BEHAVIORAL AND SEDATIVE EFFECTS OF XYLAZINE AND ACEPROMAZINE ADMINISTERED INTRANASALLY IN DONKEYS

  • Marcos Wilker da Conceição Santos Universidade Federal do Oeste da Bahia
  • Caio Vitor Damasceno Carvalho Universidade Federal do Oeste da Bahia
  • Danilo Rocha de Melo Universidade Federal do Oeste da Bahia
  • Débora Passos Hinojosa Schaffer Universidade Federal de Sergipe
  • Layze Cilmara Alves da Silva Vieira Universidade Federal do Oeste da Bahia
  • Deusdete Conceição Gomes Junior Universidade Federal do Oeste da Bahia
Palavras-chave: equidae, fenotiazinas, hipnóticos e sedativos, medicação pré-anestésica

Resumo

Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito sedativo/tranquilizante da acepromazina e xilazina, por via intranasal, associados ou não, em asininos. Vinte e quatro animais hígidos, machos, jovens foram distribuídos em três grupos de oito animais cada. O grupo 1 (G1) recebeu acepromazina (0,1 mg/kg), o grupo 2 (G2) recebeu xilazina (1 mg/kg) e grupo 3 (G3) recebeu xilazina (1 mg/kg) e acepromazina (0,1 mg/kg) associados, por via intranasal. Foi realizada a avaliação dos parâmetros basais (t0) e a cada 10 minutos (t1-t6) após a administração do fármaco. Imediatamente após a administração intranasal, observou-se presença de espirro em 19 animais (79%), sendo oito (33%) do G1, seis (25%) do G2 e cinco (21%) do G3. Movimentos de balanço de cabeça foram notados em quatro animais (16%), três (12%) pertencentes ao G1 e um (4%) ao G3. Dois (8%) animais do G1 e 3 animais (12%) do G3 esfregaram a cabeça/narinas nas patas ou no brete de contenção. Em 11 animais (46%) observou-se reflexo de mordiscamento/mastigação, sendo 3 (12%) do G1 e 4 (17%) no G2 e no G3. Além disso, 12 animais (50%) apresentaram levantamento do lábio superior, destes 4 (17%) eram do G1, 3 (12%) do G2 e 5 (21%) do G3. Houve diferença estatística na frequência respiratória entre os grupos. Independente do grupo, os animais não demonstraram qualquer sinal de sedação/tranquilização. A administração de acepromazina associada ou não a xilazina por via intranasal não se mostrou efetiva nas condições apresentadas pelo estudo.

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Referências

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Publicado
2022-02-10
Como Citar
Wilker da Conceição Santos, M., Damasceno Carvalho, C. V., Rocha de Melo, D., Passos Hinojosa Schaffer, D., Alves da Silva Vieira, L. C., & Conceição Gomes Junior, D. (2022). BEHAVIORAL AND SEDATIVE EFFECTS OF XYLAZINE AND ACEPROMAZINE ADMINISTERED INTRANASALLY IN DONKEYS. Revista De Ciência Veterinária E Saúde Pública, 8(2), 104-114. https://doi.org/10.4025/revcivet.v8i2.54351
Seção
Artigos Originais