Lugares dos mortos na cristandade ocidental
Resumo
Este artigo busca refletir sobre a forte associação entre morte e cristandade noOcidente, buscando identificar os lugares dos mortos nos diferentes sistemas de cristandade. Propõe-se aqui a viabilidade de se pensar numa certa vinculação entre determinadas atitudes e representações diante da morte e do morrer e o sistema de cristandade vigente em determinados contextos históricos, entre fins da Antiguidade tardia e o século XX, mais especificamente em países nos quais a Igreja romana exerceu hegemonia sobre a sociedade. Procura argumentar que,
enquanto predominou a modalidade “constantiniana”, os mortos faziam parte do cotidiano e a morte e foram instrumentos do projeto cristianizador. Quando este modelo de Cristandade recuou, diante da emergência da chamada “Cristandade pós-constantiniana” – na qual a Igreja não mais era braço do aparelho estatal –, os mortos tinham sido afastados da cidade dos vivos e a morte, ou melhor, o medo da morte não mais representava instrumento de pressão sobre a
consciência do cidadão.
Downloads
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 3.0 (CC BY 3.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.