A NARRATIVA E O CONTEXTO NA PRODUÇÃO DOS MOSAICOS TERRITORIAIS
Palavras-chave:
Mosaicos territoriais, Narrativa, Geografia politica e cultural.
Resumo
Este artigo é o primeiro, de uma série de 3 artigos, resultado do estudo teórico sobre a relação narrativa e território, do projeto “A espacialidade das formas narrativas: entre ficção e realidade”. Buscamos aproximar estes dois conceitos tratados em áreas distintas (geografia, semiótica, filosofia da linguagem, entre outras), por entender a pertinência do vínculo entre aquilo que é contado, informado, narrado e as práticas sociais que produzem os espaços. Entendemos a inter/multi/trans/disciplinaridade como o caminho possível para chegar em algum lugar. O método de análise parte do materialismo histórico/geográfico, trazendo o dialético de K. Marx e o dialógico de E. Morin. Intentamos estabelecer as conexões entre narrativa e território na perspectiva de dar conta de clarificar a complexidade dos processos de produção dos espaços na sociedade contemporânea. A espacialidade da narrativa se cristaliza com as práticas sociais, alimentadas por um corpo ideológico de ação multimidiática, reproduzido pelos grupos hegemônicos de poder, financiado pelo capital, numa orquestração entre capitais de diversas magnitudes e qualidades. Capital produtivo/financeiro/especulativo e, fundamentalmente a grande mídia cooptada, orquestradora dos comportamentos e práticas sociais, espetacularizando a vida e alienando a força de trabalho. Pela outra ponta as ações midiáticas jogam fumaça na visibilidade das classes sociais com a construção de um modus operandi aonde o trabalhador não se sente como tal, se torna, usando as palavras de M. Chauí, um “empresário de si mesmo”. As narrativas ofertadas e absorvidas como um emplasto ubíquo, transforma as paisagens urbanas, e impõe às pessoas uma forma acrítica de ser. Sempre existe as resistências.Downloads
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