Revista Brasileira de História das Religiões https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh <p>A Revista Brasileira de História das Religiões, ISSN<a href="https://portal.issn.org/resource/ISSN/1983-2850#"> 1983-2850</a> (on-line), é publicada quadrimestralmente pela Universidade Estadual de Maringá. &nbsp;A revista publica textos originais de temáticas vinculadas à história das religiões, prezando pelo diálogo com as diversas áreas do saber, como Sociologia, Antropologia, Teologia, Filosofia, Geografia e Literatura, entre outras. Revista indexada em:<strong>&nbsp;</strong>Portal de Periódicos da CAPES;&nbsp;Latindex;&nbsp;DOAJ - Directory of Open Access Journals;&nbsp;ANPUH – Associação Nacional de História;&nbsp;EZB Eletronic Journals Library&nbsp;</p> ANPUH pt-BR Revista Brasileira de História das Religiões 1983-2850 <p><strong>DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS</strong></p> <p>Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.</p> <p>Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 3.0 (CC BY 3.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (<em>remix</em>, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.&nbsp;</p> <p>Recomenda-se a leitura&nbsp;<a href="https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/">desse link</a>&nbsp;para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.</p> <div>&nbsp;</div> Apresentação https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh/article/view/70878 <p>A Revista Brasileira de História das Religiões entrega ao público leitor o seu 48º número em seu 16º ano, com artigos originais e inéditos com temáticas ligadas à História das Religiões, mantendo um diálogo interdisciplinar com as diferentes áreas do conhecimento. A RBHR está vinculada ao GT-ANPUH de História das Religiões e Religiosidades, desde o seu início em 2008, garantindo, assim, não somente aos pesquisadores e pesquisadoras ligadas ao GT, um espaço para publicações de qualidade para a comunidade acadêmica que trabalha o fenômeno religioso como <em>objeto</em>.</p> <p>Esta é uma edição com significativa importância histórica para a História das Religiões no Brasil. Com este número, encerra-se um ciclo da RBHR e inicia-se um outro, em continuidade à proposta e à vocação originais da revista. Uma nova Equipe Editorial assumiu, desde março de 2023, a responsabilidade da editoração da revista, que ainda está sediada no servidor atual da UEM. No entanto, a partir do próximo número 49, volume 17, a revista estará sediada no servidor da UFMA, com uma nova roupagem, apresentação e praticidade.</p> Lyndon de Araújo Santos Copyright (c) 2023 Lyndon de Araújo Santos (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-31 2023-12-31 16 48 10.4025/rbhranpuh.v17i48.70878 Historicismo versus Fenomenologia https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh/article/view/70432 <p>A forma de se estudar um objeto é particular de um dado momento histórico e espacial que, futuramente – e em outro dado contexto – será esse modelo passível de críticas que o lapidarão tencionando um progresso científico. Com o fenômeno religioso é igual. O presente artigo se propõe a discutir a suposta binaridade no estudo da religião, se utilizando da metodologia proposta por Adone Agnolin que defendia uma lógica diametralmente oposta entre o historicismo e a fenomenologia para propor uma nova abordagem metodológica para o estudo da religião: o método histórico-comparativo. No entanto, ao se utilizar da própria teoria de Mircea Eliade – um dos principais expoentes da fenomenologia – para o estudo do fenômeno religioso, notamos que ele já preconizava há muito uma metodologia que conciliava o que propunha Raffaele Pettazzoni, criador da Escola que Agnolin fora pupilo e que, inclusive, fora influenciado metodologicamente pela teoria de Eliade.</p> Diego Fontes de Souza Tavares Copyright (c) 2023 Diego Fontes (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-31 2023-12-31 16 48 10.4025/rbhranpuh.v17i48.70432 Tratados de magia atribuídos a Salomão: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh/article/view/69701 <p>Este artigo aborda a difusão de grimórios atribuídos ao Rei Salomão na Europa dos séculos XVI-XVIII. A partir da censura imposta a estes tratados de “magia salomônica” – amplamente conhecidos na Idade Média – pela Contrarreforma, analisamos a difusão da <em>Clavicula Salomonis</em> e da <em>Ars Notoria</em> por meio de manuscritos contrabandeados em meio à expansão dos impressos na Época Moderna. Examinamos os conteúdos destes grimórios à luz da bibliografia especializada e de processos inquisitoriais, transitando entre a história dos livros e a história das religiões. Procuramos demonstrar que estes escritos pseudopigráficos, atribuídos pela tradição ao lendário Rei Salomão, possuem influências não apenas astro-mágicas, mas também cabalísticas.</p> Daniel Precioso Copyright (c) 2023 Daniel Precioso (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-31 2023-12-31 16 48 10.4025/rbhranpuh.v17i48.69701 O culto às relíquias e os milagres atribuídos a Roque González, “mártir” e “herói” de Caaró https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh/article/view/70370 <p>O artigo investiga a veneração dos restos mortais e os milagres creditados à intervenção do padre Roque González, missionário jesuíta “martirizado” em 1628, na redução de Caaró. Os primeiros milagres teriam ocorrido logo após a morte do missionário e, segundo as narrativas jesuíticas, testemunhado por vários guaranis. No século XX, depois da beatificação, em 1934, curas milagrosas reconhecidas pela igreja foram registradas na Argentina e no Rio Grande do Sul. A pesquisa é qualitativa, com o emprego das técnicas bibliográfica e documental. Interpretamos os primeiros “milagres” ocorridos no século XVII como expressões do ambiente de intenso apelo ao sobrenatural estimulado pelos missionários nas reduções, e as curas milagrosas como manifestações da devoção popular às celebrações do tricentenário do martírio e à beatificação, na primeira metade do século XX.</p> <p>&nbsp;</p> Paulo Rogério Melo de Oliveira Copyright (c) 2023 Paulo Rogério Melo de Oliveira (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-25 2023-12-25 16 48 10.4025/rbhranpuh.v16i47.70370 "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh/article/view/69909 <p>o artigo se concentra na exposição e análise de uma doutrina da Igreja Adventista do Sétimo Dia, formatada com base no texto enigmático encontrado no livro de Daniel, capítulo 8, versos 13-14, o qual foi interpretado nos moldes do que hoje se denomina Teoria do Exílio. A pregação desta mensagem foi responsável pelo episódio conhecido intramuros como “O Grande Desapontamento”, ocorrido em 22 de outubro de 1844; uma espera frustrada da Segunda Vinda de Jesus. Este manuscrito parte da provocação de Jacques Le Goff que classifica os Adventistas do Sétimo Dia como um grupo milenarista da restituição. A pesquisa teve como base periódicos não vinculados à instituição adventista; bem como, um livro cujo título instigante: Descortinando o Adventismo, nos remete a uma visa crítica do Adventismo. Apresenta-se, como interpretação alternativa a chamada Teoria Macabéia, que analisa o referido texto no quadro da Revolta dos Macabeus (168-165 a.C.).</p> <p>&nbsp;</p> Ismael Fuckner Copyright (c) 2023 Ismael Fuckner (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-31 2023-12-31 16 48 10.4025/rbhranpuh.v17i48.69909 O reconhecimento da independência e do império do Brasil pela Santa Sé https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh/article/view/67741 <p>Este artigo apresenta as políticas e as estratégias do governo brasileiro para obter, junto a Santa Sé, o reconhecimento da independência e do Império do Brasil e regularizar os negócios eclesiásticos. Para tal, analiso os documentos que nortearam a missão diplomática enviada a Roma, em 1824, comandada pelo monsenhor Francisco Corrêa Vidigal, tais como o decreto de nomeação, as credenciais, as instruções, além das recomendações e conselhos. As diretrizes do governo defendiam a sobreposição do poder temporal sobre o espiritual, a fim de legitimar as intervenções do poder civil e combater e esvaziar o poder dos pontífices. Pretende-se contribuir para os estudos sobre os primeiros anos das atividades diplomáticas do Brasil, assim como para o entendimento da política externa, da formação do pensamento católico e da construção do Estado Nacional.</p> Jérri Roberto Marin Copyright (c) 2023 Jérri Roberto Marin (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-31 2023-12-31 16 48 10.4025/rbhranpuh.v17i48.67741 Prensa do tempo https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh/article/view/70206 <p>O estudo analisa parte da vida do migrante português, Antônio Albuquerque Lisbôa, nascido na cidade portuguesa de Cantanhede que, em 1874, fixou residência no Pará. Suas certezas, em face aos significados religiosos, mudaram substantivamente a partir de 1871 com a morte dos seus pais, pois, perante o fato, o antes luterano convicto, pôs-se a manufaturar concepções nada crentes acerca de Deus e de Jesus e, depois da chegada ao Estado do Pará, Nossa Senhora de Nazaré e da Conceição passaram a ser alvos das suas descrenças. Assim sendo, a fundamentação aqui apresentada se concentrou na tese de que Antônio esteve envolto ao que denominei de prensa do tempo, ou seja, para a conversão da sua mentalidade religiosa, a compressão advinda das mortes dos genitores exerceu forte influência no desprezo de Deus e de Jesus quer na qualidade de superiores, quer na de gerenciadores do ser humano e do mundo.</p> Ipojucan Dias Campos Copyright (c) 2023 Ipojucan Dias Campos (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-25 2023-12-25 16 48 10.4025/rbhranpuh.v16i47.70206 Fascismo e Nazismo nas páginas de A Ordem https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh/article/view/69709 <p align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">O presente artigo tem por objetivo analisar as maneiras através das quais a revista </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>A Ordem </em></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">tratou dos temas relacionados ao fascismo e ao nazismo. Tomando por base um periódico de alta relevância para o mundo católico brasileiro, a análise busca apreender as formas como as demandas deste mundo foram pensadas em relação aos regimes italiano e alemão. O objetivo aqui é recuperar um dos meios pelos quais a discussão entre catolicismo e fascismo apareceu no Brasil, com suas consequentes tensões e embates, além de suas variações ao longo do tempo. Tendo em vista esta finalidade, o texto aborda o período compreendido entre o ano de 1929, quando Mussolini e Pio XI assinam o Pacto de Latrão, e o ano de 1939, quando as alianças entre Itália e Alemanha alteram substancialmente o panorama interpretativo. Ao final, espero evidenciar as complexidades e nuances que orientaram as interpretações de católicos brasileiros frente ao nazifascismo. </span></span></p> Thiago Amado Copyright (c) 2023 Thiago Amado (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-31 2023-12-31 16 48 10.4025/rbhranpuh.v17i48.69709 A presentificação dos mitos antigos no neopaganismo https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RbhrAnpuh/article/view/70438 <p>O neopaganismo é um fenômeno religioso que tem crescido no mundo após a década de 1970. No Brasil, essa religião chegou na década de 1980 e tem se expandido desde então, principalmente por meio da relação mitológica entre natureza divina e seres humanos. A valorização da natureza enquanto divina, o uso do passado antigo e o crescente sentimento de pertencer a uma religião que valoriza e confere representatividade ao feminino foram alguns dos elementos principais para o crescimento do número de adeptos. Nesse sentido, é a relação entre a natureza divina e a mitologia antiga que nos interessa particularmente. Nosso objetivo neste artigo, portanto, é analisar como a natureza é compreendida enquanto divina por meio das presentificações de passado mitológico alegorizadas no discurso de Starhawk em sua obra <em>A dança cósmica das feiticeiras.</em></p> Daniel Lula Costa Copyright (c) 2023 Daniel Lula Costa (Autor) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-31 2023-12-31 16 48 10.4025/rbhranpuh.v17i48.70438