A Descolonização da Filosofia: um manifesto de resistência, marginalidade e afeto

Resumo

Fruto de uma inquietação profunda acerca da prática pedagógica dos professores de filosofia no Brasil e acerca da função que a disciplina filosófica tem assumido nos currículos do ensino médio, esta pesquisa investiga as condições, potencialidades e problemas da filosofia num contexto tecnocrático, competitivo e de vaidades. Um projeto político e de resistência, como o é todo projeto educacional contrário ao conservadorismo e ao medo, antídotos da criatividade. Ao propor um ensino de filosofia que não seja pautado puramente pela razão logocêntrica, perspectiva que se perpetua na história dessa disciplina, questionamos a relevância do ensino de filosofia, à maneira escolástica como o temos conduzido, para a vida dos nossos educandos, como também para a vida do professor. A importância em se propor o ensino de filosofia como experiência filosófica se dá porque esta prática oportuniza a diferença, e sabemos que a diferença é o que produz sentido. Desejamos desmistificar as salas de aula como sendo um ambiente sagrado, incorruptível, esterilizado. Desmistificar o papel do professor como o detentor da verdade. Experimentar, ousar, deformar as unidades, sonhar e assumir a filosofia como possibilidade de criação. Conciliando razão e “desrazão” na criação de um ensino afetivo e repleto de possibilidades.