Espiritismo fin de siècle: a inserção do Espiritismo no Rio Grande do Sul (1896-1898)

  • Sinuê Neckel Miguel UNICAMP

Resumo

O tema desse artigo é a inserção do Espiritismo no Rio Grande do Sul através do processo de constituição de uma identidade espírita, passando da condenação à legitimação no período que abarca, aproximadamente, a última década do século XIX. Para entender esse movimento, examinam-se, basicamente, as representações acerca da doutrina espírita produzidas no jornal A Gazetinha e as práticas dos espíritas nas suas relações com adversários e aliados. A fim de reconstituir essa teia de práticas e representações cruzam-se várias influências do contexto, tais como: o cientificismo fin de siècle; o movimento de higienização física e moral e a legislação do Rio Grande do Sul, com a questão da “liberdade de profissão”. Entende-se ainda que o caráter epistemologicamente inovador do Espiritismo lhe possibilitou atuar em várias “frentes de batalha”, nos campos da ciência e da religião. Daí resultou uma série de tensões, num processo de legitimação que encontrou dificuldades com médicos e católicos, e facilidades com maçons e a legislação positivista. 

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Biografia do Autor

Sinuê Neckel Miguel, UNICAMP

Bacharel em História pela UFRGS e mestrando em História Cultural na UNICAMP. 

Como Citar
Miguel, S. N. (1). Espiritismo fin de siècle: a inserção do Espiritismo no Rio Grande do Sul (1896-1898). Revista Brasileira De História Das Religiões, 2(4). https://doi.org/10.4025/rbhranpuh.v2i4.26730
Seção
ARTIGOS LIVRES