pessoa afirmou que outra pessoa compra e paga pelos seus absorventes e 2 preferiram não
responder. Ainda nessa temática, 47,30% das participantes responderam que sempre levam o
preço dos absorventes em consideração na hora da compra, 35,32% afirmaram que às vezes
levam o preço em consideração, ao passo que somente 14,97% relataram que não pensam no
preço na hora da compra; 4 pessoas preferiram não responder. O valor investido nessa compra
tem peso na renda pessoal ou familiar para 25 das 167 participantes. Além disso, 11 das alunas
que responderam o questionário afirmaram que já tiveram alguma dificuldade financeira que
dificultou a compra e obtenção de absorventes.
Ao serem questionadas se já deixaram de fazer alguma atividade ou frequentar algum
local por conta da menstruação, a grande maioria das participantes responderam
afirmativamente (132 - 79%); em contrapartida 19,76% das entrevistadas responderam que não
e 2 pessoas preferiram não responder. Ademais, em relação à pergunta anterior, os motivos os
quais as impediram de realizar tais ações foram em sua maioria por cólica menstrual (116
respostas) e fluxo menstrual intenso (97 respostas). Seis participantes ainda responderam que
foi devido a falta de absorventes e 21 assinalaram que nunca tiveram problemas.
As perguntas finais do questionário pediam para as mulheres avaliarem em uma escala
de 0 a 10, o quanto estar menstruada interfere na sua rotina: a média de nota foi de 5,097560976,
o desvio padrão da população foi de 2.732414972 e a moda foi 7, com 27 respostas. Ainda foi
pedido para avaliar o quanto estar menstruada interfere no seu bem-estar: a média de nota foi
de 6,757575758, o desvio padrão populacional foi de 2.582344520 e a moda foi 8, com 36
respostas. Por fim, 52 participantes responderam que já se sentiram inferior por menstruar, ao
passo que 113 afirmaram que nunca se sentiram e 1 pessoa preferiu não responder.
A maior participação neste estudo foi de alunos do primeiro ano dos cursos da área da
saúde, o que nos impediu de verificar se existia alguma associação entre tempo de estudo e
conhecimento acerca do tema. Em média, a idade foi de 20 anos, gênero feminino, solteiros,
cor branca e sem necessidade de trabalhar para custear os estudos. Contudo, verificou-se a
presença de todas as classes de identidade de gênero e por cor ou raça, deixando claro a
importância das universidades promoverem a inclusão dessa diversidade de alunos. Há
programas de pós-graduação, assim como cursos de licenciatura, que estão realizando
pesquisas, introduzindo disciplinas na grade curricular e desenvolvendo cursos de formação
para professores, a fim de promover a construção da igualdade étnico-racial, de gênero e de
sexualidade. Essas iniciativas visam sensibilizar os profissionais da educação para as
discriminações latentes nos espaços educacionais e incentivar o desenvolvimento de ações de
inclusão nos espaços em que atuam (WELLER & PAZ, 2013)