RAP: REINVENCIÓN DEL SUJETO Y DE LA CIUDAD
Resumen
En este artículo se problematiza las relaciones entre apropiación musical del Rap, ciudad y (re) invención del sujeto, preguntando si (y cómo) estas relaciones pueden engendrar nuevas formas del sujeto para actuar en el mundo desde una perspectiva estética, posibilitando una (re) invención de sí y de sus relaciones con la ciudad. Para ello, realizamos una inmersión en el contexto de investigación con sesgo etnográfico, por eso optamos por circular por la ciudad, participar en eventos de Hip-Hop y shows de Rap, escuchar música, apreciar grafitis, ver videoclips, leer diferentes materiales (libros, revistas, periódicos y publicaciones de Internet). Como procedimiento de investigación, realizamos entrevistas y observaciones con once jóvenes actuantes en la escena de Hip-Hop local y procedimos a realizar un análisis del discurso fundamentado en Vygotsky, Bakhtin y otros autores, a partir de una perspectiva socio-histórica. Los resultados indican que, a partir de la mediación del Rap, los jóvenes recolocan en pautas las maneras de vivir en Blumenau, en que la ciudad deja de ser el lugar del consenso germánico y pasa a vivir el disenso, en pro de la afirmación de una pluralidad de modos de ser blumenauense, contraponiendo el discurso homogeneizador teuto-brasileño a la diversidad cultural brasileña.Descargas
Citas
Andrade, E. N. (1999). Hip Hop: Movimento negro juvenil. In E. N. Andrade (Org.), Rap e educação: rap é educação (pp. 83-91). São Paulo: Summus.
Araújo, S. (1994). Brega, samba e trabalho acústico: variações em torno de uma contribuição teórica à etnomusicologia urbana. In Seminário As culturas urbanas no final do século XX. Lisboa.
Bakhtin, M. M. (1997). Marxismo e filosofia da linguagem (8a ed). São Paulo: Hucitec. (Obra original publicada em 1930)
Bakhtin, M. M. (2010). Estética da criação verbal (5a ed). São Paulo: Martins Fontes.
Canevacci, M. (1993). A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana. São Paulo: Studio Nobel.
Buzo, A. (2010). Hip-Hop: dentro do movimento. São Paulo: Aeroplano.
Fonseca, R. (1992). A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro. In R. Fonseca. Romance negro e outras histórias (pp.9-50). São Paulo: Companhia das Letras.
Freitas, M. T. (2003). A perspectiva sócio-histórica: uma visão humana da construção do conhecimento. In M. T. Freitas, S. Jobim e Souza, & S. Kramer (Orgs.). Ciências humanas e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin (pp. 26-38). São Paulo: Cortez.
Machado, R. (2008). Entre o público e o privado: gestão do espaço e dos indivíduos em Blumenau (1850-1920). Blumenau: EDIFURB.
Machado, R. (2011). A invenção da cidade etnizada: História e Memória na Blumenau contemporânea. (1974 – 2002). Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. (pp. 1-11). São Paulo.
Maffesoli. M. (2007). O ritmo da vida: variações sobre o imaginário pós-moderno. Rio de Janeiro: Record.
Magnani, J. (2002). De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira De Ciências Sociais, 17(49), 11-29.
Magro, V. M. M. (2002). Adolescentes como autores de si próprios: cotidiano, educação e o hip hop. Cadernos Cedes, 22(57), 63-75.
Maheirie, K. (2003). Processo de criação no fazer musical: uma objetivação da subjetividade, a partir dos trabalhos de Sartre e Vygotsky. Psicologia em Estudo, 8(2), 147-153.
Menezes Bastos, R. J. & Lagrou, E. M. (1995) Arte, Cosmologia e Filosofia nas Terras Baixas da América do Sul, Projeto Integrado de Pesquisa, UFSC.
Mouffe, C. (1996). O retorno do político. Lisboa: Edições Gradiva.
Rancière, J. (1996a) O dissenso. In: A. Novaes, A. (Org.). A crise da razão (pp. 367-382). São Paulo: Companhia das Letras.
Rancière, J. (1996b). O desentendimento. Política e filosofia. São Paulo: Editora 34.
Rancière, Jacques (2005). A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Eixo.
Rancière, Jacques (2010). El espectador emancipado. Castellón: Ellago.
Samagaia, J. (2010). Globalização e Cidade: Reconfigurações dos Espaços de Pobreza em Blumenau/SC. Tese de Doutorado não publicada, Programa de Pós-Graduação em geografia, Universidade federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis.
Santos, M. & Silveira, M. L. (2001). O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record.
Santos, M. (2002). O espaço do cidadão. São Paulo: Studio Nobel.
Sawaia B. B. (1995). O calor do lugar: Segregação urbana e identidade. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, 9(2), 20-24.
Vigotski, L. S. (1999). Psicologia da arte. São Paulo: Martins Fontes. (Obra original publicada em 1970)
Voigt, A. F. (2008). O teuto-brasileiro: a história de um conceito. Espaço Plural, 19, 75-81.
Voigt, A. F. (2012). O Teuto-brasileiro: a produção de um ressentimento. In R. Machado & A. F. Voigt. (Orgs.). Desterritorializações do Vale (pp. 13-30). Blumenau: Liquidificador.
Voloshinov, V. N. & Bakhtin. M. M. (1926). Discurso na vida e na arte (sobre poética sociológica). Tradução de Carlos Alberto Faraco & Cristóvão Tezza. Circulação restrita.
Vygotski, L. S. (1992). Pensamiento y Palabra. Obras Escogidas II (pp. 287-348). Madri: Visor.
Vygotski, L. S. (1995). Problemas dell desarrollo de la psique. Obras Escogidas III. Madrid: Visor. (Obra original publicada em 1960).
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.