As mulheres protestantes: educação e sociabilidades

  • Elizete da Silva Universidade Estadual de Feira de Santana
Palavras-chave: Mulheres, Protestantes, Sociabilidades, Representações

Resumo

A Reforma Protestante atraiu um significativo número de mulheres, resultante de uma inovação doutrinária, o sacerdócio universal do cristão que nivela homens e mulheres diante de Deus, comissionando-os igualmente para a vocação cristã, o serviço divino, estendido a todos os cristãos. A leitura e o estudo bíblico, no vernáculo, como uma necessidade do fiel protestante permitiu a muitas mulheres o acesso à leitura e uma forte motivação para que elas se alfabetizassem, permitindo a realização de atividades eclesiásticas e o exercício de práticas de sociabilidades. Com a publicação da Bíblia da Mulher no final do século XIX, organizadamente, passaram a reivindicar espaços e direitos. Entre os protestantes brasileiros, no que pese a ausência do pastorado feminino e o contexto social restritivo, muitas mulheres exerceram liderança e desempenharam atividades intelectuais em suas comunidades. Algumas foram eximias educadoras, musicistas e missionárias. Participavam da Escola Dominical e das sociedades femininas, as quais abrangiam as diversas faixas etárias.

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Biografia do Autor

Elizete da Silva, Universidade Estadual de Feira de Santana
Professora Titular Plena da Universidade Estadual de Feira de Santana. Doutora em História Social pela USP. Coordenadora do Centro de Pesquisas da Religião e Docente do Mestrado em História da UEFS. Autora de livros e artigos sobre a História do Protestantismo.
Como Citar
da Silva, E. (1). As mulheres protestantes: educação e sociabilidades. Revista Brasileira De História Das Religiões, 7(21), 161-190. https://doi.org/10.4025/rbhranpuh.v7i21.26581