Arquivos do Mudi, v. 28, n. 2, p. 104-114, ano 2024
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ARTIGO ORIGINAL
Aceito em: 07/06/2024 Publicado em: 15/08/2024
PERCEPTION OF PUBLIC-SCHOOL STUDENTS IN ICAPUÍ ABOUT THE IMPORTANCE
OF ENVIRONMENTAL EDUCATION
Abstract
The decline in global species diversity has made nature preservation a global concern. Understanding the
level of global awareness, whether more specific or broad, is a strategy for establishing measures that
protect nature. Therefore, the present study investigated elementary school students’ understanding of
Environmental Education. As a method, a questionnaire was applied to elementary school students at a
school located in the municipality of Icapuí-Ceará without previous intervention. The questionnaire
contained 10 questions, 8 objective and 2 subjective. The results obtained in the first question, from the
6th year (79.55%) and the 7th year (91.18%), show the students' understanding of environmental
education. The eighth question asked whether studying the environment reduces environmental
manipulation. 68.89% of the 6th year said yes and 82.86% of the 7th year also shared that learning and
knowledge about the environment is a way of valuing and preserving it. The research results enabled a
better understanding of students' understanding of Environmental Education and their respective opinions
about the environment and environmental problems. Most students are aware of what EA is, however, the
results of the remaining questions were well balanced, which highlights the need to develop this type of
knowledge for students.
Keywords: Awareness. Elementary Education. Natural Environment.
PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE ICAPUÍ SOBRE A
IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Marcus Vinicius Gomes Dantas
Universidade Federal Rural do Semi-
Árido – UFERSA
marcusgomes04@gmail.com
Ana Karolinne de Alencar França
Universidade Federal Rural do Semi-
Árido – UFERSA
karol_alencarf@hotmail.com
Marcelo Henrique Torres de
Medeiros
Universidade Federal Rural do Semi-
Árido – UFERSA
henriquemarcelo11531@gmail.com
Marília Hellen Ferreira da Silva
Instituto Federal do Rio Grande do
Norte – IFRN
mariliahellenbio@gmail.com
Yandra Thais Rocha da Mota
Universidade Federal Rural do Semi-
Árido – UFERSA
Yandra.tais@gmail.com
Resumo
O declínio da diversidade global de espécies tornou a preservação
da natureza uma preocupação mundial, compreender o nível de
conscientização global, seja ela mais específica ou ampla é uma
estratégia para o estabelecimento de medidas que protejam a
natureza, diante disso, o presente estudo investigou a compreensão
dos alunos do ensino fundamental sobre a Educação Ambiental.
Como método, foi aplicado um questionário para os alunos do
ensino fundamental de uma escola localizada no município de
Icapuí-Ceará sem uma intervenção anterior. O questionário
continha 10 perguntas, sendo 8 objetivas e 2 subjetivas. Os
resultados obtidos na primeira questão, do 6° ano (79.55%) e do 7°
(91.18%), evidenciam a compreensão dos alunos sobre a educação
ambiental. A oitava questão perguntava se estudar sobre o meio
ambiente reduz a degradação ambiental. 68.89% do 6° ano
consideram que sim e 82.86% do 7° ano também consideram que o
aprendizado e conhecimento sobre o meio ambiente são uma forma
de valorizar e preservá-lo. Os resultados da pesquisa possibilitaram
um melhor entendimento da compreensão dos alunos a respeito da
Educação Ambiental e suas respectivas opiniões sobre o meio
ambiente e problemas ambientais. A maior parte dos alunos tem
conhecimento do que é EA, entretanto, os resultados das perguntas
restantes foram bem equilibrados o que evidenciam a necessidade
de reforçar esse tipo de conhecimento para os alunos.
Palavras-chave: Conscientização. Ensino Fundamental. Meio
Natural.
Percepção dos alunos da rede pública de icapuí sobre a importância da educação ambiental
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1. INTRODUÇÃO
A Educação Ambiental (EA), conforme descrita por Santos (2000), é uma prática
educacional que se desenvolve em conjunto com a vivência em sociedade, abrangendo diversas
perspectivas, como social, econômica, política, cultural e artística. Devido à sua natureza
interdisciplinar, a EA não deve ser trabalhada de maneira isolada. Ela tem como objetivo educar
e aprender, visando melhorar atitudes com o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida
(Oliveira, 2023). Complementando essa visão, Demoly e Santos (2018) argumentam que a EA
vai além da simples absorção de conteúdo.
Nesse contexto, a Educação Ambiental EA inclui estudos de problemas ecológicos e
regras de conservação da natureza (Guimarães, 2000). A EA deve ser desenvolvida nas escolas
para amenizar e mitigar os problemas ambientais que vêm sendo intensificados pelas ações
humanas. As crianças, que estão em desenvolvimento cognitivo, devem ser sensibilizadas e
conscientizadas sobre as atitudes que precisam ser tomadas, pois elas representam a futura
geração (Santos; Gardolinski, 2018).
A escola tem uma importância expressiva no processo de educar ambientalmente,
objetivando formar o caráter individual do cidadão (Da Silva; Bezerra, 2016). A integração
entre teoria e prática pode ser uma forma para que os alunos compreendam melhor a EA, pois
podem não estar vendo na prática o que está sendo ensinado na teoria (Marinho; Mendonça,
2020). Aguiar (2017) detalha a necessidade de transpassar a teoria, utilizar recursos didáticos,
aulas de campo, músicas, atividades lúdicas, reutilização de materiais. Além disso, as condições
socioeconômicas e culturais dos alunos podem influenciar na compreensão sobre a EA, pois
podem ter menos acesso a informações e recursos que possibilitem um entendimento mais
amplo e crítico sobre o assunto (Freitas; Moura, 2023).
A EA é vista como um dos caminhos para transformar os alunos, possibilitando a
formação de cidadãos mais conscientes e críticos, que possuem atitudes que contribuem para a
melhoria da qualidade de vida em um ambiente sustentável e saudável (Jeovanio-Silva, 2018).
é um tema crucial na sociedade atual, dada a sua relevância direta para o entendimento dos
problemas ambientais. É essencial que os alunos compreendam os conceitos e princípios.
Os docentes, por estarem em uma posição de liderança, têm um papel fundamental no
aprendizado sobre o meio ambiente. Eles podem instigar em seus alunos o gosto e a paixão pela
natureza, levando-os a entenderem precocemente que é necessário cuidar e preservar através de
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ações individuais. Essas ações, quando somadas, proporcionam transformações significativas
no meio ambiente em que estão inseridas (Silva; Bezerra, 2016).
É dentro dessa perspectiva que esse trabalho buscou compreender o modo como a EA é
incorporada nas práticas de ensino escolar. Os alunos que participaram da pesquisa estão
inseridos em um ambiente litorâneo, uma região conhecida por suas praias. Eles são residentes
de uma cidade com forte apelo ao turismo ecológico. Um exemplo disso é a “Estação Ambiental
Mangue Pequeno”, uma reserva ambiental na qual foi construída uma passarela que permite o
acesso ao mangue. Essa localização única pode influenciar suas percepções e experiências em
relação à educação ambiental.
Nesse sentido, o presente trabalho tem como o objetivo geral identificar, quantificar e
discorrer sobre as percepções prévias por assuntos que tangenciam a Educação Ambiental em
alunos do fundamental anos finais, da Escola de Ensino Fundamental Professora Raimunda
Lacerda Damião.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Para avaliar a percepção dos alunos sobre a educação ambiental, foi aplicado um
questionário aos alunos dos anos finais do ensino fundamental de uma escola pública, localizada
no município de Icapuí, Ceará.
Este estudo, com um enfoque na pesquisa quantitativa, também considerou aspectos
qualitativos. Dessa forma, transformou opiniões e informações em números, possibilitando sua
quantificação e análise em forma de gráficos (Prodanov e Freitas, 2013).
O estudo foi realizado com 80 alunos dos 6° e 7° anos do Ensino Fundamental II, com
idades entre 11 e 13 anos. Foi solicitado que a professora de Ciências da escola aplicasse em
suas turmas um questionário com 10 perguntas, sendo 8 objetivas e 2 subjetivas (figura 1), que
abordavam os conhecimentos e experiências dos alunos em relação à educação ambiental.
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Figura 1 – Questionário administrado aos alunos com a finalidade de explorar suas perspectivas
em relação à Educação Ambiental.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo Artino Jr. et al. (2014), os questionários são ferramentas eficazes para coletar
dados sobre conceitos abstratos ou ideias desafiadoras de quantificar, como opiniões, atitudes
e crenças. Portanto, antes de desenvolver um questionário, é crucial determinar se uma pesquisa
é o método mais adequado para abordar a questão de pesquisa ou o construto de interesse.
Durante a aplicação do questionário, algumas palavras como “degradação” e “consciência” não
foram compreendidas pelos alunos, sendo necessário a explicação pela professora do conceito
dessas palavras para um melhor entendimento. As questões subjetivas necessitam de uma
atenção maior pois inúmeros alunos não haviam compreendido o que estava sendo pedido,
demonstrando a falta de interpretação textual.
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Os resultados foram divididos em dois grupos, os 6° anos e os 7° anos. Os 6° anos eram
formados pelas turmas A, com 23 alunos e B, com 22, que totalizavam 45 alunos. Os 7° anos
possuíam as turmas A, com 19 alunos, e a B com 16, totalizando 35 alunos. Somando ambos
os grupos, obtivemos um total de 80 alunos. Das 8 perguntas objetivas, houveram 5 ausências,
1 na primeira questão, 2 na segunda, 1 na terceira e 1 na sétima. Não houveram ausências nas
respostas das questões subjetivas. Os dados obtidos estão disponíveis nos gráficos 1 e 2.
Gráfico 1 – Resultados tabulados dos dados do 6° ano
Fonte: Os autores, 2023
Gráfico 2 – Resultados tabulados dos dados do 7° ano
Fonte: Os autores, 2023
A primeira questão do questionário buscava entender se os alunos sabiam o que é EA.
Os resultados mostraram que 79,55% dos alunos do 6° ano e 91,18% dos alunos do 7° ano
tinham conhecimento sobre o tema. Esses números indicam que a maioria dos alunos nos anos
iniciais do ensino fundamental tem familiaridade com a EA, sendo que muitos deles foram
introduzidos a esse termo em sala de aula, e assim como Leite, (2017) discorre, o ambiente
escolar é um local privilegiado para o desenvolvimento da sensibilização ambiental.
A segunda questão do questionário indagava se a EA era abordada apenas durante a
Semana do Meio Ambiente. Entre os alunos do 6° ano, 51,11% confirmaram que sim, enquanto
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no 7° ano, essa porcentagem foi de 39,39%. Esses resultados destacam um problema: a
tendência de tratar a EA apenas em períodos específicos. Conforme mencionado anteriormente,
a EA deve ser trabalhada de maneira interdisciplinar, e não restrita a um período específico ou
a uma única disciplina (Aguiar, 2017)
A terceira questão abordava a consciência dos alunos sobre as atitudes humanas em
relação à degradação do meio ambiente. Pouco mais da metade dos alunos do 6° ano (52,27%)
concordou com essa afirmação, enquanto 60% dos alunos do 7° ano discordaram. Infelizmente,
uma grande parcela da população percebe os problemas ambientais como se fossem
independentes de suas práticas sociais (Loureiro, 2005), perpetuando assim comportamentos
prejudiciais ao meio ambiente.
A quarta questão refere-se às atitudes que tomamos, se são prejudiciais ao meio
ambiente. No 6° ano, 51.11% dos alunos acredita que sim, enquanto no 7°, 57.14%, houve um
certo equilíbrio nas respostas, proporcionalmente, a quantidade de alunos que considera suas
atitudes danosas ao mesmo ambiente é semelhante a que não considera que suas práticas
prejudiquem o meio ambiente. É necessário compreender que cada indivíduo reage, percebe e
responde de diferentes formas com relação ao ambiente em que vive (Santos e Vasconcelos,
2017), porém deve-se repensar sobre as ações do cotidiano que afetam o meio ambiente.
A quinta questão do questionário abordava se os alunos tinham conhecimento de alguma
lei que protegesse o meio ambiente. Entre os alunos do 6° ano, 53,33% afirmaram ter esse
conhecimento, enquanto no 7° ano, a porcentagem foi de 45,71%. Isso indica que,
percentualmente, os alunos do 6° ano demonstraram um maior conhecimento das leis
ambientais em comparação com os do 7° ano. De acordo com a Constituição Federal de 1988,
todos são responsáveis pelo meio ambiente em que vivem. O conhecimento das leis ambientais,
que visam proteger e preservar o meio ambiente, é uma ferramenta crucial para compreender a
importância da proteção ambiental. É nossa responsabilidade utilizar essas leis sempre que
necessário.
Em relação à sexta questão sobre o conceito de desenvolvimento sustentável, 73,33%
dos alunos do 6° ano e 74,29% dos alunos do 7° ano desconheciam esse termo. Este é um
resultado alarmante, considerando que o desenvolvimento sustentável é um dos pilares da EA.
O desenvolvimento sustentável busca atender as necessidades do presente sem o afetar a
possibilidades de suprir as necessidades das próximas gerações, um conceito extremamente
necessário nos dias de hoje (United Nations General Assembly, 1987).
A sétima questão, sobre a participação dos alunos em projetos ambientais, dentro ou
fora da escola, mostrou que 56.82% dos alunos do 6° ano afirma que participam ou já
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participaram de projetos ambientais. Da mesma forma, entre os alunos do 7° ano,
57,14%afirmam que participam ou já participaram de projetos ambientais. Os resultados
evidenciam que pouco mais da metade dos alunos dos anos iniciais participam ou participaram
de algum projeto ambiental. Carvalho (2012) disserta sobre a importância das práticas na
transformação em sujeitos ecológicos, elas contribuem para a mudança no modo de pensar e
agir dos indivíduos, possibilitando a adoção de atitudes e comportamentos mais sustentáveis
em relação ao meio ambiente.
Por fim, a oitava questão indagava se estudar sobre o meio ambiente reduz a degradação
ambiental. 68.89% dos alunos do 6° ano consideram que sim e 82.86% dos alunos do 7° ano
também consideram que o aprendizado e conhecimento sobre o meio ambiente são uma forma
de valorizar e preservá-lo. O desenvolvimento de um caráter social em relação a natureza e com
os outros seres é fomentado através da EA, o conhecimento permite a compreensão das
problemáticas e relevância desses assuntos, visando potencializar essa atividade humana com
a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental (Brasil, 2012), diante disso,
avaliar a compreensão dos alunos sobre assuntos que tangem a EA, independentemente do nível
escolar é necessário.
As questões subjetivas foram duas: a primeira buscava realizar uma reflexão do que os
alunos pensam sobre meio ambiente, a segunda referia-se ao que os alunos compreendem sobre
problemas ambientais. A maioria dos alunos responderam a primeira pergunta relacionando o
meio ambiente a natureza, fauna e flora, uma forma de determinar o que seria, os demais alunos
escreveram sobre a importância da proteção da natureza, sinalizando a ideia de correlação entre
o meio ambiente e a necessidade de protege-lo. As respostas alinham-se com o proposto por
Reigota (2017), que considera os parâmetros biológicos da vida, preservação da fauna e da flora
assuntos indissociáveis da EA, assim como as intervenções que fortalecem a relação entre os
seres humanos, a natureza e entre nós mesmos, evidenciando a importância da EA nas escolas.
As respostas da segunda questão subjetiva em maioria foram exemplos de degradação
ambiental: Queimadas, desmatamento, poluição, lixo, além disso, algumas respostas
descreviam sobre repensar suas próprias atitudes com o meio ambiente, outras foram empatias
com os animais e seres vivos que vivem nesses ambientes destruídos. As respostas que
descrevem exemplos de degradação ambiental revelam o entendimento dos alunos sobre os
prejuízos dessas práticas, a EA proporciona justamente as condições necessárias para que os
indivíduos compreendam e atuem de maneira crítica e consciente nas decisões para não afetar
o meio ambiente (Quintas, 2006). Segundo Medeiros et al. (2011), a EA possibilita a
sensibilização dos alunos para um convívio mais íntimo com a natureza, essa sensibilização
Dantas et al., 2024
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pode ser observada nas respostas que se alinharam na empatia e na preocupação dos seres vivos
que residem nos ambientes destruídos.
O estudo de Demoly e Santos (2018) enfatiza a importância de uma reflexão consciente
sobre como nossos comportamentos afetam o ambiente. Eles argumentam que nossas ações,
independentemente de sua magnitude, refletem nosso senso de pertencimento ao ecossistema e
nossa compreensão da interdependência entre os organismos vivos. Esta perspectiva reforça a
ideia de que a EA é uma prática educacional que deve ser integrada à vida em sociedade,
contribuindo para a melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida.
Complementando essa visão, Öllerer (2015) ressalta que a educação ambiental não deve
ser vista apenas como uma disciplina isolada. Em vez disso, deve ser considerada uma parte
integrante de várias áreas de estudo e incorporada ao cotidiano. Além disso, é crucial que o
conhecimento ambiental seja transmitido de forma eficaz entre a comunidade científica e os
educadores. Essa abordagem pode resultar em uma mudança substancial de comportamento.
Portanto, a abordagem interdisciplinar e a comunicação eficiente são pilares essenciais para
promover a conscientização e ações em prol do meio ambiente. Diante das sérias ameaças que
nosso planeta enfrenta, como o aquecimento global, as mudanças climáticas, a poluição
excessiva e o desmatamento, é crucial aumentar a consciência ambiental e educar as novas
gerações sobre a conservação do ecossistema e do planeta (Varela-Candamio et al., 2018;
Sharma, 2023).
4. CONCLUSÃO
A presença da Educação Ambiental nas escolas possibilita que os alunos compreendam
a importância da natureza e se sensibilizem diante das problemáticas ambientais. Os resultados
da pesquisa possibilitaram um melhor entendimento da compreensão dos alunos de ensino
fundamental maior de uma escola do município de Icapuí, a respeito da EA e suas respectivas
opiniões sobre o meio ambiente e problemas ambientais. A maior parte dos alunos tem
conhecimento do que é EA, entretanto, os resultados das perguntas restantes foram bem
equilibrados o que evidenciam a necessidade de reforçar esse tipo de conhecimento para os
alunos.
A presente pesquisa auxilia os professores na identificação e solução de lacunas no
entendimento de assuntos em EA, abordando as principais dificuldades dos alunos e propondo
soluções por meio de novas práticas além da sala de aula, como aulas de campo, atividades
práticas e metodologias ativas.Além disso, a falta de integração entre teoria e prática, bem como
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as condições socioeconômicas e culturais dos alunos, influenciam na compreensão e na adesão
às práticas ambientalmente responsáveis. É evidente que a escola desempenha um papel crucial
na promoção da EA, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes e engajados
na preservação do meio ambiente. Os docentes, como líderes educacionais, têm o poder de
instigar nos alunos o interesse e a paixão pela natureza.
É essencial que a EA seja trabalhada de forma interdisciplinar, contínua e
contextualizada, proporcionando aos alunos não apenas conhecimento teórico, mas também
oportunidades de reflexão e ação prática. Portanto, este estudo ressalta a importância de investir
em estratégias educacionais que visem aprimorar o entendimento e o engajamento dos alunos
em relação à EA. Somente através de uma educação ambiental eficaz e inclusiva podemos
aspirar a um futuro sustentável e equilibrado para as gerações presentes e futuras.
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