A mesa do marrano: identidade e memória judaica no Brasil colonial

  • Edvaldo Sapia Gonçalves UEM
  • José Carlos Gimenez UEM
Palavras-chave: História das Religiões, História da Alimentação, Inquisição

Resumo

O recorte espaço-temporal deste estudo é Portugal e o Brasil Colônia entre os anos de 1497 e 1773, período em que houve a distinção religiosa que ficou conhecida como “cristão-novo”, utilizada para designar os judeus convertidos ao catolicismo e foi chamado de “marrano” aquele que de forma velada continuava a praticar o judaísmo. Com apoio em fontes primárias e secundárias, investiga-se a alimentação do cristão-novo no Brasil colonial, que aqui é considerada como suporte da identidade e memória judaica que esteve ligada ao surgimento de uma história do judaísmo em nosso país. Os resultados da pesquisa permitem demonstrar que o complexo sistema jurídico e inquisitorial, edificado pela Coroa Portuguesa e pela Igreja Católica, com o manifesto propósito de discriminar e perseguir os cristãos-novos, não foi suficiente para impedir a permanência de tradições e práticas alimentares do judaísmo, e que estas também não ficaram totalmente impermeáveis à assimilação de uma rica oferta de  novos alimentos e da diversidade cultural que o encontro de povos de diferentes origens pode mesclar.

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Biografia do Autor

Edvaldo Sapia Gonçalves, UEM
Discente do Curso de Especialização em História das Religiões: fundamentos para a pesquisa e o ensino e do Curso de Graduação em História (DHI/UEM). Docente do Departamento de Direito Privado e Processual (DPP/UEM). Mestre em Direito Civil (UEM)
José Carlos Gimenez, UEM
Docente do Departamento de História (DHI/UEM). Coordenador do Curso de Graduação em História (UEM)
Doutor em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Como Citar
Gonçalves, E. S., & Gimenez, J. C. (1). A mesa do marrano: identidade e memória judaica no Brasil colonial. Revista Brasileira De História Das Religiões, 2(5). https://doi.org/10.4025/rbhranpuh.v2i5.30156
Seção
ARTIGOS LIVRES