O PAPEL DAS LOCALIDADES NA URBANIZAÇÃO ESTENDIDA DA AMAZÔNIA CONTEMPORÂNEA: TIPOLOGIA DAS COMUNIDADES DO SUDOESTE DO PARÁ ENQUANTO NÓS DE UMA REDE URBANA LOCAL

  • Silvana Amaral Divisão de Processamento de Imagens - DPI Coordenação de Observação da Terra - OBT Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE http://orcid.org/0000-0003-4314-7291
  • Ana Paula Dal'Asta Divisão de Processamento de Imagens - DPI Coordenação de Observação da Terra - OBT Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE http://orcid.org/0000-0002-1286-9067
Palavras-chave: Rede urbana. Urbanização estendida. Análise de agrupamento Fuzzy. Amazônia Brasileira.

Resumo

Este artigo destaca a contribuição de unidades territoriais de escala local na estruturação da rede urbana na Amazônia Brasileira. Apoiados no referencial teórico da urbanização estendida, composta por unidades espaciais de diferentes tipologias de ocupação, apresenta-se um estudo sobre as comunidades do sudoeste paraense, enquanto nós de uma rede urbana em escala local. Além da caracterização e hierarquia dos nós, buscou-se verificar a influência do contexto na classificação destes nós quanto ao fato de estarem incluídos ou não em unidades de conservação (UC); e quanto à localização ao longo de rios (ribeirinhas) ou estradas (terrestres). De 2009 a 2015, expedições de campo anuais caracterizaram 236 comunidades quanto à origem e organização da população, à presença de equipamento e infraestrutura urbana, ao acesso a serviços de saúde e educação, e às formas de uso da terra, sumarizadas em 28 variáveis. A avaliação estatística multivariada (teste T2 de Hotelling) indicou que comunidades inseridas em UC apresentam médias das variáveis significativamente diferentes das encontradas para as comunidades não incluídas em UC, evidenciando a importância da regulação do uso da terra para as condições das comunidades na região. A análise estatística de agrupamentos, baseada em inferência fuzzy, identificou cinco grupo de comunidades, ordenados das melhores (Fuzzy 1) para as piores condições (Fuzzy 5) identificadas pelas variáveis. Estes grupos foram descritos e avaliados quanto à sua evolução temporal, distribuição no espaço geográfico e variáveis condicionantes, e comparados a estudos anteriores. A maior frequência de comunidades terrestres no cluster Fuzzy 1, e das ribeirinhas nos clusters de condições pior (Fuzzy 5) a intermediária (Fuzzy 2) indicam que comunidades terrestres apresentaram-se melhores estruturadas que as ribeirinhas. Assim, ao retratar as comunidades como elementos de aspectos comuns e particulares, numa tipologia hierárquica dos seus atributos, espera-se contribuir com informações úteis para a definição de políticas de conservação e sustentabilidade regional.

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Biografia do Autor

Silvana Amaral, Divisão de Processamento de Imagens - DPI Coordenação de Observação da Terra - OBT Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

Graduação em Ecologia (UNESP-RC),  mestre  em  Sensoriamento remoto (INPE), e doutora em Informação Espacial (POLI-USP). Funcionária da Divisão de Processamento de Imagens - DPI, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.

Área de interesse: biodiversidade e ocupação humana na Amazônia Brasileira, por sensoriamento remoto, geoinformação e modelagem ambiental.

Ana Paula Dal'Asta, Divisão de Processamento de Imagens - DPI Coordenação de Observação da Terra - OBT Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

Graduação e mestrado em Geografia (UFSM), Doutora em Sensoriamento Remoto (INPE). Pesquisadora contratada do Projeto Monitoramento Ambiental por Satélites no Bioma Amazônia MSA - BNDES, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.

 Área de interesse em urbanização, demografia e mudanças de uso e cobertura da terra na Amazônia Brasileira, por sensoriamento remoto, dados censitários e geoinformação
Publicado
2018-11-20
Como Citar
AMARAL, S.; DAL’ASTA, A. P. O PAPEL DAS LOCALIDADES NA URBANIZAÇÃO ESTENDIDA DA AMAZÔNIA CONTEMPORÂNEA: TIPOLOGIA DAS COMUNIDADES DO SUDOESTE DO PARÁ ENQUANTO NÓS DE UMA REDE URBANA LOCAL. Boletim de Geografia, v. 36, n. 3, p. 160-181, 20 nov. 2018.
Seção
Artigos científicos