Espiritismo fin de siècle: a inserção do Espiritismo no Rio Grande do Sul (1896-1898)
Resumo
O tema desse artigo é a inserção do Espiritismo no Rio Grande do Sul através do processo de constituição de uma identidade espírita, passando da condenação à legitimação no período que abarca, aproximadamente, a última década do século XIX. Para entender esse movimento, examinam-se, basicamente, as representações acerca da doutrina espírita produzidas no jornal A Gazetinha e as práticas dos espíritas nas suas relações com adversários e aliados. A fim de reconstituir essa teia de práticas e representações cruzam-se várias influências do contexto, tais como: o cientificismo fin de siècle; o movimento de higienização física e moral e a legislação do Rio Grande do Sul, com a questão da “liberdade de profissão”. Entende-se ainda que o caráter epistemologicamente inovador do Espiritismo lhe possibilitou atuar em várias “frentes de batalha”, nos campos da ciência e da religião. Daí resultou uma série de tensões, num processo de legitimação que encontrou dificuldades com médicos e católicos, e facilidades com maçons e a legislação positivista.
Downloads
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 3.0 (CC BY 3.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.