Luto, representação histórica e imaginário republicano em Redescobrindo o Brasil: a festa na política, de Marlyse Meyer e Maria Lucia Montes

  • Douglas Attila Marcelino UFMG
Palavras-chave: luto, representação histórica, imaginário republicano,

Resumo

Este artigo trata de temas como luto, imaginário republicano e representação histórica por meio da análise de Redescobrindo o Brasil: a festa na política, de Marlyse Meyer e Maria Lucia Montes. Publicado logo após a morte de Tancredo Neves, o livro das duas autoras estabelecia uma interpretação singular dos funerais do político mineiro. A representação do luto que se transformava em festa configurava uma espécie de inversão paradoxal do trágico, pela qual o ato final do enredo se tornava um momento inaugural, numa espécie de catarse que não funcionava como um reequilíbrio das coisas ou como retorno a uma situação de opressão após o castigo do destino. Representando o início de um novo ciclo, a morte de Tancredo aparecia como uma redescoberta do Brasil, materializada na festividade de um povo que se tornava sujeito de sua história e cuja identidade possuía traços idênticos aos do político mineiro.

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Biografia do Autor

Douglas Attila Marcelino, UFMG
Doutor em História Social pelo PPGH/UFRJ (2011), professor de Teoria da História e Historiografia do Depto. de História da UFMG e coordenador do PPGH/UFMG.
Publicado
2017-08-10
Como Citar
Marcelino, D. A. (2017). Luto, representação histórica e imaginário republicano em Redescobrindo o Brasil: a festa na política, de Marlyse Meyer e Maria Lucia Montes. Revista Brasileira De História Das Religiões, 10(29), 97-119. https://doi.org/10.4025/rbhranpuh.v10i29.33108
Seção
CHAMADA TEMÁTICA