FEOCROMOCITOMA EM PEQUENOS ANIMAIS

  • Deborah Luiza Mendes de Queiroz uece
  • Giselle Nogueira Guedes Arruda uece
  • Paulo Victor Alves Lourenço uece
  • Yara Pereira Diógenes uece
  • Maressa Holanda dos Santos UECE
  • Leonardo Alves Rodrigues Cabral uece
  • paula priscila correia costa universidade estadual do ceará
Palavras-chave: feocromocitoma, neoplasia, cães, medula adrenal, diagnóstico.

Resumo

O feocromocitoma é uma neoplasia endócrina rara, do sistema nervoso simpático, com origem nas células cromafins da medula adrenal e produtor de catecolaminas. O diagnóstico ante mortem é complexo e raro, exigindo um alto índice de suspeita por parte dos médicos veterinários, devido à natureza paroxística e inespecífica dos sinais clínicos assim como à presença de doenças concomitantes e ainda carência de meios de diagnóstico específicos e sensíveis em cães. Como resultado de potenciais consequências fatais, o diagnóstico precoce é essencial de forma a garantir qualquer possibilidade de sobrevivência do animal. Essa neoplasia pode se apresentar de maneira unilaterais ou bilaterais, funcionais ou não-funcionais, de carácter benigno ou maligno. Nos cães, as maiorias destes tumores apresentam-se unilaterais, e apenas cerca de 10% são bilaterais. Os sinais clínicos associados aos feocromocitomas resultam do excesso de catecolaminas libertadas, do efeito de massa e invasão local pelo tumor e da presença de metástases, sendo o excesso de secreção de catecolaminas o principal responsável pelo quadro clínico. Cerca de 50% dos cães afetados permanecem assintomáticos, sendo que, nestes pacientes, o diagnóstico ocorre de forma acidental durante a necrópsia, durante a exploração de outras afeções ou durante uma intervenção cirúrgica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Deborah Luiza Mendes de Queiroz, uece
aluno de graduação em medicina veterinária
Giselle Nogueira Guedes Arruda, uece
aluno de graduação em medicina veterinária
Paulo Victor Alves Lourenço, uece
aluno de graduação em medicina veterinária
Yara Pereira Diógenes, uece
aluno de graduação em medicina veterinária
Maressa Holanda dos Santos, UECE
aluna de mestrado em ciências veterinárias
Leonardo Alves Rodrigues Cabral, uece
estudante de mestrado em ciências veterinárias
paula priscila correia costa, universidade estadual do ceará
estudante de doutrado de faramcologia ufc. professora de clinica de pequenos animais -UECE.

Referências

BAILEY, D., & PAGE, R. (2007). Tumors of the Endocrine System. Em S. Withrow, & D. Vail (Edits.), Withrow & MacEwen's Small Animal Clinical Oncology (pp. 584-592). St. Louis, Missouri: SAUNDERS ELSEVIER.

BARTHEZ, P. Y., Marks, S. L., Woo, J., FELDMAN, E. C., & Matteucci, M. (1997). Pheochromocytoma in dogs: 61 cases (1984-1995). Journal of Veterinary Internal Medicine / American College of Veterinary Internal Medicine, 11(5), 272–278.

BARTHEZ, P. Y., Nyland, T. G., & FELDMAN, E. C. (1998). Ultrasonography of the adrenal glands in the dog, cat, and ferret. The Veterinary Clinics of North America. Small Animal Practice, 28(4), 869–885.

Berzon JL: A metastatic pheochromocytoma causing progressive paraparesis in a dog. Vet Med Small Anim Clin 76(5):675–679, 1981.

BOSTON, S. Adrenal Mass in a Dog. Clinician’s Brief. p 77-80. Florida, 2014.

BOUAYAD H, Feeney DA, Caywood DD, et al: Pheochromocytoma in dogs: 13 cases (1980–1985). JAVMA 191(12): 1610–1615, 1987.

BROWN, A. J., Alwood, A. J., & Cole, S. G. (2007). Malignant pheochromocytoma presenting as a bradyarrhythmia in a dog. Journal of Veterinary Emergency and Critical Care, 17(2), 164–169.

CAPEN C. C. (2002). Tumors of the endocrine glands. In: D.J. Meuten (Ed.), Tumors in Domestic Animals. (4th ed.) (pp. 632-638). Iowa: Iowa State Press.

CHUN R, Jakovljevic S, Morrison WB, et al: Apocrine gland adenocarcinoma and pheochromocytoma in a cat. JAAHA 33:33–36, 1997.

DEGRITZ BG: Hereditary caprine phaeochromocytoma. J Vet Med 44:313–316, 1997.

DIANA, S.R. Diagnostic Imaging in canine phechromocytoma. Vet. Radiol. Ultras., 41:499-506, 2000.

Edmondson, E., Bright, J., Halsey, C., & Ehrhart, E. (2015). Pathologic and Cardiovascular Characterization of PheochromocytomaAssociated Cardiomyopathy in Dogs. Veterinary Pathology, 52(2), 338–343.

FELDMAN EC, NELSON RW: Canine and Feline Endocrinology and Reproduction. Philadelphia, WB Saunders Co, 1996, PP 306–321.

GALAC, S., REUSCH, C. E., Kooistra, H. S. & Rijnberk, A. (2010). Adrenals. In H.S. Kooistra & A. Rijnberk (Eds.), Clinical Endocrinology of Dogs and Cats. (2th ed.) (pp. 93-140). Hanover: Schlütersche Verlagsgesellschaft mbH & Co.

GILSON, S. D., Withrow, S. J., WHEELER, S. L., & Twedt, D. C. (1994). Pheochromocytoma in 50 dogs. Journal of Veterinary Internal Medicine / American College of Veterinary Internal Medicine, 8(3), 228–32.

HERRY CJ, Brewer WG, Montgomery RD, et al: Adrenal pheochromocytoma. J Vet Intern Med 7(3):199–201, 1993.

HERRERA, M. A., Mehl, M. L., Kass, P. H., Pascoe, P. J., FELDMAN, E. C., & NELSON, R.W. (2008). Predictive factors and the effect of phenoxybenzamine on outcome in dogs undergoing adrenalectomy for pheochromocytoma. Journal of Veterinary Internal Medicine / American College of Veterinary Internal Medicine, 22(6), 1333–9.

JHONSON PH, Goetz TE, Foreman JH, et al: Pheochromocytoma in two horses. JAVMA 206(6):837–841, 1995.

KAKOKI, K., Miyata, Y., Shida, Y., Hakariya, T., Takehara, K., Izumida, S., Sekino, M., Kinoshita, N., Igawa, T., Fukuoka, J. & Sakai, H. (2015). Pheochromocytoma multisystem crisis treated with emergency surgery: a case report and literature review. BMC Research Notes, 8(758), 1-5.

KYLES, A. E., FELDMAN, E. C., De Cock, H. E. V, Kass, P. H., Mathews, K. G., Hardie, E. M., NELSON, R. W., Ilkiw, J. E., Gregory, C. R. (2003). Surgical management of adrenal gland tumors with and without associated tumor thrombi in dogs: 40 cases (1994-2001). Journal of the American Veterinary Medical Association, 223(5), 654–62.

Locke-Bohannon, L. G., MAULDIN, G. E. (2001). Canine Pheochromocytoma: Diagnosis and Management. Compendium on Continuing Education for the Practicing Veterinarian, 23 (9), 807-815

LOSTE, A., Borobia, M., Borobia, M., Lacasta, D., Carbonell, M., Basurco, A. & Marca, M. C. (2013). Adrenal gland tumours . Different clinical presentations in three dogs : a case report, Veterinarni Medicina, 58(3), 377–384.

MAHER Jr ER: Pheochromocytoma in the dog and cat: Diagnosis and management. Semin Vet Med Surg 9(3):158–166, 1994.

MAHER, E. R., & MCNIEL, E. A. (1997). Pheochromocytoma in dogs and cats. The Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 27(2), 359–380.

MANGER WM, Gifford Jr RW. Hypertension secondary to pheochromocytoma. Bull NY Acad Med 1982; 5 8 : 1 3 9 - 5 8 .

MCGAVIN MD, WW Carlton, JF Zachary: 2001. Thompson's Special Veterinary Pathology, 3rd ed. St. Louis: Mosby

MCNIEL, E., HUSBANDS, B.D. (2005). Pheocromocytoma. In: S.J. Ettinger & E.C. FELDMAN (Eds.), Textbook of Veterinary Internal Medicine. (6th ed.) (pp.1632-1638). Missouri: Elsevier.

MELICOW MM. One hundred cases of pheochromocytoma (107 tumors) at the Columbia-Presbyterian Medical Center. Cancer 1977;40:1987-2004.

MELIÁN, C. (2012). Investigation of Adrenal Masses. Em C. Mooney, & M. Peterson (Edits.), BSAVA Manual of canine and feline endocrinology (pp. 272-277). Philadelphia: BSAVA.

Out, G. (1989) Pheochromocytoma in Dogs: A retrospective study of nine cases (1981-1987). The Canadian veterinary journal, 30(6), 526-527.

Platt SR, Sheppard BJ, Graham J, et al: Pheochromocytoma in the vertebral canal of two dogs. JAAHA 34:365–371, 1998.

RIOS, A. A.M.; AGUILAR, B.J.; MENDEZ, A.R.E. Feocromocitoma. Informe de um caso clínico. Rev. AMMVEPE, v.10, p.90-92, 1999.

REUSCH, C.E. (2015). Pheochromocytoma and Multiple Endocrine Neoplasia. In: E.C. FELDMAN & R.W. NELSON (Eds.), Canine and Feline Endocrinology. (4th ed.) (pp. 521-546). Missouri: Elsevier

ROSA, C., SHOEMAN, J. P., & DVIR, E. (2012). Budd-Chiari-like syndrome associated with a pheochromocytoma invading the right atrium in a dog. Israel Journal of Veterinary Medicine, 67(3), 180–185.

SALESOV, E., Boretti, F. S., Sieber-Ruckstuhl, N. S., Rentsch, K. M., Riond, B., HofmannLehmann, R., Kircher, P. R., Grouzmann, E. & REUSCH, C. E. (2015). Urinary and plasma catecholamines and metanephrines in dogs with pheochromocytoma, hypercortisolism, nonadrenal disease and in healthy dogs. Journal of Veterinary Internal Medicine / American College of Veterinary Internal Medicine, 29(2), 597–602.

SANTAMARINA, G., Espino, L., Vila, M., Lopez, M., Alemañ, N. & Suarez, M. L. (2003). Aortic Thromboembolism and Retroperitoneal Hemorrhage Associated with a Pheochromocytoma in a Dog. Journal of Veterinary Internal Medicine, 17, 917-922.

Schaer M: Pheochromocytoma in a dog: A case report. JAAHA 16:583–587, 1980.

SCOTT-MONCRIEFF, J. (2011). Endocrine tumours. Em J. Dobson, & B. Lascelles (Edits.), BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology (pp. 309- 328). Gloucester: BSAVA.

SEIXAS, R; ALHO, A. (2013). Adrenal Incidentaloma Diagnosed as a Pheochromocytoma in a fifteen-year-old Dog - An unexpected finding with deadly consequences. Pakistan Veterinay Journal, 33(4), 532–534.

Twedt DC, Tilley LP, Ryan WW, et al: Pheochromocytoma in the canine. Grand Rounds 11:491–496, 1975.

Twedt DC, WHEELER SL: Pheochromocytoma in the dog. Vet Clin North Am Small Anim Pract 14(4):767–782, 1984.

WHEELER SL: Canine pheochromocytoma, in Bonagura JD (ed): Kirk’s Current Veterinary Therapy. Philadelphia, WB Saunders Co, 1986, pp 977–981.

Publicado
2018-03-01
Como Citar
Mendes de Queiroz, D. L., Guedes Arruda, G. N., Alves Lourenço, P. V., Diógenes, Y. P., dos Santos, M. H., Rodrigues Cabral, L. A., & correia costa, paula priscila. (2018). FEOCROMOCITOMA EM PEQUENOS ANIMAIS. Revista De Ciência Veterinária E Saúde Pública, 4(2), 166-175. https://doi.org/10.4025/revcivet.v4i2.36376
Seção
Artigo de revisão (à convite do corpo editorial)