EM TEMPO DE CORONAVÍRUS

  • Christiane Girard Ferreira Nunes Universidade de Brasília
Palavras-chave: Informalidade, Pobreza, Justiça social, Democracia, COVID-19

Resumo

O novo coronavírus tem levado nossa sociedade a uma situação-limite. Os esforços vão desde a conservação da saúde, incluindo a mental, à manutenção dos empregos e da renda das pessoas em situação de maior vulnerabilidade, dentre as quais se destaca a população que habita as comunidades pobres e os trabalhadores informais. O presente texto reflete sobre a nossa sensibilidade em relação ao outro, sobre a questão ética da justiça social e sobre a relação entre isolamento e individualismo. Ainda que achássemos que pertencíamos a mundos diferentes, a COVID-19 nos obriga a reconhecer que o mundo em que todos habitam é o mesmo. Ao nos darmos conta de que pertencemos ao mesmo mundo, cabe repensar a natureza da sociedade política que criamos e restabelecer vínculos solidários e democráticos a fim de se construir uma democracia viva, baseada na ideia de justiça social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Christiane Girard Ferreira Nunes, Universidade de Brasília

Graduação em Sociologia - Universite de Paris VIII (1981), Mestrado em Sociologia - Universite Paris VIIII (1983) e Doutorado em Sociologia- Universidade de Brasília (1993). Professora associada 3, Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília. Linha de pesquisa: Sociologia do Trabalho, com enfase nos seguintes temas: Economia Solidaria, Setor Informal, Trabalho e Gênero, trabalho e sociologia clínica, Cultura e Cidadania, em pesquisas nacionais e internacionais . vice-Lider do grupo de pesquisa de Sociologia do Trabalho do CNPQ. Dirige a linha de pesquisa "Economia Solidaria" do doutorado de sociologia da UNB. Pos-doutorado na Universidade de Nanterre, Laboratorio "Sophiapol" (Laboratoire de sociologie, philosophie et antropologie politiques), e no Laboratorio "LISE"( Laboratoire interdisciplinaire pour la Sociologie Economique) do CNAM em Paris. Pesquisadora associada do "laboraratoire international de sociologie clinique de Paris", universidade de Paris7 sorbonne/Diderot, Laboratoire de Changement Social.

Referências

AIDAR, Laura. O Grito: obra expressionista de Edvard Munch. Toda Matéria, 2019. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/o-grito. Acesso em: 03 mar. 2020.

BECK, Ulrich. Sociedade de risco: Rumo a uma outra modernidade. São Paulo, SP: Ed. 34, 2010.

CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

GAULEJAC, Vincent de. Gestão como doença social. Aparecida, SP: Ideias & Letras, 2007.

GIRARD-NUNES, Christiane; SILVA, Pedro Henrique Isaac. Entre o prescrito e o real: o papel da subjetividade na efetivação dos direitos das empregadas domésticas no Brasil. Soc. estado., Brasília, v. 28, n. 3, p. 587-606, dez. 2013. DOI: 10.1590/S0102-69922013000300007.

SIMMEL, Georg. A metrópole e a vida mental (1902). In: VELHO, Otávio Guilherme (org.) O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

THEODORO, Mário; GIRARD-NUNES, Christiane. A violência no informal. In: LESTIENNE, Bernardo (Org.). População e pobreza. São Paulo, SP: Loyola, 2003.

Publicado
2020-06-04
Como Citar
Ferreira Nunes, C. G. (2020). EM TEMPO DE CORONAVÍRUS . Caderno De Administração, 28, 37-41. https://doi.org/10.4025/cadadm.v28i0.53589
Seção
Imaginário Social e Políticas Públicas em Desconstrução