A LINGUAGEM E A PAISAGEM NA TRÍADE DO RIO DA POÉTICA DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Résumé
Este trabalho propõe uma representação da paisagem geográfica que faz parte do processo de formação da identidade brasileira e a literatura foi um veículo que concretizou tal concepção, a partir de um estudo da poética de João Cabral de Melo Neto, abordando os poemas: O CÃO SEM PLUMAS, O RIO e MORTE E VIDA SEVERINA, neles a paisagem e a água se destacam na linguagem como uma luta de corpo a corpo, paisagem torturada, galhos retorcidos como mãos que suplicam, são provocados pela escrita refinada e pela poética que retrata a degradação do Rio Capibaribe, um dos símbolos mais importantes da cidade de Recife (PE). Discute a paisagem e questões relacionadas aos aspectos individuais e sociais do ser humano. Nessas obras, a poética construída traduz a experiência adquirida do homem ribeirinho com o meio ambiente. Adota a linguagem prosaica como signo metafórico para dar voz ao rio, imprime a concretude e a realidade ao homem. Buscamos vincular através do estudo dos poemas os aspectos da paisagem, as imagens propostas e pretendemos ainda uma relação com a água e a frenética busca do homem nordestino por uma qualidade de vida. O artigo trata-se de um estudo de revisão bibliográfica em que se tem como referencial teórico autores como: Vesentini e Vlach (2002); Marandola e Mota (2007); Rocha (2011); entre outros. Esses trabalhos reforçam o interesse em estudar obras literárias, analisando-as a partir de um viés geográfico.Téléchargements
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