O cinema em busca da inspiração revolucionária: uma análise de Sandino (1990), de Miguel Littín

  • Alexsandro de Sousa e Silva Universidade de São Paulo

Resumo

O artigo analisa o filme Sandino (1990), o último dirigido pelo chileno Miguel Littín no exílio. A narrativa fílmica tenta fazer uma monumentalização do líder revolucionário Augusto César Sandino (1895-1934). No enredo, o protagonista organiza a resistência armada contra os militares norte-americanos em território nicaraguense; porém, com a saída das tropas estrangeiras, o líder foi assassinado a mando de Anastasio Somoza García. Pretendemos analisar o filme de Miguel Littín e verificar de que maneira o enredo está dialogando com um duplo contexto: a crise do « socialismo real » e a transição democrática no Chile. Como hipótese, acreditamos que a película procura uma inspiração revolucionária e antiimperialista nas lutas políticas no passado latino-americano, representadas na atuação de Sandino na resistência armada aos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, Sandino procurou manter viva uma imagem autoritária e antidemocrática das Forças Armadas da América Latina, enquanto a elite política do Chile « negociou » a transição democrática com os militares.

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Biografia do Autor

Alexsandro de Sousa e Silva, Universidade de São Paulo
Doutorando no Programa de Pós-Graduação em História Social, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo
Publicado
2017-05-26
Como Citar
Silva, A. de S. e. (2017). O cinema em busca da inspiração revolucionária: uma análise de Sandino (1990), de Miguel Littín. Dialogos, 21(1), 114-126. https://doi.org/10.4025/dialogos.v21i1.37163