4 Política Fiscal

Análises do primeiro semestre de 2021

  • Katia Harumi Omoto Urpia UEM
Palavras-chave: resultado primário, covid-19, juros nominais, dívida pública

Resumo

O presente Boletim tem por objetivo analisar a condução da política fiscal no Brasil ao longo do primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano de 2020. Destaca-se que apesar do agravamento da pandemia de Covid-19 no primeiro semestre de 2021, o retorno das atividades de diversos setores da economia promoveu a melhora das contas públicas. O Governo Central apresentou no primeiro semestre de 2021 uma queda de 88,05% em seu déficit. Essa queda é explicada tanto pelo aumento na receita primária quanto na despesa primária do Governo Central. O aumento das receitas se deu, principalmente, em razão do retorno das atividades econômicas, da inflação e da desvalorização cambial. Já as despesas primárias tiveram redução em função, principalmente, dos menores gastos extraordinários para o combate da pandemia. Além a melhora no conceito primário, houve queda no pagamento de juros nominais, resultando em redução do déficit nominal, que passou de 16,22% do PIB no primeiro semestre de 2020 para 3,65% no mesmo período de 2021. Apesar da melhora apresentada nas necessidades de financiamento do setor público, o endividamento se elevou no primeiro semestre de 2021, aumentando as dificuldades do setor público em garantir a sustentabilidade da dívida. O destaque positivo ficou por conta dos governos estaduais que apresentaram superávit nominal no período em análise, indicando a retomada da capacidade de gastos no âmbito regional, o que pode contribuir para a retomada da economia no ano eleitoral, caso a situação fiscal dos Estados permaneça positiva.

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Publicado
2021-12-16
Seção
Política Fiscal