Lugares dos mortos na cristandade ocidental

  • Cláudia Rodrigues Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO
Palavras-chave: Lugares dos mortos, Mortos, Morte, Cristandade, Secularização

Resumo

Este artigo busca refletir sobre a forte associação entre morte e cristandade no
Ocidente, buscando identificar os lugares dos mortos nos diferentes sistemas de cristandade. Propõe-se aqui a viabilidade de se pensar numa certa vinculação entre determinadas atitudes e representações diante da morte e do morrer e o sistema de cristandade vigente em determinados contextos históricos, entre fins da Antiguidade tardia e o século XX, mais especificamente em países nos quais a Igreja romana exerceu hegemonia sobre a sociedade. Procura argumentar que,
enquanto predominou a modalidade “constantiniana”, os mortos faziam parte do cotidiano e a morte e foram instrumentos do projeto cristianizador. Quando este modelo de Cristandade recuou, diante da emergência da chamada “Cristandade pós-constantiniana” – na qual a Igreja não mais era braço do aparelho estatal –, os mortos tinham sido afastados da cidade dos vivos e a morte, ou melhor, o medo da morte não mais representava instrumento de pressão sobre a
consciência do cidadão.

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Biografia do Autor

Cláudia Rodrigues, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO
Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense. Professora Adjunta do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Jovem Cientista Nosso Estado/FAPERJ-2012. 

Como Citar
Rodrigues, C. (1). Lugares dos mortos na cristandade ocidental. Revista Brasileira De História Das Religiões, 5(15), 105-129. https://doi.org/10.4025/rbhranpuh.v5i15.30208