A "guerra" pelas Marias: conflito no campo religioso sul rio-grandense

  • Marta Rosa Borin UFSM
Palavras-chave: devoção mariana, poder, conflito

Resumo

O campo religioso sul rio-grandense, a partir dos anos de 1930, foi de tensões e conflitos em torno da disputa pela devoção mariana preponderante no Estado. Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças seria a preferida dos entre agentes sociais do clero diocesano em detrimento de outra devoção, a Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schöenstatt. Após o Concilio Vaticano II algumas práticas em torno destas devoções mudaram este perfil e elas se constituíram em objeto do turismo religioso, pois na nova mentalidade pós-conciliar a Igreja católica procurou envolver os leigos na evangelização, preferencialmente, para alcançar um catolicismo mais esclarecido em matéria de fé e religião. Na contramão dessa proposta a devoção mariana, enquanto piedade popular seria parte de um projeto mais amplo pela afirmação do catolicismo. 

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Biografia do Autor

Marta Rosa Borin, UFSM
Doutora em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS/ RS (2010); Professora do Departamento de Metodologia do Ensino/CE, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM/RS/Brasil; Professora do PPG em História e do PPG Profissionalizante em Patrimônio Cultural, UFSM/RS; membro do Grupo de Pesquisa História Platina: poder e instituições, UFSM/CNPq; GP Memória e Patrimônio, PPGH/UPF/CNPq e do GT História das Religiões e Religiosidades da ANPUH/RS
Como Citar
Borin, M. R. (1). A "guerra" pelas Marias: conflito no campo religioso sul rio-grandense. Revista Brasileira De História Das Religiões, 7(21), 33-45. https://doi.org/10.4025/rbhranpuh.v7i21.26576