Loucura como doença, estigmatização e literatura: uma análise da produção intelectual em instituições psiquiátricas – Maura Lopes Cançado, Stela do Patrocínio e Albertina Borges da Rocha.
Resumo
Resumo: Nos processos históricos, a loucura foi observada como castigo divino, comportamento inadequado ou doença. Neste estudo, apresentamos uma análise entrelaçando a loucura no campo do estigma, da doença e a produção intelectual nascidas de dentro das instituições psiquiátricas, escritas por aqueles que, em função de um diagnóstico, enfrentaram a abjeção. Teoricamente, as discussões sobre loucura e estigma pautam-se especialmente em Michel Foucault (1978) e Erving Goffman (1974). Do ponto de vista dos métodos, o estudo alicerça-se em pesquisa bibliográfica e análise dos diários de Maura Lopes Cançado, Stela do Patrocínio e Albertina Borges da Rocha, destacando, em suas narrativas, as aproximações e distanciamentos no que concerne às vivências nas instituições psiquiátricas.
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Referências
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