 70% e acetona PA
(C
3
H
6
O), seco em estufa a 120º C para eliminar qualquer contaminação e/ou resíduo.
O teste com estímulos foi realizado em duas etapas, a primeira utilizando apenas fêmeas
de crisopídeos que passaram pelo processo de acasalamento, a fim de avaliar se a presença de
recurso alimentar interfere na escolha do local de postura e a segunda etapa utilizado larvas de
segundo ínstar. Para ambos, foram aplicados como estímulos atrativos folhas de café, com e
sem infestação, utilizando folhas da mesma planta e folhas de plantas distintas, seguindo
metodologia adaptada de Andrade (2019), respeitando o esquema segundo a tabela 1.
Tabela 1. Esquema de estímulos atrativos ofertados para o teste de olfatometria.
Opção 1
X
Ar limpo
X
Ar limpo
X
Ar limpo
X
Folha saudável
X
Folha saudável
X
Nogueira, 2023
Arquivos do Mudi, v. 27, n. 3, p. 103-119, ano 2023
109
2.3 Análises de dados
Ainda seguindo metodologia descrita por Silva (2014), foram analisados os dados
obtidos nos ensaios de olfatometria utilizando o teste de qui-quadrado (χ²), com uma resposta
esperada de 50% dos insetos em cada braço do olfatômetro. Os insetos que não escolheram
nenhum dos braços não foram considerados nas análises. Todas as análises foram realizadas no
R versão 3.6.3 com nível de significância de 5% (α = 0,05), e o pacote ggplot2 foi utilizado
para elaboração de gráficos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados percentuais obtidos da escolha dos crisopídeos estão dispostos no Quadro
1, que mostra os testes utilizando fêmeas adultas, aos atrativos de folhas de café, saudáveis e
infestadas com o bicho-mineiro.
Quadro 1 Resposta atrativa de fêmeas adultas de Chrysoperla externa sobre estímulos
atrativos de folhas de café infestadas e saudáveis.
O tratamento de ar limpo vs ar limpo, foi realizado para calibragem do aparelho, onde
apenas duas fêmeas responderam ao estímulo ofertado. O resultado obtido foi de 100% das
fêmeas participantes do teste (χ² = 1), optarem por um dos lados do olfatômetro (esquerdo). A
primeira fêmea teve o comportamento de tocar o vidro do olfatômetro, em alguns locais onde
a mesma caminhou, com o final do seu abdômen (ovipositor). A segunda fêmea testada, logo
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em seguida, locomoveu-se até os locais onde a fêmea 1 tocou, em maior quantidade, seu
ovipositor, permanecendo no local, seguindo os “passos” uma da outra.
O tratamento entre folha infestada vs folhas saudáveis, provenientes da mesma planta
(χ² = 0,167), 41,6% dos indivíduos testados (5) optaram pelas folhas que apresentavam o bicho-
mineiro e 58,4% (7) optaram pelas folhas saudáveis. o teste entre folha infestada vs folhas
saudáveis, de diferentes plantas obteve o resultado (χ² = 0,143), onde 57,1% das fêmeas (8)
optaram pelas folhas com bicho-mineiro e 42,8% (6) escolheram as folhas saudáveis.
Os insetos adultos testados entre ar limpo vs folhas infestadas, (χ² = 0,0) 50% dos insetos
testados (7) optaram pelas folhas com bicho-mineiro, enquanto 50% (7) preferiram o ar limpo
proveniente do equipamento. O teste ar limpo vs folhas saudáveis (χ² = 0,125) 56,25% (9) das
fêmeas optaram pelas folhas infestadas, enquanto 43,75% delas (7) foram em direção ao ar
limpo.
Silva (2014), ao comparar o tratamento ar limpo vs ar limpo, utilizando os organismos
Ceraeochrysa. cubana e C. externa, não obteve respostas significativas, que as fêmeas
utilizadas no teste não demostraram preferência por um dos lados. No estudo de Borges (2020),
os adultos de C. externa tiveram maior atração aos odores de folhas novas de Eucalyptus
urograndis injuriadas, artificialmente.
Salamanca (2013), obteve respostas semelhantes, ao testar o C. externa aos odores de
roseiras infestadas com o afídeo Macrosiphum euphorbiae Thomas, 1878 (Hemiptera:
Aphididae), quando ofertado como alternativa com plantas sem injúria. Adultos de C. externa
mostraram a atratividade a voláteis de Coriandrum sativum L. (Apiaceae) quando isolados e na
presença de flores de Rosa hybrida L. (Rosaceae) (SALAMANCA et al. 2015).
Em estudos de Reddy (2002), ao testar se compostos voláteis das plantas medeiam o
comportamento de orientação dos adultos de C. carnea (Neuroptera: Chrysopidae) nas culturas
de berinjela (Solanum melongena), quiabo (Abelmoschus esculents), pimentão (Capsicum
annum) e tomate (Lycopersicum esculentum). Ambos os sexos foram significativamente
atraídos por odores de berinjela, quiabo e pimentão infestados por ácaros vs plantas saudáveis
não infestadas. No entanto, os voláteis do tomate não provocaram respostas comportamentais
em machos ou fêmeas de C. carnea. Machos desta espécie exibiram uma preferência
significativa por berinjela ao invés de quiabo.
Nogueira, 2023
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Ao avaliar a preferência de fêmeas de C. cubana e C. externa, sob resposta olfativa por
voláteis de Brassica juncea L. (mostarda-marrom) induzidas por Myzus persicae Sulzer, 1776
(Hemiptera: Aphididae) e Plutella xylostella Linnaeus, 1758 (Lepidoptera: Plutellidae), Silva
(2014), observou que as fêmeas de C. externa preferem os odores liberados por plantas
injuriadas e infestadas por M. persicae.
Pereira (2016) ao estudar a preferência alimentar de duas espécies de crisopídeos C.
externa e C. cubana pelos afídeos da roseira Macrosiphum rosae e Rhodobium porosum,
observou que ambas as espécies apresentaram uma preferência pelo M. rosae, em condições
laboratoriais. Resende, Ferreira e Souza (2015), ao avaliar a atratividade da parte aérea (folhas
e caule) de coentro, endro e erva-doce, mostrou que as plantas em questão não são atrativas
para adultos de C. externa, em condições laboratoriais.
Em relação aos testes utilizando larvas, o Quadro 2, mostra os resultados de preferência
atrativa das larvas de C. externa às folhas de café saudáveis e infestadas pelo bicho-mineiro.
Quadro 2 Resposta atrativa de larvas de Chrysoperla externa sobre estímulos atrativos de
folhas de café infestadas e saudáveis.
Em relação as larvas testadas, no tratamento de ar limpo vs ar limpo, não se obteve
significância nos resultados (χ² = 0), que nenhum dos indivíduos testados, ultrapassou o
primeiro terço médio dos braços do olfatômetro. No tratamento entre folhas saudáveis vs folhas
infestadas, provenientes da mesma planta (χ² = 0,5), 75% das larvas (3), optaram pelas folhas
infestadas, enquanto 25% (1) optaram pelas folhas saudáveis.
Preferência atrativa de chrysoperla externa (neuroptera: chrysopidae) por estímulos olfativos
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O teste para escolha entre folhas saudáveis vs folhas infestadas, de diferentes plantas,
(χ² = 0,167), 66,6% (2) tiveram como preferência as folhas com bicho-mineiro, 33,3% (1)
optaram pelas folhas saudáveis. No teste de preferência entre ar limpo vs folhas infestadas com
bicho-mineiro (χ² = 0,25), 37,5% (3) optaram pelas folhas saudáveis, enquanto 62,5% (5)
preferiram o ar limpo do equipamento. No teste entre ar limpo vs folhas infestadas (χ² = 0,5),
75% das larvas (3), optaram pelas folhas saudáveis, enquanto 25% (1) optaram pelo ar limpo
do equipamento.
Borges (2020), em seu estudo sobre a atratividade de mudas de eucalipto E. urograndis,
os insetos imaturos de C. externa escolheram, aleatoriamente, ambos os lados, tendo como
resposta 57,5% de escolha a esquerda e 42,5% de escolhas para a direita, do olfatômetro, não
obtendo significância de resultados.
De acordo com Diaz-Aranda e Monserrat (1996), algumas larvas de espécie
Chrysopidae spp. apresentam um acentuado fototactismo negativo (movimento de repulsa
como reação à influência e ação da luz), o que pode justificar a baixa participação dos mesmos
nos experimentos. Pinto (2021), ao avaliar a capacidade de predação de larvas de Ceraeochrysa
cincta (Schneider, 1851) (Neuroptera: Chrysopidae) em relações a diferentes condições
luminosas, observou que na ausência de luz, a capacidade predatória do inseto em questão não
foi afetada, bem como a presença de luz não aprimora seu potencial predatório. Pereira
(2020), em seu estudo, avaliou diferentes condições de temperatura, onde 25° C, 30° C e 35° C
não acarretaram diferenças significativas no mero de presas consumidas, observando o
aumento do consumo com a elevação da temperatura.
Panizzi e Parra (2009) afirmam que larvas de crisopídeos compensam a sua ausência de
recurso visual com um comportamento exploratório bastante ativo, abrangendo maiores áreas,
comparados a outros predadores, que aumenta as chances de encontrar presas em potencial.
Fonseca, Carvalho e Souza (2000) ressaltam que o tempo de busca de presas por larvas de
crisopídeo é maior quando apresenta densidades de presas em oferta, o que aumenta a
probabilidade de encontro da presa pelo predador. Reddy (2002) afirma que substâncias voláteis
direcionam predadores até as plantas que emanam esses COV’s, sendo estas predadas ou não.
Moraes e colaboradores (2001), avaliaram o potencial atrativo da mistura de levedo de
cerveja + mel, composto comumente usados na alimentação de crisopídeos em criação massal,
na atratividade de C. externa em cafeeiros de transição em cultivo de sistema orgânico,
observando a maior presença dos insetos nas parcelas onde aplicaram a mistura, bem como o
aumento de ovos na área.
Nogueira, 2023
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A produção de voláteis, por plantas, é uma de suas diversas estratégias de defesa ao
serem predados por herbívoros. Os voláteis podem ser captados por longas distâncias por
inimigos naturais que são atraídos por eles e assim, encontrar possíveis presas (KESSLER;
BALDWIN, 2002; MUMM; DICKE, 2010).
No presente trabalho, não foi avaliado a quantidade de voláteis liberados pelas folhas,
não podendo confirmar os efeitos avaliados no comportamento do C. externa. É necessário a
realização de novos estudos que avaliem a qualidade e quantidade de voláteis emitidos da
planta, presença de diferentes organismos pragas e a própria preferência alimentar do predador.
Este trabalho corrobora em desvendar interações entre inimigos naturais e plantas.
4. CONCLUSÃO
Larvas de C. externa responderam de forma mais eficiente à presença do bicho-mineiro
em folhas de café durante o estudo. Não houve diferença nos resultados obtidos, em relação aos
adultos, aceitando a hipótese de que a preferência do C. externa, em laboratório, se deu ao
acaso. São necessários estudos mais detalhados a respeito da interação atrativa envolvendo o
cafeeiro vs praga vs predador, bem como os voláteis que mais atraem o inimigo natural em
questão, relação ambiental e suas possíveis interferências, bem como a preferência do inimigo
natural entre duas pragas que possam coabitar e predar o mesmo cafeeiro.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, R. P. Aspectos biológicos e etológicos de Chrysoperla externa Hagen, 1861
(Neuroptera: Chrysopidae). Embrapa Algodão, Campina Grande. 2020. Disponível em:<
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sChrysoperlaBP105.2020.pdf> Acesso em: 07 set. 2022.
ALTIERI, M. Agroecologia: Bases científicas para uma agricultura sustentável. 3. ed. Rio de
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