DIOCTOPHYMA RENALE EM TESTÍCULO DE CÃO NO MUNICÍPIO DE CURITIBANOS, SC, BRASIL – RELATO DE CASO
Resumo
Dioctophyma renale, é o maior nematódeo parasita de animais domésticos, é chamado de “o verme gigante do rim. O seu ciclo de vida é incompleto e heteroxêmico, apresentando como hospedeiros definitivos os canídeos e, raramente, os bovinos, os equinos, os suínos, os gatos, alguns animais silvestres e o homem. Como hospedeiro intermediário (HI) tem anelídeos oligoquetas (Lumbriculus variegatus), que parasitam brânquias de crustáceos. Ainda pode ter hospedeiros paratênicos ou acidentais (HP) como rãs ou peixes. Sendo que o
hospedeiro definitivo se infecta através da ingestão de hospedeiros intermediários ou paratênicos, e estes através dos ovos eliminados na urina do hospedeiro definitivo. O parasito é encontrado frequentemente no rim direito, porém pode ser observado em rim esquerdo, em tecido subcutâneo, livre na cavidade abdominal, em glândula mamária, em cavidade torácica, em ureteres, em bexiga e mais raramente em testículo de cão. Foi recebido para orquiectomia eletiva na Clínica Veterinária Toca dos Bichos, em Curitibanos, SC, um cão, macho, de aproximadamente dois anos de idade, sem raça definida, pesando 10,5kg. O tutor informou que recolheu o animal da rua há aproximadamente um ano. Durante o procedimento cirúrgico, foi observado que o testículo esquerdo estava alterado, com menor tamanho e consistência amolecida em relação ao testículo direito. Ao incidir a cápsula externou-se o verme, havendo intensa destruição do parênquima testicular e conteúdo sanguinolento no interior da mesma. O tutor foi orientado à realização de exames complementares para diagnosticar o parasitismo em outros órgãos do animal, bem como realizar exame nos outros animais que possui.
Downloads
Referências
ARNÁ, G.M; VASCONCELLOS, A.L.L; VIEIRA, D.L; CASTRO, L.L.D; MOLENTO, M.B. DIOCTOFIMOSE EXTRA-RENAL EM CÃES – Relato de Caso. In: CONGRESSO BRAS. DE MEDICINA VETERINÁRIA, 42., 2015, Curitiba, Pr. Anais... . Curitiba, Pr: Infoteca, 2015. p. 1620 - 1623. Disponível em: <http://www.infoteca.inf.br/conbravet/smarty/templates/arquivos_template/upload_arquivos/acervo/600.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2017
ALVES, L.C; TEIXEIRA, M.A.C.; QUEIROLO, M.T.C.; WITZ, M.I.; JESUS, J.R.; PORTO, C.G.; MARQUES, R. Diagnóstico por ultra-som de dioctophyma renale em cães. Veterinária em Foco, v. 1, n. 1, p. 35-41, 2003.
ARANTES, L.; SANTOS, R.S. DIOCTOFIMOSE CANINA NO HOSPITAL
ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE
ITAJUBÁ-FEPI–RELATO DE DOIS CASOS. Revista Científica da FEPI, v. 4, 2012.
BARR, S.C. Verme Renal (Dioctophyma renale). In: BARR, Stephen C.; BOWMAN, Dwight D.. Doenças Infecciosas e Parasitárias em Cães e Gatos: Consulta em 5 minutos. Rio de Janeiro, Rj: Revinter Ltda, 2010. Cap. 103. p. 533-535. Tradução Maria Eugênia Laurito Summa.
BOAVENTURA, F. INVESTIGAÇÃO SOBRE A PREVALÊNCIA DE
Dioctophyma renale NA POPULAÇÃO CANINA EM CURITIBA E REGIÃO
METROPOLITANA. 2016. 56 f. TCC (Graduação) - Curso de Zootecnia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Pr, 2016.
COLPO, C.B.; SILVA, A.S.; MONTEIRO, S.G.; STAINKI, D.R.; CAMARGO, D.G.; COLPO, E.T.B. Ocorrência de Dioctophyma renale em cães no município de Uruguaiana-RS. Revista da FZVA, v. 14, n. 2, 2007.
COSTA, F.; PIZZI, G.M.; FARIA, V.P.; SOUZA, L.M.; SILVA, I.C.; GENTIL, L.F.P. DIOCTOPHYMA RENALE (GOEZE, 1782) EM BOLSA ESCROTAL DE CÃO ERRANTE NO MUNICÍPIO DE DESCALVADO, SP, BRASIL. In: COMBRAVET, 38., 2011, Florianópolis, Sc. Anais... . Florianópolis, Sc: Sovergs, 2011. p. 1 - 3. Disponível em: <http://www.sovergs.com.br/site/38conbravet/resumos/629.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2017.
FERREIRA, V.L.; MEDEIROS, F.P.; JULY, J.R.; RASO, T.F. Dioctophyma renale in a dog: Clinical diagnosis and surgical treatment. Veterinary parasitology, v. 168, n. 1, p. 151-155, 2010.
FORTES, E. Família DIOCTOPHYMOIDEA: Gênero Dioctophyma. In: FORTES, Elinor. Parasitologia Veterinária. 4. ed. São Paulo, Sp: Ícone Editora Ltda, 2004. Cap. 3. p. 370-373.
FRANCO, P.A.; ANDRADE, A.L.S.; ALÉSSIO, B.C.; LOUBET, S.; MARTINS, A.M.Q. INFECÇÃO EXTRARENAL DE DIOCTOPHYMA RENALE (GOEZE, 1782) EM GATO DE CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SULRELATO DE CASO. In: CONGRESSO BRASILEIRO DA ANCLIVEPA - CBA2013, 34., 2013, Natal,RN. Anais... . Natal: Anclivepa, 2013. p. 278 - 281. Disponível em: <http://www.infoteca.inf.br/anclivepa/smarty/templates/arquivos_template/upload_arquivos/docs/ANC13090.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2017.
ISHIZAKI, M.N.; IMBELONI, A.A.; MUNIZ, J.A.; SCALERCIO, S.R.; BENIGNO, R.N.; PEREIRA, W.L.; CUNHA LACRETA JUNIOR, A.C. Dioctophyma renale (Goeze, 1782) in the abdominal cavity of a capuchin monkey (Cebus apella), Brazil. Veterinary parasitology, v. 173, n. 3, p. 340-343, 2010.
KOMMERS, G.D; DA SILVA ILHA, M.R; LOMBARDO DE BARROS, C.S. Dioctofimose em cães: 16 casos. Cienc. Rural, v. 29, n. 3, 1999.
LEITE, L. C.; CÍRIO, S.M.; DINIZ, J.M.F.; LUZ, E.; NAVARRO-SILVA, M.A; SILVA, A.W.C.; LEITE, S.C.; ZADOROSNEI, A.C.; MUSIAT, K.C.; VERONESI, E.M.; PEREIRA, C.C. LESÕES ANATOMOPATOLÓGICAS PRESENTES NA INFECÇÃO POR DIOCTOPHYMA RENALE (GOEZE, 1782) EM CÃES DOMÉSTICOS (CANIS FAMILIARIS,) LINNAEUS, 1758. Archives of Veterinary Science, v. 10, n. 1, 2005.
da LUZ, C.G. Levantamento clínico e epidemiológico de casos de parasitismo por Dioctophyma renale (goeze, 1782) em cães da região de Porto Alegre/RS. 2012.
MAIA, V.C.C.; VIEIRA, S.L.; OLIVEIRA, P.C.; CAMPOS, F.S.; HORTA, V.; da VEIGA, C.C.P.Dioctofimose inguinal em cão-relato de caso. Veterinária e Zootecnia, v. 19, n. 1, p. 86-88, 2012.
MONTEIRO, S.G.; SALLIS, E.S.V.; STAINKI, D.R. Infecção natural por trinta e quatro helmintos da espécie Dioctophyma renale (Goeze, 1782) em um cão. Revista da FZVA, v. 9, n. 1, 2002.
PEDRASSANI, D. ASPECTOS MORFOLÓGICOS, IMUNOLÓGICOS E
EPIDEMIOLÓGICOS DO Dioctophyme renale EM CÃES NO DISTRITO DE SÃO CRISTÓVÃO, TRÊS BARRAS, SANTA CATARINA. 2009. 118 f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina Veterinária., Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp, Jaboticabal, Sp, 2009.
PEREIRA, B.J.; GIRARDELLI, G. L..; TRIVILIN, L.O.; LIMA, V. R.; DE C. NUNES, L.; MARTINS, I.V.F. Ocorrência de dioctofimose em cães do município de Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, Brasil, no período de maio a dezembro de 2004. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 15, n. 3, p. 123-125, 2006.
REGALIN, B.D.C.; TOCHETO, R.; COLODEL, M.M.; CAMARGO, M.C.; GAVA, A.; OLESKOVICZ, N. Dioctophyma renale em testículo de cão. Acta Scientiae Veterinariae, [S.l.], v. 44, p. 01-04, feb. 2016. ISSN 1679-9216. Disponível em: <http://revistas.bvs-vet.org.br/actascivet/article/view/31797>. Acesso em: 09 nov. 2017.
SOUSA, A.R.R.; SOUSA, A.A.S.; COELHO, M.C.O.C.; QUESSADA, A.M.; MENDES de FREITAS, M.V.; MORAES, R.F.N. Dioctofimose em cães. Acta Scientiae Veterinariae, v. 39, n. 3, 2011.
SAMUELL, C. A.; FUSÉ, L. A.; SAN ROMÉ, C. A. Un caso de Dioctophyme renale en glandula mamária de perra. Rev. Med. Vet.(Buenos Aires), v. 71, p. 162-164, 1990.
SILVEIRA, C.S.; DIEFENBACH, A.; MISTIÉRI, M.L.; MACHADO, I.R.L.; ANJOS, B.L. Dioctophyma renale em 28 cães: aspectos clinicopatológicos e ultrassonográficos. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 35, n. 11, p. 899-905, 2015.
TAYLOR, M.A.. Parasitas de cães e gatos: Parasitas do sistema reprodutor/urogenital. In: TAYLOR, M.A.; COOP, R.L.; R.L.WALL. Parasitologia Veterinária. 3. ed. Rio de Janeiro, Rj: Guanabara Koogan, 2010. Cap. 6. p. 363-364. Tradução de: Veterinary parasitology, 3rd
ed.
VEROCAI, G.G.; MEASURES, L.N.; AZEVEDO, F.D.; CORREIA, T.R.; FERNANDES, J.I.; SCOTT, F.B. Dioctophyme renale (Goeze, 1782) in the abdominal cavity of a domestic cat from Brazil. Veterinary parasitology, v. 161, n. 3, p. 342-344, 2009.
VIEIRA, E.G.; ARAÚJO, G.V.B.; TOLOMEU, A.L.G.; CARDOSO, V.A.F.X.; MENDES, A.L.P.; MACHADO, J.P. INFECÇÃO POR DIOCTOPHYMA RENALE COM LOCALIZAÇÃO LIVRE EM CAVIDADE ABDOMINAL DE LOBO-GUARÁ (CHRYSOCYON BRACHYURUS)-RELATO DE CASO. ANAIS SIMPAC, v. 6, n. 1, 2016.
ZABOTT, M.V.; PINTO, S.B.; VIOTT, A.M.; TOSTES, R.A.; BITTENCOURT, L.H.F.B.; KONELL, A.L.; GRUCHOUSKEI, L. Occurrence of Dioctophyma renale in Galictis cuja. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 32, n. 8, p. 786-788, 2012.