SPOROTRICOSIS IN ENDEMIC REGION: WHAT IS THE LEVEL OF KNOWLEDGE OF THE POPULATION?
Abstract
A esporotricose é uma grave zoonose, causada por fungos do complexo Sporothrix schenckii, classificada como epidemiologia global. A conscientização da população e os cuidados dos tutores para com seus animais (guarda responsável) é de extrema importância para o controle dessa micose. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento dos tutores sobre esta micose, bem como desenvolver o conhecimento sobre a esporotricose. O estudo foi realizado entre novembro de 2018 e dezembro de 2019 na cidade de Pelotas (RS), onde a esporotricose é endêmica. O estudo foi desenvolvido a partir de um questionário semiestruturado referente ao conhecimento geral da população sobre a esporotricose. Foram realizadas 128 entrevistas, destes 83% possuíam animais de companhia como cães e gatos, no entanto, quando questionados sobre a esporotricose 77% nunca ouviram falar sobre esporotricose. Além disso, a maioria dos entrevistados não souberam responder corretamente sobre os principais aspectos da transmissão, sinais clínicos e das formas de prevenção. Ao final da entrevista foi informado aos tutores entrevistados, sobre a esporotricose com foco na epidemiologia, manifestação dos sinais clínicos, riscos e formas adequadas de prevenção, no sentido de informar para melhorar os cuidados e a prevenção. Conclui-se, que apesar da esporotricose ser zoonose emergente, os tutores tem pouco conhecimento dos principais aspectos de transmissão, sinais clínicos e prevenção, portanto é importante a implementação de ações de educação sanitária visando ampliar o conhecimento populacional quanto ao reconhecimento da doença, manejo e tratamento correto dos felinos infectados, consequentemente, a diminuição dos casos zoonóticos.
Downloads
Riferimenti bibliografici
BARROS, M.B.L.; SCHUBACH, T.P.; COLL, J.O.; GREMIÃO, I.D.; WANKE, B.; SCHUBACH, A. Esporotricose: a evolução e os desafios de uma epidemia. Revista Panamericana de Salud Pública, v.27, n.6, p.455–60, 2010.
BRANDOLT, T.M.; MADRID, I.M.; POESTER, V.R. SANCHOTENE, K.O.; BASSO, R.P.; KLAFKE, G.B.; RODRIGUES, M.L.; XAVIER, M.O. Human sporotrichosis: A zoonotic outbreak in southern Brazil, 2012–2017. Medical mycology, v.57, n.5, p.527-533, 2019. < https://doi.org/10.1093/mmy/myy082>
CHAKRABARTI, A.; BONIFAZ, A.; GUTIERREZ-GALHARDO, M.C.; MOCHIZUKI, T.; LI, S. Global epidemiology of sporotrichosis. Medical Mycology, v.53, n.1, p.3-14, 2015. < https://doi.org/10.1093/mmy/myu062>
DAGUER, H.; VICENTE, R.T.; COSTA, T.; VIRMOND, M.P.; HAMANN, W.; AMENDOEIRA, M.R.R. Soroprevalência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em bovinos e funcionários de matadouros da microrregião de Pato Branco, Paraná, Brasil. Ciência Rural, v.34, n.4, p.1133-1137, 2004. < https://doi.org/10.1590/S0103-84782004000400026>
GONÇALVES, J.C.; GREMIÃO, I.D.F.; KÖLLING, G.; DUVAL, A.E.A.; RIBEIRO, P.M.T. Esporotricose, o gato e a comunidade. Enciclopédia Biosfera, v.16, n.29, p.769-787, 2019.
GOVENDER, N.P.; MAPHANGA, T.G.; ZULU, T.G.; PATEL, J.; WALAZA, S.; JACOBS, C.; EBONWU, J.I.; NTULI, S.; NAICKER, S.D.; THOMAS, J. An outbreak of lymphocutaneous sporotrichosis among mine-workers in South Africa. PLos Neglected Tropical Diseases, v.9, n.9, 2015. < https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0004096>
GREMIÃO, I.D.F.; MENEZES, R.C.; SCHUBACH, T.M.P.; FIGUEIREDO, A.B.F.; CAVALCANTI, M.C.H.; PEREIRA, S.A. Feline sporotrichosis: epidemiological and clinical aspects. Medical Mycology, v.53, n.1, p.15-21, 2015. < https://doi.org/10.1093/mmy/myu061>
GREMIÃO, I.D.F.; MIRANDA, L.H.M.; REIS, E.G, RODRIGUES, A.M.; PEREIRA, S.A. Zoonotic Epidemic of Sporotrichosis: Cat to Human Transmission. PLOS Pathogens, v.13, n.1, 2017. < https://doi.org/10.1371/journal.ppat.1006077>
GUTIERREZ-GALHARDO, M.C.; FREITAS, D.F.S.; VALLE, A.C.F.; ALMEIDA-PAES, R.; OLIVEIRA, M.M.E.; ZANCOPÉ-OLIVEIRA, R.M. Epidemiological aspects of sporotrichosis epidemic in Brazil. Current Fungal Infection Reports, v.9, n.4, p.238-245, 2015.
JIN, X.Z.; ZHANG, H.D.; HIRUMA, M.; YAMAMOTO, I. Mother-and-child cases of sporotrichosis infection. Mycoses, v.33, n.1, p.33-36, 1990.
LARSSON, C. Sporotrichosis. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v.48, n.3, p.250-259, 2011.
LEE, L.M. A Bridge to the Future: Public Health Ethics, Bioethics and Environmental Ethics. The American Journal of Bioethics, v.17, n.9, p.5-12, 2017.
MADRID, I.M.; MATTEI, A.S.; FERNANDES, C.G.; NOBRE, M.O.; MEIRELES, M.C.A. Epidemiological findings and laboratory evaluation of sporotrichosis: a description of 103 cases in cats and dogs in southern Brazil. Mycopathologia, v.173, n.4, p.265-273, 2012. < https://doi.org/10.1007/s11046-011-9509-4>
MARTINS, A.C.C.; NUNES, J.A.; PACHECO, S.J.B.; SOUSA, C.T.V. Percepção do risco de transmissão de zoonoses em um Centro de Referência. RECIIS – Revista Eletrônica de Comunicação Informação Inovação Saúde, v.9, n.3, p.1-14, 2015.
NOBRE, M.O.; MEIRELES, M.C.; CAETANO, D.T.; FAÉ, F.; CORDERO, M.; MEIRELES, R.M.; APPELT, C.; FERREIRO, L. Esporotricose zoonótica na região sul do Rio Grande do Sul: revisão da literatura brasileira. Revista Brasileira de Medicina Veterinária, v.9, n.1, p.36-44, 2003.
PEREIRA, S.A.; GREMIÃO, I.D.F.; KITADA, A.A.B.; BOECHAT, J.S.; VIANA, P.G.; SCHUBACH, T.M.P. The epidemiological scenario of feline sporotrichosis in Rio de Janeiro, State of Rio de Janeiro, Brazil. Revista Sociedade Brasileira Medicina Tropical, v.47, n.3, p.392-393, 2014. < https://doi.org/10.1590/0037-8682-0092-2013>
PEREIRA, S.A.; GREMIÃO, I.D.F.; MENEZES, R.C. Sporotrichosis in animals: zoonotic transmission. In: CARLOS I.Z. Sporotrichosis: new developments and future prospects. Cham: Springer, 2015. p. 83–102.
PIRES, C. Revisão de literatura: esporotricose felina. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v.15, n.1, p.16-23, 2017. < https://doi.org/10.36440/recmvz.v15i1.36758>
POESTER, V.R.; BRANDOLT, T.M.; KLAFKE, G.B. XAVIER, M.O. Population knowledge on sporotrichosis in an endemic area in Southern Brazil. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, v.20, n.4, p.25-30, 2018.a
POESTER, V.R.; MATTEI, A.S.; MADRID, I.M.; PEREIRA, J.T.B.; KLAFKE, G.B.; SANCHOTENE, K.O.; BRANDOLT, T.M.; XAVIER, M.O. Sporotrichosis in Southern Brazil, towards an epidemic?. Zoonoses and Public Health, v.65, n.7, p.815–21, 2018.b < https://doi.org/10.1111/zph.12504>
POESTER, V.R.; SARAIVA, L.A.; PRETTO, A.C.; KLAFKE, G.B.; SANCHOTENE, K.O.; MELO, A.M.; CARDONE, S.; XAVIER, M.O. Desconhecimento de profissionais e ações de extensão quanto à esporotricose no extremo Sul do Brasil. Vittalle. Revista de Ciências da Saúde, v.31, n.1, p.8-14, 2019. < https://doi.org/10.14295/vittalle.v31i1.8214>
RODRIGUES, A.M.; HOOG, S.; CAMARGO, Z.P. Emergence of pathogenicity in the Sporothrix schenckii complex. Medical Mycology, v.51, n.4, p.405–12, 2013.
SAMPAIO, A.B. Percepção da população do município de cruz alta (RS) sobre zoonoses transmitidas por cães e gatos. Acta Veterinaria Brasilica, v.8, n.3, p.179-185, 2014. < https://doi.org/10.21708/avb.2014.8.3.3588>
SANCHOTENE, K.O.; MADRID, I.M.; KLAFKE, G.B.; BERGAMASHI, M.; TERRA, P.P.D.; RODRIGUES, A.M.; CAMARGO, Z.P.; XAVIER, M.O. Sporothrix brasiliensis outbreaks and the rapid emergence of feline sporotrichosis. Mycoses, v.58, n.11, p.652-658, 2015. < https://doi.org/10.1111/myc.12414>
SANTOS, A.F.; ROCHA, B.D.; BASTOS, C.V; OLIVEIRA, C.S.F.; SOARES, D.F.M.; PAIS, G.C.T.; XAULIM, G.M.D.; KELLER, K.M.; SALVATO, L.A.; LECCA, L.O.; FERREIRA, L.; SARAIVA, L.H.G.; ANDRADE, M.B.; PAIVA, M.T.; ALVES, M.R.S.; MORAIS, M.H.F.; AZEVEDO, M.I.; TEIXEIRA, M.K.I.; ECCO, R.; BRANDÃO, S.T. Guia prático para enfrentamento da esporotricose felina em Minas Gerais. Revista Veterinária & Zootecnia em Minas, v.137, n.38, p.16-27, 2018.
SCHUBACH, A.; BARROS, M.B.; WANKE, B. Epidemic sporotrichosis. Current Opinion in Infectious Diseases, v.21, n.2, p.129–133, 2008. < doi: 10.1097/QCO.0b013e3282f44c52>
SCHUBACH, T.M.P.; SCHUBACH, A.; OKAMOTO, T.; BARROS, M.B.L.; FIGUEIREDO, F.B.; CUZZI, T.; FIALHO-MONTEIRO, P.C.; REIS, R.S.; PEREZ, M.A.; WANKE, B. Evaluation of an epidemic of sporotrichosis in cats: 347 cases (1998-2001). Journal of the American Veterinary Medical Association, v.224, n.10, p.1623–1629, 2004.
SILVA, M.B.T.; COSTA, M.M.M.; TORRES, C.C.S.; Galhardo, M.C.G.; Valle, A.C.F.; MAGALHÃES, M.A.F.M.; SABROZA, P.C.; OLIVEIRA, R.M. Esporotricose urbana: epidemia negligenciada no Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v.28, n.10, p.1867–1880, 2012. < https://doi.org/10.1590/S0102-311X2012001000006>
SILVA, R.B.; PARIZE, T.H.L.; SILVA, M.H.; FEIJÓ, F.S.; SANTOS, J.N.; OLIVEIRA, R.E.C.; NOTOMI, M.K. Esporotricose no Brasil: uma doença comum a felinos e humanos–revisão de literatura. Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, v.3, n.1, p.195-199, 2020.
SIMÕES, J.; SOARES, E.; BRITO, M.J. Febre de Origem Desconhecida e Adenopatia. Diagnóstico Fácil?. Acta Pediátrica Portuguesa, v.49, n.27, p.4-5, 2018.
SOUZA, N.T.; NASCIMENTO, A.C.B.M.; SOUZA, J.O.T.; SANTOS, F.C.G.C.A.; CASTRO, R.B. Esporotricose canina: relato de caso. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.61, n.3, p.572-576, 2009. < https://doi.org/10.1590/S0102-09352009000300008>
ZHAO, L.; CUI, Y.; ZHEN, Y.; YAO, L.; SHI, Y.; SONG, Y.; CHEN, R.; LI, S. Genetic variation of Sporothrix globosa isolates from diverse geographic and clinical origins in China. Emerging microbes & infections, v.6, n.1, p.1-13, 2017.