Réplica

  • Richard Graham Universidade do Texas

Résumé

É uma honra saber que meu artigo “Constructing a nation in nineteenth-century Brazil” (Construindo uma nação no Brasil do século 19) despertou comentários de dois historiadores tão importantes como Thomas Holloway e Lilia Schwarcz. No meu ensaio, concluí, entre outras coisas, que a criação do estado central brasileiro foi projeto de uma elite sócio-econômica de senhores de escravos e proprietários de terras. Através de suas instituições e liderança cultural esse estado atribuiu maior legitimidade aos fazendeiros para exercer seus poderes locais e regionais. Mas eu insisti que foram eles que criaram aquele estado, fazendo-o especificamente para proteger e incrementar seus interesses sociais e econômicos, especialmente a manutenção da escravatura, a subserviência dos que não possuíam terras, e o evitar uma revolução social. De fato, foi antes de mais nada o medo da desordem social que levou os proprietários a construir um governo central forte, e eles disseram isso. Também argumentei que foi através da criação e desenvolvimento daquele estado que os líderes de todo o país começaram a abandonar seus desejos de autonomia ou independência, local ou regional, e começaram a pensar seus destinos ligados à unidade brasileira. Desta maneira, a idéia de uma nação emergiu, ao menos no meio dessas elites, enquanto eles começaram a se identificar, verdadeira e profundamente, como brasileiros.

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Publiée
2017-06-17
Comment citer
Graham, R. (2017). Réplica. Dialogos, 5(1), 75 - 78. Consulté à l’adresse https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Dialogos/article/view/37706
Rubrique
Mesa Redonda