O campo religioso Sul Rio-grandense e a política de Ressemantização da Devoção Mariana

  • Marta Rosa Borin Universidade Federal de Santa Maria
Palavras-chave: Religiosidade, poder, politica

Resumo

 A devoção a Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças surgiu no Rio Grande do Sul a partir dos episódios político-militares de 1930, na cidade de Santa Maria. Analisa-se, a partir de fontes de jornais, estratégias do clero sul rio-grandense, para consolidar essa devoção no Estado, bem como as motivações para a promoção desta invocação mariana à padroeira do Estado e dos operários. Neste sentido, a ressemantização desta devoção evocam práticas contributivas não somente para a afirmação da identidade católica sul rio-grandense, mas também confere prestígio e poder à Igreja frente ao Estado, paralelamente à devoção à Nossa Senhora Aparecida. Pois, juntas são parte de um projeto de cristianização engendrado pelo clero católico brasileiro sob os auspícios do governo varguista. Para tanto, considera-se o campo religioso como os demais campos sociais - um espaço de jogo, onde os agentes sociais ocupam uma posição determinada à qual estão ligados a certos interesses.

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Biografia do Autor

Marta Rosa Borin, Universidade Federal de Santa Maria

Doutora em História pela UNISINOS, Professora do Departamento de Metodologia do Ensino da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); membro dos Grupos de Pesquisa: História Platina: sociedade, poder e instituições, UFSM/CNPq; História: Religiosidade e Cultura, UFSC/ CNPq; Memória, Ensino e Patrimônio Cultural/CNPq; membro do Núcleo de Estudos de Memória e Cultura, NEMEC/PPGH/UPF; Vice-coordenadora do GT História das Religiões e Religiosidades, ANPUH/RS.

Publicado
2014-04-18
Como Citar
Borin, M. R. (2014). O campo religioso Sul Rio-grandense e a política de Ressemantização da Devoção Mariana. Revista Brasileira De História Das Religiões, 6(18), 25-36. https://doi.org/10.4025/rbhranpuh.v6i18.22494