O INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO (IED) E SEUS DETERMINANTES

UMA ANÁLISE PARA A ECONOMIA BRASILEIRA NO PERÍODO 1995-2016 A PARTIR DE UM MODELO VEC

  • ODIRLEI FERNANDO DAL MORO UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
Palavras-chave: Produto Interno Bruto; Taxa Selic; Taxa de Câmbio Real.

Resumo

Do ponto de vista do equilíbrio das contas externas da economia brasileira é indubitável a importância do fluxo de Investimento Estrangeiro Direto (IED), sendo que sua relevância também pode ser estendida para o avanço produtivo do país. É notável também que o Brasil tornou-se um grande receptor de liquidez internacional a partir de 1995, tendo seus influxos sofrido algumas inflexões nos momentos de grandes incertezas. Dentro deste cenário, torna-se relevante analisar os fatores que contribuíram para o comportamento do Investimento Estrangeiro Direto (IED) na economia brasileira. As variáveis selecionadas para explicar em parte este comportamento foram o Produto Interno Bruto (PIB), o juro (taxa SELIC) e a taxa de câmbio real.  Para o presente trabalho as variáveis foram transformadas em reais (R$), quando necessário, e deflacionadas para valores de janeiro de 1995, considerando-se como deflator o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os resultados apontaram que o PIB é a variável com maior poder de explicação para o fluxo de Investimento Estrangeiro Direto, seguido dos juros e da taxa de câmbio real. Para alcançar o objetivo proposto e dentro da justificativa apresentada este trabalho adotou como metodologia o modelo de Vetores Auto regressivos (VAR) e o modelo de correção de erros (VEC).

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Biografia do Autor

ODIRLEI FERNANDO DAL MORO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
CIÊNCIAS ECONOMICAS

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Publicado
2020-12-17
Como Citar
DAL MORO, O. F. (2020). O INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO (IED) E SEUS DETERMINANTES. A Economia Em Revista - AERE, 28(2). Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EconRev/article/view/55571