Setor Externo
Resumo
Avaliar o comportamento do setor externo é fundamental para entender a dinâmica do crescimento de economias em desenvolvimento, ancoradas basicamente no desempenho do seu setor exportador e na captação de poupança externa. A maior inserção externa da economia brasileira, decorrente do processo de globalização e dos programas de ajuste estrutural iniciados na década de noventa, permitiram reduzir a restrição ao crescimento determinados pela vulnerabilidade externa, ao mesmo tempo em que aumentou o grau de exposição ao contágio externo. O resultado do setor externo em 2012 foi de deterioração das contas externas, quadro, aliás, que vinha se delineando desde o terceiro trimestre: houve redução generalizada no saldo da balança comercial, da conta capital e financeira, dos investimentos diretos e em carteira e do saldo global do balanço. A exceção ficou por conta do menor saldo das rendas enviadas ao exterior que impediram um déficit maior no saldo das transações correntes. As taxas de câmbio do dólar e do euro sofreram depreciação apesar da intervenção do Banco Central no mercado de câmbio, embora elevadas, esses aumentos não conseguiram reverter a tendência declinante do saldo da balança comercial, mas introduziram um elemento de incerteza em relação ao impacto da depreciação na inflação futura.
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