EDUCAÇÃO GEOCARTOGRÁFICA E TENSIBILIDADE NARRATIVA: CRIANDO PROJEÇÕES VICINAIS (PACAJÁ-ANAPU/PA-BRASIL)
Resumo
Mapas Mentais/Corporais, na educação básica, são processos narrativos para estabelecimento de ligações dialógicas das pessoas e dos seus lugares, e especialmente quando só dispomos de mapas impressos em livros didáticos que fortalecem um senso de nação, redutora da singularização coexistencial. Em vicinais transamazônicas, no estado do Pará, esta realidade limitante também viabiliza abertura: criar mapas que repartilhem a sensibilidade geográfica sobre a Transamazônica e os coletivos inexistidos à sua beira. Objetivo, a partir destas criações dos mapas em escolas vicinais, reativar a discussão da projeção cartográfica. Metodologicamente, sob orientação fenomenológica, desenvolvi entrevistas/conversações informais, feitura de mapas em aulas de geografia, círculo de diálogos, complementação de frases e registro fotográfico. A pesquisa aponta para: a) o repensar ontológico da projeção cartográfica como elo entre concepção e grafismo em situação vicinal, o que pode produzir, no plano educativo, politização dos mapas mentais/corporais na compreensão das vicinais, focos da coexistência e instituição de uma geocartografia própria e não submissa ou sem emoção; b) o mapa como modo de fazer-saber que repercute tensão advinda das ladeiras e da necessidade comunicativa do mundo transamazônico para si e para os outros, vazando o aspecto narrativo pouco acurado nos debates sobre mapas mentais no Brasil; c) a projeção geocartográfica como engajamento corporal nos entrelugares submetidos à visão de longe e paralisante que objetifica existências as quais, desde sua subjetividade, recriam modos de ver e sentir os lugares transamazônicos.
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