que os colegas, por conta dos resultados negativos obtidos, passam a se sentir
incapazes; esse sentimento de incompetência as leva à sensação de fracasso e, com
isso, a autoestima torna-se muito baixa. Os estados emocionais, como ansiedade,
depressão, medos e insegurança, com certa frequência, interferem no bom
desempenho escolar. Essas alterações psicodinâmicas, geralmente, estão associadas
aos distúrbios da atenção e concentração que apresentam, como resultado, um
rendimento aquém do esperado para as possibilidades da criança (TOPCZEWSKI,
2011, p.87).
Por outro lado, se diagnosticado e acompanhado de maneira adequada, o
comportamento e a interação com os próprios colegas mudam consideravelmente. As atividades
em sala de aula passam a ser menos tumultuadas, os professores e alunos expressam suas ideias
com mais entusiasmo e respeito. Segundo Gómes e Terán (2009, p. 87), “é importante estimular
adequadamente as relações entre os alunos, sobretudo as relações e cooperação e colaboração”.
Assim, os professores precisam inovar, com atividades que mantenha as crianças motivadas.
As explicações precisam ser feitas de maneira gradativa e a utilização de diferentes recursos
metodológicos pode contribuir na manutenção do interesse dos alunos.
Como exemplo, podemos citar as Metodologias ativas que, segundo Bacich e Moran
(2018, p.04), “são estratégias de ensino centradas na participação efetiva dos estudantes na
construção do processo de aprendizagem”. Nesta perspectiva, a função do professor ganha outro
significado, pois auxilia e orienta seus alunos a adquirirem autonomia para pesquisarem e
perceberem o quanto estão aprendendo. Assim, o professor consegue descobrir seus interesses,
incentivando e motivando, desenvolvendo atividades criativas, com materiais escritos ou
usando a oralidade, vídeos, mas sempre de forma intencional, sempre mesclando as tarefas que
desafiem os alunos, incentivando o fazer, o construir e desenvolver com criatividade.
Assim, alunos com TDAH precisam que os professores estejam sempre próximo,
trabalhando regras e limites diariamente. Compreender as dificuldades e limitações dos
estudantes pode ajudar na identificação de quais estratégias devem ser adotadas para uma
melhor evolução no desempenho da aprendizagem.
Tendo em vista que cada criança tem suas especificidades, aprendem de diferentes
maneiras, ora com maior ou menor eficácia, Bacich e Moran (2018) reiteram que:
A combinação de tantos ambientes e possibilidades de troca, colaboração, coprodução
e compartilhamento entre pessoas com habilidades diferentes e objetivos comuns traz
inúmeras oportunidades de ampliar nossos horizontes, desenhar processos, projetos e
descobertas, construir soluções e produtos e mudar valores, atitudes e mentalidades
(BACICH, MORAN, 2018, pág. 8).
De acordo com Fernández (1991), para que o aprendizado ocorra de maneira adequada
se faz necessário uma relação entre professor e aprendiz, sendo algo indiscutível quando se fala