DETERMINANTES MACROECONÔMICOS DA TAXA DE SACRIFÍCIO DO CONTROLE INFLACIONÁRIO NO BRASIL: EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS UTILIZANDO O MODELO VEC.
Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar a taxa de sacrifício do controle da inflação no Brasil, pós-implantação do regime de metas de inflação (RMI). Primeiramente, a pesquisa aborda uma investigação teórica sobre os tipos existentes de inflação, as relações entre taxa de juros, inflação e crescimento econômico, os tipos de expectativas que regem as condutas dos agentes, e a forma de cálculo da taxa de sacrifício. Em seguida, expõe o comportamento histórico das principais variáveis macroeconômicas no Brasil, que compreende o período de 2000 a 2012. Após a discussão teórica, faz-se uma pesquisa empírica, utilizando um modelo econométrico de vetores autoregressivos (VAR), que evidencia a taxa de sacrifício do controle da inflação imposta no Brasil, através da política monetária. Como resultado, este trabalho conclui que a política monetária tem gerado um alto custo para a sociedade brasileira, e consequentemente, uma elevada taxa de sacrifício do controle da inflação, como também, reflete em vários âmbitos da economia brasileira. A politica monetária tem como principal instrumento de condução as taxas de juros, que quando elevadas, produzem alguns efeitos: (i) a redução lenta da inflação; (ii) redução quase que imediata do crescimento do PIB; (iii) o aumento da dívida pública federal; e (iv) e uma crescente apreciação cambial. Devido à defasagem temporal da política monetária, eleva-se algum tempo para surtir efeito, quando tal política é feita, principalmente sobre a inflação. Contudo, sobre o produto e câmbio, o efeito é sentido quase que imediato, gerando aspectos negativos em nossa economia.