Fatores objetivos e subjetivos determinantes no crédito consignado: um estudo de caso dos servidores da Universidade Estadual de Maringá
Resumen
Considerando os recentes estudos na área da economia comportamental e o crescimento do crédito consignado nos últimos anos, este artigo busca identificar aspectos relacionados a racionalidade ou irracionalidade quando do processo de endividamento, via crédito consignado, tendo como base os servidores da Universidade Estadual de Maringá. Observa-se que 24,3% dos pesquisados não consideraram o peso da taxa de juros quando assumiram o empréstimo, denotando irracionalidade. Outro ponto de destaque foi que, em 44% das respostas, os agentes fizeram compras a prazo ao mesmo tempo em que detinham aplicações financeiras, assumindo pagar taxa de juros mais elevada do que a que recebiam. Também, verificou-se que 19,6% dos pesquisados não mostraram sensibilidade em alterar o valor da poupança diante de aumentos nas taxas de juros e finalmente inferiu-se que a facilidade do crédito tem induzido os indivíduos a um comportamento menos "precaucional" e mais "endividador", pois, exigências adicionais como a necessidade de um avalista reduziria a demanda de crédito consignado em 69,4%.