A fabricação do medo: catolicismo, casamento civil e divórcio (Belém-PA, 1915)

Palavras-chave: Igreja Católica, casamento civil, medo, divórcio.

Resumo

O texto a seguir trata da fabricação do medo, em torno do enlace e do divórcio civis, elaborado pela Igreja Católica na cidade de Belém de 1915. Ela, sabedora da inexequibilidade de impedir a inserção laica em assunto como casamento e divórcio, passou a realizar campanhas difamatórias frente a esses institutos. Afirmava que o himeneu cartorial, de forma natural, conduzia ao divórcio, porque, aquele quando firmado diante de um juiz de casamento, Deus era automaticamente negado. Então, o princípio diretor deste artigo é o de propor, como interpretação alternativa, que o catolicismo belenense sobejamente utilizou o seu poder de influência coletiva para adentrar nos domínios psicológicos dos indivíduos, assim sendo, ele fez uso de ferramentas mentais para deslocar/desqualificar as funções da união cartorial e, dessa forma, impregnar a cultura do medo entre os sujeitos sociais.

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Biografia do Autor

Ipojucan Dias Campos, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Doutor em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professor Associado I da Faculdade de História da Universidade Federal do Pará (UFPA-IFCH). Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Publicado
2019-08-03
Como Citar
Campos, I. D. (2019). A fabricação do medo: catolicismo, casamento civil e divórcio (Belém-PA, 1915). Revista Brasileira De História Das Religiões, 12(35). https://doi.org/10.4025/rbhranpuh.v12i35.48414