FÉ CEGA JUSTIÇA AMOLADA OS DISCURSOS DE CONTROLE SOBRE AS PRÁTICAS RELIGIOSAS AFROBRASILEIRAS NA REPÚBLICA (1889/1950)

  • Mario Teixeira de Sá Junior mariosa@ufgd.edu.br
Palavras-chave: História, Antropologia, Justiça, Religiões Afro-brasileira

Resumo

O presente artigo pretende contribuir no entendimento dos mecanismos que a nascente república brasileira construiu para limitar a laicização do Estado brasileiro contida nas Constituições a partir de 1891, mais especificamente em seu artigo 11 parágrafo 2. Em contra partida ao referido artigo surgem os códigos penais de 1890 e 1940, além de instituições públicas que procuraram impedir as práticas religiosas afro-brasileiras. Em seus discursos ora elas aparecem como não religiões, sendo seus participantes enquadrados como realizadores de animismos e fetichismos, ora como contraventores, ora como praticantes de medicina ilegal etc. Dessa forma, com o fim da escravidão e o nascimento da república, dentre os espaços de controle da imensa sociedade brasileira de afrodescendentes estarão presentes os órgãos do judiciário como cerceadores e desqualificadores dessas práticas. Essa pesquisa é um diálogo entre os campos teóricos da História Cultural e da Antropologia Cultural e teve como abordagem metodológica a análise dos códigos de lei do período analisado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mario Teixeira de Sá Junior, mariosa@ufgd.edu.br
Doutor em História pela UNESP (2008) com a Tese; Malungos do sertão: cotidiano, práticas mágicas e feitiçaria no Mato Grosso setecentista. Professor adjunto na UFGD/FADIR. Experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, da África Atlântica, dos Negros em Mato Grosso e História das Religiões Afro-brasileiras. Pesquisa nos seguintes temas: história, antropologia, educação, história das religiões afro-brasileiras (umbanda, práticas mágicas, feitiçaria).
Como Citar
de Sá Junior, M. T. (1). FÉ CEGA JUSTIÇA AMOLADA OS DISCURSOS DE CONTROLE SOBRE AS PRÁTICAS RELIGIOSAS AFROBRASILEIRAS NA REPÚBLICA (1889/1950). Revista Brasileira De História Das Religiões, 3(9). https://doi.org/10.4025/rbhranpuh.v3i9.30366