A DINÂMICA ATMOSFÉRICA NO CENTRO SUL DO BRASIL E A ESTACIONALIDADE

  • Victor da Assunção Borsato
Palavras-chave: Climatologia Geográfica, Estado do tempo, Massas de ar,

Resumo

O presente artigo é o resultado da análise das participações e quantificação dos sistemas atmosféricos que atuaram no Centro Sul do Brasil para a série histórica de 2002 a 2010. O principal objetivo foi quantificar e espacialização os sistemas atmosféricos para o Centro Sul do Brasil e analisar as principais consequências no estado do tempo e as oscilações estacionais. Ao comparar a participação de cada sistema atmosférico para cada uma das quatro localidades e para as quatro estações, caracteriza-se a dinâmica atmosférica para o Centro Sul do Brasil. Verificaram-se que no inverno prevaleceram os sistemas de alta pressão, embora, a participação dos sistemas de alta na estação do outono foi, às vezes próximo e/ou acima dos verificados para o inverno. Os sistemas foram identificados por meio das análises das cartas sinóticas e das imagens de satélite a partir de quatro localidades: Campo Mourão - PR, Cáceres - MT, Brasília - DF e Caparaó - MG. O principal sistema, considerando o tempo de atuação e as mudanças causadas nos tipos de tempo, foi a massa Polar atlântica, esse sistema atmosférico é transiente e anticiclonal; ela invade o território brasileiro a partir do Sul e impõe suas características nos tipos de tempo, queda na temperatura e estabilidade atmosférica. O Sistema frontal é, principalmente, para a Região de Campo Mourão, responsável pelas mudanças do tempo e pelos episódios de chuvas frontais, sobretudo, no inverno. O segundo sistema, considerando o tempo de atuação, foi a massa Tropical atlântica, principalmente para a borda leste do Centro Sul do Brasil, também anticiclonal; frequentemente, ela avança para o interior do Brasil e causa estabilidade atmosférica. O terceiro sistema foi a massa Tropical continental; ela se expande a partir do centro de origem “Grande Chaco” e o estado do tempo se caracteriza pelas elevadas temperaturas e baixa pluviosidade. A massa Equatorial continental, também quente e de baixa pressão, atua mais intensamente na estação de verão.

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Biografia do Autor

Victor da Assunção Borsato
Mestre em Geografia pelo UEM; Doutor em Ecologia de Ambientes aquáticos Continentais, Nupelia UEM; Pós-Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Paraná. Professor de Climatologia na Unespar – Campus de Campo Mourão. Pesquisador em Climatologia Geográfica e Dinâmica, sócio da AbClima.
Publicado
2017-12-07
Seção
Artigos