A estrutura de maternidades como indicador de segurança materna
Resumo
Objetivo: Avaliar a estrutura de cinco maternidades do Programa Rede Mãe Paranaense nos municípios da 17ª Regional de Saúde do Estado do Paraná. Método: estudo transversal, descritivo, de avaliação, realizado em quatro maternidades-referências para o risco habitual e intermediário e uma para o alto risco. A coleta de dados ocorreu de julho de 2017 a janeiro de 2018, mediante entrevista com formulário estruturado às chefias de enfermagem e roteiro de observação pela pesquisadora. Os dados foram analisados conforme a Resolução 36/2008 do Ministério da Saúde. Resultados: observou-se a presença de sala de acolhimento (40%), sala exame de admissão (40%) e quartos de pré-parto/parto/pós-parto (80%). Nas especialidades foi constatada a oferta de ultrassonografia (60%), ecocardiografia (60%), radiologia (80%), laboratório clínico (80%) e posto de coleta de leite humano (40%). A respeito dos materiais de emergência, 100% dos serviços dispunham de tais recursos, no entanto, 60% possuíam monitor e desfibrilador cardíaco. Observou-se que mais de 50% dos serviços não ofereceram capacitação aos profissionais no ano anterior. Em 60% das instituições os protocolos assistenciais estavam disponíveis, porém desatualizados. Conclusões: faz-se necessária melhoria na estrutura física das maternidades, capacitação aos recursos humanos, além de elaboração e atualização de protocolos assistenciais, visando à segurança materna.
Downloads
Referências
Marcolin AC. Qualidade e segurança: caminhos para o sucesso do redesenho do modelo de cuidado obstétrico. Rev Bras Ginecol Obstet [online]. 2015 [citado em 2018 ago]; 37(10):441-5. Editorial. doi: http://dx.doi.org/10.1590/SO100-720320150005472.
Pettker CM, Grobman WA. Obstetric safety and quality. Obstet Gynecol [online]. 2015 [citado em 2018 jun]; 126(1):196-206. doi: https://doi.org/10.1097/AOG.0000000000000918.
Donabedian A. The quality of medical care Methods for assessing and monitoring the quality of care for research and for quality assurance programs. Science. 1978 [citado em 2018 ago]; 200(4344):856-64. doi: https://doi.org/10.1126/science.417400.
Reis LGC. Maternidade segura. In: Sousa P, Mendes W, organizadores. Segurança do paciente: conhecendo os riscos nas organizações de saúde. Rio de Janeiro: EAD/ENSP; 2014. p.373-95.
Magluta C, Noronha MF, Gomes MAM Aquino LA, Alves CA, Silva RS. Estrutura de maternidades do Sistema Único de Saúde do Rio de Janeiro: desafio à qualidade do cuidado à saúde. Rev Bras Saúde Matern Infant [online]. 2009 [citado em 2018 jun]; 9(3):319-29. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292009000300011.
Bittencourt DAS, Reis LGC, Ramos MM, Rattner D, Rodrigues PL, Veves DCO, et al. Structure in Brazilian maternity hospitals: key characteristics for quality of obstetric and neonatal care. Cad Saúde Pública [online]. 2014 [citado em 2018 jun]; 30(Suppl 1):208-19. doi: http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00176913.
Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA-PR). Linha guia: programa rede mãe paranaense. 7ª ed. SESA-PR: Curitiba-PR; 2018. Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/LinhaGuiaMaeParanaense_2018.pdf.
Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 36, de 03 de junho de 2008. Dispõe sobre regulamento técnico para funcionamento dos serviços de atenção obstétrica e neonatal. Brasília; 2008. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2008/res0036_03_06_2008_rep.html.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BR). Serviços de atenção materna e neonatal: segurança e qualidade. Brasília (DF): ANVISA; 2014. Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/servicos-de-atencao-materna-e-neonatal-seguranca-e-qualidade.
Bohren MA, Hunter EC, Hunthe-Kaas HM, Souza JP, Vogel JP, Gulmezoglu AM. Facilitators and barriers to facility-based delivery in low- and middle-income countries: a qualitative evidence synthesis. Reprod Health [online]. 2014 [citado em 2018 jun]; 11:71. doi: https://doi.org/10.1186/1742-4755-11-71.
Lyndon A, Jonhson C, Bingham D, Napolitano PG, Joseph G, Maxfield DG, et al. Transforming communication and safety culture in intrapartum care: a multi-organzation blueprint. J Midwifery &Women’s Health [online] 2015 [citado em 2018 ago]; 44(3):341-349. doi: https://doi.org/10.1111/1552-6909.12575.
Stancato K, Vergílio MSTG, Bosco CS. Avaliação da estrutura e assistência em sala de pré-parto, parto e pós-parto imediato-PPP de um hospital universitário. Cienc Cuid Saúde [online]. 2011 [citado em 2018 jun]; 10(3);541-54. doi: http://dx.doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v10i3.12656.
Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n° 63, 25 de novembro de 2011. Dispõe sobre os requisitos de boas práticas de funcionamento para os serviços de saúde. Brasília; 2011. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/rdc0063_25_11_2011.pdf/94c25b42-4a66-4162-ae9b-bf2b71337664.
Bittencourt DAS, Domingues RM, Reis LGC, Ramos MM, Leal MC. Adequacy of public maternal care services in Brazil. Reprod Health [online]. 2016 [citado em 2018 jun]; 13(Supp1):257-65. doi: https://doi.org/10.1186/s12978-016-0229-6.
Salam RA, Lassi ZS, Das JK, Bhutta ZA. Evidence from facility level inputs to improve quality of care for maternal and newborn health: interventions and findings. Reprod Health, 2014; 11(Suppl2):S3. doi: https://doi.org/10.1186/1742-4755-11-S2-S3.
Flores GE, Oliveira DLL, Zocche DAA. Educação permanente no contexto hospitalar: a experiência que ressignifica o cuidado em enfermagem. Trabalho, Educação e Saúde [online]. 2016 [citado em 2018 out]; 14(2):487-504. doi: https://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sip00118.
Lavich CRP, Terrra MG, Lemos de Mello A, Raddatz M, Arnemann CT. Permanent education actions of nurse facilitators at a nursing education centre. Rev Gaúcha Enferm [online]. 2017 [citado em 2018 out]; 38(1): e62261. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.62261.
Santa’ana JKA, Leite PO, Vilela RPB, Sanfelice FAN, Almeida JB, Alves MCA. A importância da utilização do check-list de parto seguro na redução de riscos obstétricos e puerperais. CuidArt Enfermagem [online]. 2017 [citado em 2018 jun]; 11(2):300-303. Disponível em: http://www.webfipa.net/facfipa/ner/sumarios/cuidarte/2017v2/300.pdf.
Burgansky A, Montalto D, Siddiqui NA. The safe motherhood initiative: the development and implementation of standardized obstetric care bundles in New York. Semin Perinatol [online]. 2016 [citado em 2018 jun]; 40(2):124-131. doi: https://doi.org/10.1053/j.semperi.2015.11.019.
Dodou HD, Souza AAS, Barbosa EMG, Rodrigues DP. Sala de parto: condições de trabalho e humanização da assistência. Cad Saúde Colet. [online]. 2017 [citado em 2018 jul]; 25(3):332-8. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1414-462x201700030082.