Walter Benjamin e a teoria messiânica da história

  • Rui Bragado Sousa Uem: Universidade Estadual e Maringá

Resumo

“Escovar a história a contrapelo”. Talvez seja este o termo, descrito na sexta tese Sobre o conceito de História, que melhor sintetize o pensamento benjaminiano acerca da historiografia positivista e historicista dominante no período entre guerras e de ascensão do fascismo. Através da estética social, da crítica literária e da arte, Benjamin apreendeu como poucos autores do seu tempo a realidade sociocultural e política que levavam a Europa rumo à catástrofe iminente. A partir das premissas apocalípticas, sobretudo para um judeu, nas décadas de 1920 e 1930, este autor concebeu uma aproximação original e coerente entre Materialismo Histórico e teologia, entre messianismo judaico e marxismo, para possibilitar, dessa forma, “mobilizar para a revolução as energias da embriaguês”. Para romper com a reificação do moderno trabalhador industrial, com a crença ilimitada no progresso da técnica, com a concepção de tempo linear, homogêneo e vazio, para recuperar a “aura perdida”, Benjamin desenvolve o conceito de “interrupção messiânica”. É esse conceito que este artigo pretende abordar, relacionando-o sempre com os exemplos empíricos de messianismo e milenarismo.

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Biografia do Autor

Rui Bragado Sousa, Uem: Universidade Estadual e Maringá
Graduado em História pela Universidade Estadual de Maringá (2008-2011), mestrando em História pela mesma instituição (2012-2014).
Publicado
2013-11-22
Como Citar
Sousa, R. B. (2013). Walter Benjamin e a teoria messiânica da história. Revista Urutágua, (29), 99-115. https://doi.org/10.4025/revurut.vi29.18449
Seção
História das Religiões