AVALIAÇÃO DO TEMPO PARA CONTAMINAÇÃO MICROBIANA EM FRASCO-AMPOLA DE PROPOFOL

  • Ricardo Antonio Pilegi Sfaciotte
  • Heitor Tatsuo Kawase
  • Laís de Matos Malavasi
  • Vanessa Kelly Capoia Vignoto . Bióloga, técnica do Laboratório de Microbiologia Animal, Universidade Estadual de Maringá – UEM
  • Gisela Cristiane Ferraro Médica Veterinária Autônoma
  • Mauro Henrique Bueno Camargo Professor Adjunto do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá - UEM
  • Maria José Baptista Barbosa Professora Associada do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá - UEM
  • Rejane Machado Cardozo Professora Associada do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá - UEM
  • Sheila Rezler Wosiacki Professora Associada do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá - UEM

Résumé

O propofol é um agente hipnótico de ultracurta duração amplamente utilizado para anestesia e sedação. Comercialmente, apresenta-seacondicionado em frascos-ampola e ampolas,contendo produtos orgânicos o que favorece a contaminação microbiana após sua abertura. O objetivo deste trabalho foi de avaliar o tempo de permanência sem contaminação bacteriana de propofol em frasco-ampola após sua abertura e manipulação. De forma controlada foram utilizados cinco frascos-ampola de propofol avaliados diariamente para a contagem de bactérias aeróbias mesófilas e psicrotrófilas. As contagens bacterianas encontradas mostraram que ocorreu contaminação por bactérias aeróbicas mesófilas a partir do terceiro dia da abertura do medicamento. Entre o quarto e o sexto dia ocorreu contaminação considerável em 60% dos frascos. As contagens bacterianas das amostras nos dias consecutivos após o início da contaminação não foram homogêneas e logarítmicas, apesar de contínuas em sua maior parte. Segundo os resultados obtidos neste estudo, sugere-se que o propofol em frasco-ampola, pode ser manipulado por até três dias após aberto, sem contaminação bacteriana. No entanto, deve-se levar em consideração que os resultados deste experimento foram controlados.

Téléchargements

Les données sur le téléchargement ne sont pas encore disponible.

Références

AYDIN, N.; GULTEKIN, B.; OZGUN, S.; GUREL, A. Bacterial contamination of propofol: the effects of temperature and lidocaine. European Journal of Anaesthesiology, v. 19, n. 6, p. 455-458, 2002.

BAKER, M.T.; NAGUIB, M. Propofol: the challenges of formulation. Anesthesiology, n. 103, p. 860–876, 2005.

BARBOSA, F.T. Síndrome da Infusão do Propofol. Revista Brasileira Anestesiologia, v. 57, n. 5, p. 539-542, 2007.

BERNARDI, M.M., GÓRNIAK, S.L., SPINOSA, H.D. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 897p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC 45, de 12 de março de 2003. Aprova o regulamento técnico de boas práticas de utilização de soluções parenterais em serviços de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 13 mar. 2003. Seção 1, p. 12.

BRAZ, J.R.C.; CASTIGLIA, Y.M.M. Temas de anestesiologia para o curso de graduação em medicina. 2ª ed. São Paulo: Editora UNESP: Artes Médicas, 2000.

ERDEN, I.A.; GÜLMEZ, D.; PAMUK, A.G.; AKINCIA, S.B.; HASÇELIK, G.; AYPAR, U. The growth of bacteria in infusion drugs: propofol 2% supports growth when remifentanil and pantoprazole do not. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 63, n. 6, p. 466-472, 2013. DOI: 10.1016/j.bjan.2012.10.003

FDA. Alerta SNVS/Anvisa/Nuvig/Gfarm no 1, de 05 de julho de 2007. Disponível em: <http://www.fda.gov/cder/drug/InfoSheets/HCP/propofolHCP.htm>. Acesso em 03 de dezembro de 2012.

MASSONE, F.; CORTOPASSI, S. R. G. Anestesia Intravenosa. In: FANTONI, D. T.; CORTOPASSI, S. R. G. Anestesia em Cães e Gatos. 2ed. São Paulo: Roca, 2010. Cap.14, p.228-235.

PINTO, T.J.A.; KANEKO, T.M.; OHARA, M.L. Controle biológico de qualidade de produtos farmacêuticos, correlatos e cosméticos. São Paulo: Atheneu, 2000.

PINZON, P.W.; MOREIRA, A.; SILVA, A.A.; SPEROTTO, V.R.; CHEROBINI, E.P.; MEMEZES, S.L.M. Avaliação microbiológica do propofol após uso na rotina anestésica. XV Mostra de Iniciação Científica – UNICRUZ, 2012.

PIRES, J.S.; CAMPELLO, R.A.V.; FARIA, R.X.; GUEDES, A.G.P. Anestesia por infusão contínua de propofol em cães pré-medicados com acepromazina e fentanil. Ciência Rural, v. 30, n. 5, p. 829-834, 2000.

PROPOFOL. Centralx Bulas – Bulário de Medicamentos. Disponível em: http://www.bulas.med.br/bula/6465/propofol.htm. Acesso em 03 de dezembro de 2012.

SANO, T.; NISHIMURA, R.; MOCHIZUKI, M.; HARA, Y.; TAGAWA, M.; SASAKI, N. Clinical usefulness of propofol as an anesthetic induction agent in dogs and cats. Journal of Veterinary Medicine Science, v. 65, n. 5, p. 641-643, 2003.

SOUZA, M.C.P.; GOULART, M.A.; ROSADO, V.; REIS, A.M.M. Utilização de medicamentos parenterais em frascos-ampola em uma unidade pediátrica de um hospital universitário. Revista da escola de enfermagem da USP, v. 42, n. 4, p. 715-722, 2008.

STRACHAN, F.A.; MANSEL, J.C.; CLUTTON, R.E. A comparison of microbial growth in alfaxalone, propofol and thiopental. The Journal of Small Animal Practice, v. 49, p. 186–190, 2008.

ZORRILLA-VACA, A.; AREVALO, J.J; ESCANDÓN-VARGAS, K.; SOLTANIFAR, D.; MIRSKI, M.A. Infectious Disease Risk Associated with Contaminated Propofol Anesthesia, 1989–2014. Emerging Infectious Diseases Journal, v. 22, n. 6, p. 981-992, 2016. DOI: 10.3201/eid2206.150376

Publiée
2018-12-31
Comment citer
Sfaciotte, R. A. P., Kawase, H. T., Malavasi, L. de M., Vignoto, V. K. C., Ferraro, G. C., Camargo, M. H. B., Barbosa, M. J. B., Cardozo, R. M., & Wosiacki, S. R. (2018). AVALIAÇÃO DO TEMPO PARA CONTAMINAÇÃO MICROBIANA EM FRASCO-AMPOLA DE PROPOFOL. Revista De Ciência Veterinária E Saúde Pública, 6(1), 099-106. https://doi.org/10.4025/revcivet.v6i1.43172
Rubrique
-------